(LUCAS, Cap. 8, Vs. 16/17)
Os historiadores Homero e Heródoto não eram meros romancistas. Eles deixaram para a posteridade fatos históricos - e além de tudo altamente relevantes, assim como as mais recentes evidências vieram provar. Aquelas mulheres eram violentíssimas - disse Heródoto - para vencer os homens no campo de batalha e serem aceitas como uma potência respeitada e temida, precisavam ser as melhores militares possíveis, versadas em todas as artes da guerra desde a infância; e também tinham que usar a arma do medo. Daí cultivavam a fama de serem guerreiras realmente impiedosas, que jamais faziam prisioneiros. No máximo, deixavam apenas uns poucos sobreviventes fugirem para contar a história e espalhar o terror.
Eram combatentes terríveis, fazendo sempre ataques devastadores para assegurar a reputação de invencíveis. Como eram mais leves que os homens, avançavam mais velozes a cavalo, e na maioria das batalhas venciam sem tocar os pés no chão. Foram elas que inventaram o machado de guerra, arma de dois gumes que era o símbolo do poder matriarcal em Creta. Seu grande trunfo era o uso do arco e flecha, e equilibravam-se a galope atirando.
A mutilação seria uma lenda dos homens para assustar as moças, desencorajando-as da idéia de largar a família e se juntar ás amazonas. A destreza inigualável de derrotarem exércitos sempre a cavalo tornou o nome delas o equivalente feminino de cavaleiro. Cultuavam o Deus da Guerra e a Deusa da Caça e só atacavam em grandes batalhões de cavalaria avassaladores, trucidando a todos e dominando as noções de estratégia e tática das falanges que seriam usadas mais tarde pelos atenienses e espartanos.
Os registros dizem que elas adoravam os seus cavalos, e reverentemente os cremavam quando morriam nas batalhas.
Estranhamente, também nas ruínas do Império Romano encontramos referências - escritas e gravadas - a essas mulheres e aos encarniçados combates contra elas travados pelos legionários romanos.
O mais estranho ainda é que existem relatos históricos da presença dessas mulheres guerreiras até mesmo na antiguidade da América do Sul, espalhando-se desde o Peru até o atual território brasileiro!
"Matadoras de Homens" (Heródoto), naturalmente, o pensamento bélico delas era criado por sua própria situação única e extraordinária de minoria isolada de sexo frágil sob risco de extermínio. Para minimizar os riscos, preferiam se esconder habitando áreas afastadas, mas também impor respeito e temor. Como odiavam o mundo do patriarcado, elas não podiam confiar em ninguém, e nem poderiam se dar ao luxo de escravizar outro povo, como os espartanos. Assim, a doutrina militar das Amazonas era baseada no princípio da concentração máxima de força para assombrar qualquer exército e esmagá-los numa onda avassaladora.
A primeira rainha amazonas teria se chamado Hipólita (égua solta, indomada). Uma vez por ano, a fim de assegurar a sua descendência, elas visitavam os gargáreos, uma tribo vizinha e aceitavam a união com homens
O fenômeno que marcou o desaparecimento da sociedade das amazonas também definiu o início da Idade do Ferro: a Guerra de Tróia por volta de 1000 a.C. Quando os metalúrgicos da Grécia continental aprenderam a dominar a técnica de fundir o ferro – metal mais duro, pesado e resistente – e produzir o aço que rompia os escudos e armas de bronze dos troianos, a então nascente Grécia virou a mesa e destruiu o maior império colonial da Antiga Era.
Já se falava sobre as Amazonas lutando ao lado de Tróia na Ilíada de Homero, a primeira narrativa do Ocidente; mas se na época houve registros de sua existência, eles desapareceram na devastadora guerra contra o Império comercial de Tróia, cuja grande capital ficava na porta de entrada do Oriente e controlava as rotas comerciais da Ásia. O evento foi tão cataclísmico que não houve vencedores: todas as civilizações do Mar Mediterrâneo foram varridas do mapa, incluindo a Grécia.
