"A Deusa diz: “Viva com amor, felicidade, paz e riqueza, respeitando e honrando as forças da vida existentes no seu interior, em todos e em tudo ao seu redor."
As Bruxas e Sacerdotisas da Bruxaria Tradicional estamos sempre aprendendo em nossos ensinamentos que não ha imagem rígida do "certo" ou "errado", mas posturas diferentes de vida, sabendo que cada um é responsável pelos seus atos, que tudo tem "os dois lados da moeda" e que o próximo devia ser respeitado, talvez por isto não podemos simplesmente ignorar que na chamada Inquisição, a Igreja Católica perseguiu todos e todas que fugissem minimamente de suas estritas regras, para assim, no final das contas, se manterem com poder e dominação.
Neste grupo, estavam as Bruxas, mulheres que foram chamadas do mal, tomadas pelo demônio, seres execráveis e totalmente perigosos. Assim se dizia na época. A solução? Tortura! Forca! Fogueira! Isolamento total! Basicamente a negação total dos direitos humanos, supostamente em nome de Deus. Mas tenho que aqui afirmar que tudo isto foi feito pelos Homens de Batina que tinham o poder e se dizia portador da palavra do seu Deus católico.
Pergunto-me o que faziam essas mulheres de tão terrível? Nada. Eram simplesmente mulheres que não faziam questão de se enquadrar na ideia de mulher proposta pela Igreja e pela sociedade como um todo. Eram mulheres que não acreditavam no Deus dos católicos, mulheres que desenvolviam e reproduziam suas próprias sabedorias, mulheres parteiras, mulheres que dançavam que tinham prazer, mulheres que, de uma maneira ou de outra, “pecavam”. Todas essas mulheres, sob a alcunha de Bruxas, eram assassinadas sem dó nem piedade por uma população fervorosa, guiada por uma instituição completamente desumana.
Mas apesar de todo esse sofrimento temos a consciência que enxergamos o passado como referencia, o presente como luz e o futuro como meta, nos despimos há muitos anos atrás dos preconceitos baratos, falamos com bichos e plantas, dançamos na chuva e nos alegramos com o sol, falamos de amor com os olhos iluminados como pares de lua cheia.
Talvez por isto a frase “Somos as netas de todas as Bruxas que vocês não conseguiram queimar”, se aplica em todas as vertentes da Bruxaria. Ser Bruxa e Sacerdotisa... Sempre foi associado a coisas ruins.
A Bruxa é a vilã de todas as histórias, é quem causa o mal em diversos contos de fada, é quem acaba com o amor. A Bruxa é aquela que tem que morrer. E foi exatamente isso que aconteceu na Idade Média, mas que nos dias de hoje estamos conseguindo mudar. Sabemos que o caminho ainda é muito longo mas temos que continuar com fé e acreditando.
Nós da Bruxaria Tradicional temos o Deus-chifrudo que é a representação de um grande caçador, que havia caçado o maior e mais forte alce e usava a galha (chifre) deste animal como exibição de força e poder e temos a nossa Deusa provedora de tudo, pois o seu ventre é considerado a terra.
Nós mulheres da Bruxaria Tradicional não temos o conceito de "posse" ou de domínio, nem de dualidade entre casais, mas sim o conceito de complemento. Em nossos ensinamentos deixados por nossas Ancestrais aprendemos que no início de tudo as mulheres eram muito respeitadas porque "sangravam" todo mês e não morriam, enquanto que o mesmo não acontecia com os homens, que voltavam feridos do campo de batalha. Também porque elas eram capazes de dar cria a seres pequenos.
Seguindo assim os meus ensinamentos sei que EU Sou herdeira das Deusas, Rainhas e Sacerdotisas do passado e as represento hoje aqui trazendo a magia e a força da Grande Mãe a Terra, sei que nos meus momentos difíceis da minha vida, nos momentos em que me faltar sabedoria, acredito que Eu tenho a ajuda das minhas antepassadas e sabendo de tudo isto continuo a trilhar o meu caminho, pois no momento que Eu olhar o céu noturno vou saber que tenho a mesma força das mulheres que reinaram antes de mim e o fizeram guiados pela Sabedoria da Grande Deusa e é com essa força guiada pela minha Deusa e pelo meu Deus que Eu não tenho medo da morte que tenho certeza que sempre ressurgirei para uma nova vida, até que eu tenha toda a sabedoria e possa me deixar levar, por minha alma pelos mares do fluxo da Grande Mãe.
Sei que as minhas Ancestrais jamais deixaram que Eu temesse a mim mesma, e minha face escura de senhora das mortalhas, ceifadora, rainha do caos, amante e feiticeira, pois todas as Faces são Uma e nisto esta a sabedoria e assim na Bruxaria Tradicional Eu jamais vou temer a velhice e o tempo em que o sangue sagrado cessa de ser deitada a Terra, pois após a Jovem e a Mãe, sou a Grande Sábia, a Velha Anciã, a Sacerdotisa de tempos passados e nisso se conserva toda a minha juventude e sabedoria. Por isso sou maga, sacerdotisa e feiticeira da minha querida e abençoada Bruxaria Tradicional.
O pensamento, único tesouro que Deus põe fora do alcance de todo o poder e guarda como um elo secreto entre os infelizes e Ele próprio.
Honoré de Balzac
Muitos me perguntam sobre nossos caminhos e Eu sempre respondo que a Bruxaria é muito mais que rituais e feitiços, é compartilhar, amar, cuidar... Respondo também que Eu sou filha da Deusa dos mil nomes que tem o poder infinito e dos múltiplos dons manifestados na diversidade das minhas faces, honradas e veneradas ao longo dos milênios.
Por isto na Bruxaria Tradicional aprendemos desde criança que a palavra feitiço vem de Fetiche que significa ação sobre o futuro, somente isto e nada mais. Entendemos que temos que conhecer e adentrar a escuridão caminharmos com as sombras e luzes para que elas sejam equilíbrio. A vida é feita de Ordem e Caos, por isso conheça a si mesmo e conhecerá a Deusa e o Deus.
Bruxaria Tradicional é saber levar a cada um o amor de nossos caminhos, o conhecimento sem medo de ser passado, mas realmente passar na esperança que seja para um grande propósito onde fará a diferença um dia para muita gente. É sentar em um circulo com amigos queridos e somar cada vez mais seus conhecimentos, ninguém por mais simples que seja, chega de mãos vazias. Sempre teremos algo a compartilhar.
Ser uma Bruxa Tradicional é reconciliar o masculino e o feminino. É encontrar a verdadeira essência que está dentro de nós! É aceitar o Deus e a Deusa em seu coração, é acreditar, respeitar, amar a Natureza, perdoar e, acima de tudo, amar... Deusa
Eu sou Bruxa Tradicional por que vejo a vida e o mundo de uma outra forma, a forma como os antigos viam e entendiam, a forma como só quem acredita na magia pode ver e entender.
Magia é a vida, é o sol nascendo todo dia, é a luz da lua, é ver um céu azul que só existe aqui nesse planeta, vivemos num mundo que é um verdadeiro milagre, isso é magia, a força que move o mundo e o universo.
Minha essência vem dos ancestrais que aqui já não habitam mais, minha força vem da Deusa, meu lar é o universo os seus mistérios é a minha escola. Não adianta ficar me olhando diferente porque EU não prejudico ninguém com os meus Dons, não sou perigosa... Minha religião não é uma piada. Não sou fantasia... Sou real e você não precisa ter medo de mim... Não quero converter você, mas, por favor, não tente me converter. Apenas me dê o mesmo direito que lhe dou: Viver em paz.
A Mãe Natureza ensina que a vida é feita de ciclos. Tudo nasce, cresce, vive ao máximo, começa a perder formas e morre. Mas tudo na natureza se transforma. Nada se perde. O que morre, toma outras formas ou renasce em outra vida e segue no mundo.
Eu sou uma Bruxa da Religião Antiga e acredito na magia.
“Eu vivo, porém não viverei para sempre. Somente a Mãe Terra vive eternamente” Canção dos índios Kiowa
Todas nós nascemos com os dons, apenas estão adormecidos, e despertamos quando encontramos a coragem de assumir os conhecimentos natos sobre a vida em comunhão com a magia e por acreditar e pensar exatamente assim Eu como Sacerdotisa que sou do Templo de Viviane pergunto: Mas... despertar o que??? Não podemos falar sobre o despertar da bruxa, se não concordarmos a respeito do que significa “ser bruxa”.
Ser uma Bruxa é viver de acordo com as Leis da Natureza, é amar a vida em todas as suas manifestações e aspectos, é ser livre, é ousar, é criar, é fazer a sua vontade sem nunca prejudicar a nada e nem a ninguém.
Ser Bruxa é amar a vida em todas as suas manifestações e aspectos, é ser livre para ser não o que os outros propõe, mas o que ela propõe para si própria, é ousar, traçar caminhos novos, criar e fazer sua vontade sem prejudicar a nada nem a ninguém.
É ser fértil como só seu corpo feminino pode ser. É despertar para o mundo e ter a coragem de erguer seus olhos para enxergá-lo sem culpa ou desculpa, é um caminho longo, difícil, corajoso e gratificante, porém, um caminho sem volta.
A sabedoria de uma Bruxa da Bruxaria Tradicional enriquece a alma, não apenas o espírito. É diferente da mera inteligência, informação e sagacidade, que só residem na mente. A sabedoria da Bruxa da Bruxaria Tradicional vai mais fundo do que isso. Quando o cérebro, com sua multidão de fatos e peças de informação, deixa de existir, alma persistirá. A sabedoria imarcescível da alma sobreviverá.
