domingo, 26 de abril de 2015

O NASCER DA BRUXA TRADICIONAL


"Estamos habituados a julgar os outros por nós próprios e, se os absolvemos complacentemente dos nossos defeitos, condenamo-los com severidade por não terem as nossas qualidades".

Honoré de Balzac


Nascer bruxa é reconhecer-se bruxa desde cedo e deixar seu dom fluir como as águas, independente do berço, da bandeira religiosa, e do sexo.

Nos ventos, nas brisas, na nossa respiração… sentimos o sopro de vida vindo do Universo. O ar é um fio condutor que nos une ao Grande Pai e a Grande Mãe. Ao nascermos, nós iniciamos este ritual da respiração: inspirar e expirar, onde a vida e a morte se encontram continuamente, ensinando-nos a lição mais importante no ato de viver que é compreender a própria morte como parte inseparável da vida.

As Bruxas Tradicionais pedem ajuda ao ar, quando é preciso reaprender a respirar, a viver. O ar auxilia o curador quando alguém precisa muito se dar conta da sua vida (encarnação) e da sua morte (transmutação), do inspirar (ganhar vida) e do expirar (doar vida).

A magia de verdade não é nem negra nem branca, é ambas, porque a natureza é ambas. O único bem e mal está em nosso coração.

Os antigos dizem que no aniversário de uma bruxa os ventos são mais fortes, os animais ficam agitados e a noite chega mais depressa.

Na Bruxaria Tradicional aprendemos desde criança que a palavra feitiço vem de Fetiche que significa ação sobre o futuro, só isso e nada mais, entendemos que temos que conhecer e adentrar a escuridão caminhamos com as sombras e luzes para que elas sejam equilíbrio. A vida é feita de Ordem e Caos, por isso conheça a si mesmo e conhecerá a Deusa e o Deus.



Bruxas Tradicionais são mulheres sensitivas, intensas, com vozes serenas e olhares barulhentos. Causam desconforto a outras pessoas quando olham fixamente nos olhos, pois são capazes de ler gestos e os tormentos da alma, aprendemos que a magia de verdade não é nem negra nem branca, é ambas, porque a natureza é ambas. O único bem e mal está no coração das pessoas fazem uso da palavra Bruxa, sem realmente saber o seu siguinicado.

Por entender desde cedo este siguinificado é que na Bruxaria Tradicional temos a visão de que estamos acorrentadas na terra, mas queremos asas para voar e é por isso que temos a vassoura como o nosso símbolo de liberdade. O processo é o mesmo da libertação. A Deusa das Bruxas liberta! A terra é a nossa nutrição, mas os sonhos é a nossa alma, é o vento indomável. Se você parar de sonhar com as asas, deixará de existir a liberdade e não há hierarquia para a liberdade. Religiões nutrem hierarquia, Bruxaria Tradicional não.

Os conceitos que “colhi” com meu estudo e os ensinamentos que recebi tocaram profundamente a minha alma. Dentro dessa busca encontrei uma Grande Deusa Ancestral e as palavras de Dion Fortune passaram a ser meu lema: “E a ti, que buscas me conhecer, eu digo: tua busca, teu anseio de nada te servirão sem o conhecimento do mistério de que, se aquilo que procuras não encontrar dentro de ti mesmo, jamais o encontrarás fora de ti. Pois vê, sempre estive contigo  desde o começo e sou aquilo que alcança além do desejo.”.




Por Eu pertencer a Bruxaria Tradicional é que percebo que a Deusa habita o meu ser assim como está em toda parte, pois Ela é o todo e nós somos partes dela. Descobri que a Bruxa, aquela dos contos de fadas que fascinam e ao mesmo tempo causam repulsa, tem origem muito antiga, e o que mais me encanta é perceber que mesmo após anos de perseguição a imagem da Bruxa é tão forte que sobreviveu. 

Por isto não me conformo como a palavra Bruxa ganhou tantos adjetivos ruins, pessoas que transformaram esta palavra em princípios banais, a Arte Bruxa vive em nós e em tudo, não precisamos gesticular igual, vestir roupa igual e pensar igualmente, cada ser humano é um ser ímpar, com pensamentos próprios, gestos próprios e gostos próprios, e isso deve ser preservado em sua individualidade. Nós não somos um povo que viveu numa única ilha do mundo, nós estamos em todos os lugares, e em nós, flui a tradição.