"E os soldados gregos, horrorizados com aquela cena tão chocante e brutal, atiraram-se ao mar, gritando: Androcthones! (assassinas de homens). Heródoto, "o pai da História", documentou relatos do século 5° aC, descrevendo um grupo de mulheres que enfrentaram os gregos na Batalha do rio Térmidon, em sua capital Themiscira, na Ásia Menor.
Mas, sem experiência na Marinha e inábeis para navegar, as mulheres mudaram o curso, seguindo as correntes do Mar Negro até as costas do Cáucaso – exatamente onde as lendas as situam. As Amazonas de Heródoto atingiram o território dos Cítios, um povo nômade guerreiro de arianos do Cáucaso.
Essas mulheres guerreiras, diz Heródoto, casaram com os Cítios e os convenceram a migrar para as planícies de campos da Eurásia, cruzando as altas montanhas do Cáucaso e os desertos do Mar Negro até se fixarem nas estepes russas – o povo russo usa o alfabeto grego.
A arqueóloga norte-americana Jeannine Davis-Kimbal, PhD, que pode ser considerada com louvor a Schliemmann do século XXI. Estudando profundamente a saga das Amazonas, conforme relatado por Heródoto, ela em 1995 seguiu as pistas dessa misteriosa raça de mulheres guerreiras por vários países do mundo.
A primeira evidência direta do status dessas mulheres guerreiras veio com as escavações arqueológicas recentes. Isso se confirmaria em 1996, com a descoberta de tumbas de fósseis de mulheres armadas para a guerra e a caça nas planícies russas. Nas 150 tumbas do século 5° aC encontradas perto de Pokrovka, nas estepes do sudeste da Rússia, encontram-se soldadas enterradas com armamento militar, muitas com ferimentos de batalha. Junto com espelhos, brincos, colares e outros adornos femininos ricamente elaborados em ouro.
seguindo as velhas pistas deixadas por Heródoto que Jannine e a sua equipe finalmente chegaram a um local denominado Pokrovka, dando início aos seus trabalhos de busca aos vestígios das famosas mulheres guerreiras da antiguidade!
E foi exatamente lá em Pokrovka que a arqueóloga encontrou uma profusão de túmulos subterrâneos circulares, centenas, cuidadosamente postados sob "mounds" e simetricamente ordenados!
A primeira evidência direta do status dessas mulheres guerreiras veio com as escavações arqueológicas recentes. Isso se confirmaria em 1996, com a descoberta de tumbas de fósseis de mulheres armadas para a guerra e a caça nas planícies russas. Nas 150 tumbas do século 5° aC encontradas perto de Pokrovka, nas estepes do sudeste da Rússia, encontram-se soldadas enterradas com armamento militar, muitas com ferimentos de batalha. Junto com espelhos, brincos, colares e outros adornos femininos ricamente elaborados em ouro.
seguindo as velhas pistas deixadas por Heródoto que Jannine e a sua equipe finalmente chegaram a um local denominado Pokrovka, dando início aos seus trabalhos de busca aos vestígios das famosas mulheres guerreiras da antiguidade!
E foi exatamente lá em Pokrovka que a arqueóloga encontrou uma profusão de túmulos subterrâneos circulares, centenas, cuidadosamente postados sob "mounds" e simetricamente ordenados!
Todos esses túmulos com a idade de mais de 2 mil anos - originários do Século VI Antes de Cristo - continham esqueletos e os seus adereços. Só faltava mesmo constatar se eram de mulheres!
Sim, todos eles eram de mulheres, exceto aquele contido em outro túmulo! E além de tudo enterrados de modo a representar que foram mulheres realmente acostumadas a cavalgar, como se pode ver pelos ossos das pernas simbolicamente arqueados!
Mas centenas desses esqueletos de mulheres foram encontrados, alguns ostentando marcas de ferimentos em batalhas, provando assim que a equipe da Dra. Jeannine estava prestes a realizar uma das maiores descobertas arqueológicas do século!
