domingo, 30 de dezembro de 2012

Paganismo, Bruxaria e Bruxaria Tradicional


Achei esse texto ABSOLUTAMENTE fantástico, por isso, repasso aqui.Se possível, compartilharem aqui.

Não queremos reviver a bruxaria, uma vez que ela nunca morreu pra nós, mas sim continuou seu legado através de nossa linhagem sanguínea e espiritual. Não temos porque erguer a bandeira do paganismo, uma vez que vivemos na era cristã e não defendemos uma era, mas sim fazemos um egresso, seja na era que for. 

A bruxaria não é pagã ou cristã, ela simplesmente é! 
Ela não se veste de bandeiras nem religiões, quem a veste dessa forma são as pessoas que querem ser bruxas sem o ser de fato. 
Reavivar um caminho espiritual mágico fundamentando-o numa defesa onde os argumentos são mais parecidos como se fossem um povo que nunca morreu, é balela, pois a bruxaria passou por modificações, transformações em sua longa vida, e todo mundo morre um dia, deixando descendentes que transmitiram a semente às novas gerações, assim como tudo na natureza é mutável, assim como são em todos os anos, as estações, e as estações reencarnam como nós também reencarnamos e nos dirigimos aos nossos iguais. As estações não são pagãs nem cristãs, nem muçulmanas, nem judaicas, elas são fluxos da natureza, assim como nós, e estamos todos interligados, e tradicionalmente não precisamos ditar regras de controle, apenas podemos deixar a Arte Bruxa fluir como nossos antepassados fizeram. Controle é o seguinte: "tudo que prende, não pode libertar". Quem vive na barra da saia de uma instituição é porque não cresceu o suficiente para andar sozinho e fazer suas escolhas próprias.



A Arte Bruxa vive em nós e em tudo, não precisamos gesticular igual, vestir roupa igual e pensar igualmente, cada ser humano é um ser ímpar, com pensamentos próprios, gestos próprios e gostos próprios, e isso deve ser preservado em sua individualidade. Nós não somos um povo que viveu numa única ilha do mundo, nós estamos em todos os lugares, e em nós, flui a tradição. Se você tem poder em sua voz bruxa, certamente conseguirá conjurar um espírito, um santo, um deus, uma deusa, um diabo, um encanto, etc, mas se não tiver, ficará anos e anos chamando e nunca terá uma resposta. 
É comum para a verdadeira bruxa, utilizar elementos de todas as religiões, espiritualidades, folclores do mundo inteiro que se alinham consigo, e filosofias que bem entender, pois a bruxa lida com tudo que bem entender, ela não é um movimento pagão, nem mesmo é pagã de fato, pois quem já foi verdadeiramente uma bruxa pagã já está morta há muito tempo e se encontra no rol de nossos ancestrais, e de certo que ela teve um filho ou filha como herdeiros, e até mesmo seus agregados que transcenderam a carne. 



O legado deixado por ela, é a semente que se encontra hoje em nós, que vivemos na era cristã numa boa e sem conflito com isso, afinal, somos hereges e abarcamos o todo, não nos limitamos à uma única religião, culto, filosofia, entidade, deidade, demônio, instituição, cultura, povo, etc, enfim, não nos limitamos, somos indomados. 

A visão de mundo dos antigos ocultistas (aqui entre nós, eles foram os fodões de sua época enquanto bruxos e magos), que ensinavam aquilo que é perene, é TRADICIONAL para nós, por isso, UNO. Por isso somos bruxos tradicionais. 


Podemos chegar para um Asatrú, um Wiccano, um Neo-Druída, um Thelemita, e dizer: sou bruxo tradicional, ou seja, sou bruxo a moda antiga, a filosofia que mais me agrada é a perene, sou herege, não fui feito de religião pois nunca precisei me religar a fonte da qual eu nunca estive desconectado, não fui feito pelas mãos de Gardner, nem por Tribann, nem por Crowley ou La Vey, o que carrego comigo, vem de família, e se cheguei de algum modo passar por essas artes modernas, eu já era bruxo quando cheguei nelas pra conhecê-las. 

Então: 
Se você recebeu uma cultura de um país, então você recebeu somente uma cultura de um país, isso não faz de você uma bruxa. 

Se você nasceu bruxa e reencontrou sua família, bom pra você, é o que queremos pra nossa gente, mas ninguém lhe obriga a se filiar em alguma instituição filantrópica de magia, da qual o pseudo-imperador vive de marketing no orkut, no youtube, no facebook, etc, sempre de alguma forma se auto promovendo e ditando a moda dele usando o nome da bruxaria tradicional, só para lhe dar o diploma de bruxa, afinal, ou você nasceu bruxa ou não nasceu, e se nasceu, é bem comum e esperado que você se junte com seus iguais, isso marca seu caráter ou a falta dele. 


Nossa marca é visível aos olhos de nossos iguais. Quem não enxerga ela, não pode provar que ela não existe, e podemos facilmente desmascarar alguém que se passe por um de nós, principalmente por aquilo que ele escreve e pensa. 

Nascer bruxa é reconhecer-se bruxa desde cedo e deixar seu dom fluir como as águas, independente do berço, da bandeira religiosa, e do sexo. 
Uma vez aberta as comportas de uma represa, não tem como voltar a água para traz! 
Assim é o dom da bruxa. 

Cada um de nós carregamos a tradição perene (eterna, que não morre), a filosofia perene (eterna, que não morre), e cada tradição bruxa existente, é perene (eterna, que não morre), por isso não precisa ser reinventada, mas sim, engressamos nela quando reencarnamos e nos juntamos com nossa família bruxa, não precisamos e não queremos aprender a ser bruxos da forma que foram nossos antepassados, nós somos bruxos atuais, que vivemos nessa época da vida, e somos assim, carregamos a tradição e sabemos o que sabemos, os costumes são mantidos, cada um com seu perfil, e cada geração bruxa que nasce, vem mais forte, portanto, somos mais fortes que nossos antepassados, somos eles reencarnados, nós evoluímos com progresso, e não temos conflitos em sermos bruxos numa era cristã, vide o tradicional sincretismo de imagens cuja sobrevivência superou e transgrediu séculos de 'ditadura' religiosa, e hoje você não encontra um bruxo se quer, que não tenha virado santo antonio de cabeça pra baixo, dentro d'água na pia da cozinha, ameaçando-o deixá-lo ali até que ele faça o que se pediu. Da mesma forma, as Stregas sempre colocaram Diana no forno ameaçando assá-la se ela não realizar um pedido.Não somos controlados, a não ser por nós mesmos, com ou sem nossa transformação interna.



Diga NÃO as filiações institucionais e controladoras, e DIGA SIM à sua liberdade Bruxa!

Caso contrário, daqui um tempo, nós os bruxos livres, vamos ter de pedir 'bênçãos' para essa tal instituição legalizada para que possamos nos manifestar no mundo como somos, ou seja, como bruxos que somos. E isso não é certo.Nós não temos controle e não podemos ser controlados, e é por isso que somos temidos por gente com complexo da baratinha de Lispector, e isso não nos intimida, nem nos faz melhor nem pior. Somos o que somos, e existimos desde sempre. Chega de preconceitos e de gente querendo controlar a gente através de instituições!Bruxos livres, defendam seu direito de livre manifesto no mundo, e enfeiticem o controle alheio com paz generosa, para que eles também aprendam conosco, como é ser livre de fato. 

FONTE: Sett Ben Qayin 


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

ORAÇÃO PAGÃ



Vieste de manhã, meu amor. Logo de manhã.
Tão cedo, que a noite ainda adormecia.

Não deste tempo, sequer, a que te abrisse a porta.

Entraste
por onde entra o fumo e o nevoeiro.
Trazias os cabelos orvalhados,
e na boca
aquele aroma fresco a hortelã.

Corremos juntos a acordar o dia
debruçando o nosso amor sobre a varanda.
O breve, o infinito, o todo verdadeiro
estava ali.

Nos corpos dados, unimos a alegria.
E assim rezámos uma oração pagã.

