domingo, 29 de abril de 2012

Religião



As religiões mundiais foram os pilares das culturas do mundo, de forma que, se as eliminamos, os arcos caem e o edifício se derruba.
(Christopher Dawson, o filósofo da história)

Aquilo que não é conhecido pode ser temido. Embora seja uma citação antiga é muito atual.

A palavra religião vem do latim: "religio" que significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar". Religar o homem a Deus, aí está a razão pela qual a religião existe.


O valor da religião tem sido esquecido, desprezado e menosprezado pela sociedade atual apoiada na ciência e na tecnologia, porém a religião tem um importante papel na sociedade no tocante à elevação moral do ser humano e, apesar do relativismo reinante, ainda tem uma influência muito presente nos valores das pessoas e consequentemente é uma variável importante na compreensão das sociedades modernas. 

A religião é uma relação com a divindade celestial. Essa definição engloba necessariamente todos aspectos místicos e religiosos, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, de além do mundo físico.



Todas as religiões têm obrigações a serem cumpridas para se alcançar o favor da divindade ou para o aperfeiçoamento pessoal. A fé não é uma religião. Por isso, não há obrigações a serem cumpridas: Há o encontro que transforma. 

Concordo com quem diz que a religião serve como uma retenção moral. Toda religião tem esse lado bom, pois todas pregam coisas boas moralmente falando. Para outros serve como refúgio.

Para muitos serve como meio de enganar os outros. mas esse não é o principal motivo.

É humano sempre, no fundo, acreditar que existe algo superior e desconhecido ( o homem AINDA não se acha totalmente superior!).

Realmente é graças as religiões que a moral ainda continua viva, não que a moral fora da religião seja totalmente má, mas com certeza vazia de significado.



A religiosidade é muito importante porque é a religação do homem com a natureza, com o universo, com o outro e consigo mesmo. Essa é uma tendência natural. É o impulso para o infinito. Pessoas que têm ligação natural com o infinito, com o desconhecido, viverão com maior abundância, maior amor ao próximo. A religião é possuir uma crença religiosa, um ritual. A religião é uma escolha e um caminho para a religiosidade, um meio para a pessoa entrar em contato com a divindade. Em si, ela não é o essencial e, sim, o impulso que o indivíduo tem de se ligar seja com o Deus ou a Deusa. A religião acaba sendo importante na medida em que facilita essa ligação. Todos os rituais, sons, mantras, o cheiro do incenso criam um clima para que você entre em contato com o eu interior.


Este é um ponto interessante sobre qual óptica devemos analisar, seria a Bruxaria uma religião marginalizada ou todas as religiões marginalizadas são Bruxaria? 

Depende da óptica! Se pensarmos como um fundamentalista cristão todas as crenças são meras manifestações religiosas, principalmente as espíritas, uma devoção ao diabo e a bruxaria.

Se mudarmos para a China e na Índia, o próprio cristianismo é uma religião marginalizada.

Partindo pelo pressuposto que toda crença marginalizada é Bruxaria, poderíamos incluir o Catolicismo? Não acreditamos que convenha dar a designação de bruxos para padres.



Religião é diferente de crença pessoal, e o fato de querer ofertar conhecimento é nato em muitos líderes religiosos, sejam eles cristão, pagãos, budistas, entre outras designações, isto não lhe torna especial ou melhor, é apenas um fato comum e por vezes mal interpretado tanto para quem ensina, quanto para quem aprende. 

Qual a importância da religião em nossas vidas? Como de certa forma ela interfere nas relações inter pessoais e dão algum significado ao grande mistério da nossa existência?



Religião é culto prestado à divindade. No entanto, pessoas raivosas contra certos aspectos da vida em comunidade de fé têm se irritado e descontado nessa palavra tão nobre suas dores e frustrações. Surgem assim frases incoerentes e até surreais, como “passei a ser cristão quando abandonei a religião”, “religião mata”, “existem os da graça e os da religião” e outras bobagens nessa linha. O que tais pessoas querem dizer é, na verdade, que foram feridos ou se cansaram de uma “religiosidade hipócrita”, de um “formalismo religioso vazio”, de um “legalismo vivido num ambiente religioso” ou coisas do gênero. Mas, como não compreendem o significado daquilo que falam, mudam o sentido das palavras. 