A beleza da Bruxaria Tradicional está nesta liberdade de escolha de cada indivíduo em poder decidir seu caminho sozinho ou em grupo, sem qualquer dogma rígido ou regime.
Engana-se aquele que acha que tudo é simples. Na realidade a simplicidade das coisas está na complexidade do que é. Somente com predisposição de aprender e humildade poderá, então, seguir adiante caminhando pela Senda Mística. A disciplina da Senda não pode ser aprendida em livros; só a experiência nos dá a realização, e as vivências, a prática.
Se o desperta é quando enveredamos pelo caminho da Bruxaria Tradicional e entendemos que somos parte da Terra e Ela é parte de nós e temos a noção que a Terra não pertence ao homem, o homem é que pertence à Terra, sentimos em nossas veias que todas as coisas são interligadas, assim como o sangue nos une a todos temos a capacidade de entender que não fomos nós que tecemos a teia da vida, somos apenas um de seus fios.
O que quer que façamos a ela estaremos fazendo a nós mesma pois assim foi passada por nossas Antepassadas que nas antigas religiões existe uma íntima conexão existente entre a Deusa, a Terra e a mulher que interpretavam o mistério da vida e da morte como um ciclo natural e eterno, visível nos ritmos e padrões cósmicos, na dança das estações e na Roda das reencarnações.
Nós Bruxas da Bruxaria Tradicional honramos a memória ancestral celebramos a corrente existente entre o passado e o futuro, a continuidade da linhagem e a transmissão da sabedoria ancestral.
Independentemente da época em que viveram nossos antepassados, das suas dificuldades, costumes, erros e realizações, o importante é reconhecer e honrar o seu legado benéfico, reverenciar a nossa linhagem maternal, preservar as tradições e crenças antigas e agradecer a sua sabedoria, lembrando a frase de Kahlil Gibran: “Todos os que viveram no passado vivem em nós agora. Que possamos honrá-los como hóspedes valiosos”.
A Bruxa respeita e conhece a natureza e, porque a conhece, a ama. Porque a ama, cuida. Porque cuida, cura. Este é o nosso trabalho, o trabalho da Bruxa, curar a Natureza com amor, o mesmo amor e respeito que, antes de tudo, para sermos Bruxas, devemos dispensar a nós mesmas.
Então Eu reafirmo despertar o que??? Já estamos acordada estávamos apenas cochilando.
Adivinhação: arte de prever e interpretar coisas ocultas e predizer o futuro. Faculdade de adivinhar o futuro, explicitar pressentimentos. Os romanos recorriam à adivinhação tanto para seus assuntos privados como públicos.
Aeromancia : adivinhação pelo vento ou vidência através do vento. Esta ciência adivinhatoria era praticada pelos sacerdotes da antiga Babilônia. A observação dos fenômenos ligados ao vento permite predizer o futuro, tendo em conta a intensidade do vento, a sua direção, os movimentos das nuvens e do ar. O vidente observava estes fenômenos de manhã e deles retirava as suas previsões.
Exemplos de interpretação:
Vento de Norte: o sentido do vento pressagia um dia propicio ao amor e ao reencontro.
Vento de Sul: pressagia embustes ao longo do dia.
Vento de Oeste: bom dia em perspectiva.
Vento de Este: dia ligado ao espiritual.
Aleuromancia: adivinhação pela farinha espalhada no chão, interpretando-se os desenhos que ela formar.
Alomancia : a alomancia é a adivinhação pelo sal. Antigamente atribuía-se ao sal propriedades mágicas e divinatórias. Existem dois métodos de praticar a alomancia.
O primeiro método permite obter respostas do tipo “sim” ou “não”, positivo ou negativo: o consultante apanha um punhado de sal grosso e coloca-o sobre uma placa, sobre o fogão. Se o sal crepitar fortemente e durante bastante tempo, a resposta será negativa. Se crepitar baixinho e durante pouco tempo, a resposta será positiva.
O segundo método permite obter respostas mais desenvolvidas e complexas. O consultante lança um punhado de sal no solo e interpreta as formas formadas pelo sal.
Alquimia: ciência oculta que, se baseando no simbolismo mineral e planetário provindo de uma tradição esotérica, procurava estabelecer correspondências entre o mundo material e espiritual. A alquimia permitiria transmutar os metais, mais precisamente transmutar o chumbo em ouro ou prata, através da pedra filosofal. A alquimia também visava encontrar a medicina universal e a fórmula permitindo de elaborar o elixir de longevidade.
A alquimia apareceu no Egito antigo e evoluiu para a Idade Media até ao Renascimento. A alquimia entra em declínio a partir do século XII, sendo que a partir do século XVIII, começa a ser confundida com a química convencional.
Amuleto: do latim amuleto «maneira de se proteger », é um objeto ao qual se atribuem poderes mágicos para proteção, para sorte ou para afastar o azar. Os amuletos apenas protegem contra os perigos ou os males contra os quais foram concebidos.
Na antiga Babilónia, era costume trazer consigo minusculos cilindros feitos de argilainscrustada de pedras preciosas, para afastar maus espiritos. Os romanos colecionavam estátuas de Priape, Deus da Sorte e da Fertilidade... Na américa é comum pendurar um ferro de cavalo por cima da porta para proteger da má sorte e dasvisitas indesejáveis.
Não confundir amuletos com talismãs. Os primeiros têm em vista a proteção, enquantoque os segundos são objectos mágicos, com propriedades ocultas e capacidade para atrair influências beneficas.
Antiteus: duendes malfeitores que, na antiga Grécia, enganavam os homens.
Apantomancia: adivinhação pela interpretação simbólica de animais, objetos ou formas que aparecem de repente, casualmente, no quotidiano das pessoas.
Exemplos:
Borboletas - saúde fértil e momentos de felicidade
Grilos – sorte. Mas um gato preto no caminho é, para muitos, símbolo de azar.
Gatos- sorte também
Ratazanas a saírem da casa - morte
Galo a cantar durante o dia - visita nesse mesmo dia
Astrologia: estudo da influencia dos astros sobre o comportamento humano e grupos sociais, e seu destino.
Ask: primeiro homem da mitologia escandinava. Foi criado pelo poder mágico de três Deuses nórdicos: Odin, Honir e Lotur. Ask antes de ser um homem era um freixo encalhado numa praia. Odin insuflou-lhe uma alma, Honir deu-lhe o poder de pensar e Lodur deu-lhe o dom da vida com suas emoções. Outra árvore, um olmo, também ele encalhado nessa mesma praia, tornou-se graças aos mesmos Deuses, Embla, a primeira mulher, companheira destinada a Ask.
Aritomancia: adivinhação através dos números. Ciência que estuda as relações existentes entre os números, a sua correlação com o Cosmos e seu significado secreto. As grandes escolas de aritomanticas são as de Pitágoras e da Kabbala.
Arúspices: adivinhos do futuro, que interpretavam as entranhas dos animais, na Roma antiga.
Aura: a aura é a manifestação visível da força vital e do campo energético de um indivíduo. A aura é geralmente representada por um halo de luz colorida que parece emergir da pessoa, sendo que a sua cor pode variar em função do estado de espírito da pessoa.
Augúrio: a palavra augúrio provem da civilização romana, onde um augúrio significava um pressentimento. Um bom augúrio era um bom pressentimento e um mau augúrio, um mau pressentimento. O augúrio era uma mensagem enviada pelos Deuses. Essa mensagem devia ser descodificada o quanto antes a fim de adequar a conduta e agradar aos Deuses. Os primeiros augúrios foram fornecidos pelos pássaros, bastando observá-los e escutá-los para deles retirar a mensagem divina. Posteriormente, os augúrios estenderam-se ao céu. Os romanos observavam os fenômenos celestes para lá descobrir os bons ou maus augúrios.
Axinomancia: adivinhação que utiliza um machado para predizer o futuro. A adivinhação pelo machado permitia descobrir tesouros ou ladrões.
2 métodos de previsão:
- O vidente aquecia a lâmina do machado e colocava uma ágata redonda sobre o lado cortante. Se a ágata se equilibrava ou rolava em sentidos diferentes, significava que não havia tesouro. Se a ágata rolava três vezes para o mesmo lado, esse lado indicava em que sentido se encontrava o tesouro.
- Colocar o machado equilibrado sobre uma estava e dançar á sua volta até que caia no chão. Bastava seguir a direção indicada pelo cabo do machado para encontrar o ladrão procurado. Quando se tinha suspeita de vários indivíduos, dizem que o machado cairia quando fosse pronunciado o nome do culpado.
Bacidas: a antiguidade grega distinguia as sibilas das bacidas. Bacida era o adivinho que fazia suas previsões com a inspiração das ninfas.
Bastão de comando: vara enfeitada, usada pelos feiticeiros desde a pré-história. Supõe-se que foi dela que se originou a varinha de condão.
Bibliomância: adivinhação pelos livros. O princípio da bibliomância é muito simples. Basta apanhar um livro ao acaso, abrir uma página ao acaso e escolher aleatoriamente uma frase, Essa frase assim escolhida é um pressagio ou uma predição.
Bifrost (ou Asbru): nas mitologias escandinavas, celtas e germânicas é o nome dado à ponte (arco-íris) que liga a morada dos Deuses (Asgard) e a Terra (Midgard), terra dos mortais. Simbolicamente o Bifrost é o traço de união entre o céu e a terra, a ligação entre os Deuses e os Homens (ou a alma dos homens). Para realizar seus conselhos, diariamente os Deuses viajavam sob a sombra da árvore Yggdrasil. A ponte foi construída pelos Aesir, e era um enorme Arco-íris, cujo guardião era Heimdall. A cor vermelha do arco-íris era formada por um fogo flamejante, que servia como defesa contra os gigantes. No final do mundo, a ponte seria destruída durante o Ragnarok.