FONTE: AMADEU TELES MARQUES

Deuses do Sol



Os Deuses do Sol regem a luz e a energia solar. Como os Deuses do Céu, seu domínio é o firmamento celeste. Algumas dessas divindades podem até ser confundidas ou relacionadas ao céu, mas apesar de habitarem as alturas da abóbada celeste, seu papel está para além disto. Sua principal fonte de poder é o fogo, fogo este que emana das forças primordiais que sustentam o universo, geralmente personificados na figura das divindades paternas destas deidades. Já que compartilham o reino do céu com as deidades da lua, seu tempo de influência limita-se às horas do dia, sendo os dias de sol forte e nas horas em que o sol se encontra em seus pontos mais significantes no seu périplo celeste os momentos mais propícios para se invocar e conectar com eles.
São, contudo, mais acessíveis ao amanhecer, entardecer e meio-dia. Associados a eles estão as carruagens (às vezes chispantes), puxadas por cavalos ou cisnes, o gavião, a fênix, o arco e flecha, música, poesia, as artes, coroas e anéis de ouro. Os Deuses do Sol mais proeminentes sãoApolo, Lugh, Baldur, Hélio, Marduk, Mithra, Rá e Vishnu.
São racionais, inteligentes, brilhantes, atraentes, geralmente o filho predileto do grande Deus do Céu. Têm uma dose considerável de narcisismo, no entanto são ligados à honra, ao comprometimento e a excelência. Eram invocados, por exemplo, para selar pactos, pois viam tudo e eram os mais honrados dos Deuses quando se buscava um para servir de testemunha para acordos, o que faz com que muitos destes, também, fossem Deuses legisladores ou ligado às regras, como o mesopotâmico Shamash, responsável pela justiça e pelas contendas a serem resolvidas, e o romano Hélio, que acompanhado de sua irmã, Aurora, eram os primeiros a se levantar, sendo ele responsável, por exemplo, pela descoberta das traições cometidas por Afrodite contra seu marido, Hefesto.
Com a luz, eles viam tudo, e por isso eram invocados em situações de dúvidas ou quando se precisava de esclarecimentos, pois corroboraria o que havia sido cometido por ambas as partes, num período em que a palavra de uma pessoa era levada muito em conta, principalmente entre homens. São imparciais, fortes, e por não fazer distinção a ninguém que se coloca sob seus poderes, por vezes eram hostis.
São os fertilizadores da terra, encontrando na simbologia dos raios solares um símbolo masculino por excelência, então a grande importância para todas as sociedades que logo conheceram e se sedentarizaram através da agricultura, ao passo que povos que não dependiam diretamente desta atividade ou a desenvolveram de forma tardia, como Celtas Gaélicos, tinham, a princípio, uma Deusa ligada ao Sol, a saber, Grian.
O movimento do astro foi o que influenciou, por exemplo, as formas de se traçar um círculo mágico, seja ele de forma “horária”, ou deosil, ou de forma anti-horária,widdershins. Princípios rituais como estes, remanescentes dos antigos ritos solares, foi o que sobreviveu entre as práticas de magia popular dos povos indo-europeus e chegou até o movimento atual do neo-paganismo. Eles são também senhores do tempo, a posteriori, quando começarem a se aplicar nas sociedades os calendários solares.
Na roda do ano, ele é o elemento preponderante dos cultos, já que se celebra o posicionamento, o nascimento, a força e o declínio da figura da qual se dependia todo uma cultura, e na mente destes povos, o desagrado à esta divindade, e bem como o não retorno dela aos céus seria letal para o povo que sofria com o as privações do inverno. Era comum que fogueiras e oferendas propiciatórias fossem feitas, com o intuito de fazer com que o Deus Sol retornasse, aquecendo e trazendo vida aos seus filhos.


Texto de Paulo Fernandes

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Na Noite Antes de Yule


Foi em uma noite antes da época de Yule e por todo o vale
Uma criatura estava mexendo, mas não era uma raposa nem uma galinha.
Um manto de neve brilhava intensamente naquela noite
Derramava-se no chão, refletindo o luar.

As fadas foram se aninhado justas nas árvores,
Indiferentes com o vento e uma brisa fria do norte.
Os elfos e os gnomos aninhados em suas tocas,
Dormindo como bebês em sua camas macias.
Mas de repente, a terra moveu-se como um terremoto estrondoso,
Onde cadeiras se moveram e pratos começaram a cair e se quebrarem.
Os pequenos se esforçaram para estar de pé e em seguida correram para o rio onde eles costumam se reunir, do jeito que estavam (alguns conseguiram se vestir outros de pijama mesmo).

"O que aconteceu?" Eles se perguntavam. Questionaram, sondaram…
"O que fez estremecer a Terra? O que lhe causou o tremor? "
Eles falavam, todos ao mesmo tempo à beira do rio.
Então, não acreditaram no que os seus olhos viram…Uma luz dourada, brilhando sob a forma de uma esfera.


Ela piscou e brilhou, piscou novamente e em seguida, ela voou para cima e perdeu-se no céu.
Antes que os reunidos pudessem murmurar, antes que houvessem uma grande algazarra
Emergiu da multidão, como um zunido ou um sussurro,
Uma anciã imponente, com um velho bastão nas mãos
Resplandecente em verde com uma juba branca fluindo.
Quando ela passou por eles, perfumava a velha idade,
Cheiro de prados e flores em flor,
Fazendo cada um dos povos faéricos pensar na Primavera…
Quando a terra acorda do sono e os pássaros começam a cantar.
"Meu nome é Gaia," a velha proclamou com uma voz que uma vez foi ao mesmo tempo selvagem e domesticado…

"Eu vim para lembrá-los, pois vocês parecem esquecer…
Yule que é o tempo do renascimento, e ainda ...
Não vejo lareiras, não ouço música, nem sinos.
O ar não é preenchido com aromas perfumados dos guisados ​​tostando, assando e chiando.
Não há cheiro de cidra nem outras bebidas quentes.
Não existem crianças a brincar na neve,
Ou casas iluminadas por velas incandescentes.
Esqueceram-se, meus filhos, a diversão
De celebrar o renascimento do sol? "
Ela olhou para o povo com seus olhos redondos e olhou para o chão.
Então sorrindo com um sorriso que traz a luz do dia, falou:
"Vinde, meus filhos, vamos brincar.".
Eles reuniram o visco e os azevinhos.
Jogaram foram as mazelas e cantaram alegres.
Acenderam uma grande fogueira, dançavam e cantavam.
Eles trouxeram os sinos e aplaudiram quando tocaram.
Amarraram luzes e arcos em árvores alegres,
Em cores vermelhas e verdes.

Eles construíram bonecos gigantes e os adornavam com chapéus,
Em seguida, cercou-os com aves, gatos e morcegos de neves.
Então, pouco antes do amanhecer, no final de sua festa…
Antes de irem para casa para descansarem…
Os povos faéricos se reuniram em volta de suas árvores de carvalho favoritas
E agradeceram ao Sol, debaixo dos enfeites das árvores.
De repente, antes de chegarem em suas casas
Uma luz amarela ouro voltou como uma chama em flecha.
Acendendo no topo da maior árvore, onde se podiam ver de longe
Uma esfera dourada, se transformando em uma estrela.
A velha sorriu para a bela vista e sussurrou:
"Feliz Yuletide, meus filhos. Boa noite!".


fonte: Sofya Iaé

sábado, 22 de dezembro de 2012

UM FELIZ YULE, NATAL ...........................


Para todos os amigos, amigas, bruxos, bruxas, para todos de qualquer cor de qualquer religião , que veio e ficou, mesmo aqueles que so passou, para vocês o nosso muito obrigada e que a noite de vocês seja de muita paz, amor e felicidade.

Um grande beijo e um forte abraço.

Selma / Marcos

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Eu sou Pagã Eu sou uma Bruxa


Eu uivo para a lua. Eu danço ao redor de fogueiras ao som de tambores. Eu acredito na Grande Mãe, que também é Donzela e Anciã. Eu cultuo o Deus Chifrudo e com ele caminho sob o céu. Eu pratico ritos antigos, e também novos. Eu sou do povo antigo e do novo, de novo. Eu vejo a Magia na terra e no ar, no fogo e na água. Eu sou um filho do Grande Espírito. 