Sou uma Bruxa da Bruxaria Tradicional encontrei o meu mundo... Onde o sorriso é uma prece. Onde todo momento é sagrado. Onde dançar é divino. Onde o amor é a única lei. E onde ser natural é a única espiritualidade.

A Bruxa Tradicional é aquela que busca, conhece e utiliza as suas potencialidades. Exercita e fortalece, através delas, seus talentos e possibilidades de transmutar as energias. Ela, muitas vezes, não pertence a nenhum culto ou religião específica. É adepta e praticante da antiga magia da terra, aquela que nossas ancestrais praticavam usando as forças da Natureza manifestadas na terra, no ar, no fogo e na água. É praticante da arte da transformação que pode conviver serenamente ao lado de qualquer crença religiosa, sem interferir no respeito a esta.

A Bruxaria Tradicional tem sua arte pautada na poesia, na beleza, na sabedoria, na originalidade, na harmonia com os ciclos da natureza, nas fases da Lua, na alegria de cantar, dançar e no encantamento de viver. Ela compreende os Segredos do Sagrado Feminino, luta pela sua liberdade, orgulha-se de sua sabedoria, vivencia plenamente suas intuições e emoções, ancoradas em suas razões. Ela reverencia as Deusas, aquelas que foram cultuadas por milênios como criadoras da vida e do mundo. Ela sabe que o culto à Deusa não significa colocar uma mulher na chefia em vez de um homem, e sim uma reavaliação de valores radical de funções e de abordagens, que estimule uma cooperação maior.

A Deusa vive dentro de cada um de nós; ela clama para que sejamos verdadeiras para conosco mesmos, de modo que possamos ser verdadeiros para com os outros e verdadeiros para com ela. Ela é a inspiração e o poder que existe dentro de nós.

Selma – 3fasesdalua

terça-feira, 21 de abril de 2015

A MAGIA DAS BRUXAS DA BRUXARIA TRADICIONAL


A Magia...
Magia é a arte de mudar conscientemente as coisas de acordo com a nossa vontade.


Todo bruxo é um artesão do universo e ele tem a possibilidade e capacidade de moldar qualquer coisa através de seus conhecimentos e de acordo com seu desejo.

A religião da deusa orienta que todos nós somos a Deusa em miniatura, ou seja, uma pequena parte de sua essência, e, como Ela, temos a capacidade de mudar a vida. Um cântico tradicional da religião da Deusa diz:

"Nossas vozes são sagradas e carregam o poder,
O poder de criar, o poder de transformar,
De mudar a vida!"

E essa realmente é a criança de todas nós, Bruxas. Não só nossas vozes mas também nossos corpos, nossa mente, nossas mãos, nosso canto, nossa dança são sagrados e carregam o poder de mudar a vida. Todos os nossos atos e intenções são capazes de mudar o acontecimento dos fatos, pois uma verdadeira bruxa faz de sua vida um ato mágico.

SELMA - 3FASESDALUA

AS BRUXAS DA GRANDE MÃE


“Aquelas que recebem os dons da Deusa

Devem utilizá-los.

Lustrem os seus dons de manhã

Lustre-os com anseio

Colha-os da trêmula Árvore da Criação

Gentilmente, guarde-os na cesta de seu amoroso esforço

Use-os ou eles deixarão de ser frutos e se tornarão pedras pesadas.

Os frutos da Mãe são suculentos e nutritivos

Ignore-os e eles se tornarão dentes e te morderão.

Estes dons são mais valiosos do que a noite e a manhã

Ignore-os e a noite e a manhã morrerão

A cova de seu conhecimento queima e se transforma nos frutos da Mãe, dentro de você

Saia da cova e você estará perdida

Quando utilizados, os belos dons são abundantes e começam a aumentar

Eles crescem conforme são consumidos

Balance os galhos da Criação

E os dons cairão em seu colo, resplandecentes

Dê as costas e a Árvore murchará

E o vento carregará a semente para longe

Utilize os dons da Senhora, então com grande abandono

Eles se tornarão seu alimento

Eles são os frutos, o florescer na escuridão dos sonhos

Eles são a luz que dissipa o caos

Eles são os frutos da árvore desconhecida mas que está sempre presente

Eles são os frutos que crescem eternamente nos galhos do desconhecido

Trazidos à visão

Eles são mais doces do que a evidência do amor no corpo

Não permita que ninguém dê as coisas enquanto os frutos caírem

Ao contrário, recolha-os

Eles são sua abundância e seu sustento.”