Bolomância: adivinhação pelas setas. Este método divinatório foi utilizado pelos Caldeus, pelos Gregos, pelos Árabes. Os Caldeus inscreviam nas suas flechas o nome das cidades para que quisessem ir. Colocavam então as flechas na aljava, de onde retiravam uma ao acaso. O nome da cidade inscrito na flecha indicava o seu próximo destino. Outros povos inscreviam nas flechas símbolos ocultos. A bolomancia era igualmente utilizada por viajantes perdidos que lançavam a flecha ao ar e seguiam na direção que a flecha indicasse uma vez chegada ao solo.
Botanomância: arte adivinhatória que consiste em predizer o futuro graças à análise e observação dos vegetais. No geral o método consiste em expor as folhas ao vento e as que não saírem do lugar ou não forem levadas, indicam as respostas favoráveis. A botanomância era uma ciência muito praticada na idade média. Por exemplo, era bastante utilizado o método das folhas a voar para os apaixonados cujo coração balançava entre várias pessoas. A fim de determinar a pessoa pela qual se estava mais apaixonado, escrevia-se o nome das diferentes pessoas em vista, em folhas diferentes. Depois essas folhas eram colocadas num sítio arejado, mas não exposto ao vento. Ao cabo de três dias via-se a posição das folhas. A folha que se tivesse deslocado menos designava a pessoa mais amada. Se a folha estivesse seca, era sinal de um amor platônico.
Cartomancia: adivinhação pela leitura das cartas de jogar.
Capnomancia: adivinhação baseada na interpretação da fumaça dos fogos sacrificiais ou dos braseiros nos quais são lançados nas suas chamas sementes de verbena, de jasmim ou de outras plantas sagradas.
Catoptromancia: palavra formada do grego Κάτοπτρο [katoptron]- espelho- e μαντεία[manteia] –adivinhação- é a adivinhação através da interpretação de figuras aparecendo num espelho. Este método foi iniciado por volta do seculo VI a.c pelosgregos. O mesmo consistia em usar um copo raso ou uma tigela de louça com água onde a imagem da pessoa era refletida na superfície, como num espelho, e lida por um vidente. Se um desses recipientes caísse e quebrasse enquanto alguém se olhava, significava que ou a pessoa ia morrer ou os dias vindouros seriam catastróficos. Os romanos adotaram o costume e a superstição grega, acrescentando que o infortúnio se estenderia por sete anos, tempo que acreditavam durar seu ciclo de saúde.
Causinomancia: adivinhação através do fogo. Na antiguidade, os objetos que não se inflamassem ao contacto com o fogo no qual eram lançados, eram considerados de bom augúrio, sendo que as chamas eram consideradas de mau presságio.
Ceraunoscopia: arte de adivinhar segundo a observação dos fenômenos do raio, na Grécia antiga.
Ceromancia: Do latim cera, cirer. Adivinhação por meio de cera derretida. O método consistia em segurar uma vela acesa por cima de uma bacia de água, na qual se deixava cair, gota a gota, a cera derretida ou então verter a cera num suporte molhado. As gotas e suas formas assim formadas eram então interpretadas.
Channiling: significa canal, possibilidade de receber e emitir pensamentos com um guia, um anjo, um ser de luz…
Cheloniomancia: método de adivinhação que foi praticado pelos chineses, e no qual é usada uma carapaça de tartaruga como suporte de vidência. Pela sua longevidade, na China, a tartaruga e considerada como uma imagem do universo. A sua carapaça é quadrada na sua base e redonda no topo. Ora no simbolismo chinês, o quadrado é o símbolo do mundo celeste. Os videntes chineses submetiam a carapaça da tartaruga à ação do fogo que fazia aparecer fissuras na escama; 360 tipos de fissuras foram codificados pelos videntes chineses para descrever diversas circunstancias, tempo e lugares.
Ciedomancia: adivinhação que utiliza chaves.
Cledomancia: adivinhação do futuro através de palavras humanas ouvidas ao acaso. Método de adivinhação muito na moda na Grécia Antiga, a cledomancia fora codificada.
Eis segundo Pausanias como era consultado Hermes Agoraios:
“Diante da estátua de Hermes barbudo se encontra uma casa em torno do qual são colocadas lâmpadas de bronze, aquele que quiser consultar o Deus vem à noite, queima incenso sobre o fogo, em seguida, depois de ter derramado óleo nas lâmpadas e de tê-las acendido, coloca no altar à direita da estátua, uma moeda do País, e aproxima-se então da estátua do deus para lhe sussurrar ao ouvido a pergunta que o levou ali; após o que ele deixa este lugar e tapando-se os ouvidos, e a primeira voz que ele ouve, é a resposta do oráculo”.
Cleromancia: adivinhação por meio de sorteio, com lâminas de chumbo, pedrinhas, caroços e sementes.
Criptografia: escrita secreta que pode ser executada com abreviaturas, sinais combinados ou tinta simpática.
Dafnomancia: Da grega Daphne, loureiro. Adivinhação que tem como suporte o loureiro. Este tem diversas propriedades, nomeadamente de tornar clarividente e inspirar sonhos premonitórios. Os adivinhos mastigavam as folhas tal como as Pythiasde Delfos, e queimavam folhas para provocar fumaça antes de revelarem seus oráculos. A dafomancia também consistia em queimar um ramo de loureiro e a interpretar o modo como este ardia. Chamas claras e crepitantes constituíam felizes presságios.
Demônios: para os povos da Antiguidade, os demônios (ou daimon) eram gênios mediadores entre os Deuses e os homens, sendo que alguns faziam o bem e outros nem por isso. A tradição judaico-cristã passou a considerar os demônios como anjos caídos, imbuídos de um espírito maligno.
Druida: origem Celta. O Druida é considerado o intermediário entre os Deuses e os Homens. Na aldeia ele desempenha várias funções: é o guardião do saber e da sabedoria, jurista, conselheiro militar do rei e da classe guerreira, filósofo, ministro do culto é o único que pode fazer sacrifícios… Na sociedade celta os Druidas eram unicamente homens, e cada aldeia tinha o seu Druida.
Duende: ente fantástico que se acreditava aparecer à noite fazendo travessuras.
Elfos: nome dado aos gênios do ar, seres luminosos, aéreos e quase que invisíveis que por vezes vêm em auxilio dos seres humanos. O termo elfo deriva de alfe, gênio nórdico. A mitologia escandinava distingue duas espécies de alfes: os alfes brancos ou Jusalfer (que são gênios de luz e moram em Alfheim) e os alfes negros ou Dunekalfar (que são os gênios das trevas que se escondem da luz no seu mundo subterrâneo, Svartalfaheim, pois o sol os transformaria em pedra). Os alfes negros são magos que conhecem o poder das runas.
Elixir da longa vida: líquido proveniente da pedra filosofal dos alquimistas, que concederia a eterna juventude.
Encantamento: designa uma operação mágica, benéfica ou maléfica, consoante os sentimentos de amor ou ódio daquele que o faz.
Enoptromancia: adivinhação por meio de espelho mágico, que revela o futuro, mesmo aos que têm os olhos fechados ou vendados.
Encromancia: método de adivinhação que permite predizer o futuro a partir de manchas de tinta. O consultante pede ao consulente para fazer manchas de tinta numa folha branca e depois as interpreta. O consultante escreve numa folha branca o seu nome e a questão para a qual deseja uma resposta. Depois lança para cima da folha algumas gotas de tinta (3, 7 ou 13), dobra então a folha em quatro. Uma vez a tinta seca, a folha é aberta e o consultante interpreta as formas representadas pelas manchas de tinta.
Não confundir este método adivinhatório com o teste de personalidade de Rorschach.
Fantasma: um fantasma ou espectro é uma aparição visual de uma entidade do “outro lado”. Um fantasma é uma manifestação do espírito de um defunto, seja de um defunto que não se consegue libertar e fica condenado a vaguear pela terra, seja um espírito que volta do outro lado para se vingar, ou para ajudar seus entes queridos, ou que deseja entrar em contacto com os vivos para fazer passar diversas mensagens.
Os fantasmas, cuja palavra deverá ser relacionada etimologicamente ao grego φάντασμα e φάντασις (respectivamente « aparição » e « visão ») são igualmentechamados de espectros, espiritos, ectoplasmas, poltergeists, incubus ou sucubos, sendo que as variantes de denominação deverão ser entendidas de acordo com umaevolução histórica e cultural.
Génios : Os génios são encontrados em todos os cultos da Antiguidade. Designavamdivindades segundarias, intermediárias entre os Deuses que presidiam ao destino dos homens e os seres humanos. Jinns para os árabes, Devatas e Daimons entre os índios, Tchin para os chineses... esses gênios, às vezes comportavam-se comodemônios tentadores ou como anjos da guarda.
Geomancia: do grego Gê (terra) e Manteia (adivinhação). É a adivinhação pela terra (em oposição à adivinhação pelo céu ou astromancia). Esta ciência adivinhatoriaconsiste em traçar no solo figuras geométricas abstratas, constituidas por pontos, e a interpretá-los. Segundo os países e os videntes que a esta arte recorriam, o metodo de obtenção destas figuras variava: pontos marcados batendo no solo com um bastão,pontos traçados diretamente no solo com um dedo, pontos obtidos por intermédio de dois dados, etc… A origem desta ciencia complexa, remonta a mais de 2000 anosantes de nossa era. Teria nascido na Asia Central, sendo os árabes que, aquando de suas expedições a teriam trazido para a Europa, a India e a China na Idade Média.