Eu sou um fragmento e ao mesmo tempo o Todo da Natureza. Eu sou aquele que morre todas as pequenas mortes, na vivência do Sagrado. Eu me deito nos seios de da Grande Mãe, me aconchego nas asas amáveis da minha Águia, me deleito nos profusos frutos das Arvores , me entrego às dádivas da minha Religião, Eu danço com o povo pequeno das Florestas , habito o cristal da Natureza, teço a teia e sou tecido pela Teia da Mãe, sou filha da Deusa e caminho junto a Ela.

domingo, 16 de dezembro de 2012

PARA OS MEUS SEGUIDORES E SEGUIDORAS

Dizem os historiadores, que “quem não conhece a história corre o risco de cometer os mesmos erros do passado”. Por isso, é que devemos nos reportar ao passado, para conhecermos a verdade"


"Celebre-me sob a luz da Lua cheia, nos campos, nas florestas, nos bosques, e cavernas. Dancem e cantem em minha homenagem e os mistérios da Arte eu lhes revelarei. O meu poder será o seu poder, a minha força será a sua força, o meu conhecimento será o seu conhecimento, pois eu sou a sua Mãe, e vocês são meus filhos. Venham minhas crianças e retornem a mim no Amor, pois é o AMOR a única lei, Amor em Liberdade e Harmonia"

Yule

Nesta Noite longa e escura, acendemos o Lume das Velas Sagradas e brindemos à sua Chama Vibrante. Bem Vindo Sejas!
Recebo-te com Alegria no Coração, Paz na Alma e de Peito Aberto em sinal de agradecimento e profundo respeito. Honro-te, abençoada que já sou, e celebro-te com a Força e a Coragem que emana das minhas entranhas. Brindo a Ti, a todas as Coisas Livres, Belas e Docemente Selvagens.
E que a Grande Roda Solar gire mais vez. Que assim seja!




Poema de YULE.


Uma Senhora carrega seu filho nos braços atravessa a noite escura 

caminha serena nada teme sempre avança pela floresta pelos campos montanhas e pela alma de seus protegidos ela vem suave trazer a luz de seu pequeno filho para aqueles que

 creem no amor supremo dedicado às criaturas por seus criadores é uma caminhada em círculo que se eleva e pelo coração nos carrega ao alto da sacralidade uma Senhora caminha 

por trilhas escuras caminha segura e leva nos braços seu maior amor para doar à todos aqueles que aceitar o presente iluminado..... 

Que venha o Yule no meu, no teu coração.... 

que venha a névoa, o frio....o gelo....a neve..... que venha o que vier 
a luz do pequeno aquece sustenta, acende.... quem tem olhos de ver e coração de sentir.... 

andemos pois... andemos a roda e sejamos sempre abençoados.... 
pela eternidade.....


Mahatma Gandhi - Para Pensar


“As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?”
“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.”

“Creio na verdade fundamental de todas as grandes religiões do mundo. Creio que são todas concedidas por Deus e creio que eram necessárias para os povos a quem essas religiões foram reveladas. E creio que se pudéssemos todos ler as escrituras das diferentes fés, sob o ponto de vista de seus respectivos seguidores, haveríamos de descobrir que, no fundo, foram todas a mesma coisa e sempre úteis umas às outras.

“Eu seria cristão, sem dúvida, se os cristãos o fossem vinte e quatro horas por dia.”
“Como defender uma civilização que somente o é de nome, já que representam o culto da brutalidade que existe em nós, o culto da matéria.”

“Aqueles que têm um grande autocontrole, ou que estão totalmente absortos no trabalho, falam pouco. Palavra e ação juntas não andam bem. Repare na natureza: trabalha continuamente, mas em silêncio.”

“Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo.”

“Quem deserta das coisas materiais mostra boa vontade- mas não prova verdadeira compreensão. Por que foge? Por que deserta? Porque se sente fraco e receia cair; mas o temor é escravizante. Plenamente liberto e livre é somente o homem que, depois de se consolidar definitivmente no mundo espiritual, volta ao mundo material sem se materializar; o seu reino não é daqui, mas ele ainda trabalha aqui, como se fosse o mais profano dos profanos. Somente um homem plenamente espiritual pode admitir aparências de materialidade sem desmentir a sua espiritualidade. De um homem que nada espera do mundo, tudo pode o mundo esperar.”

“Um não dito com convicção é melhor e mais importante que um sim dito meramente para agradar, ou, pior ainda, para evitar complicações.”

“Mantenha seus pensamentos positivos, porque seus pensamentos tornam-se suas palavras. Mantenha suas palavras positivas, porque suas palavras tornam-se suas atitudes. Mantenha suas atitudes positivas, porque suas atitudes tornam-se seus hábitos. Mantenha seus hábitos positivos, porque seus hábitos tornam-se seus valores. Mantenha seus valores positivos, porque seus valores... Tornam-se seu destino.”

“Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho; prazeres sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política sem idealismo; religião sem sacrifício e ciência sem humanismo.”
“A única revolução possível é dentro de nós.

Não é possível libertar um povo, sem antes, livrar-se da escravidão de si mesmo.
Sem esta, qualquer outra será insignificante, efêmera e ilusória, quando não um retrocesso.
Cada pessoa tem sua caminhada própria.

Faça o melhor que puder.
Seja o melhor que puder.

O resultado virá na mesma proporção de seu esforço.
Compreenda que, se não veio, cumpre a você (a mim e a todos) modificar suas (nossas) técnicas, visões, verdades, etc.

Nossa caminhada somente termina no túmulo.
Ou até mesmo além...
Segue a essência de quem teve sucesso em vencer um império...

Mahatma Gandhi

Festividade pagã (Perchtem) toma conta das ruas na Áustria e Suíça


Aos poucos as raízes pagãs estão sendo retomadas e sua chama se torna cada vez mais viva. Pelo menos assim tem acontecido na Europa, nos últimos anos. Na Áustria e na Suíça, por exemplo, de Novembro a Janeiro ocorre as comemorações de uma antiga festividade pagã com mais de 1500 anos. O Perchtem é uma das comemorações mais populares nesses países, marcada com um ritual a deusa Perchta, popular nos cultos pagãos do sul da Germânia, também associada a Deusa Freya.

Esse ano, as ruas de Salzburgo (Suíça) e no Tirol (Áustria) foram invadidas por pessoas com máscaras e roupas feitas com peles de animais, a fim de se espantar os maus agouros e trazer fertilidade com a chegada do inverno. São distribuídos também uma mistura de cinzas e farinha de milho pelas casas, alimento que representa o poder de regeneração, da vida após a morte. Outras práticas como a queima de ervas e outras, marcam os 12 dias de comemorações.

Alguns grupos religiosos se mostram contra tais festividades, considerando-a uma forma de culto a "seres malignos", além de se manterem receosos devido ao fortalecimento da cultura pagã no continente europeu.

Durante esses doze dias, mais de 500 adultos e crianças saíram fantasiadas nas ruas desses países. 

Texto de Douglas Phoenix

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A partida do Rei Azevinho e a chegada do Rei Carvalho – Um mito de Yule

the_holly_king_by_hikari_ryu

Em meio à temível escuridão do Inverno, a Deusa voltou Seus olhos para a Terra. Avistando a calma, inerte e peculiar beleza que repousava nas árvores sem folhas, na neve que cobria o solo e em Suas criaturas, agora reunidas em suas cavernas e casas para fugir do frio, resolveu descer ao Mundo para dar fim ao implacável período mortal que se estendia sobre todas as formas viventes.

Embora soubesse que o florescer e frutificar da Terra, bem como a gestação da nova Criança, haviam Lhe deixado cansada e que o tempo de escuridão fosse, então, mais do que necessário, a Senhora sabia que, acima de tudo, os Ciclos da Vida eram tão belos e poderosos quanto os Ciclos da Morte, e começavam a agitar-se nas profundezas do solo, lutando contra o inverno gelado para renascer. Ela sabia que era momento de retirar, finalmente, Seu manto branco que se estendia pelas florestas e vales, abrindo espaço para que estes pudessem tornar-se novamente verdes, pulsantes com energia vivente.