As religiões são escolas da Alma, locais de oração, de estudo dos ensinamentos Divinos, de fraternidade, comunhão entre as pessoas, de meditações, da prática da caridade, de boas leituras, boas músicas e boas canções. Há tantas religiões no mundo quanto são os graus de entendimento das pessoas.



fonte imagem: google imagem

terça-feira, 24 de abril de 2012

O CAMINHO MÁGICO DAS ÁGUAS



ÁGUA, símbolo da Grande Mãe, está associada com o nascimento e transformação. A água limpa e purifica, o que representa a nossa busca pelos segredos da vida e da morte.
Água corrente, simboliza a cascata interminável de energia espiritual.
A água é o nevoeiro de ontem, hoje e amanhã, tudo embrulhado em um momento mágico. A água é o elemento de sonhos e visões e de busca incessante do conhecido e do desconhecido.



A água é essencial para a germinação das sementes, por isso, elas são tradicionalmente utilizadas como símbolo do poder mágico deste elemento que está ligado às emoções e às questões afetivas em geral. Este generoso elemento empresta seus dotes de ternura aos demais, amenizando o fervor necessário a um pedido destinado ao FOGO, ou abrandando a rigidez e sistemática de um ritual voltado à TERRA e até mesmo incluindo prazer e fluidez a um ritual voltado ao intelectual elemento AR. Como todos sabemos água é um exímio condutor de energia, mas isso não resume-se somente a energia física, tátil, mas também a energia espiritual contidas em tudo que existe no universo, por isso é muito comum a presença de um recipiente com água em atos mágicos, pois este cria uma "ponte" entre o ser que executa, o universo e o objeto reivindicado durante o ritual.


Através da Água surge a Vida. Sua fluidez demonstra a capacidade da Vida de se adaptar e prosseguir - não importa o quanto tentemos represá-la e desviá-la de seu curso. A Água está associada á profundidade das Emoções e à fluidez dos Sentimentos. As nascentes são a origem dos rios, sendo, portanto a Fonte da Vida, sempre se renovando.
Em termos de Magia, a Água é representada pelo Cálice (em alguns casos o caldeirão), o Recipiente Sagrado que contém a essência vital do Universo - daí a sua associação com o Naipe de Copas - as taças ou cálices do tarô. O equilíbrio é apresentado pela Água por ser ao mesmo tempo a Fonte de toda a vida e as águas da correnteza, que erodem as margens e destroem o que é velho, trazendo assim a renovação - o princípio é também o fim.


A água é passiva e receptiva. Ela, desde há muito, foi associada com a fonte de todas as potencialidades na existência, e associada com a Grande Mãe, o útero universal, nascimento e fertilidade. A água é emblemática das habilidades de dar a vida e de tirar a vida do universo. A água é usada para limpar ou purificar fisicamente, assim como fisicamente. 

Enquanto o ar é o intelecto e o fogo é a energia ou impulso, a água é a resposta emocional às situações. Fluida, responsiva, e que se doa, a água é a sensibilidade e emoção. A água é como a Grande Mãe: quando aquecida pelo Fogo do Deus, ela traz a vida. Quando resfriada pelo ar da meia-noite, o silêncio e a morte são iminentes. Muitas religiões usam a imersão em água para simbolizar o retorno ao primordial estado de pureza. Em essência, o batismo ou imersão de um indivíduo em água significa a morte e o renascimento do corpo e do espírito. 



O elemento da água é um tanto imparcial e obstinado quando flui livremente. Entretanto, há momentos quando a água se permitirá ser contida. A água é um elemento gentil e inspira a intuição e o desejo de louvar. O elemento da água é ligado à Deusa e é a parte dela dentro de todos nós. A água é lembrar o passado e antever o futuro. Mas da mesma maneira que a água traz a vida, ela pode trazer a destruição. Mas a chave está em governar sua energia.


Há milênios o mar é cultuado, temido, consagrado, ora-se a ele, oferecem-se sacrifícios a ele, é reverenciado. Tem sido a morada de deusas e deuses, sereias e tritões, ondinas e serpentes – monstros horrendos e encantadoras sereias que enganavam os marinheiros, atraindo-os para a morte em rochas traiçoeiras.

Sob suas ondas escondem-se antigas e fabulosas terras e civilizações – Atlântida, Lemúria, Lyonesse, para citar algumas – e dele toda a vida surgiu. Portanto, o mar é tanto o início quanto o fim, o alfa e o ômega – a fonte de toda a vida e daquilo que a consome.