Goetia : Do grego goêteia. Este termo deve sua origem aos magos gregos, os goetas, que evocavam os Deuses para realizar seus encantamentos, atraves de invocações e gritos. A goetia qualifica a magia negra, a que se realiza pela invocação de potenciasinfernais. Sob Tiberio, os Goetas foram banidos de Italia.
Golem : O nome é uma derivação da palavra gelem (גלם), que significa "matéria-prima". O golem é, segundo a tradição cabalistica, uma estátua de argila vermelha que toma vida logo que o mago que a molda escreva na sua fronte as letras sagradas da vida. Então os seus poderes seriam ilimitados: crescendo em tamanho e em força, o golem faria todos os serviços. Ele poderia ser usado de forma malevola ou beneficapelo seu criador, a quem ele seria submisso. Poderoso, o golem poderia no entantorepresentar um risco para o proprio mago que o criou. Para o tornar inerte e perderfigura humana, o mago deveria então apagar de sua fronte a primeira letra, simbolo da vida, o que o levaria à morte. Assim ao apagar a primeira letra de Emet (da direita para a esquerda, dado que é assim escrito o hebraico), formando Met (מת, "morto" em hebraico), o golem era desfeito.
Adão é descrito no Talmud (Tratado Sanhedrin 38b) inicialmente criado como um golemquando seu pó estava "misturado num pedaço sem forma".
Hematomancia: do grego haimatos, sangue. Adivinhação pelo sangue. Este método de adivinhação foi praticado pelos Caldeus, Gregos e Etruscos, que interpretavam os desenhos formados pelo sangue derramado no solo ou sobre um tecido, por um animal sacrificado.
Michel de Nostredame, mais conhecido sob o nome de Nostradamus, foi um dos maiores astrólogos e profetas da historia da humanidade. Tão famoso como controverso e ate mesmo contestado, o legado profético de Nostradamus não permite contudo que se possa ignorar o peso da sua obra nos círculos ocultistas e astrológicos. Nas biografias, costuma-se dizer que Nostradamus foi médico, contudo algumas teses mais recentes afirmam que Nostradamus nunca concluiu os seus estudos de medicina, sendo que exerceu antes a profissão de Farmacêutico/ Boticário, ao mesmo tempo que praticava a astrologia e a alquimia. Nostradamus Nasceu em 14 de Dezembro de 1503 em Saint-Rémy-de-Provence; Nostradamus sofria de Epilepsia psíquica, assim como alguns problemas ósseos e pulmunares. Nostradamus era filho de Jaumet (ou Jacques) de Nostredame e Reynière (ou Renée) de Saint-Rémy. Nostradamus foi o mais velho de 8 filhos do casal Nostredame. O nome Nostredame vem do seu bisavô judeu, que escolheu o nome de Pierre de Nostredame quando da sua conversão ao catolicismo. Nostradamus ficou historicamente famoso pelos seus estudos astrológicos, assim como pelos seus dons proféticos. Contudo, se as praticas astrológicas de Nostradamus são fáceis de explicar, ninguém sabe ao certo qual o método que Nostradamus usaria para produzir as suas famosas e admiráveis profecias. Existem alguns relatos do próprio quanto a esse método profético, contudo são demasiadamente vagos. Diz-se que Nostradamus teve em sua posse um ancestral livro de saberes proféticos com grande poder, e que depois de escrever a sua ultima profecia o destruiu, por temer que essa obra caísse nas mãos erradas. Não se sabe se isto se trata apenas de uma lenda. Nostradamus frequentou o curso de Medicina, contudo não concluiu os seus estudos, havendo abandonado a Universidade. Havendo desistido da carreira académica, Nostradamus optou depois pela carreira de Farmacêutico / boticário, tendo sido razoavelmente bem sucedido nessa pratica. Nos tempos em que a peste negra atingiu a Europa, Nostradamus conseguiu bons resultados na luta contra a peste, em parte através da aplicação de praticas de higiene pública e técnicas de higiene pessoal. No entanto uma tragédia atingiu a vida de Nostradamus. O homem que tantos resultados tinha obtido na sua luta contra a peste negra, acabou sendo vitima da doença da pior forma: perdeu a sua esposa e filhos, que morreram da doença que infestou a Europa. Nostradamus ficou devastado, e há quem afirme qe foi este o ponto de viragem na sua vida. Nostradamus casou segunda vez com Anna Gemella, e teve 6 filhos. Foi nessa altura que se dedicou séria a aprofundadamente aos estudos astrológicos e ás artes proféticas. Começou a escrever as suas Centúrias, ao mesmo tempo que alcançou boa fama e muito dinheiro por publicar anualmente almanaques astrologicos, o que fez por mais de dez anos, ganhando considerável fortuna. Os Almanaques da Nostradamus versavam sobre estudos astronómicos a astrológicos. Os dados astronimicos continham informações preciosas para os agricultores e as suas colheitas, ao mesmo tempo que as previsões de astrologia desvendavam as influencias astrológicas dos astros sobre este mundo, o que constituía um instrumento precioso para a burguesia, para os mercadores e homens de negócios, que procuravam antecipar tanto vantagens como obstáculos, de forma a prosperar nas suas actividades. Por tudo isso, o sucesso dos almanaques de Nostradamus foi grande, tanto junto da classe rural mas letrada, como da classe burguesa e urbana, e mesmo das classes nobiliárquicas. Nostradamus ganhou assim uma sólida reputação. Diz-se contudo que a sua dor pela perda da sua primeira esposa e filhos, levou-o a aprofundar os conhecimentos esotéricos e ocultistas. Há quem afirme que secretamente, Nostradamus procuraria contactar com os falecidos e amados familiares. Seja como for, Nostradamus trabalhava arduamente de dia dando consultas a todos os que procuravam a sua sabedoria astrológica, ao passo que á noite se refugiava no seu estúdio para praticar as suas artes esotéricas. Nesse estúdio, rodeado de ancestrais livros secretos e instrumentos místicos, ao longo dessas longas noites, escorreram pela sua pena as revelações que Nostradamus inscreveu nas suas centúrias. Nostradamus sempre afirmou que as suas profecias não se tratavam de eventos fatalmente destinados a concretizarem-se, mas antes constituíam um aviso á humanidade. Nostradamus afirmava que os trágicos eventos por ele profetizados podiam não suceder.
Contudo, Nostradamus também avisava que se a humanidade não alterasse o seu comportamento, os terríveis destinos previstos pelas suas visões ir-se-iam cumprir.
Nostradamus escreveu um livro de centúrias, versos codificados que seriam previsões do futuro. Alguns defendem que as mensagens de Nostradamus não estão codificadas, mas antes são revelações proféticas oferecidas por espíritos, e que todas as visões proféticas são por natureza altamente simbólicas. Outros encontram na historia o motivo da codificação das mensagens proféticas de Nostradamus. Afirmam esses, que no período histórico em que Nostradamus viveu, qualquer pratica ocultista ou mística, ( mesmo a inofensiva astrologia), era considerada herética e demoníaca pela Santa Inquisição católica. Ora, a inscrição das revelações proféticas em versos, oferecia ao publico um poema aparentemente infensivo, livrando assim Nostradamus das garras de uma Inquisição famosa pelas suas hediondas torturas e mortes injustificadas. No entanto, nem mesmo este instrumento poético salvou Nostradamus da perseguição da Inquisição, e não fosse a influencia protectora da rainha Catarina de Médicis,e Nostradamus teria acabado na fogueira por mais de uma vez. As previsões de Nostradamus revelam eventos que viriam a suceder no futuro. Entre tais eventos, contam-se: I A previsão da morte do rei Henrique II com grande detalhe II a previsão da vida e existência de Hitler, com o detalhe de ter acertado no nome de uma figura histórica 5 séculos antes dela nascer III Previsão acertada da 1ª e 2ª guerra mundial III Previsão acertada da vida e existência de Napoleão, com detalhes físicos descritivos de um chefe de estado séculos antes do seu nascimento IV a fundação dos Estados Unidos da América, 500 anos antes da sua ocorrência V o assassinato de Kennendy VI a existência de armas nucleares, de submarinos e helicópteros ou mesmo aviões VII A ocorrência da 2ª guerra mundial, e posteriormente a isso uma outra 3ª catástrofe de escala mundial Há quem afirme que o atentado de 11 de Setembro também se encontra previsto nas centúrias de Nostradamus, contudo nesse ponto existem muita controvérsia, pois ultimamente parecem ter aparecido alguns escritos adulterados. Um facto: Até hoje, as previsões de Nostradamus tem-se verificado infalíveis. Nostradamus teve contactos com três reis de França (Henrique II, Francisco II e Carlos IX), graças a rainha Catarina de Médicis, esposa do primeiro e mãe dos seguintes. Nostradamus ganhou a preferência da rainha, pois previu com exactidão a morte do rei, assim como o futuro de todos os filhos do monarca, sem falhar em nenhuma circunstância. Por ultimo, Nostradamus previu a sua própria morte, e como sempre, não falhou…. morreu em 2 de julho de 1566 em Salon-de-Provence, vítima de um edema cárdio-pulmonar. Acertou na data da sua própria morte, e deixou um legado profético tão famoso, como contestado e polémico. No entanto, ninguém poderá negar que Nostradamus foi um dos maiores astrólogos e profetas da história da humanidade.
Para começarmos a falar sobre esse assunto, vamos começar falando sobre o que são os símbolos. Os símbolos são desenhos que representam algum tipo de linguagem ou significado que estão associados a algo.
Muitos símbolos estão associados às práticas Pagãs de Bruxaria, uma das práticas mais antigas da humanidade. Esses símbolos mágicos são utilizados em rituais de magia, a fim de auxiliarem na emanação de energia; diversos símbolos associados às Bruxas são também utilizados como amuletos e alguns estão associados a deuses.