A noite era a mais longa e mais escura que já havia se visto. Movimentando-se com dificuldade devido aos avançados estágios de Sua gravidez, a Mãe de todas as coisas adentrou a floresta agora negra, buscando Aquele que comandava esta época do ano. Calmo, silencioso e taciturno, o Rei Azevinho esperava-A em meio às arvores nuas. Sua coroa de viçosas folhas verdes e os rubros frutos que a cobriam pareciam um tesouro em meio aos galhos secos espalhados por toda a parte, como se uma estranha magia os tivesse conferido o poder de sobreviver a estes difíceis tempos. Seus olhos eram firmes, Seus lábios cerrados pareciam esboçar um sorriso incompreensível, resistente, único. A Portadora da Vida sabia que seria difícil convencê-Lo a retirar-se. No entanto, ao sentir a Criança da Vida mover-se em Seu ventre, Ela tinha certeza: era chegado o momento.

Após uma breve saudação carregada de poder, a Deusa voltou Seus olhos para o Oeste, mostrando ao Deus Azevinho a direção que Ele deveria tomar. Não se podia ver nada além de um caminho tortuoso que terminava em escuridão. “Por que eu deveria ir?”, perguntou Ele. “Os tempos devem mudar”, respondeu a Deusa, “e aqueles que um dia governaram devem ceder lugar à nova vida, para que o equilíbrio no mundo seja restabelecido. Você sabe disso tão bem quanto Eu.”

O Deus contemplou a calma da floresta, num gesto que pareceu durar tanto quanto a nota de uma harpa ecoando em uma sala vazia. “Eu não posso ir”, disse Ele, “não agora. Você, Senhora, que vê além da tristeza, sabe que este é também um belo tempo. Repare no suave amor com que o gelo beija a Terra, e na esperança de Minhas verdes folhas, que mostram Minha soberania, exercida com direito e propriedade”.




A Deusa sorriu. Seus lábios pareciam compreender o Rei do Gelo, mas demonstrava

m uma sabedoria ainda maior do que a dele. Ela disse: “Belas são as Suas palavras, Meu filho e amigo. No entanto, não se esqueça: a Terra deixa-se beijar, mas pode envolvê-Lo no mais mortal e eterno dos abraços. E o que será de Suas verdes folhas quando a escuridão eterna roubar delas o brilho que as sustenta? Sem a ajuda da Criança que se prepara para tomar o Seu lugar, você não terá mais coroa, nem trono.”

“Criança! Minha Amada, Minha Mãe, Minha Senhora! Olhe para Mim; veja a sabedoria do tempo estampada em Minha Face, em Meus olhos, em Minha barba! Por que Eu, que sou o Senhor do Conhecimento, devo ser substituído por uma Criança?” – disse o Rei azevinho, gargalhando. “Que poder pode tão pequena e inocente criatura ter, que seja maior do que o Meu?”
Ela quase deixou levar-se pelas palavras do Senhor da Morte, mas sabia: Ele podia ser ousado o bastante para manipular palavras e tentar convencer a Ela, que O havia gerado; mas não havia palavras que pudessem convencer a Senhora de Todos os Ciclos a agir contra Sua própria natureza. Ela respondeu-Lhe da maneira mais coerente, e, portanto, mais verdadeira: “O Filho que espero pode ser agora pequeno, mas tem tanto poder quanto Você próprio, uma vez que ambos foram gerados em Meu condescendente ventre, e conhecem igualmente Meus Mistérios. Nós sabemos: Ele crescerá. Ele o faz até mesmo enquanto dialogamos, e torna-se cada vez mais próxima a hora de Seu nascimento. E à medida em que crescer, terá cada vez maior poder para degelar esta neve sob nossos pés. E então, eu vestirei Meu manto de beleza para saudá-Lo, para amá-Lo, de modo a restituir a vida e abundância a todas as Minhas Criaturas.”



“Eu não o vejo crescer”, disse o Rei do Inverno, estendendo Suas mãos para recolher alguns flocos de neve que caíam dos céus. “Vejo apenas neve, gelo, e frio. Vejo o Inverno.”

“Você mesmo disse que vejo além da tristeza. Pois bem, é verdade. Meus olhos vêem além da neve, e meus ouvidos escutam as árvores sussurrarem enquanto seus galhos se tocam. Preste atenção, Filho, repare no som dos carvalhos brotando sob a neve, tão lentamente, tão suavemente!” A Deusa apontou para baixo, e de Suas mãos pareceram surgir pequenas fagulhas, que desceram até o solo, abrindo espaço na neve e mostrando ao Deus os pequenos brotos quase invisíveis que cresciam sob o gelo. “Tudo vai, e tudo vem. Tudo morre, tudo renasce. Enquanto você reina, a vida lentamente caminha em sua direção, clamando por espaço. Até mesmo Eu, que sou a Senhora de Todas as Coisas, deixo a vida preencher-Me!” E colocando as mãos em Seu ventre pleno, a Deusa convenceu, enfim, o Rei do Inverno de que Morte e Vida pareciam ser opostas, mas eram irmãs, filhas Dela mesma, Senhora daquilo que é, foi e ainda será.“Receba comigo a Criança da Promessa, e recolha-se, Sábio Azevinho, pois chegará também o Seu momento de retornar.”

A Deusa deu alguns passos em direção ao Leste, e assim permaneceu por alguns instantes, de modo que o Rei Azevinho via apenas Suas costas. Subitamente, um clarão surgiu em frente à Deusa, que cantava. A Luz era tão forte que Ele teve que cerrar os olhos. A Senhora então voltou-se para Ele. Nos braços da Grande Mãe, havia um pequeno bebê, de onde vinha o brilho e a luz da Vida. Ele era tão belo, que fez o Rei Azevinho sorrir.



“A Criança da Promessa retornou”, disse a Mãe dos Deuses. “Vamos saudá-la, pois agora temos a certeza de que a vida se derramará novamente sobre a Terra. O Rei Carvalho deve agora governar. E você, Rei Azevinho, deve ir agora. Nós o agradecemos por ter protegido o mundo durante este período de escuridão, e desejamos harmonia em sua jornada rumo às terras além do Oeste. Nós cuidaremos de Seu Reino, e aguardaremos também o Seu retorno, quando for o momento do Rei Carvalho despedir-se para que a vida continue, assim como Você agora o faz. Tudo o que vai deve um dia retornar. Lembremo-nos sempre desta máxima sagrada.”

Com as palavras e as bênçãos da Senhora, o Rei Azevinho entregou sua coroa à floresta e partiu em direção aos caminhos do Oeste, de onde, como proferiu a Deusa, Ele um dia retornará. Mas isso é parte de outra história… por enquanto, saudemos o Rei Carvalho e abracemos, com vontade, a nova vida. Feliz Yule!

O mito do Rei Carvalho e do Rei azevinho é um dos mais tradicionais nas épocas de Litha e Yule. Enquanto em Litha, o Rei Carvalho é desafiado pelo Rei Azevinho, que chega para governar a metade fria e escura do ano, o contrário ocorre em Yule. A noite mais longa do ano nos lembra que a Luz retorna ao mundo. Os dias serão cada vez mais longos, e em breve o Sol voltará a nos aquecer e trazer a vida de volta à Terra.

Assim como o Rei Azevinho finalmente se convence de que a Criança da Promessa deve governar, deixemo-nos inspirar por este mito e celebrar nossa Criança interior. Vamos celebrar a vida, a esperança e a promessa de dias mais quentes, melhores, com mais amor e beleza. Sejam abençoados!

FONTE: Lullu Saille 

Um Conto de Samhain


Lyla sentou-se no chão e olhou para o céu claro, limpo e estrelado. O
reflexo da Lua cheia na água fez Lyla pensar numa pérola. Redonda e
branca... mas logo as crianças chegaram, e sentaram ao seu redor,
interrompendo seus pensamentos. Sorrindo, Lyla olhou para cada uma deles.
Comecemos? Vou contar para vocês a estória de como o Cornudo se
sacrifica todos os anos para garantir força à Grande Mãe, para que esta possa
vencer o frio do Inverno. Estão prontos?' As crianças acalmaram-se para
ouvir Lyla. 'Não foi a muito tempo que aconteceu. O Sol sumia no Oeste,
e as aves noturnas já deixavam seus ninhos, umas ameaçando cantar.