Povos dependiam do mar para obter alimento; assim, suas próprias vidas eram nele personificadas. Deusas e deuses surgiram de suas profundezas e amorosamente abriram seus braços para abraçar os povos simples, ou sopravam ondas que destruíam suas frágeis embarcações e devastavam aldeias.

Assim como os rios, nascentes e riachos eram reverenciados, também o mar o era. Em conjunto com os ritos religiosos, praticava-se magia, assim como hoje.



O que os livros parecem desconhecer é que eles ainda vivem; seus murmúrios são ouvidos nos ruídos do oceano e seus poderes aumentam e minguam com a lua. Eles aguardam o momento de se erguer e serem novamente reconhecidos.

Apesar de não precisar cultuar o mar ou suas deidades para praticar a magia do mar, você deve respeitá-lo como um amplo depósito de poder. É nossa mãe ancestral, mais antiga que os continentes sobre os quais vivemos, mais velha que a árvore ou a pedra. É o próprio tempo.



A magia do mar é melhor se praticada próxima ao oceano, mas muitos dos encantamentos a seguir podem ser levemente alterados e praticados em qualquer lugar, desde que você possa obter alguns instrumentos. 

A magia do mar é misteriosa e flexível como os próprios oceanos



sábado, 21 de abril de 2012

Os Poderes da Luz e das Trevas



Há uma confusão generalizada, derivada de deturpações religiosas diversas, onde conceitos de como Luz, Sombra e Trevas não são compreendidos em nenhum nível. 

Porque se crê que luz seja algo bom e trevas seja algo ruim?

Para que se possa compreender e se libertar das dicotomias absolutas e absurdas, para que possa se libertar do dogma, do “tabu” e do senso comum, Luz e Trevas não são o clichê que se costuma pensar.


A Luz não é o bem, e a Escuridão não é o mal. Não existe bem absoluto na Luz nem o mal absoluto nas Sombras. A escuridão nada tem a ver com o Diabo dogmático (pois esse não existe) nem com o mal que assola o mundo. A escuridão simplesmente significa aquilo que está oculto, significa mesmo o próprio Oculto, o Mistério, aquilo que é “proibido”, que é secreto, aquilo que é escondido como um tesouro. 

Pelo que precede, a Luz sem as Trevas jamais poderia ser percebida. Sem o contraste entre Luz e Escuridão nada poderia ser visto (ou seja, nada poderia se manifestar). Para que a Luz possa se manifestar e iluminar, a Escuridão é necessária.


A Trilha fácil, suave e inclinada… Não é a trilha da Virtude Verdadeira. Ela demanda um caminho árduo e espinhoso. Resgata a Antiga Fé, unindo o velho e o novo em um espiral, nos colocando no limiar de todos os mundos e universos e reerguendo o Pendão dos Antigos Deuses, com as bênçãos da Grande Hecate Lucifera, a Portadora da Luz da Iluminação e de Dionisio Zagreus, o Três Vezes Manifesto; caminharemos para à Ascensão da Idade da Filha, a Idade da Razão. 

No coração das trevas ecoou um grito, EU SOU A LUZ, e numa explosão luminosa brilhou a primeira fonte de luz do universo. Os poderes da escuridão recuaram diante daquele brilho, quem ousaria desafiar as trevas?

Cercados os poderes negros perderam completamente a visão, para onde que olhassem a luz os cegava, perdidos e cegos eles dispersaram e se esconderam nos profundos abismos do Universo.

No centro de tudo os dois pontos luminosos transformavam matéria, cresciam, duas enormes serpentes de fogo ígneo, se maravilhavam uma com a outra, como numa dança de acasalamento se volteavam, enroscavam-se trocavam matéria, alimentavam-se uma da outra.
  


Todo aquele que nega e menospreza a Escuridão está negando a própria Luz que jaz nas profundezas de si mesmo, na caverna escura que é o abrigo protetor do tesouro, da joia brilhante que é a gnosis, que é a Luz do conhecimento, que é a consciência do Eu Superior. 

Desconfiem de espiritualistas, religiosos e/ou seja quem for que tentam convencer a todo custo que só o que é preciso é Luz, pois Luz de mais queima, ou pode cegar, já que trata-se somente de um dos aspectos da evolução.

Enquanto Luz e Sombra representam aspectos temporários, transitórios, perecíveis e cíclicos, o conceito de Trevas se refere ao que é realmente Eterno.