Esses símbolos mágicos são utilizados em rituais de magia, a fim de auxiliarem na emanação de energia; diversos símbolos associados às bruxas são também utilizados como amuletos e alguns estão associados a Deuses. Utilizam-se diversos símbolos com os mais variados significados para exercer em suas práticas conexões com forças, imagens, ideias e energias específicas.
Durante os séculos, os povos têm desenvolvido símbolos que permitem uma maior interação entre eles e entre todos os seres e coisas que os rodeiam. Foram os tipos de linguagens não verbais que ajudaram as pessoas de linguagens diferentes a se comunicar uma com a outra. Os símbolos são elementos de representação visíveis que substituem e indicam coisas, ideias, pessoas, quantidades, qualidades e espaços não visíveis naquele momento, ou seja, visíveis de forma subjetiva ao contato com o símbolo.
A variedade de símbolos é infinita, já que eles podem ser criados pelo praticante para atender a determinada necessidade evocatória de suas práticas, em virtude disso, nós colocaremos a disposição de vocês os símbolos mais comuns das religiosidades e povos conhecidos, dando suas descrições específicas e relatando significados possíveis de acordo com a simbologia religiosa pagã.
O uso dos símbolos tem ligação direta com os instrumentos, eles servem para focalizar o pensamento, as intenções e o direcionamento energético através da evocação de um significado específico para cada momento. Conhece los é imprescindível para quem deseja praticar satisfatoriamente qualquer tipo de magia e Bruxaria.
Lua Tripla
A Lua Tripla é mais conhecida pelo nome de Triluna, na cultura celta, a Triluna ou Lua Tríplice representa a unidade das três fases da lua: Crescente, Cheia e Minguante, todas associadas ao ciclo da vida.
Ela representa a Deusa Tripla que é dividida em Donzela, Mãe e Anciã. Na Etimologia podemos chamar de Tri; Três Luna ou Três Lua.
O desenho é uma Lua Crescente ligada a uma Lua Cheia e a uma Lua Minguante, lado a lado.
Este símbolo começou a ser utilizado com o surgimento da Bruxaria e das correntes Nova Era e neopagãs, não possui relatos muito significativos entre povos antigos. Os antigos povos que adoravam Deusas Lunares comumente desenhavam círculos ou semicírculos(meia luas) como alusão a Lua, mas não exatamente a forma como a Triluna.
Nas Tradições (Neo)Pagãs é um símbolo próprio da religião Bruxaria e atualmente é muito usado pelas correntes neopagãs para simbolizar a polaridade feminina, tida como Grande Mãe, e seus aspectos de transformação em relação à Lua.
Lua Crescente= Virgem/Donzela
Lua Cheia= Mãe
Lua Negra ou Minguante= Anciã
A Donzela representa:
* Encantamento
* Criação
* Expansão
* A promessa de novos começos
* Nascimento
* Juventude
* Entusiasmo Juvenil
A Mãe representa:
* Maturação
* Fertilidade
* Sexualidade
* Respeito
* Estabilidade
* Poder
* Vida
A Anciã representa:
* Sabedoria
* Repouso
* Morte
* Terminações
A Triluna serve como símbolo da Deusa e como um evocador de bênçãos da mesma. Também é muito utilizado em tatuagens por meio dos adeptos do Neopaganismo e da Bruxaria, nos rituais de Esbbath por exemplo, é comum que as Sacerdotisas coloquem arcos com este símbolo na cabeça, para que ele fique posicionando na testa delas representando assim o poder feminino da Deusa Tripla que as preenche.
Não existe o uso da Triluna por parte das Igrejas ou grupos cristãos, apenas no oriente é possível perceber alguns símbolos parecidos que são usados em festivais, mas nada específico.
Este símbolo também é usada no Dianismo e no Neo-Druidismo, baseada nos escritos de Robert Graves, retratando as três faces da Deusa como citado anteriormente no começo da descrição deste símbolo.
Triplo Círculo
Também chamada de Triskle Celta, o triplo círculo está associado à natureza e aos quatro elementos sendo utilizado como talismã. Além disso, esse símbolo femininoé usado nos rituais para evocar a Deusa Tripla (Virgem, Mãe e Velha) que simboliza a mente, o corpo e o espírito.
Lembrete: Não confunda a Deusa Tripla(Virgem, Mãe e Velha) do Triplo Círculo com a Deusa Tripla(Donzela, Mãe e Anciã) da Triluna. Este tipo de símbolo também é comum encontrar entre os Druidas que seguem a religião antiga.
Pentáculo
Símbolo mágico, utilizado em muitos rituais de bruxaria, o heptagrama (Estrela de Sete Pontas) representa:
· A harmonia do cosmos
· As sete cores do Arco-Íris
· As sete zonas planetárias
Partilhando em grande parte a sua simbologia com o número cabalístico sete.
Pentagrama
A estrela de cinco pontas é um dos símbolos mais importantes e antigos presentes em muitos rituais de magia de modo que simboliza a união do cosmos, dos quatro elementos(ar,água,fogo e terra) e do espírito.Muitos povos a utilizavam como amuleto da sorte.
Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por forças superiores e trocas energéticas que nem sempre soube identificar. Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi uma grande busca de imagens, objetos e criaram símbolos para poder entrar em sintonia com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção.
Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do Pentagrama põem de acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o princípio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino. Ele simboliza o andrógino. O Pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia.
Na Europa Ocidental era conhecida como Pé de Druida e Pé de Feiticeiro, em outras épocas ficou conhecido como Cruz dos Goblins. O Pentagrama representa:
O próprio corpo Os 4 membros Cabeça Representação Primordial dos 5 sentidos interiores e exteriores 5 estágios da vida do homem
No nascimento ele representa: O Início de tudo
Na infância ele representa: Momento em que o indivíduo cria as suas próprias bases
Na maturidade ele representa: Fase da comunhão com as outras pessoas
Na velhice ele representa: fase de reflexão e maior sabedoria
Na morte ele representa: Tempo do término para um novo início
Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo consequentemente chamado de Laço Infinito. A potência e associações do pentagrama evoluíram ao longo da história. Hoje é um símbolo onipresente entre neopagãos, com muita profundidade mágica e grande significado simbólico.
Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopotâmia, onde a figura do pentagrama aparecia em inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia aos quatro cantos do mundo. Entre os Hebreus, o símbolo foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Às vezes é incorretamente chamado de Selo de Salomão, sendo entretanto usado em paralelo com o Hexagrama.
Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco A´s Pitágoras, filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença do Pentagrama, no Egito, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia.
A geometria do Pentagrama e seus associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do Pentagrama ficou conhecida como A Proporção Dourada, que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos.
Para os agnósticos, era o Pentagrama chamado de Estrela Ardente e, como a Lua Crescente, um símbolo relacionado à magia e aos mistérios do céu noturno. Para os druidas, era um símbolo divino e, no Egito, era o símbolo do útero da terra,guardando uma relação simbólica com o conceito da forma da pirâmide. Os celtas pagãos atribuíam o símbolo do Pentagrama à Deusa Morrigan.
Os primeiros cristãos relacionavam o Pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais era um símbolo cristão. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao Pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.
O Imperador Constantino I depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C., usou o Pentagrama junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbólica da cruz) como seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifânia, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neopagão do Pentagrama.
Em tempos medievais, o Laço Infinito era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como um Amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas. Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa.
Na localização do centro da Ordem dos Templários, ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um Pentagrama Natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro.
Há grande evidência da criação de outros alinhamentos geométricos exatos de Pentagramas como também de um Hexagrama, centrados nesse Pentagrama Natural, na localização de numerosas capelas e santuários nesse área. Está claro, no que sobrou das construções dos Templários, que os Arquitetos e Pedreiros associados à poderosa ordem conheciam muito bem a geometria de Pentagrama e a Proporção Dourada, incorporando aquele misticismo aos seus projetos.
Entretanto, a Ordem dos Templários foi inteiramente dizimada, vítimas da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da França, em 1.303. Iniciaram-se os tempos negros da Inquisição, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar, esparramando-se como a repetição em Câmara-Lenta da Peste Negra, por toda a Europa.
Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusações em decorrência dos interesses da ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O Pentagrama foi visto como simbolizando a cabeça de um Bode ou o Diabo, na forma de Baphomet. E era Baphomet quem a Inquisição acusou os Templários de adorar. Também, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evidência. Ervas potentes e drogas trazidas do leste para as Cruzadas, entraram na farmácia dos curandeiros, dos Sábios e das Bruxas.
Curas, mortes e mistérios desviaram a atenção dos dominicanos da Inquisição, dos hereges cristãos, para as bruxas pagãs e para os sábios, que tinham o autoconhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos.
Durante a purgação das Bruxas, outro Deus Cornudo, como Pan, chegou a ser comparado como Diabo(um conceito cristão) e o Pentagrama(popular símbolo de segurança)foi associado pela primeira vez na história, algo ligado ao mal e chamado de Pé da Bruxa.
O Pentagrama é o símbolo da Bruxaria. A maioria dos bruxos usam o Pentagrama para representar a sua fé e se reconhecerem. O Pentagrama é tão importante para as Bruxas, assim como a cruz é importante para um cristão, ou como o selo de Salomão é importante para um judeu.