Abençoada sejamos


SELMA - 3FASESDALUA

sábado, 18 de abril de 2015

A Roda do Ano - sua importância e significado


As religiões pagãs têm como base a Natureza. Dentro de seus calendários específicos, afinados com os ciclos da Natureza, são celebrados ritos que visam a conexão com as energias do momento e sua sintonia.

Esta sintonia é importantíssima para o bem viver, pois também somos natureza e recebemos as influências das forças cósmicas e telúricas de cada estação. Quando nos sintonizamos, isto é ,quando nos conscientizamos do momento em que estamos e das forças atuantes, podemos seguir o fluxo da vida com mais tranquilidade e aproveitamento e nos compreendermos e respeitarmos mais e melhor.


Os Celtas celebravam originalmente quatro festivais no ano, chamados de os Grandes Festivais do Fogo. Mais recentemente dentro do paganismo moderno se celebra também os solstícios e equinócios . Esses festivais dividiam o ano na metade clara e escura, de acordo com as estações bem marcadas das regiões Celtas. Mesmo sendo a Antiga Religião e originada no Hemisfério Norte, estas celebrações são extremamente atuais mesmo aqui no Hemisfério Sul, é só revertermos as datas, já que enquanto aqui estamos no inverno, no hemisfério norte é verão.

A simbologia e representações são precisas e mesmo não precisando mais guardar estoques de caça para o inverno, por exemplo, precisamos poupar nossas energias e ficamos naturalmente mais intorspectivos. De Samhain até Imbolc não é uma época de fazer e acontecer!

Dentro de toda esta celebração e sintonia, reverenciamos os Deuses .E embora não seja de origem Celta, gosto da forma como a Deusa e o Deus passeiam pela Roda do Ano no mito denominado O Romance da Deusa, bastante celebrado pela Bruxaria Tradicional.


Quero aproveitar para destacar que embora fale de várias formas de culto e panteões ao me dirigir aos festivais, eu não recomendo a mistura de panteões em um ritual. Apenas passo as informações do que acho válido e já pratiquei ou pratico. Cabendo a cada um escolher com o que se identifica mais e/ou buscar informações mais detalhadas e específicas.

O Solstício de Verão (Alban Hefin - Luz do Verão), o Equinócio do Outono (Alban Elfed - Luz de Outono), o Solstício de Inverno (Alban Arthan - Luz do Inverno) e o Equinócio da Primavera (Alban Eilir - Luz da Terra) são festivais Solares; enquanto Samhain (Oíche Shamhna - O Ano Novo Celta), Imbolc (Lá Fhaile Bríde - A Festa de Brighid), Beltane (Lá Bealtaine - Os Fogos Brilhantes), e Lughnasadh (Lá Fhaile Loenasa - A Festa da Colheita) são festivais Agrícolas. 


Acompanhemos agora A Roda do Ano:



*Samhain - Terceiro festival da colheita. Em vez de frutas e grãos é a vez da carne dos animais que serve para abastecer o inverno que se anuncia. A Deusa se torna Anciã, pois a Natureza chega ao seu declíneo. Ela é a Senhora da magia, da sabedoria e da morte. Desce o labirinto e entra no mundo subterrâneo (o seu próprio ventre) e espera o renascimento no Solstício de Inverno. O Deus finaliza a sua descida e se torna o Senhor do mundo subterrâneo, do oculto, do mistério, da morte. Este é o sabbat mais celebrado da Roda do Ano. Nele homenageamos nossos ancestrais e celebramos um novo ano (ciclo) que se inicia. Este sabbat é tido como fora do tempo, devido às energias cósmicas e telúricas atuantes no momento. Por isto ele marca o término de um ciclo e o início de outro. Ele é o nosso Ano Novo, pois a morte contém a vida (e vice-versa) e depois do declínio a vida recomeça. Este é o momento ideal para mergulharmos em nós mesmos entrando em contato com nossa sombra, curar e transformar padrões negativos. Devemos acessar nossa sabedoria, pois o Deus e a Deusa estão unidos neste mundo interno de sabedoria, mistério, magia e regeneração. Datas: 30 de abril no HS (31 de outubro no HN).