A verdadeira evolução espiritual não se resume a êxtase emocional (presenciado em muitos cultos), mas em adquirir o discernimento do mundo que nos cerca e aos poucos aumentar nosso acesso a Aquilo que antes ignorávamos completamente. 


Na tradição aridiana, os aspectos do ano crescente e decrescente são simbolizados pelo Deus Veado e o Deus Lobo, respectivamente. O Deus Lobo é chamado Lupercus e o Deus Veado é Kern. Estes Deuses, diferentemente da tradição da bruxaria, não se matam, mas são mortos por outros. 

Na Velha Religião da Itália existem três aspectos do Deus. Nestes aspectos nos encontramos as conexões com o mundo físico. Os três títulos pelos quais o Deus é conhecido são O Encapuzado, O Astado e O Velho. O Encapuzado é comumente ligado ao Green Man. Ele vive coberto de vegetação. O Astado é uma entidade de chifres de veado e é o Deus das Florestas, do que é selvagem. O Velho é o Ancião.

Os três aspectos do Deus tem a ver com a mudança de uma sociedade de caça para uma sociedade agrícola. O Encapuzado está ligado às plantações e vem logo depois do Deus Veado. Ele é o filho do Deus Veado. O caçador que veio antes da sociedade agrícola e o espírito animal era valorizado antes do espírito das plantas.

Outros aspectos do Deus são simplesmente variações dos aspectos básicos. O aspecto Brincalhão, por exemplo, é ligado aO Encapuzado. Na tradição italiana, O Corvo (um brincalhão renomado) é associado com o Encapuzado em seu papel de Guardião da gruta.


O Veado e o Lobo 

O Deus Veado e o Deus Lobo voltam aos dias da antiguidade do Culto das Bruxas. Em uma imagem etrusca, encontrada num vaso do séc. XI ac, mostra a Deusa junto com um veado e com um lobo. Isso não é surpresa, pois a bruxaria italiana tem grande influência da Toscana, onde a civilização etrusca floresceu uma vez. O lobo, o “uivador da noite” era o principal animal de culto da Deusa. Sua importância na religião da velha Europa pode ser encontrada nas várias figuras que mostram a Deusa e o lobo e o veado.

O lobo é sagrado à Deusa da Lua. Sua natureza lunar é indicada pelas crescentes que aparecem junto com suas imagens em artefatos antigos. Mais comum hoje é o retrato da Deusa Diana com seus cães de caça (lobos domesticados), mas as estátuas mais antigas de Diana a mostram com seu veado – temos também imagens da deusa Ártemis no mesmo papel. É em Diana que descobrimos as estações do lobo e do veado.


A ambigüidade do Deus como caçador/ protetor é mostrado, por um lado, pela pele de lobo e armas que Ele carrega e, por outro lado, em sua relação com o veado que fica ao seu lado enquanto Ele descansa. E é neste ícone que vemos a ligação do Deus da Velha Religião com as imagens do veado e do lobo. Ele é mostrado tanto como caçado quanto protetor de todos os animais da floresta, Guardião da Gruta, o Senhor das Árvores, O Velho.


O Senhor do Desgoverno 

Os ritos de inverno da Velha Religião, na Itália, são conectados com os antigos rituais romanos da Saturnália, e os “cultistas do lobo” presentes na Lupercália, ainda são aspectos da bruxaria italiana hoje. Estes personagens são visíveis principalmente nos festivais feitos durante o dia e celebrações dos Caminhos Antigos, mas partes deles podem ser vistos nos rituais noturnos que são maioria na tradição aridiana. O Senhor do Desgoverno e o Sacerdote Lobo de Lupercus são responsáveis pelas partes antigas de seus respectivos ritos.

Alguns ritos antigos ainda podem ser vistos no Carnevale, ou Carnaval italiano. Na Idade Média, o Carnaval era marcado por canções obscenas e danças eróticas (coincidência????????) e os participantes usavam máscaras. As celebrações geralmente terminavam em orgias dados os temas eróticos das celebrações. A intenção era mágika em natureza, e era feita para impregnar a terra, onde as sementes esperavam pela estação do crescimento. Mulheres grávidas se juntavam às celebrações para estimular as sementes que cresciam dentro de seus úteros. Também havia a tradição de quem encontrasse uma semente de fava era declarado Rei do Carnaval e poderia escolher qualquer uma para ser sua rainha. O casal então governa durante o tempo do festival (uma semana). No final, uma efígie do rei é queimada para que haja prosperidade para os súditos.