O Pentagrama representa o homem dentro de um círculo, o mais alto círculo da comunhão total com os Deuses. É o mais alto símbolo da Arte, pois mostra o homem reverenciando a Deusa, já que a estilização de uma estrela(homem) assentada no Círculo da Lua Cheia(Deusa). Cada uma das pontas possui um significado particular: ESPÍRITO: Representa os criadores, a Deusa e o Deus, pois eles guiam a nossa vida e nos ajudam na realização dos ritos e trabalhos mágicos. O Deus e a Deusa são detentores dos 4 elementos e estes elementos são as 4 outras pontas TERRA: Representa as forças telúricas e os poderes dos elementais da terra. Os Gnomos. É a ponta que simboliza os mistérios, o lado invisível da vida, a força da fertilidade e do crescimento. AR: Representa as forças aéreas e os poderes dos Silfos. Corresponde à inteligência, ao poder do saber, a força da comunicação e da criatividade. FOGO: Representa a energia, a vontade e o poder das Salamandras. Corresponde às mudanças, às transformações. É a força da ativação e da agilidade. ÁGUA: Representa as forças aquáticas e os poderes das Ondinas. Está ligada às emoções, ao entardecer, ao inconsciente. Corresponde às forças da mobilidade e adaptabilidade. Portanto, o Bruxo que detém conhecimento sobre os elementos usa o Pentagrama como símbolo de domínio e poder sobre os mesmos.
Pentáculo
Os pentáculos são um dos símbolos mais antigos da humanidade, e tem sido utilizado por muitas culturas como talismã de proteção. E embora tenha muita confusão com o pentagrama, não é o mesmo. O pentagrama é a estrela de cinco pontas; enquanto que o pentáculo será essa mesma estrela, mas encerrada em um círculo. Não obstante, une todos os aspectos do homem: o corpo com a mente e o espiritual com o profano.
Cada ponta do pentáculo representa uma energia determinada. As primeiras constituem os quatro elementos que coincidem com os pontos cardinais: Norte Terra; Sul Fogo; Este Ar; Oeste Agua.
Assim mesmo, a figura central do pentáculo se lhe ha dado semelhança com a forma do homem. De esta maneira, a ponta superior personifica o espírito: o imortal, inquebrantável, o eterno e a conexão espiritual com a terra; a ponta esquerda superior está representada pelo elemento Ar e engloba o pensamento, inteligência, e o braço direito do ser humano; a ponta direita superior é dominada pelo elemento Água; é o ciclo da vida que começa e termina, onde está imersa a alegria, a tristeza e a cólera; além significa a perna direita do ser humano.
Cernunnos ou Cerunos
Cernunnos, ou Herne, o Caçador, é o deus céltico da fertilidade, da natureza, protetor das matas e dos animais, representante do sagrado masculino e das forças de ordem na Bruxaria. Costuma ser representado com chifres de cervo, cabelos compridos e barba, nu ou coberto de folhas, ou ainda com roupas naturais, feitas a partir de peles de animais. É o líder da floresta, dos animais selvagens e da vida livre, também sendo relacionado à caça e aos bardos.
Como tem uma ligação muito forte com o sagrado masculino, a vida selvagem e os instintos, Cernunnos pode vir a ser representado completamente nu, por vezes com ereções, e isto não deve ser visto como algo promíscuo, e sim uma representação da fertilidade e do poder masculino, que se manifesta através do desejo sexual, não apenas na coragem e na força. Cernuno ou Cernunnos,um dos deuses celtas mais antigos, deus das florestas e dos animais, esse símbolo, um círculo com chifres, na Bruxaria, representa a força do poder masculino, o ciclo da natureza, a morte e o renascimento, sendo reverenciado em diversos rituais.
Sua representação com chifres pode ser interpretada por não-pagãos como culto ao diabo cristão, mas sabe-se que na Bruxaria no geral, não existe esta crença em entidades cristãs, sejam elas boas ou más. Assim, essa ideia além de completamente infundada, tem raízes no preconceito e na difusão da tentativa de descreditar o culto aos deuses pagãos.
Cernunnos representa o sol, a luz, a coragem e a força física, os instintos, os animais e plantas selvagens, as florestas, as necessidades intrínsecas de nossa natureza mais profunda. Os desejos sexuais, então, são muito ligados a este deus. É considerado que Cernunnos possui a face de Deus Cornífero, Senhor das Matas e Senhor das Sombras em si, sendo assim uma deidade tríplice e completa. Ele pode ter relação com a música e com o druidismo, sendo assim representado com flautas ou instrumentos musicais como os de druidas.
Na face Senhor das Matas, Cernunnos é conhecido como Herne, o Caçador, e abençoa a caça desde que não seja desnecessária, assim como protege os animais e as plantas cultivadas pelo homem. Ele costuma manter os chifres, pois estes são símbolos de força, e de poder - o tamanho dos chifres costuma demonstrar autoridade no reino animal, seja entre touros ou cervos.
Embora não muito cultuado nesta face, Cernunnos pode possuir características de Senhor das Sombras, como guardião dos portões para o submundo e a morte, ainda mantendo em si os ideais de renascimento é preciso a morte para que haja vida.
É relacionado também com as colheitas, sendo similar e comparado ao Deus do Mito da Roda do Ano, que ao partir ao submundo abençoa as plantações e os animais para que haja fartura mesmo em sua ausência.
Quando o Deus morre no Samhain, toda a natureza morre com ele, demonstrando então que Cernunnos, quando relacionado ao Deus, possui muitas características em comum, podendo ser cultuado como a mais forte representação do sagrado masculino.
O Deus na Bruxaria pode ser muito assimilado com Cernunnos, por suas características e também pelo que Cernunnos representa. Assim, geralmente as imagens que tratam do Deus e da Deusa, costumam manter um Deus com chifres, nu e/ou adornado com folhas, por vezes com patas de cervo e cabelos longos, barba comprida e aparência mais selvagem.
Deusa Mãe
Símbolo do poder feminino, na Bruxaria, a Deusa Mãe ou Mãe Terra é a geradora de todas as coisas e possui o Deus Chifrudo. Cerunos, como seu consorte sendo reverenciada em diversos rituais de Bruxaria.
A Deusa Mãe é a face criadora, que dá a vida e prossegue as coisas iniciadas. É uma face protetora, que ama incondicionalmente e é ligada à fertilidade. Essa face é representada pela Lua Cheia, e é a própria natureza em seus aspectos. Ela se volta para a nutrição, para as colheitas, fertilidade e justiça. A Deusa Mãe era cultuada desde o neolítico e o paleolítico, onde encontramos estátuas da Vênus de Willendorf, por exemplo.
O Esbath para a Deusa Mãe é relacionado à prosperidade e à fertilidade em todos os sentidos. Ela protege e ama, mas também pune, caso assim seja necessário. É representada grávida, ou com o Deus criança em seus braços. Ainda assim, é jovem, forte, e bela. Sua sexualidade é exuberante.
Os rituais favorecidos pela Deusa Mãe são os de proteção, para trazer-lhe direções e sentidos, para decisões e escolhas, intuição, continuidade em aspectos da vida, bem como força para finalizar assuntos ou situações. A Deusa Mãe é protetora e é quem dá a vida, quem continua o ciclo, mas é firme com seus filhos, sabendo guiá-los com sabedoria. Ela nos auxilia com conflitos familiares e protege as casas de desavenças, bem como abençoa os relacionamentos amorosos e traz a eles prosperidade.
Os animais relacionados à Deusa Mãe são os gatos, leões, lobos, animais poderosos e que tem aspecto maternal e protetor. Suas cores são mais fortes que a da Donzela, como o verde, o azul, o roxo, e o vermelho. Ervas para proteção são usadas para cultuá-la. Deusas com a face Mãe predominante: Danu, Brigit, Gaia, Ísis, Bast, Freya, Lakshmi, Tiamat, Inanna, Deméter.
Cruz ansata ou Ankh
Esse símbolo é uma cruz cuja ponta possui uma forma ovalada, tal qual uma alça, fechada na parte superior vertical. A despeito de ser um símbolo originalmente sagrado egípcio, a cruz andata ou ankh na Bruxaria, considerado um tipo de Bruxaria moderna, inspirada na Tradição Celta, é utilizado como amuleto. E simboliza:
Proteção
Fertilidade
Reencarnação
Imortalidade
Vida
Iniciação
Poder Criativo
Restauração Em outras Tradições de Bruxaria, as Bruxas utilizam da cruz ansata, símbolo a saúde e a fertilidade, nos rituais de feitiçaria. Na alquimia e no ocultismo, esse símbolo representa a transformação e o caminho da vida.
É um milenar símbolo egípcio, usado por Faraós, Sacerdotes e nobres dos mais diferentes lugares. Era usado em: sarcófagos, paredes, roupas, instrumentos e adornos. Tornou-se um símbolo muito utilizado e conhecido a partir da década de 70 com a criação dos movimentos da Nova Era(em inglês: New Age) e passou a ser usado nos mais diferentes lugares do Mundo.
Na Alquimia e no Ocultismo é um símbolo muito usado para representar o processo de caminhada do adepto até a iniciação. O caminho é marcado pelo equilíbrio e pela transformação obtida através da morte, onde o adepto é lapidado e retorna com uma nova vida. É um símbolo usado em ordens como a Maçonaria e a Rosa Cruz.
Nas Tradições (Neo)Pagãs, todos aqueles que seguem o panteão egípcio trabalham com o Ankh. As linhas na horizontal e vertical(Círculo/Útero e Cruz/Falo) representam a energia feminina e masculina, que são diretamente relacionadas a Ísis e Osíris, os principais Deuses Egípcios. Desta conexão têm-se a ideia de fertilidade e poder criativos atribuído nas cheias do Nilo.
Além disso, é possível interpretar o arco do topo da Ankh como sendo o movimento do Deus Sol Hórus(abaixo vou falar sobre o símbolo do olho de Hórus), filho de Ísis e Osíris. Dessa trindade surge o significado voltado à restauração, vida, criação, fertilidade e reencarnação.