*Solstício de Inverno (também conhecido como Yule) - É a noite mais longo do ano. A partir daqui há o crescimento da Luz. Com o aumento do calor a Terra renasce. A Deusa volta do sumbmundo e dá à Luz a Criança da Promessa (o Deus). Momento de renascimento de nossas esperanças e desejos. Datas: entre 20 a 23 de junho no Hemisfério Sul (entre 20 a 23 de dezembro no HN)

*Imbolc (também conhecido como Candlemas) - Aqui Deusa e Deus estão na infância cheios de esperança e sonhos. A Deusa é a Virgem das Flores. Com o aumento da Luz anunciando a Primavera, as novas sementes começam a ser despertadas. A hibernação dos animais chega ao fim e eles começam a dar leite, daí o nome Imbolc. Este festival é dedicado a Deusa Brigith, Aquela que tem o fogo inspirador, criador e curador. Momento de fortalecer nossa a luz interior, o poder pessoal realizador e o fogo criador interno. Datas: primeiro ou dois de agosto no HS (2 de fevereiro no HN).

*Equinócio da Primavera (conhecido também como Ostara, Deusa Nórdica, lembrando que os nórdicos não eram celtas)- A Deusa é Donzela, a Virgem da Primavera, e o Deus é um jovem cheio de enegia e vigor, o Deus da Fertilidade. Nesta época acontece o plantio das sementes. Nesta data, a noite e o dia têm a mesma duração, o que faz deste dia perfeito para trabalharmos o nosso equilíbrio interno, que se refletirá em nossa vida externa. Momento para plantarmos e cultivarmos as nossas sementes (nossos objetivos) e celebrarmos a nossa Criança Interior. Estamos mais ativos e vitais. Datas: entre 20 e 23 de setembro no HS (ente 20 e 23 de março no HN).

*Beltane - A Terra está extremamente fértil, o Sol brilha com o seu esplendor, os animais se acasalam. Este festival celebra o Casamento Sagrado do Deus e da Deusa (masculino e feminino). Os dois vivem a paixão e a sexualidade plena, consagrando a Natureza com Seu amor. A Deusa está radiante em sua beleza. O Deus Sol cresce rumo a sua fase adulta (Lughnasadh). Momento para trabalharmos naquilo que plantamos no último festival, concentrando nossa energia pessoal e fertilizadora em nossos projetos. Datas: 31 de outubro ou primeiro de novembro no HS (Primeiro de Maio no HN).

*Solstício de Verão(também conhecido como Litha) - O Sol está em seu ápice. Este é o dia mais longo do ano. A partir daqui o Sol vai gradativamente perdendo sua força e as noites vão se tornando mais longas. Deus e a Deusa vivem o êxtase da Sua união. Com isto a Natureza se frutifica e se prepara para a primeira colheita no próximo festival. A Deusa é a Mãe Terra grávida. Ela está na plenitude de sua força, sexualidade, beleza e fertilidade. O Deus se modifica em nome de Seu amor pela Deusa, se preparando para o Seu sacrifício. Sua face vai se tornando escura à medida que o Sol se distancia da Terra. Momento de plenitude, de celebrarmos o amor, a alegria e a vida. Aqui os sonhos se realizam. A vitalidade está no auge. Datas: entre 20 e 23 de dezembro no HS (entre 20 e 23 de junho no HN).

* Lughnassadh (também conhecido como Lammas) - Festival da primeira colheita. Momento do sacrifício do Deus que morre para alimentar a humanidade quando os primeiros grãos são colhidos. Deste sacrifício surgirão novas sementes para um novo plantio. A Deusa é a Matrona, Senhora dos Animais e dos Grãos. De seu ventre nascem as colheitas. Momento de gratidão e avaliação da colheita pessoal. Datas: 1 ou 2 de fevereiro no HS (1 ou 2 de agosto no HN).