Denotando o caráter guerreiro, em todos aqueles milenares túmulos foram encontradas inúmeras pontas de flechas, adagas, escudos e armaduras. As pontas de flechas, aliás, foram achadas às centenas e a descoberta de conchas atestava que essas mulheres guerreiras vieram do mar.
Espelhos, brincos, colares, enfim tudo o que através dos tempos sempre fez parte da vaidade feminina também estava presente naquelas derradeiras moradas das últimas das Amazonas. Porém, a arqueóloga norte-americana ainda não estava satisfeita:
E finalmente, a longa busca da Dra. Jeannine não foi em vão. Em uma distante aldeia encontrou uma menina LOURA, nove anos de idade, A ÚNICA EM MILHARES DE QUILÔMETROS E CUJO NOME ERA MEIRAMGUL - dotada de um tipo físico completamente divergente de todas as populações locais! Seus familiares (e nem mesmo a sua mãe) conseguiam explicar como ela nascera assim "diferente" da sua raça. Meiramgul, aliás, era por eles considerada uma aberração. Além disso, a menina montava a cavalo com enorme desenvoltura. Jeannine Davis-Kimbal e a sua equipe ficaram perplexos: estaria ali a resposta final para a sua longa busca?
Só havia um meio de saber: o DNA da pequena Meiramgul, uma lenda viva, foi colhido através de sua saliva e enviado para exames de DNA. Quando a esperada resposta chegou desde milhares de quilômetros dali, exatamente do mesmo laboratório onde estavam os demais esqueletos das mulheres guerreiras achados na Rússia, eis a surpresa; O DNA MITOCONDRIAL DE MEIRAMGUL ERA O MESMO CONTIDO NOS ESQUELETOS DATADOS DE MAIS DE 2 MIL ANOS ATRÁS!
Significando que, por um desígnio qualquer da sábia Natureza, ela é a ÚLTIMA DAS AMAZONAS, a última das valentes mulheres guerreiras do passado distante! De alguma forma, de geração em geração, um gene perdido no tempo e no espaço sobreviveu por mais de 2 mil anos e maravilhosamente se manifestou nessa menina que habita na solitária vastidão dos desertos da Mongólia. Chame-se a isso reencarnação, ressurgência genética ou, seja lá o que for, por certo dá uma lição de humildade não somente nos céticos, como também nos concede uma enorme e grandiosa lição: não se pode jamais fugir da verdade - é inútil - de uma forma ou de outra; sempre e inevitavelmente colidiremos com ela - uma vez que mais cedo ou mais tarde ela surgirá, emergirá do seu longo sono e forçosamente se manifestará, tal como já estava mesmo escrito há mais de 2 mil anos:
Durante milhares de anos, as superguerreiras assombraram o mundo com seus feitos. Mesmo vivendo discretamente em reinos isolados, tiveram uma história que se alongou por mais dois milênios após o fim da Idade do Bronze onde reinaram supremas.
As Amazonas venceram os maiores imperialistas – os islâmicos. Elas impuseram a humilhação absoluta aos piores machistas – os muçulmanos. Desde então, a ilha de Lemnos celebra a vitória do maior herói nacional, ou melhor, heroína nacional. Uma das principais atrações turísticas de Lemnos, a estátua de Maroula, relembra a bem-sucedida defesa da liberdade.
FONTE DE PESQUISA: Obra de Homero e Heródoto
Oi amiga Selma
ResponderExcluirTá rolando uma gincana super legal lá no "Ô Trocyn Bão"
Estou participando com um poema bem estiloso numa linguagem do caipira mineiro. E estou pedindo seu voto. Acesse o link: http://www.riosul2012.com/2013/01/gracita-chegada-do-mineirim-no-o-trocyn.html
Meu muito obrigada! Beijinhos no coração!