Debaixo das árvores, correndo para suas tocas, os pequenos animais
apressavam-se, fugindo do frio cortante que se faria presente em pouco tempo.
Aquela era a época do Cornudo, e só as criaturas mais fortes
sobreviveriam a inverno tão rigoroso.
O Sol baixou, baixou, até que só se via uma fina linha de separação
entre céu e Terra no horizonte, e tudo ficou avermelhado, com um ar mais
mágico. E então, a luz se foi. A Lua estava crescente no céu, e um vento
gelado começou a correr por entre os troncos seculares das árvores.
Ouve-se, agora, o som de uma flauta...som tão límpido e cristalino, que a
superfície do lago, antes parada, tremulou ao som da melodia alegre.
Todos os animais da floresta pararam para ouvir o som da flauta, e
mesmo as aves noturnas cessaram seu canto orgulhoso. E por entre as
árvores, a flauta se fez ouvida em toda a floresta. E mais nada, além do som
doce da flauta. Atravessando o lago, um pouco depois do Grande Carvalho,
estava a fonte de tal encantamento. Sentado numa pedra coberta de limo,
balançando ao som da flauta de bambu, um ser robusto, com tronco e
cabeça de homem, pernas cobertas de pêlo, cascos de cavalo e grandes
chifres pontiagudos.



Observava a donzela que dançava ao som de sua música, logo à sua
frente. Tinha longos cabelos claros, lisos, que escorriam até a altura da
cintura.Os fios sedosos acompanhavam os movimentos da dança, pés
habilidosos moviam-se descalços sobre a grama. A Deusa nunca havia estado tão
bela quanto naquela noite.
Os dois brincavam nus, na noite fria da floresta, e alguns animais
se juntavam ao redor da clareira. Cansada, a Donzela sentou-se, e olhando
para o Cornudo, esperou que a música acabasse.
Quando o Deus afastou a flauta de seus lábios, as figuras dos animais e
da Donzela desapareçam... meras lembranças. A Deusa agora recolhia-se
grávida no Mundo Subterrâneo, guardada por seus familiares, pronta para
dar à luz dentro de tão pouco tempo. Era necessário que o Sol Novo
nascesse. O Cornudo levantou-se com tristeza e caminhou até o lago, para
observar seu reflexo.

Já estava velho e fraco, mas ainda continha grande energia... energia
necessária para que a Deusa agüentasse o parto que se seguiria em menos
de dois meses. Já não podia continuar a viver... a Terra precisava de
seu sangue, e o Sol Novo de sua energia. Um grito ecoou em sua mente: a
Deusa sofria. Aquele era o momento certo. O Cornudo olhou para os céus,
e olhando para a mata, despediu-se de sua casa. Tambores rufaram quando
Ele ergueu suas mãos e pronunciou as palavras secretas. Houve uma
explosão, e Ele desapareceu.

Aqui, numa clareira nas montanhas, já distante da floresta, ouviam-se
os tambores de guerra. Uma música rápida e repetitiva tornava o ar
agressivo.Também com uma explosão, o cornudo surge no centro do círculo, um
olhar decidido em seu rosto.
O Velho Cornudo tinha agora em suas mãos uma adaga ritual, e quando Ele
alevantou apontada para seu peito os tambores cessaram. Cernunnos
fechou os olhos, e o momento se fez silencioso... aqueles segundos duraram
milênios
... O Cornudo levou a adaga a seu peito, e os tambores voltaram a
tocar.


Quando a lâmina fria rasgou a carne do Deus, não houve um grito, sequer
um sussurro de dor... apenas o som do sangue derramando-se sobre a
terra. O Cornudo ajoelhou-se, com calma em seu olhar. Com as próprias mãos,
abriu a ferida para que os espíritos recolhessem o sangue.
Quando o círculo tornou-se silencioso novamente, e todos os espíritos
partiram, o Deus deitou e virou-se para as estrelas, e esperou que a paz
voltasse a reinar sobre a floresta. Ainda sentia o sangue escorrendo
para fora de seu corpo, e regando o círculo sagrado em que repousaria
para sempre.
E do solo, ou talvez de lugares além das estrelas mais distantes,
elevou-se um cântico, murmurado e pausado ... talvez fossem as pequenas
criaturas do subsolo, ou ainda as estrelas, despedindo-se de seu Deus.

"Hoof and Horn, Hoof and Horn

All that Dies Shall be Reborn.

Corn and Grain, Corn and Grain

All that Falls Shall Rise Again."

O Cornudo morreu sorrindo, sabendo ser a semente de seu próprio
renascimento. E Ele pode sentir sua energia retornando ao útero da Grande Mãe,
que agora deixava de sofrer...
Os espíritos, então, romperam a barreira entre os dois mundos, e
caminharam por sobre a Terra, espalhando o sangue e a força do Deus, para que
pudéssemos sobreviver através dos tempos difíceis que se aproximavam.'
Lyla limpou uma lágrima que escorria de seu rosto. As crianças ainda
ouviam atentas.
'É por isso que os espíritos vêm ao nosso mundo nessa noite tão
escura...
Eles trazem consigo um pouco do sangue do Deus Cornudo, que só
renascerá no Solstício de Inverno. Trazem conselhos, proteção e promessas de
que nos irão guiar durante todo o período escuro do ano. Devemos,
portanto, saudar os espíritos, porque, sem eles, a semente do renascimento não
seria espalhada.
Agora vão para a Casa Grande, vamos começar o ritual.'
Lyla deixou que as crianças corressem na frente em direção à Casa
Grande. Parou no meio do caminho, e deixou que seus ouvidos escutassem os
sons do além. E de algum lugar chegou aos ouvidos de Lyla um cântico...
'Hoof and Horn, Hoof and Horn...

E Lyla caminhou para a Casa Grande.

FONTE: Do livro Bruxaria "Raven Grimassi".


quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

YULE - O NATAL


Para as bruxas Yule é considerado natal, o Sabbath do Solstício do Inverno ( Para quem não sabe, Solstício de Inverno significa o fim da estação de ano do Inverno. ) é a noite mais longa do ano, marcando a época em que os dias começam a ficar mais longos, e as horas de escuridão a diminuir.É o festival de renascimento do Sol e do tempo , assim adorando o Deus ( para a Religião Antiga o Deus invocado no Sabbath, que é o Deus escandinavo da fertilidade, é o Deus associado à paz e à prosperidade.)


Nesse Sabbath os Bruxos e Bruxas dão adeus à Grande Mãe e glorificam o Deus renascido que governa a "metade escura do ano". Nos tempos antigos, o Solstício do Inverno corresponde à Saturnália romana (17 a 24 de dezembro), a ritos de fertilidade pagãos e a vários ritos de adoração ao sol.

Cada ano, por volta de 21 de Dezembro, o sol parece ficar imóvel, nascendo e pondo-se no mesmo lugar durante uns dias. É o momento da noite mais longa, quando o sopro da terra parece vacilar face à obscuridade dominante. Depois, Imperceptivelmente, o sol começa a sua longa viagem para sul e toda a criação começa a expirar.



Os Romanos tinham a Saturnália (onde tudo era liberado), comemorada entre os dias 17 a 23 de dezembro em honra ao Deus Saturno, e no dia 25 de dezembro tinham a Brumália, celebração do nascimento do Deus Sol invencível (Natalis Solis Invicti), no caso: Deus Mitra. 

Estas principais festas pagãs estavam amplamente incrustadas nos costumes populares para serem suprimidos pela nova igreja cristã, que por sua vez, viu a oportunidade de “alistar” ali novos adeptos, agora tendo essa festa sob o pretexto cristão, já que muitos pagãos não deixariam seus costumes, ainda mais esta. Nascia então o Natal!

Os rituais para acolher o sol datam dos inícios da civilização, quando as comunidades se juntavam para celebrar a vida com festas, musicas, danças, teatro e, sobretudo, com a luz do fogo. Nos nossos dias temos tendência a julgar o natal como um dia único, ou como um fim de semana, mas a maior parte das culturas suspendiam as suas atividades diárias para celebrarem pelo menos durante 12 dias.