*Equinócio de Outono( também conhecido como Mabon) - Segundo festival da colheita. Como no Equinócio da Primavera, este é um dia de equilíbrio entre o dia e a noite, que têm a mesma duração. É bom aproveitar para cura e equilíbrio interno. A Deusa se torna uma Mãe sábia e amadurecida ao entrar na menopausa, suprindo seus filhos com abundância de alimentos (em todos os níveis), preparando-os para o inverno. O Deus no entanto é uma presença quase imperceptível. Momento para agradecermos por tudo que colhemos durante o ano. Rituais de agradecimento. Até os fracassos e erros nos alimentam com ensinamentos, agradecer por eles também, por tudo o que recebemos. Já começamos também a pensar em nossos projetos para o próximo ciclo que se inicia após o próximo festival. Datas: enrte 20 e 23 de março no HS (entre 20 e 23 de setembro no HN).

Selma - 3fasesdalua




QUANDO AS MULHERES SABIAM TUDO...


A terra é um organismo vivo, e o homem se esqueceu disso.

Perdido na adoração de um Deus que representa seu próprio umbigo, o homem se esqueceu da beleza de ser parte, numa criação bem mais grandiosa que essa síntese carente da cosmogonia judaico-cristã, vivendo na crença de ser o único ser agraciado pela imagem e semelhança de Deus. O próprio agricultor, que vive em contato direto, em relação de dependência direta da terra, encara o solo como mero suporte para sua atividade, muitas vezes negligenciando as necessidades de recuperação natural da terra.

A Sociedade Tecnocrática acelerou os principais antagonismos vivenciados pela população humana desde o início da civilização pós-glacial, e finalmente, gerou a insustentabilidade que impera em todas as relações a nossa volta. A exploração do homem pelo homem e a exploração dos recursos naturais atingiram níveis insustentáveis. A sociedade que apregoa o consumo indiscriminado vive hoje seu maior dilema: como continuar estimulando o consumo, se não há condições materiais para satisfazê-lo? A resposta para essa pergunta está na administração racional da Economia, redirecionando a principal função do Mercado para seu caminho original: escoadouro da produção, com o objetivo de distribuir a riqueza produzida pelas economias regionais.

Há solução pra tudo, mas é preciso primeiro enxergar os problemas. Infelizmente, aqueles que foram enredados pelas falsas promessas de conforto e luxúria são rudes demais pra perceber que alguma coisa vai mal. Aquele que vive o Caminho do Buscador procura (re)estabelecer seu elo com a natureza, com aquilo que pode, seguramente, religar o homem ao seu Fluxo de Criação. A natureza certamente representa, para os Buscadores, a fonte mais segura de consulta. Mas para saber consultá-la com eficiência, é preciso sintonizar-se.



O homem vive prisioneiro de seu tempo. Tem sido assim desde que se rompeu o elo entre o ser humano e a natureza. Antes, o homem vivia em sintonia perfeita com a natureza. As mulheres sempre estiveram harmonizadas com a natureza através do ciclo menstrual, que sofre influência direta da dança do Avô Sol e da Avó Lua. Os homens precisam conviver constantemente com as mulheres para serem influenciados pelos odores dos hormônios nas diferentes fases do ciclo menstrual e a partir daí, sintonizarem a frequência da dança. Resumindo: as mulheres são Oráculos. Os mais eficientes que existem!

Basta estar ali, ao seu lado, convivendo com igualdade, que você vai saber ler todas as respostas do universo nos cheiros da mulher! Durante milênios, a Civilização subjulgou a mulher. Onde quer que tenha se instalado esse modo predatório e absurdo de Cultura, a mulher foi considerada sem alma, um tipo de animal, ou qualquer outra coisa pejorativa que valha.

Nas civilizações anteriores, pré-glaciais, que serão descobertas após as mudanças geográficas, as mulheres ocupavam o centro da cadeia de poder, e dominavam os segredos do conhecimento dos fenômenos da vida e da morte. Os povos antigos surgirão do centro da Terra revelando os segredos do passado. Veremos que as mulheres foram as primeiras a entender o funcionamento da vida, graças ao seu poder de gerar vida e de viver em sincronia natural com a Vida.