Na Bruxaria é encarado como um símbolo da imortalidade e do fortalecimento gerado pela conexão com o divino.
Em comparação entre todos citados, é um símbolo muito utilizado principalmente pelos movimentos cristãos Gnósticos, sendo encarado como símbolo da ressurreição de Cristo. Dentro de outras correntes cristãs, principalmente as que estão ligadas às Igrejas Católicas, o símbolo não é muito visto, devido a sua direta ligação com as deidades pagãs.
No Brasil, o símbolo foi utilizado como emblema da Sociedade Alternativa criada por Rail Seixas e Paulo Coelho, e a partir de então se tornou muito conhecido por pessoas que tinham contato com esses personagens da música e da literatura brasileira.
Acima eu demonstrei os símbolos que são mais utilizados em rituais e formas de proteção como amuleto. Agora vou mostrar outros símbolos que também são utilizados, mas não são muito frequentes.
Olho de Hórus
É um olho humano com detalhes em linhas no formato egípcio. E ele representa:
Proteção
Ampliação da Visão
Restauração
Força
O símbolo foi muito utilizado no antigo Egito, mas com o tempo ela foi sendo perdida e não mais conhecida. De acordo com a mitologia egípcia, esse símbolo foi usado pelo Deus Solar Hóruspara substituir o olho esquerdo que ele havia perdido numa Lua contra o seu tio, O Deus Seth.
O Udyat (nome em árabe) era utilizado pelos faraós tanto em seus objetos pessoais como no contorno dos olhos para que recebessem o poder deste símbolo. Na alquimia e no ocultismo é muito utilizado por ordens Maçônicas e R+C´s, também por vários grupos herméticos, gnósticos e esotéricos. O Simbolismo está ligado ao poder como olho que tudo vê, da capacidade de enxergar além das máscaras e dessa forma ganhar a grande proteção. É também um símbolo relacionado à vitória contra os traiçoeiros.
Nas Tradições (Neo)pagãs tem como função primordial favorecer a evolução do terceiro olho, sendo utilizado em amuletos, livros e objetos ritualísticos como símbolo de proteção, de elevação da sensibilidade energética e acima de tudo como um emblema daqueles que possuem dons relacionados a Visão.
Na Bruxaria é muito usado pelos grupos que seguem o panteão egípcio, e entre os outros também possui uma incidência significativa. É usado como amuleto protetor e como um recarregador de forças, dando poder, maior visão e restauração/cura ao seu usuário.
Em comparação com as outras religiões, não é utilizado em nenhuma religião monoteísta conhecida, mas normalmente é citado por cristãos como um símbolo demoníaco por ser relacionado a um Deus Pagão.
Existem dois tipos de Olho de hórus, o esquerdo e o direito; o esquerdo simboliza a Lua, o feminino e a capacidade de enxergar o desconhecido, sombrio e espiritual.
E o direito; simboliza o Sol, masculino e a capacidade de enxergar além do conhecido comum, ver detalhes com clareza, enxergar o físico e mental, tal como ele é.
YIN E YANG
É o símbolo que representa o equilíbrio das energias universais.
Yin= Feminino (o lado escuro/preto)
Yang= Masculino (o lado claro/branco)
Um círculo com duas metades onduladas e proporcionais, com mais dois círculos menores e opostas a cor dentro de cada uma.
É um símbolo milenar da cultura chinesa que se tornou muito popular no ocidente com a chegada dos gibis e desenhos animados de cunho oriental.
Na Alquimia e no Ocultismo o símbolo de equilíbrio descreve tudo que está no Universo, o Universo que possui uma parte do outro dentro de si, constituindo diversas polaridades dentro de um só ser, onde é a diversidade que gera o equilíbrio.
Nas Tradições (Neo)Pagãs é normalmente utilizado em Mandalas, espelhos e pendurando em portas e paredes. A sua interpretação segue o mesmo padrão, o símbolo de equilíbrio lido como: Todo mal possui um bem, todo o bem possui um mal.
Todas as pessoas e coisas são duais, possuem luz e sombras, pólos masculino e feminino, medo e coragem, dentre outros, mas tudo diferente e contrário do outro.
Na Bruxaria pode simbolizar também fertilidade e criação, onde a união dos opostos(Sacerdotisa e Sacerdote) permite que um absorva uma parte do poder do outro, ou seja, a Sacerdotisa absorve um pouco do poder do Deus ao ser fertilizado pela Sacerdotisa.
Lembrete: Não estamos citando, necessariamente, o Grande Rito real. Neste caso, o simbólico e qualquer união energética entre o Sacerdote e a Sacerdotisa devem ser levados em conta em relação à simbologia do Yin e Yang. Este símbolo não é muito comum na Wicca, apenas é interpretado desta forma por alguns que o utilizam.
Não é utilizado e nem sincretizado por religiões monoteístas.
Origem: A origem do nome Yin e Yang começou a partir da interpretação de um chinês chamado Ching,diz ter percebido que todas as energias possuem uma dualidade de forças. É largamente utilizado na arte do Feng Shui para harmonizar os ambientes. Basicamente o um não vive sem o outro, não existe somente o Yin ou somente a Yang, ambos estão sempre juntos.
Ainda não entendeu? Então imagine que você foi gerado a partir de algo, você pode até ter sido adotado ou ter sido algo de laboratório, mas se você pensar bem, a vida não surge se não existir um homem(princípio masculino) e uma mulher(princípio feminino). Nós não nascemos dentro da mão de um Deus ou de uma Deusa, no início pode até ter sido assim, mas agora não é mais. Um não vive sem o outro, não existe uma coisa só sem a outra parte, os dois juntos que formam o um só, que no caso da existência de um ser é formado pelos princípios masculino e feminino.
Estrela de Davi
É um antigo e poderoso símbolo mágico. O símbolo consiste em um Hexagrama de dois triângulos entrelaçados e cada um opostos para um lado(um voltado para cima e o outro para baixo).
O selo de Salomão simboliza a alma humana, sendo utilizada por Bruxas e magos cerimoniais para encantamentos, conjuração de espíritos, sabedoria, purificação e reforço dos poderes psíquicos.
A ponta para baixo representa a Água ou a Vulva
A ponta para cima representa o Fogo ou do Falo
Cruz Celta
A cruz possui quatro braços iguais, envoltos por um círculo. Existe uma outra Cruz Solar que é a Cruz Cristã. Adornada com desenhos celtas e com um círculo na sua parte de cima. Esta cruz, por sua vez, é mais utilizada pelos movimentos cristãos Irlandeses e Bretões e é mais um sincretismo cristão de símbolos e identidades pagãs. Representa:
Equilíbrio
Igualdade
Harmonia
O símbolo aparece por toda a Europa desde o terceiro milênio a.C. e foi mais utilizado pelos povos Celtas
(Caltiberos,Gauleses,Gaélicos) e também teve uso por meio dos povos nórdicos sendo considerada uma Cruz de Odin.
Ao que tudo indica que era usada por eles em Amuletos de proteção sendo comumente gravadas em pedras, ornamentos e instrumentos.
Na Alquimia e no Ocultismo não existe um significado muito latente. O uso se remete normalmente a Cruz Irlandesa(cristã), que une em si o simbolismo do círculo(eternidade) e da cruz cristã(sacrifício, ressurreição).
Nas Tradições (Neo)Pagãs, diferente dos grupos reconstrucionistas celtas utilizavam-se deste símbolo para expressar sua busca pela vivificação da cultura destes povos. Aqueles que seguem a religiosidade ligadas ao Celta como o Druidismo(Histórico, Neo e Reconstrucionista) usam tal símbolo para representar a sua fé como uma homenagem aos seus ancestrais e Deuses.
Na Bruxaria este símbolo ganha o significado de equilíbrio e igualdade, onde os braços da cruz, por serem idênticos são uma referência a isto. Também demonstra ser um símbolo de união dos Deuses, já que o Deus é representado pelas quatro estações da roda do ano e a Deusa pelo Círculo Lunar(Lua Cheia).
Para os Pagãos é um símbolo de:
equilíbrio
força
ancestralidade
Para os Cristãos é um símbolo que demonstra a eternidade de Cristo, lembrando que há variações no formato das cruzes de um e outro.
Infelizmente, a cruz irlandesa cristã e até mesmo a cruz celta pagã são utilizadas por alguns radicais e racistas, para eles o símbolo é uma suposta e absurda supremacia brancaem relação aos Negros e pessoas estrangeiras em países como Irlanda e França. Tanto que na Itália o símbolo foi proibido por ser considerado Fascista.
Ourobo
O símbolo representa:
continuidade
eterno retorno
Na linguagem copta e no idioma hebreu, ouro (Ourobo) significa Rei, e obo (Ourobo) significa Serpente. Sendo que tais expressões são uma interpretação relativamente moderna, não sendo possível analisar uma etimologia mais precisa quanto à raiz exata do termo.
Contém os animais místicos do fogo, o Dragão ou a Serpente, num movimento circular engolindo o próprio rabo, dando a ideia de que se alimentam através de si próprios. Aparece somente com uma cor, ou o mais comum; contendo duas cores, representando a união das polaridades, feminino e masculino, claro e escuro, divino e profano entre outros.
Os achados mais antigos deste símbolo possuem e indicam mas de 3.000 anos. Foram encontrados em diferentes locais e datas com diferentes povos, dentre eles são citados:
Egípcios(Representando a Ressurreição de Rá como o Sol), Chineses, Nórdicos(Jormungand), Fenícios, Hindus, Gregos e outros.