Os Benandanti

Os Benandanti lutavam contra as forma-pensamento negativas e destrutivas e limpavam a consciência coletiva de suas comunidades. Deles era a batalha contra as forças do mal, personificando um exercito na luta entre a Luz e as Trevas. A tradição Benandanti era uma sociedade xamânica trabalhando por trás das forças da Natureza.


"A Deusa mantém tudo em equilíbrio: 

O Bem e o Mal, a Morte e o Renascimento... 

O Predador... e a Presa. 

Sem Ela, a destruição e o caos iriam prevalecer." 






quarta-feira, 18 de abril de 2012

O Paganismo e a Igreja Católica

                        "Não permitirás que viva uma feiticeira".
(Êxodo – Cap. XXII – Versículo XVIII)


As religiões que tinham como base a crença na Grande Deusa reinaram até que as religiões abramicas (Islamismo, Cristianismo, Judaísmo) a suplantassem. Com a expansão do Cristianismo, a religião da Grande Mãe, pagã – que no sentido original da palavra refere-se a religião praticada nos campos; foi sendo destruída.

Durante a Idade Média , a Igreja Católica passou a considerar os rituais praticados na Antiga Religião como bruxaria, coisa do demônio, na tentativa de impor a crença num único Deus, poderoso, masculino e que punia e castigava aqueles que não obedeciam seus ritos e ensinamentos.

A Igreja utilizou-se de guerra psicológica, torturas e campanhas militares para alcançar seus objetivos. Criou a Inquisição para perseguir e punir todos aqueles que não professassem a fé católica.

Ao longo de toda sua existência, a Igreja Católica veio assimilando cultos e práticas pagãos, alguns dos quais adquiriram papel fundamental no exercício da religião cristã. Pela observação sistemática de alguns destes cultos e práticas, comparando o significado que têm para os bruxos e bruxas com o significado que têm para os cristãos.

O clero utilizando-se do poder adquirido como representante do Deus Uno, exigia do povo tudo o que desejava, principalmente bens materiais e sustentava assim um luxo inacessível ao povo que vivia nas cercanias dos feudos e igrejas.


Os pagãos trouxeram seus rituais, cerimônias e práticas, que gradualmente foram sendo introduzidas na Igreja Cristã, com nomes cristãos, os quais comprometeram e corromperam a genuína fé primitiva, de modo que a Igreja foi se tornando romanizada e paganizada! Isto é fato histórico INCONTESTÁVEL!

Na verdade o paganismo consiste em pessoas que acreditam na Deusa e no Deus sem estar relacionado com o monoteísmo ligado ao supremo criador (politeísmo,xamanismo, panteísmo, animismo, etc.), e encontram na natureza uma forma de adoração. Pagãos não convertidos eram tomados como professos na Igreja e em numerosas ocasiões tinham permissão de continuar praticando muitos dos seus rituais e costumes pagãos, usualmente com algumas poucas reservas ou mudanças, para fazer com que suas crenças parecessem mais semelhantes à doutrina Cristã.


Um dos exemplos mais destacados de como o paganismo se infiltrou na Igreja Crista pode se visto na maneira como a Igreja "inventou" a adoração a Maria, para substituir antiga adoração à "Deusa-Mãe Semíramis com seu filho Tamuz nos braços" (Enciclopédia da Religião Vol. 2, Pág. 398). Um dos títulos pelos quais a Deusa-Mãe era conhecida entre eles era o de "rainha dos céus"(Jeremias 44:17-19). Em Éfeso, a Deusa-Mãe era conhecida como Diana (Atos 19:24-35). No Egito era conhecida como Íris e seu filho Hórus. É muito comum os monumentos religiosos do Egito mostrarem o infante Hórus sentado no colo de sua mãe.


A falsa adoração à Deusa-Mãe teve início na Babilônia e de lá se espalhou por todas as nações da terra, com diferentes nomes e formas, e, finalmente, estabeleceu-se em Roma e em todo o Império Romano.

Um dos melhores exemplos de tal transferência do paganismo para o Cristianismo pode ser visto na maneira como a Igreja Cristã permitiu que o culto à Deusa-Mãe continuasse, somente um pouquinho diferente na forma e com um novo nome!

Líderes da Igreja, comprometidos com a ambição de poder, viram que, se pudessem encontrar alguma semelhança entre o Cristianismo e a adoração à Deusa-Mãe, poderiam aumentar consideravelmente o número de fiéis.