Em dezembro era celebrada a festa dos Saturnais, dedicado ao deus Saturno, que durava cerca de quatro dias ou mais.
Segundo criam os pagãos romanos, este deus habitava no Lácio - nome proveniente de ter ele se escondido naquela região - Lateré - que significa esconder-se, ocultar-se. E tendo sido recebido pelos homens, lhes ensinou a agricultura, trazendo, segundo a lenda, a chamada "Idade do Ouro".



Os presentes costume esse trazido também da Saturnália, que tinha como costume, ao final da festa, cumprimentar os outros entregando-lhes presentes, além de sair gritando “Io Saturnália”.

Estas festividades pagãs estavam muito arraigadas nos costumes populares desde os tempos imemoráveis para serem suprimidas com a advento do Cristianismo, incluso como religião oficial por Decreto por Constantino (317-337 d.C), então Imperador de Roma. Como antigo adorador do Sol, sua influência foi configurada quando ele fez do dia 25 de dezembro uma Festa Cristã. Ele transformou as celebrações de homenagens à Mitra, Baal, Apolo e outros deuses, na festa de nascimento de Jesus Cristo. Uma forma de sincretismo religioso. Assim, rituais, crenças, costumes e mitos pagãos passam a ser patrimônio da “Nova Fé”, convertendo-se deuses locais em santos, virgens em anjos e transformando ancestrais santuários em Igrejas de culto cristão. Deve-se levar em consideração que o universo romano foi educado com os costumes pagãos, portanto não poderia ocorrer nada diferente.

Uma nova ordem foi estabelecida quando o decreto de Constantino oficializa o Cristianismo. Logo, livres de toda opressão, os que então eram perseguidos se convertem em perseguidores. Todos os pagãos que se atrevessem a se opor as doutrinas da Igreja Oficial eram tidos como hereges e dignos de severo castigo.



As guirlandas, o azevinho, a Tora de Yule (Yule Log) queimando no fogo são todos costumes Pagãos.Yule, o Solstício de Inverno, acontece por volta de 21 de dezembro no hemisfério Norte e por volta de 21 de junho no hemisfério Sul. O Sol agora encontra-se em Nadir, por isso é a noite mais longa do ano.Muitos Pagãos celebram Yule com o festival da Luz, que comemora a Deusa como Mãe que dá nascimento ao Deus Sol, a Criança da Promessa. Outros celebram a vitória do Deus da Luz (Rei do Carvalho) sobre o Rei das Sombras (Rei do Azevinho), pois a partir desse momento os dias se tornarão visivelmente mais longos com o passar do tempo, mesmo com frio.Esse Sabbat representa o retorno da luz. 

Aqui, na noite mais escura e fria do ano, a Deusa dá nascimento à Criança do Sol e as esperanças renascem, e Ele trará calor e fertilidade à Terra. Yule é o tempo de celebrar o Deus Cornífero. Nesse dia, muitas tradições Pagãs se despedem da Deusa e dão boas-vindas ao Deus, que governará a metade clara do ano.Em tempos antigos pequenas bonecas de milho eram carregadas de casa em casa com canções típicas de Yule. Os primeiros Pagãos acreditavam que esse ato traria as bênçãos da Deusa às casas que fossem vistiadas pelas Corn Dollies.Era um tempo ideal para colher o visco, considerado muito mágico para os Antigos Druidas, que o chamavam de o “Ramos Dourado”.



O tema principal desse Sabbat é a Luz em todas as suas manifestações, seja o fogo da lareira, seja de uma fogueira, de velas, etc. A Luz nesse Sabbat torna-se um elemento mágico capaz de ajudar o Sol a retornar para a Terra, para nossa vida, corações e mentes. 

Pela interpretação celta, o ano é divido em duas partes distintas: o ano claro ou crescente dominado pelo Rei Carvalho e o ano escuro ou decrescente, dominado pelo Rei azevinho. As partes distintas eram dividas pelos ritos de Samhain e Beltane e a quem diga que pelos solstícios. Logo após a invasão de outras culturas, como a escandinava, algumas tribos passaram a conhecer os equinócios, mas há também quem diga que esse povo já os conhecia, pois praticavam rituais nessas épocas.



A história mais contada na época do Inverno era a batalha dos irmãos gémeos Rei Carvalho e o Rei Azevinho, a vitória da luz sob as trevas, também conhecida por Mito do Veado e do Lobo. Nos seis primeiros meses do ano, é o Rei Carvalho (Luz) que governa e temos dias claros e longos, com o sol intenso. A figura do Rei Carvalho é representada por um jovem forte, audacioso, corajoso que caça a Deusa pelas florestas. A cada novo dia o sol torna-se mais forte, até ao Litha que é quando ele se apresenta cansado, as suas forças já não são as mesmas e trava a batalha com o seu irmão, o Rei Azevinho (escuridão), que consome o que resta das suas forças. O Rei Carvalho é vencido, sendo o trono ocupado pelo Rei Azevinho. O Rei Azevinho é representado com um ancião, sábio e bondoso, que traz o Inverno do Norte, usa peles de animais e uma coroa de azevinho. O Rei Azevinho traz a morte e a vida, o filho Sol nasce no Solstício de Inverno, quando o Rei Azevinho(trevas) perde o trono para o seu irmão, o Rei Carvalho (luz).


Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas esperanças, pedindo aos deuses que rejuvenescem nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. 

"Por ele o mundo é julgado naquilo que contém. O céu e a terra encontram-se sob sua presença imediata. Governa todos os seres humanos. O sol dá volta segundo sua vontade.Produz abundância e a distribui pela Terra. Todos adoram sua beleza. Doce é seu amor em nós" 


Um ótimo Yule para todos vocês.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

POEMAS LINDOS


" Ja acreditei em amores perfeitos.Ja descobri que eles não existem. Ja amei pessoas que me decepcionaram. Ja decepcionei pessoas que me amaram. Ja passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou. Ja tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir. Ja menti e me arrependi depois. Ja falei a verdade, e tambem me arrependi. Ja sorri chorando lágrimas de tristeza. Ja chorei de tanto rir. Ja acreditei em pessoas que não valiam a pena. Ja deixei de acreditar nas que realmente valiam. Ja inventei histórias com final feliz, para dar esperanças a quem precisava...Ja sonhei demais ao ponto de confundir com a realidade. Ja tive medo do escuro. Hoje, no escuro " me acho, me agacho, fico ali". Ja cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer. Ja me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão..." 

Clarice Linspector 



"A magia é um caminho desconhecido, assim como a escuridão da noite. E ao mesmo tempo assustadora, tornando-se um desafio para renunciarmos aos nossos medos e mergulharmos neste mundo secreto, que quanto mais se caminha, mais se descobre o que há por trás da penumbra. A bruxaria é um mundo oculto pelas sombras da noite, em que só a bruxa, por si própria, poderá descobrir o caminho certo, confiando na sua eterna aliada, a lua, que é a luz da Deusa. Uma bruxa acomodada jamais será sabia, porque o conhecimento oculto não é recebido e sim procurado. O segredo é confiarmos na luz interior que nos guiará adiante no caminho da procura, que começará neste momento, nesta noite de iniciação. A hora é agora que o ritual se inicie." 

[Morgana - As Brumas de Avalon] 





domingo, 9 de dezembro de 2012

MUITO PRAZER EU SOU UMA BRUXA


Basta entender que todos nós estamos aqui por uma razão, e basta comprometer-se com ela.
Assim podemos rir, de nossos grandes ou pequenos sofrimentos e caminhar sem medo, conscientes de que cada passo tem um sentido ...

[ Trecho do Livro: A Bruxa de Portobello ]




Muito prazer, eu sou uma bruxa. Sou descendente dos sobreviventes da inquisição. Não precisa ter medo de mim, eu não sou uma pessoa má. 

Minha ligação com a energia feminina da "Mãe Natureza" é muito forte.

Estou sempre buscando o melhor conhecimento do meu corpo e do meu humor, estudando a relação existente com as fases da lua.


Tenho dois livros: um de capa preta, onde registro os preparos das receitas e das poções, bem como os trabalhos realizados, e outro, que seria um diário pessoal.