As mulheres se reuniam em grupos, trocavam segredos e rapidamente desenvolveram as faculdades humanóides com mais sutileza que os homens. Vivendo essencialmente agrupadas, em um modo de comportamento mais calmo, as mulheres desenvolveram uma linguagem mais precisa, que as permitia ensinar o que aprendiam e trocar conhecimentos com mais eficiência. O tipo de atenção que se exige de um coletor também pode ter contribuído para gerar mais sutileza na fabricação de instrumentos que permitissem realizar trabalhos mais eficientes.

Rapidamente, as mulheres descobriram que poderiam viver de uma dieta feita de raízes e folhas, trocando entre o grupo conhecimentos obtidos na coleta de ervas. Enquanto isso, os homens ainda tentavam descobrir a melhor maneira de capturar o mesmo bisão; as mulheres já haviam catalogado ervas e raízes, desenvolvido um tipo rudimentar de medicina que as tornou mais fortes que os homens, e se isolado em grupo fechado que se servia de alguns poucos homens, devidamente escolhidos e educados, para defendê-las, trabalhar nas tarefas mais pesadas e gerar descendentes.

Foi aí que a coisa complicou! A inocente da Eva resolveu educar os homens. Uma mulher cometeu o pecado de levar o fogo à caverna para explicar aos homens como viver em comunhão com a natureza, sem temê-la. Os homens, acostumados ao medo da caçada, não quiseram ouvir a história da mulher, acusaram-na de demoníaca e resolveram continuar adorando o Deus que lhes atendia as preces (ás vezes) trazendo a caça. Mas o encontro rendeu mais... de posse do conhecimento compartilhado, os homens subjulgaram as mulheres e utilizaram a ciência desenvolvida por elas para dominar a natureza, em vez de viver em comunhão com o meio. Desse dia em diante, as mulheres teriam dores para parir, por que o Círculo Sagrado que difundia os Segredos da Boa Vida nunca mais se reuniria. As mulheres seriam perigosas, por isso seriam colocadas em inferioridade, para que não se unissem e não voltassem a compartilhar segredos. O valor principal seria a força, para que as mulheres não pudessem se sobressair. E os filhos se transformariam em castigos, para que nenhuma outra geração fosse amada e descobrisse a Verdade.

FONTE: In Lak'ech



A DANÇA DA LUA


Desde a antiguidade a Lua exerceu um profundo fascínio sobre a mente e a imaginação humanas, e tornou-se o principal assunto de inúmeros mitos, lendas, poemas, canções e obras de arte. Considerada por várias tradições e culturas como o símbolo celeste do princípio feminino, a Lua era a própria Mãe Divina, invocada em cultos e rituais para promover a fertilidade e assegurar o crescimento e a nutrição vegetal, animal e humana.

Apesar da Lua ser comumente considerada um mero satélite da Terra, esta relação Lua-Terra funciona como um sistema planetário binário, no qual a Lua, do ponto de vista esotérico, exerce um duplo papel. Enquanto uma face está voltada para o Sol e desta forma ela conduziria a luz espiritual, a outra é atraída pela Terra, pela sua dimensão física e material, sendo assim, um símbolo do dilema e do desafio do ser humano em se equilibrar entre o espírito e a matéria. A Lua desempenha, portanto, seu papel de mediadora reagindo às energias do Sol e da Terra e ocasionando entre nós os ciclos de transformações naturais, biológicas e humanas.

O padrão rítmico da Lua foi o modelo primordial dos calendários em uso pelos povos primitivos, e era relacionado ao ciclo menstrual da mulher e ao movimento das marés. Um dos primeiros calendários astrológicos conhecidos foi criado pelos babilônios, baseado no ciclo das lunações e chamado de “As casas da Lua”, enquanto o zodíaco era considerado o cinturão da Deusa Ishtar. Em inúmeras tradições e mitos são enumeradas e descritas as fases lunares como personificações da Deusa lunar, no seu aspecto de Donzela (lua crescente), Mãe (lua cheia) e Anciã (lua minguante). A própria criação do Universo foi atribuída pelos gregos à dança da deusa Eurynome, cujos movimentos separaram a luz da escuridão, e o mar, do céu.

O padrão energético lunar é o primeiro a ser absorvido pelo filho na hora do nascimento, sendo depois ativado pelo contato com a mãe física e pelas condições do mundo exterior. A partir do primeiro alento a influência da Lua natal irá permear todas as experiências da vida da pessoa, definindo a estruturação e o desenvolvimento da personalidade.