Mas, quem poderia substituir a grande Deusa-Mãe do paganismo? Somente Maria, a mãe de Jesus, era a pessoa indicada para esse papel!


Pouco apouco, a adoração, que tinha sido associada com a "Mãe" pagã, foi transferida para Maria! Portanto, foi no tempo de Constantino que os cristãos começaram a olhar para Maria como uma Deusa!

Mesmo nesse período, tal adoração foi combatida pela Igreja, como é evidente pelas palavras de Epifânio (403 d.C.), que denunciou alguns da Trácia, Arábia e outros lugares, por adorarem Maria como uma deusa e oferecerem bolos em seus santuários, Ela deve ser honrada -- disse ele -- "mas que ninguém adore Maria" (Enciclopédia Católica , Vol. 14 Pág. 460 artigo Virgem Maria).

Ainda assim, dentro de poucos anos, o culto a Maria não apenas foi ratificado pela que seria chamada de "Igreja Católica Romana", mas tornou-se uma doutrina oficial no Concílio de Éfeso, em 431 d.C., quando ela foi proclamada "Mãe de Deus".


Muitas das crenças do paganismo foram incorporaradas aos rituais cristãos, fossem por tentativas de manter vivos os antigos cultos pagãos, sem correr o risco de acabar na fogueira ou fosse pela inteligência dos padres que buscavam manter o rebanho dentro dos templos utilizando padrões e rituais com os quais as populações já estavam acostumadas, e sem contar que muitas igrejas ocupavam áreas que anteriormente eram templos pagãos.

A Igreja Católica transformou o paganismo em sinônimo de satanismo. Magos, sacerdotes e sacerdotisas das diversas tradições pagãs foram reprimidos no mundo ocidental, fosse pela força da lei ou das perseguições histéricas dos convertidos ao cristianismo.


A Igreja Católica chega a mais uma de muitas controvérsias: Como ela pode ir contra a algo que a constitui?

É bem simples. Ao longo de sua historia a Igreja Católica foi capaz de ir e vir com certos tipos de conceitos fazendo com que tudo favorecesse a quem lhe desse mais lucro. Então, para poder conseguir mais adeptos e claro amealhar mais riquezas com suas indulgencias, ela se tronou mestre no poder de manipulação mesclando elementos do paganismo em suas bases, trazendo para si mais adeptos juntando-os no mesmo meio , sem se aperceberem cristãos e pagãos.

A Igreja Católica, com toda essa “arte teatral” consegue ate hoje alienar as pessoas fazendo-as a crer que quem as seguir estará ao lado de Deus indo assim para o Céu, agora quem não a seguir estará trajando seu caminho para o Inferno, além de cegar as pessoas fazendo-as não enxergar o que está bem de baixo do nariz delas: o Paganismo.


A origem da Igreja Católica é a mistura de Cristianismo com religiões pagãs que o cercavam. Ao invés de proclamar o Evangelho e converter os pagãos, a Igreja Católica “cristianizou” as religiões pagãs e “paganizou” o Cristianismo. Embaçando as diferenças e apagando as distinções, sim, a Igreja Católica se fez atraente às pessoas do Império Romano. O resultado foi que a Igreja Católica se tornou a religião suprema no “mundo romano” por séculos. Contudo, um outro resultado foi a mais dominante forma de apostasia cristã do verdadeiro Evangelho de Jesus Cristo e da verdadeira proclamação da Palavra de Deus.


"Antes foram os dragões, as serpentes,tudo que representava sabedoria tornou-se mal. Porque o mal perverteu o bem."

SELMA - 3FASESDALUA


segunda-feira, 16 de abril de 2012

A ESSÊNCIA DO MAGO



Alguns nos chamam de xamãs, magos, feiticeiros, bruxos, alquimistas...?

E você, como você se chama dentro do "caminho mágico"?

Virá o dia em que também compreenderás que todo o universo está dentro de ti. Nesse momento serás um Mago. Como Mago, não vives no Mundo; o Mundo é que vive dentro de ti.


Alguns dizem que a magia é tudo o que não se pode explicar no âmbito científico e psicanalítico. O verdadeiro mago acredita que a magia é perfeitamente explicável segundo a ciência e a psicologia e está interada em ambos os estudos sim, mas, que além deles, há forças ocultas que a todos influenciam.