Na Alquimia e no Ocultismo, tal símbolo é utilizado na maioria das vezes em livros, da expressão Hen to Pan que pode significar o Um, o Todo ou Tudo é um,um é Tudo. Marcando desta forma o significado de ressurreição, transmutação ígnea onde o adepto morre e renasce iniciado.
Nas Tradições (Neo)Pagãs: Simboliza o eterno retorno da alma na roda das existências. Na Bruxaria pode ser utilizado para representar a roda do ano, o eterno retorno do Deus Sol, que pode ser comparado com a Serpente e ligado ao Submundo como tal Deus que se sacrifica e renasce constantemente num ciclo eterno.
Como símbolo Pré-Cristão, a Serpente do Ourobo representa Sabedoria, a capacidade de enxergar e entender o universo, e para a visão Cristã é vista de forma maléfica e ligada ao Inferno. O Círculo pode representar a roda do Sol, o Universo e a Continuidade para os pagãos, representando assim o limite entre os mundos para os Cristãos.
Algumas vezes, o símbolo aparece criando dois círculos contínuos, igual ao número oito, um acima do outro, e pode ter sido desta representação que o símbolo matemático do infinito surgiu.
Círculo Mágico
O círculo mágico é um dos principais "instrumentos" de uma Bruxa. É o local sagrado onde será concentrada a energia utilizada durante os rituais, adivinhações, preparo de poções e todas as coisas que a bruxa desejar fazer dentro do círculo. É um local de proteção e de comunicação com os deuses, onde podemos manipular energias livremente.
Ele pode ser feito de qualquer forma que você desejar. Você pode traçar o círculo com seu athame, com sua varinha, seu bastão, espada, com um galho de árvore com os dedos, ou você pode fazê-lo físico também. Desta forma, ele pode ser feito com velas, com ervas, flores ou folhas, pedras, ou desenhá-lo na terra (caso esteja ao ar livre). É importante apenas que você consiga visualizar e sentir o seu círculo lhe protegendo ao seu redor. E também, ele pode ser feito apenas para um local específico, onde você pode consagrar itens traçando um círculo mágico físico em seu altar.
Também é indispensável que o círculo mágico seja sempre desfeito, e que as energias sejam devolvidas aos lugares que você desejar direcionar. Um acúmulo de energias devido a um círculo mal fechado, ou, à falta de direcionamento de energias, pode transformar-se em um excesso que pode lhe prejudicar. Se você traçou o círculo convidando alguma deidade, ou algum elemental, então você deve destraçar seu círculo despedindo-se desta deidade/elemental, e agradecendo por sua presença. Você deve destraçá-lo pelo sentido contrário do que traçou, e com alguma frase que indique a despedida. Exemplo para abrir e fechar o círculo mágico:
"Eu, (nome ou nome mágico), invoco o Deus e a Deusa (além ou invés deles, pode invocar algum guardião, deidade específica ou afim) para este ritual, para que a mim se unam através de pensamento e de meus atos. Guiem-me e orientem-me em meus caminhos; abençoem este local para que sirvam-lhes bem. Convido os elementais da água, do fogo, da terra e do ar, para que me fortifiquem com seus poderes, e que suas presenças me tragam as bênçãos da Terra."
"Meu propósito está findado; despeço-me da terra, do ar, do fogo e da água, que me auxiliaram em meus objetivos. Agradeço suas nobres presenças neste círculo. Despeço-me do Deus e da Deusa (e/ou dos outros guardiões, deidades ou afins que tenha convidado) e agradeço por suas bênçãos que iluminam meus dias e guiam meus passos. Que este círculo esteja desfeito, mas que as bênçãos nunca estejam."
Você pode traçar seu círculo quando for utilizar seu altar em casa para um fim específico, ou pode sair ao ar livre e traçá-lo na natureza, caso for praticar sua magia em um local que não seja no interior de algum domicílio. Não faz diferença se ele é feito dentro ou fora de casa, nem mesmo se é físico ou não. O círculo serve para que você concentre e harmonize as energias que utilizará em qualquer que seja a atividade que esteja praticando. Também pode-se traçá-lo ao meditar, ou ao apenas realizar um pedido à deuses.
Detalhes importantes:
Lembre-se de não sair do círculo mágico durante rituais. Caso for utilizar elementos que não estejam no altar ou ao seu alcance, deixe-os próximos, ou dentro do círculo. Caso você saia do seu círculo, ele não será desfeito, mas a energia acumulada ali será dispersa, e tudo o que você praticou até agora terá de ser recomeçado. É a mesma coisa para rituais.
Você não precisa se preocupar com norte, leste, sul ou oeste, nem mesmo com traçar o círculo em sentido horário ou anti horário. Faça da forma que lhe for mais conveniente, tendo o cuidado de sempre visualizar seu círculo ao seu redor, e de destraçá-lo no sentido inverso em que abriu.
Não há restrições diretas para a forma em que você abrirá seu círculo. Ele é, acima de tudo, seu templo e seu contato com os deuses e com a natureza. Sempre o faça e o visualize da forma que você achar melhor.
Lembre-se também que não há forma errada de traçar o círculo. Qualquer frase que você sentir necessidade de dizer, será correta. Qualquer instrumento que você utilizar - seja ele seu dedo indicador ou um athame para traçá-lo, será correto. Qualquer quantidade de voltas - embora duas sejam boas para que não haja um local mais "fraco" ou furos em seu círculo - que você der, ou deidades e elementais que você convidar, também será correto. Caso funcione bem para você, então seja feliz praticando sua magia!
O Círculo Mágico representa:
Proteção
Estabilidade
Perfeição
Renovação
Fluxo Energético
Frases e Ditados citados por quem utiliza o conhecimento sobre este símbolo:
O círculo, por outro lado representa a totalidade. Tudo centro do círculo é uma coisa só, circundada e limitada. Esse seria o aspecto espacial. Mas o aspecto temporal do círculo é que você parte, vai a algum lugar e sempre retorna. O Universo é o Alfa e o Omega, o princípio e o fim. O Círculo sugere imediatamente uma totalidade completa, seja no tempo ou no espaço.
Venus de Willendorf
A Venus de Ancestralidade representa:
Fertilidade
Ancestralidade
Prosperidade
Vênus é uma descrição genérica para diversos tipos de imagens ou estátuas femininas. Willendorf é o nome do local onde a estatueta foi descoberta em 1908 na Áustria. Uma estatueta de Pedra com aproximadamente 11 centímetros, feita de oolítico(material que não existe na religião de Willendorf), pintada com ocre vermelho, representando uma mulher com aspectos avantajados nos seios, vulva e barriga. Tem na cabeça um possível traçado comum da época ou uma ampla quantidade de olhos.
Possui, devido as análises, aproximadamente 24 mil anos de idade, sendo considerada uma das mais antigas Vênus europeias. Foi produzida, provavelmente, por tribos nômades de caçadores que deram origem aos povos chamados de indo-europeus.
Na Alquimia e no Ocultismo não possui nenhum uso conhecido. Apenas apresenta semelhanças de tamanho e formas disformes como as bonecas de pano, muito usadas em rituais de direcionamento energético, como no caso dos vodus.
Nas Tradições (Neo)Pagãs, para a maioria das diferentes religiosidades pagãs representa, não só a Vênus de Willendorf como várias outras que representam uma crença dos povos antigos em seres femininos diretamente ligados a fertilidade e abundância.
Para os crentes no conceito de Grande Mãe, algo muito presente nos seguidores da Bruxaria, Willendorf representa a própria.
Ao colocarem tal estatueta no altar(cópias, obviamente),os pagãos acreditam estar honrando a memória e a crença de deus ancestrais, além de estarem atraindo para si bençãos de prosperidade e fertilidade, visto que as formas avantajadas da Vênus mostram que provavelmente este era o seu uso no passado; um talismã para fertilidade e uma representação da divindade mãe do povo que a esculpiu.
Ao ser comparada com as outras Vênus, Willendorf é uma das mais curiosas, pois é a única que mostra com clareza a ideia de fertilidade devido ao tamanho de seus seios, vulva e barriga, podendo inclusive, representar uma mulher grávida.As Deusas da fertilidade sempre existiram nas mais diferentes culturas, e dentro das religiões monoteístas, mesmo com toda a repressão do patriarcado, muitas figuras femininas se mantiveram presentes na religiosidade popular e tiveram que continuar sendo cultuadas de algum modo.
Neste caso, Maria é uma semideusa virgem ligada à criação divina e a pureza; Madalena também vista por alguns cristãos(Gnósticos) como uma semideusa da restauração, bondade e persistência, a Santa Brigith(uma Deusa Pagã Celta), Lilith uma divindade do período pré-monoteísta dos povos judaicos(Semitas e Hebreus) e tantas outras figuras femininas enchem as religiões monoteístas dando aos seus dirigentes sérias dores de cabeça na tentativa de explicar o porque de terem sido em partes sincretizadas à essas religiões.
A Vênus de Willendof é hoje, vista como um símbolo universal do poder feminino . Observação: É extremamente importante alertar que apesar de algumas figuras, ideias, nomes ou estereótipos ligados a Deusas ou concepções femininas existirem dentro das religiões monoteístas em nada, absolutamente nada, o tipo de crenças monoteísta se assemelha ao pagão em relação aos aspectos femininos da mulher ou da divindades, logo, não misturem as coisas.
Em outras palavras, a crença influencia e depende de seu material, mas sempre é lógica e simbólica: Se o talismã suporta Rubi, imediatamente terá conexões com Marte, tanto o planeta quanto o ser mitológico. O Pentáculo é a forma mais evoluída de talismã e procede da ideia de um objeto que contém o todo, que resume o todo, que é a síntese do macrocosmo. Outros símbolos menores na Bruxaria são o Tríscele, a Triquietra e as Três Lebres.