Não tenho o conceito "padrão de culpa ou/e pecado", mas sim o de responsabilidade individual pelos meus atos e pelos meus pensamentos e o respeito pelo próximo.

Bruxas e Bruxos de verdade só tem poderes mágicos por que não vivem com a cabeça na ilusão, eles vivem com os dois pés na realidade e conseguem através da sabedoria se conectar com intensidade na vida… com aquilo que ela tem de melhor e de pior – e através da participação se transformam, lutam contra os monstros que aparecem. 


Tenho três deusas principais: a jovem (aquela que não pariu), representada pela lua crescente; a mãe (aquela que já pariu) representada pela lua cheia; e a anciã (aquela cujos filhos/filhas já entraram para o ciclo de renascimento, ou seja, já geraram outros seres), representada pela lua minguante.

Utilizo trajes de todas as cores e em cada ritual especificamente. No inicio uso apenas branco. Quando Sacerdotisas uso preta dependendo dos rituais.

Quando eu digo quem sou, eles me chamam de uma "Bruxa". Quando eu defendo aqueles que eu amo, eles me chamam de Bruxa. Quando eu falo minha opinião, penso nas coisas e falo meus próprios pensamentos, ou faço o meu próprio caminho, eles me chamam de Bruxa.


Eu sou uma Bruxa, mas,eu não sou má. Não prejudico ninguém com o meu poder! Não sou perigosa... Sou normal!Minha religião não é uma piada! Não sou fantasia. Sou real! Você não precisa ter medo de mim...Não quero converter você! Mas, por favor, não tente me converter. Apenas me dê o mesmo direito que lhe dou: Viver em paz! Sou muito mais parecida com você, do que possa imaginar! sou mãe, sou avó, sou eu mesma, hoje e sempre . 

Ser ou se tornar BRUXA (o), não é uma questão de sorte ou azar, mas uma questão de escolha.

Bruxas (os) vêem o passado como referência, o presente como luz, o futuro como meta e os monstros como parte do caminho.

Viver da melhor forma possível deve ser a grande razão da nossa existência, muitas vezes é preciso ser Bruxa(o) para que isto aconteça.

A maior característica das bruxas(os) é seu poder de transformação, BRUXAS (os) fazem uso da ‘magia’ para realizarem seus desejos e para conquistarem seus objetivos.

Mas… é preciso acreditar, acreditar que existe força, que é possível, que somos resistentes e possuidores de poderes que estão em nossas mãos. Não, a luta não é fácil, não será e nunca foi, às vezes os monstros são terríveis, mas sim é possível vencê-los.


Aprendi que bondade e maldade fazem parte do ser humano e busco equilíbrio e justiça e sei, que a roda da vida deve estar sempre ativa.

Eu sei, que nada é pra sempre... e no fim, posso fazer que seja um bom final
Eu sei que tenho forças nas minhas mãos, e nada me derruba... se assim eu não quiser.

Eu sou uma Bruxa por ser única com minha Deusa , por ter o conhecimento da verdade por viver com a terra e não apenas nela por ser livre e verdadeira.

Por tudo isto Eu Sou Uma Bruxa MUITO PRAZER em conhecer vocês.


Selma - 3fasesdalua


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Vaticano diz que Dia das Bruxas é Perigoso


O Vaticano fez duras críticas  ao Halloween, feriado de Dia das Bruxas comemorado em 31 de outubro, um dia antes do Dia de Todos os Santos, da Igreja Católica. Segundo o "Daily Mail", a instituição afirmou ser uma data "anticristã" e "perigosa", por ter ligação com o oculto. A condenação do Papa ao Dia das Bruxas vem dias depois de bispos da Igreja Católica espanhola pedirem que os pais não permitam que os filhos se fantasiem de fantasmas e duendes para celebrar a data.

Em um artigo intitulado "As perigosas mensagens do Halloween", o jornal oficial do Vaticano, "L'Osservatore Romano", citou o perito litúrgico Joan Maria Canals, que disse que "o Dia das Bruxas é uma corrente do ocultismo e completamente anticristão". Padre Canals pediu que os pais fiquem "atentos e tentem direcionar o significado da festa para a saúde e a beleza em vez do terror, do medo e da morte".

"L'Osservatore" elogiou uma igreja em Alcala de Henares, que decidiu realizar uma vigília de oração na noite de sábado, e também a ideia da arquidiocese de Paris de fazer um dia de imersão para as crianças, batizado de "Holywins" ("o sagrado vence", na tradução do inglês).

A Igreja Católica da Itália vê com maus olhos o crescimento da popularidade da festa de Dia das Bruxas nos últimos anos. Em 2008, o jornal "Avvenire", dos bispos italianos, apelou para um completo boicote e descreveu o Dia das Bruxas como uma "perigosa celebração do terror e do macabro".


FONTE: O GLOBO

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

SACERDOTISA


"À mulher foi concedido o Dom de zelar pela Luz...
Quando a Sabedoria guia seu coração, se tornam Sacerdotisas da Chama da Vida.
A Sacerdotisa é a imagem da Deusa na Terra e espelha em seu coração a Serenidade para Orientar aqueles que necessitam de sua ajuda". 



As mulheres que se descobrem, e que tem uma conexão verdadeiramente com sua Deusa Interior, que estão ligadas profundamente com sua sabedoria inata possuem uma ligação psíquica entre si. Elas são o que chamamos de Mulheres de Sabedoria ou Sacerdotisas da Mãe. 

As sacerdotisas ou as “Mulheres Deusas” vieram de mundos distantes. Desde a época da povoação da Terra, a energia criadora.

Sacerdotisas é uma palavra derivada do latim Sacerdos – sagrado; e otis – representante, portando “representante sagrada”. São autoridades de alto nível hierárquico que ministram ritos espirituais ou religiosos. São capacitadas, através de intensivo treinamento, a dirigir ou representar divindades ou poderes supremos em rituais sagrados de uma religião em particular.

As Sacerdotisas existem desde o início das sociedades mais ancestrais. Elas existem em todos ou alguns ramos da Religião Antiga, do Xintoísmo, Hinduísmo, Xamanismo como Xamãs e muitas outras religiões, como também, são geralmente considerados como tendo um bom contato com a divindade ou divindades da religião e muitas vezes os outros crentes pedem conselhos sobre questões espirituais a elas.



As Sacerdotisas tinham uma energia especial, uma energia vibracional muito acima dos homens as informações sobre elas foram distorcidas.

Elas são as Guardiãs natas do Mistério da Mãe, da Doadora da Vida, elas compreendem a Deusa como deidade primal (sob suas várias formas) e originaria como fonte de revelação e sabedoria místicas além de reconhecer a Deusa em si mesmas.

A verdade sobre elas sempre ficou oculta.

Na bíblia se fala das 12 tribos (de 144 mil pessoas); a 13a tribo está oculta em vários trechos como as mulheres guerreiras, as mulheres habilidosas ou as Deusas e Semi-deusas, porém não são citadas como uma raça, como uma civilização ou tribo.

Tinham um poder extraordinário de alquimia, de transmutação, magia e magnetismo pessoal de mexer, de vibrar, de tudo!

A magia propagava uma energia de afinidade, de carinho em todas as pessoas, e o magnetismo atraia, sintonizava. Tinham a magia do sorriso, do olhar, da voz e do beijo.


Em seus olhos traziam magia, uma força extraordinária, conseguiam “falar” milhões de palavras só com o olhar, se faziam entendidas, como um tipo de carisma, que conseguia atrair a atenção das pessoas, de multidões encantando-as. 

Na história do Egito, quem treinava os homens que faziam a iniciação; eram as Sacerdotisas, pois são as mulheres é que dão a vida, é que geram esse campo de energia. preparavam os guerreiros para manipularem suas energias por isso foram descriminadas.

Vieram para dar equilíbrio, mas a bíblia retirou muitas coisas conforme o seu interesse justamente para dar uma interpretação duvidosa e não deixar que a população tivesse uma consciência mais ampla.

A História e as lendas distorcem muito do que fizeram realmente. Elas tiveram como missão trazer a paz

Encontramos indícios dessas sacerdotisas em várias civilizações antigas, porém provas mais autênticas de sua existência, foram excluídas porque as lideranças da época queriam eliminar da face da terra o poder mágico que as mulheres possuem, e de tudo que foi ensinado.