Existe um Mago dentro de todos nós. Esse Mago tudo vê e tudo sabe.
O Mago está além dos opostos da luz e das trevas, do bem e do mal, do prazer e da dor. Tudo que o Mago vê tem suas raízes no mundo invisível.
A natureza reflete o estado de alma do Mago. O corpo e a mente podem adormecer, mas o mago está sempre desperto.


Os autores clássicos dizem que a palavra "Mago" deriva do grego "Mageia" que, por sua vez, deviva do persa "Magi". Ambas significam simplesmente "possuidores da sabedoria". Sabedoria esta, que não é simplesmente nata, mas que se dá através da busca do conhecimento, dos estudos e da tentativa de desvendar o que está oculto.

Magos da antiguidade eram homens de grande respeito, conhecedores da filosofia, das artes, da teologia, da antropologia, entre outras ciencias. Eram cultos que sabiam que a divindade se escondia em todas as coisas e em várias formas, por isso, todas as formas de fé deveriam ser respeitadas.


Os antigos magos eram conhecidos pelas práticas da numerologia, astrologia, da alquimia e do herbalísmo. Tais praticas foram tão importantes para a humanidade que delas se originaram os estudos científicos da matemática, da astronomia, da química e da medicina. 

Um Mago não acredita ser um evento localizado que sonha com um mundo maior. Um Mago é um mundo que sonha com eventos localizados.
Os Magos não acreditam na morte. À luz da consciência, tudo está vivo!


O MAGO é um ser que se dedica ao estudo de seu interior e das Leis que regem toda a Natureza, elevando-se através da contínua prática de exercícios, até alcançar a Unidade com Universo. O mago é senhor do seu destino. Viver, para ele, é sobretudo um ato de AMOR. 

Um mago sabe que bem e mal são as duas faces da mesma moeda. Não adota postura fanáticas ou dogmáticas, porque sabe que a verdade é como a natureza: está sempre se transformando. Um mago sabe que amor, criatividade, alegria e beleza são naturais para quem encontrou o caminho.


Um mago tem coragem de se olhar no espelho para encarar suas próprias sombras. Não tem medo de quebrar suas próprias algemas. Busca incansavelmente o saber, a luz do conhecimento. Ser mago não é só saber fazer de vez em quando um ritual mágico, é fazer do dia-a-dia um ritual de amor. 

Ser mago não é julgar, mas providenciar o espelho para aqueles que também querem se curar e encontrar a real felicidade. É mostrar o caminho da certeza de cada um. Mago é o que tem poder para e não poder sobre. A grande magia é descobrir que o poder maior está no sentimento humano.


O Verdadeiro mago é súdito do Amor e parceiro da natureza. Trabalha com seus elementos como quem pede passagem para algo sagrado. Sabe que os seus movimentos são observados no seio do invisível. 

Eles sabem que a LUZ é sua parceira incondicional. Ele sabe que o grande potencial está em si mesmo, pois é um ser de luz, é divino e eterno, e carrega o potencial das estrelas no brilho de seus olhos. O Verdadeiro mago é igual a um sol. E por onde ele vai, a grande magia acontece. O Verdadeiro mago é como a Grande Mãe da Lua sua simplicidade e sua luz faz dele uma grande diferença esteja onde estiver...


O Regresso da Magia só pode acontecer com o regresso da inocência. 

A Essência do mago é a transformação.

Os desejos são sementes que esperam o momento propício para germinar. A partir de uma única semente de desejo, florestas inteiras se desenvolvem.



quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sabbat de Ostara


Quando entra a primavera a Natureza esta em festa. Os Deuses, animais e plantas dançam alegres.


Ostara, um sabat celta que comemora o equinócio da primavera. Os portais permanecem aberto, então você pode fazer seus rituais de realização! Aproveite a Lua que está linda! A Ostara é comemorada em setembro na Roda Sul (Hemisfério Sul). Na Roda Norte, a Ostara acontece em março, mais perto da Páscoa (por isso as referências a coelhos e ovos). Este sabat marca o período de despertar da Terra, enquanto o Sol aumenta seu calor e poder. É o primeiro dia da primavera, momento em que as trevas e a luz estão em equilíbrio, até que a luz sobrepuja as trevas numa explosão de vida. Nesse dia, escuridão e luz são precisamente iguais; então, esse Sabbat traz sentimentos de equilibrio e interação. Desse dia em diante o dia dominara a noite, ou seja, os dias serão maiores que as noites e a Terra explodira com vida. É um ritual de crescimento, inspiração e o momento certo de colocarmos planos em andamento para tudo o que pode crescer em nossas vidas.