Gracita
Estou estupefada de boca aberta, mas uma vez parabens para vcs, pois esta informação sobre as amazonas eu não sabia.
ResponderExcluiruma pergunta se existe uma menina que traz o dna das amazonas, o que vai acontecer com ela?
Luiza
Boa noite
ResponderExcluiré ver que o governador da Britania, general Gaius Suetonius Paulinus, ao saber do confronto fugiu com a sua Legião e os mais próximos, abandonando os demais à própria sorte?
Jarbas
A história dos povos mostra que as sociedades matriarcais são mais pacíficas do que as patriarcais, onde a cultura belicosa - apropriação de territórios e o subjugo dos derrotados - se faz presente.
ResponderExcluirParabens pelo texto e pela informação.
Hilton
As Valquirias e as Amazonas são a mesma tribo?
ResponderExcluirWanderleia
“Vivemos em um mundo de homens, mas há três mil anos as histórias sobre as guerreiras do Amazonas se espalharam por toda a antiga Grécia, e hoje são consideradas um mito. Mas este mesmo espírito se mantém vivo , como podemos ver na equipe de boxe feminino do Brooklin e na remota aldeia de Mosuo no sudoeste da China, uma das sociedades que ainda sobrevivem e cujos líderes são mulheres.
ResponderExcluirAplausos para o blog 3fasesdalua, por nos mostrar mais conhecimento.
Amanda
Naja "A guerreira meio succubu foi criada entre as amazonas?
ResponderExcluirAlberto
este registro eu desconhecia.
ResponderExcluirobrigada por compartilhar.
bjs
ruthe
Selma e Marcos
ResponderExcluirParabéns por compartilhar sabedoria, educação e mostrar a todos que ser bruxa e bruxo não é vergonha e sim ser um ser especial.
bjs
Eloiza
cara eloiza
Excluirgratos por seus elogios , mas nós nunca nos envergonhamos daquilo que somos e sim nos sentimos muito orgulhosos de sermos assim e por isso nos comprometemos na missão de levar conhecimento a todos que se interessarem.
volte sempre que desejar
selma&marcos
Meu nome Vinicius e gostaria de fazer uma pergunta
ResponderExcluirAs amazonas eram Lésbica? to perguntando pq so tinha mulher
boa noite vinicius
Excluirachamos que você deveria ler com mais atenção o texto.
3fasesdalua
Parafraseando o “poetinha” Vinícius de Morais eu diria: Que os homens me perdoem, mas a mulher que existe dentro de nós, é fundamental!
ResponderExcluirMaravilhoso o texto.
Aroldo
a xena realmente existiu?
ResponderExcluirAna
De acordo com Diodoro, a rainha amazona Myrine liderou-as na vitória contra os Atlantes, Líbios e Górgonas, quando “o povo dos deuses” tentou conquistar o mundo. Na vida real, a História e seus acontecimentos foram mais nebulosos, e só a arqueologia avançada, com exames de DNA e carbono 14, conseguiu lançar luz aos fatos de maneira definitiva e comprovando as origens factuais por trás do “mito”.
ResponderExcluirVale apena lembrar que as Amazonas eram pagãs, cultuavam a Deusa e o Deus, faziam os seus rituais e suas magias.
Essa descoberta so vem mostrar que a nossa religião foi o inicio de tudo.
Gabriela
Boa noite Selma, como está tudo por aí?
ResponderExcluirGostei do relato, mas confesso que fico feliz que a mulherada esteja mais calma .. rsrs Bela postagem.
Passei também para agradecer sua visita e desejar uma ótima semana!!!
Abraços
Thiago
RioSul
Maravilhoso esse estudo, pois comprova científicamente, como os séticos costumam dizer, que muitas verdades ocultas foram salvas e repassadas às gerações protegidas sob forma de mitos e lendas. Fico muito feliz de ver que enfim as pessoas estão redescobrindo as grandes verdades universais, saindo da sombra da ignorância para a Luz da verdade ! Blessed be 3Fases da Lua ! :D
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