Enquanto o Sol astrológico representa a individualidade, a Lua revela a personalidade - a máscara social - e a maneira de responder às experiências e aos estímulos externos. O processo de auto-conhecimento inclui explorar as profundezas da Lua ( da personalidade) para encontrar a luz do Sol ( a individualidade central). Quando o Sol e a Lua estão em equilíbrio, a combinação das suas energias permite a integração das frações divididas da psique, estabelecendo uma união harmônica das polaridades.

A Lua atua como um receptor seletivo das impressões do mundo exterior, colocando em evidência e selecionando aquelas a que vamos responder conscientemente. Observamos a influência da Lua na mutabilidade das nossas reações às vivências cotidianas, pois ela nos protege e guia, ativando ou modificando nossos padrões habituais de comportamento. Pela posição da Lua no mapa natal identificam-se os padrões emocionais, o tipo e a qualidade dos relacionamentos, a maneira de responder às necessidades próprias e as dos outros, bem como a expressão ou o bloqueio de talentos naturais como intuição, inspiração e criatividade.

O elemento do signo astrológico em que a Lua estiver situada no mapa natal indica a capacidade de auto-nutrição, os padrões costumeiros da reação instintiva e o tipo de energia necessária para a adaptação às situações e aos ambientes. A maioria das pessoas conhece seu signo solar, ou seja, aquele signo do Zodíaco em que o Sol estava “passando” na data do seu nascimento. No entanto, muitos poucos sabem qual é o seu signo lunar, importante dado astrológico, principalmente para as mulheres, cuja energia e ciclos fluem em função dos ritmos lunares.

A mulher que conhece seu signo lunar e que acompanha o movimento da Lua pelos seus signos e fases poderá perceber não apenas suas flutuações de humor e seus ciclos biológicos, mas também o aumento de sua percepção psíquica e o aguçamento de sua sensibilidade. Ela poderá assim tirar proveito destas características, ou pelo contrário, proteger sua vulnerabilidade.


Enquanto o Sol gasta um ano para percorrer a Roda do Zodíaco, a Lua a percorre em um mês, permanecendo em cada signo aproximadamente dois dias e meio. A passagem da Lua pelo signo solar individual reforça as características do nativo, aumentando assim o seu poder pessoal. Pedidos, orações, rituais, afirmações e encantamentos, feitos no dia em que a Lua está no signo solar natal serão potencializados e sua realização será facilitada.

A Lua nos signos de fogo propicia uma resposta rápida, entusiasta e uma visão otimista perante a vida, podendo fluir com as mudanças, sem se apegar aos esquemas e à rotina. O desafio é representado pela impaciência, as ações impulsivas e precipitadas, as atitudes egocêntricas e hedonistas.

A Lua nos signos de terra incentiva a busca da segurança e da estabilidade, do enraizamento e da praticidade. Atitudes, convicções e valores dependem das percepções sensoriais e do contato com o mundo tangível. Deve ser avaliada e vencida a insegurança em relação aos sentimentos, às emoções e à aceitação social e pessoal. Pode ser percebida uma resistência às mudanças e a permanente preocupação com a realização profissional.

A Lua em signos de ar intelectualiza os sentimentos e as emoções, colocando em primeiro plano o intelecto e reprimindo ou negligenciando os sentimentos. É necessário incentivar a expressão e a comunicação, tanto mental quanto emocional, para conseguir evitar uma dicotomia e um conseqüente desequilíbrio interior.

A Lua nos signos de água enfatiza a necessidade de vivenciar e lidar com emoções e sentimentos, procurando evitar a vulnerabilidade afetiva e a hipersensibilidade. A vida é percebida por um filtro emocional, fato que exacerba a empatia e dificulta a adaptação às mudanças.