Ostara, um sabat celta que comemora o equinócio da primavera. Os portais permanecem aberto, então você pode fazer seus rituais de realização! Aproveite a Lua que está linda! A Ostara é comemorada em setembro na Roda Sul (Hemisfério Sul). Na Roda Norte, a Ostara acontece em março, mais perto da Páscoa (por isso as referências a coelhos e ovos). Este sabat marca o período de despertar da Terra, enquanto o Sol aumenta seu calor e poder. É o primeiro dia da primavera, momento em que as trevas e a luz estão em equilíbrio, até que a luz sobrepuja as trevas numa explosão de vida. Nesse dia, escuridão e luz são precisamente iguais; então, esse Sabbat traz sentimentos de equilibrio e interação. Desse dia em diante o dia dominara a noite, ou seja, os dias serão maiores que as noites e a Terra explodira com vida. É um ritual de crescimento, inspiração e o momento certo de colocarmos planos em andamento para tudo o que pode crescer em nossas vidas.


A Deusa não é tida mais como a Mãe nutridora, mas como uma bonita Virgem da Primavera. Assim como em relação a Natureza esse e o momento de plantar, essa também e hora de cultivarmos nossas "sementes" (metas e objetivos). E o período de celebrar as mudanças de nosso corpo, pois nessa estação do ano ficamos mais ativos, dormimos menos, comemos menos e gastamos mais tempo ao ar livre. 
Nesse dia, os antigos Pagãos da Europa acendiam fogueiras nos cumes de montanhas, pois acreditavam que o brilho do fogo seria capaz de tornar a terra frutífera e manter suas casas em segurança. o Fogo aceso também simbolizava iluminar os caminhos para que o Sol pudesse retornar a Terra.


A Deusa reverenciada nesse dia Eostre, que significa "a Deusa da Aurora", uma Deusa anglo-saxa da Primavera, da ressurreição e do renascimento. Estava associada a fertilidade e aos grãos, e oferendas de pão e bolo eram feitas nessa época a Ela. 

Os dias escuros se vão, e a terra está pronta para ser plantada. É quando o Deus e Deusa se apaixonam, e deixam de ser mãe e filho.


Nessa data, a semente da vida é semeada no ventre da Deusa, A Donzela revigorada e cheia de alegria. O Deus é devidamente armado para sair em sua viagem no mundo das trevas e reconquistá-lo, para que posteriormente a luz volte a reinar.


A primeira e mais preservada Tradição Paga de Ostara e a decorações dos ovos. O ovo simboliza a fertilidade da Deusas e do Deus, o símbolo de toda a criação. Ao decora-los, estamos carregando-os como Objetos Mágicos, de acordo com as cores que utilizamos. E uma Tradição também esconder os ovos, e acha-los simboliza que a pessoa alcançara suas metas. 

Como a maioria dos antigos festivais pagãos, o Equinócio da Primavera foi cristianizado pela Igreja na Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa (em inglês "Easter", nome derivado da deidade saxônica da fertilidade, Eostre) só recebeu oficialmente esse nome da Deusa após o fim da Idade Média.

Nesse dia, os antigos europeus iam ate o campo para colher flores e as levavam para casa, pois acreditavam que as flores colhidas no Equinocio da Primavera eram Mágicas e, através delas, seriam capazes de conectarem a energia de toda a Natureza. Essas flores eram secas e com elas eram feitos ornamentos para enfeitar as casas, ate Ostara do ano seguinte, em que eram trocadas por novas flores, assegurando assim a continuidade de sorte, saúde e felicidade.



Ostara é celebrada como a data em que o Deus e a Deusa geram a criança (o Deus Sol) que vai nascer no Solstício de Inverno, nove meses mais tarde. Na Igreja Católica, o dia 25 de Março é o da Anunciação, o dia em que o anjo Gabriel comunica a Maria que ela está grávida. Como as tradições pagãs foram desenvolvidas por povos diferentes, a concepção do Deus Sol também é festejada tanto em Beltane como no Solstício de Verão, dependendo das regiões. 

Nestas celebrações plantam-se as sementes que foram consagradas no Imbolc. Os pagãos costumavam pintar ovos vazios, passá-los rapidamente por fogueiras rituais e pendurá-los por cima da cama ou nos seus celeiros, como símbolo de fertilidade. Apanhar a primeira violeta que se vê no dia do equinócio traz boa sorte.



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