Maria Madalena foi uma sacerdotisa que dentre os apóstolos mais se desenvolveu vibratoriamente conseguindo alcançar níveis elevados de vibração.



Maria (mãe de Jesus) também foi uma mulher especial, com uma genética totalmente diferenciada que também não nasceu de um homem e de uma mulher da Terra. Ela veio para gerar um filho que também tinha uma genética e condição especial.

Uma Sacerdotisa é guiada por ela própria, não pelos Deuses. As Deidades certamente acompanham-na mas são complementares a vontade própria da Sacerdotisa.

Dia após dia, todas as lições serão importantes, e o tempo será longo até que uma filha se torne Sacerdotisa.
É um compromisso interior e um crescimento das forças pessoais, em comunhão com a natureza e a subtileza das mensagens que a Deusa envia. 



sábado, 1 de dezembro de 2012

A MAGIA DOS SONHOS



“Desde que as estrelas caem do céu e nossos símbolos mais altos jazem empalidecidos, uma vida secreta baila no inconsciente.
Nosso inconsciente esconde água vivente, espírito que se tornou natureza, e por isto se perturba.
O céu se tornou para nós o espaço cósmico dos físicos, e o supremo divino uma memória justa de coisas passadas.
Mas "o coração arde", e uma inquietude secreta roe as raízes de nosso ser. (C. G. Jung).



Os sonhos são vistos como o presságio em que mais podemos confiar desde os primórdios da humanidade, Bruxos, sacerdotes e sacerdotisas pagãos e xamãns têm-nos utilizado para adivinhar o futuro. 

Para muitos povos e culturas, os sonhos também podem trazer uma grande gama de informações divinatórias.

Se seu sonho mora atrás da montanha, aprenda a escalar com manha. E se ainda o acha impossível, torne-o menos cheio de empecilho, pois não adianta você querer ter um pedaço do céu se ele fica tão longe de ti. Sonhar é ter dentro de si um pouco de magia.

Os sonhos podem ser uma fonte maravilhosa de autoconhecimento e percepção pessoal. No entanto, os sonhos de relacionamento têm luz própria. Ao apresentar uma visão clara da essência de uma relação, revelamos nossos sentimentos verdadeiros, esperanças e desejos, sem a censura habitual da consciência. Além disso, permitem enxergar os outros como realmente são, e não como desejaríamos que fossem. É por isso que os sonhos nos ajudam a agir melhor com o companheiro, amigos e familiares e a enfrentar e superar as dificuldades de qualquer relação, pois eliminam os ressentimentos e facilitam a comunicação.


Embora tudo isso pareça estranho, essa magia funciona e de forma simples. Durante a vigília, os sonhos muitas vezes parecem misteriosos; no entanto, isso só ocorre porque sua lógica é diferente da do pensamento consciente.

Existem vários tipos diferentes de sonhos: pesadelos ou imagens torcidas que, muitas vezes, são causadas por pressões do ambiente ou por problemas físicos, sonhos causados por emoções suprimidas, experiências fora do corpo (também conhecidas como projeções astrais) e so­nhos proféticos, que são sonhos vívidos relacionados a acontecimentos futuros.

Um número significativo de sonhos é de natureza profética, especialmente aqueles que acontecem três noites seguidas, de acordo com a tradição popular. Os sonhos proféticos, quando corretamente interpretados, podem revelar o futuro, tanto por quadros diretos como por simbolismo.

Mayadevi, mãe do Buda Sidarta Gautama, enquanto estava grávida teve um sonho onde um elefante branco voando pelo céu vinha visitá-la e então ingressava em seu útero, e assim ela soube que conceberia uma criança pura e poderosa, pois na Índia o elefante simboliza a sabedoria, tendo também no sonho ele vindo do céu, Tushita (a terra pura onde habita o Buda Maitreya). 



Muitas pessoas, nos dias atuais, acreditam ser insensatez ou utopia falar sobre sonhos. 

Alguns trechos de um livro de Rosa de Souza – “Pergunte aos seus sonhos”

“A magia dos sonhos vem do fato de que, quando dormimos, o ego também dorme.
Seres humanos são, essencialmente, seres cósmicos atravessando uma experiência física. (…) Vivemos simultaneamente em pelo menos dois mundos.”
Quando os gregos queriam ter certo tipo de sonho, dormiam uma noite no templo dedicado ao deus que lhe fosse apropriado.

Uma noite, o fisiólogo Otto Loewi adormeceu pensando na sua teoria sobre a transmissão de impulsos do sistema nervoso. Nessa noite, ele sonhou com uma experiência, que no dia seguinte realizou em seu laboratório, exatamente da mesma maneira como tinha sonhado. Sua invenção passou de teoria a realidade concreta, podendo ser provada, o que o levou a ser laureado com o Prêmio Nobel.


Outro exemplo é o de Thomas Edison. Depois de mais de mil tentativas descobriu o elemento final que permitiu a lâmpada ficar acesa mais de alguns segundos. Esse filamento é usado até hoje. Foi durante um sonho que Edison visualizou esse filamento, fazendo uma das maiores descobertas dos tempos modernos.
Voltaire, um cético, que estudou metafísica para desmistificá-la, tornou-se um grande metafísico, acreditando no poder dos sonhos.


O mais antigo registro de interpretação dos sonhos, datam do início de nossa era, no antigo Egito e Caldea. Os magos, intuitivamente compreendiam a existência de uma relação entre o sonho e quem sonha. Elaboraram sistemas interpretativos, cujos vestígios encontramos na mitologia, na bíblia e nos escritos de filósofos gregos, árabes e orientais dos primeiros séculos. Baseava-se na observação, na intuição, na experiência e no raciocínio. A interpretação tradicional, caracterizava-se por atribuir aos sonhos, uma dimensão essencialmente premonitória. O sonho era então considerado como uma advertência dos deuses, e a sua interpretação destinava-se a orientar as pessoas na sua vida cotidiana.

O exemplo clássico desse fato é o sonho do Faraó do Egito: O Faraó sonhou com sete vacas magras que devoravam sete vacas gordas, então José, numa predição simbólica, anunciou-lhe sete anos de fome que se seguiriam aos sete anos de fartura que o Egito conhecera. Com base nessa interpretação o Faraó, tomou então medidas que possibilitou a sobrevivência do povo Egípcio durante os anos maus e ainda comercializou o excedente com os povos vizinhos que não tomaram as mesmas precauções. 

Uma noite, o fisiólogo Otto Loewi adormeceu pensando na sua teoria sobre a transmissão de impulsos do sistema nervoso. Nessa noite, ele sonhou com uma experiência, que no dia seguinte realizou em seu laboratório, exatamente da mesma maneira como tinha sonhado. Sua invenção passou de teoria a realidade concreta, podendo ser provada, o que o levou a ser laureado com o Prêmio Nobel.

Outro exemplo é o de Thomas Edison. Depois de mais de mil tentativas descobriu o elemento final que permitiu a lâmpada ficar acesa mais de alguns segundos. Esse filamento é usado até hoje. Foi durante um sonho que Edison visualizou esse filamento, fazendo uma das maiores descobertas dos tempos modernos.
Voltaire, um cético, que estudou metafísica para desmistificá-la, tornou-se um grande metafísico, acreditando no poder dos sonhos.


Sonhos trazem consigo novas perspectivas e novas realidades. Sonhos podem ser experiências iluminativas. Eles podem nos guiar, aconselhar, além de responder as nossas perguntas. Em resumo: os sonhos podem nos oferecer o poder de transformar as nossas vidas e a nós mesmos”

A Magia é uma imensa dádiva! E por ser tão imensa, gera responsabilidades do mesmo tamanho.

Prestar atenção e querer ver nos sonhos um sentido, é antes de tudo entender que o sonho é para o indivíduo a possibilidade de resgatar o significado, e a conexão com a totalidade do seu SER.

Ser humano que somos.
Entenda a Magia dos sonhos  como ela é, sem véus e sem máscaras, e use seus dons com sabedoria, certo de que você é livre para fazer o que desejar, mas que todos os seus atos se transformarão em consequências.


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