Existem outros pontos lunares “de poder” ao longo do ano. Anualmente, cada pessoa terá uma lua cheia e uma lua nova no seu signo solar. A lua nova representa um convite para a introspecção, contemplação e alinhamento espiritual. Como acontece geralmente próximo ao aniversário, esta fase pode ser usada como uma preparação para o seu retorno solar (o novo ciclo que se estende de um aniversário até o próximo). Já a lua cheia convida para uma celebração e colheita das realizações e conquistas, bem como uma oportunidade de direcionar a criatividade ampliada para novas metas. Como a Lua passa por todas as suas fases em todos os signos zodiacais, é importante também saber quando acontecerão a lua crescente e a minguante no seu signo solar. A lua crescente é propícia para iniciar um projeto, mudança ou viagem, enquanto a minguante representa um momento de reflexão e avaliação das experiências e dos aprendizados, favorecendo o desapego ritualístico das perdas, decepções, mágoas e dores.


3FASESDALUA


domingo, 12 de abril de 2015

SEGREDINHOS E FUXICOS DA BRUXA


Pegue uma maçã vermelha, corte a tampa e retire o miolo. Escreva num papel branco o nome das pessoas de sua família que vivem tendo desentendimentos e brigas, e coloque o papel na maçã, por cima, acrescente mel até preencher a maçã e volte a colocar a tampa. Ao lado da maçã ascenda uma vela vermelha e faça seus pedidos para que a harmonia retorne ao seu lar.

Selma - 3fasesdalua


Faça um chá com a casca de maçã, assim que ele ferver acrescente um punhado de folhas de hortelã e deixe esfriar. Beba imaginando toda a energia negativa se dissolvendo e limpando sua áura! Se preferir adoçe com mel...

Selma - 3fasesdalua


A Magia dos Espelhos

A posição que o espelho ocupa na casa é crucial para garantir seus efeitos benéficos. Veja onde é melhor posicionar o seu!

Selma - 3fasesdalua


Para acabar com a inveja
Coloque um espelho na porta de entrada de seu lar para que ele espante todas as energias negativas que vêm de fora. Poderá garantir mais proteção se ele for convexo (com a superfície mais alta voltada para fora).

Selma - 3fasesdalua


Para chamar dinheiro e prosperidade
Pendure um espelho atrás de seu fogão, para que ele reflita as chamas. Com isso, atrairá fartura.

Selma - 3fasesdalua


SABEDORIAS DA BRUXA


Não devemos esquecer de onde somos
Nem de onde nosso sangue e linhagem vieram
Pois apesar de tudo o que aconteceu ou irá
Ainda nascemos, crescemos e somos dessa terra.
Somos Bruxas da Bruxaria Tradicional.

Selma - 3fasesdalua


“Reconheço que há um mundo que está além dos meus sentidos físicos,
uma verdade mais além do meu intelecto, uma sabedoria além da lógica,
uma força além dos meus limites, e um sereno desígnio [por trás da vida], apesar de quaisquer aparências desanimadoras”.

David Richo
 

"Nossa Força não está no mal e nas trevas,
Procuramos equilíbrio nas nossas forças interiores,
Na Luz do Sol,
No brilho da Lua
No Cantar dos pássaros e no meditar das estrelas."
Não há magia que seja das trevas quando a pessoa é do bem

Selma- 3fasesdalua


"Desejo que não tenha tanta pressa que esqueça de colher estrelas com os olhos, nas noites em que o céu vira jardim, e levar para plantar no seu coração as mudas daquelas mais luzentes. Que tenha sabedoria para encontrar descanso e alimento nas coisas mais simples da vida..." 

Ana Jácomo


"Nada pode vir de fora de nós; nada pode nos ser acrescentado.
Já somos o vertedouro da consciência de onde jorra o Infinito.
Aquilo que recebe o nome de humano em nós deve ser aquietado, para se tornar uma clara transparência através da qual nosso Infinito Ser individual possa aparecer, se expressar ou revelar." 

Joel Goldsmith


sábado, 4 de abril de 2015

O Poder da Vassoura


As Bruxas usam vassouras em magia e em rituais. É um instrumento sagrado tanto à Deusa como ao Deus. Isto não constitui novidade; no México pré-colombiano uma espécie de deidade bruxa, Tlazelteotl, era representada voando nua sobre uma vassoura. Os chineses cultuam uma deusa das vassouras que é invocada para trazer bom tempo em períodos de chuva.

Além disso, provavelmente devido a seu formato fálico, a vassoura se tornou um instrumento poderoso contra pragas e praticantes de magia negra. Quando colocada no chão transversalmente à entrada da casa, a vassoura barra quaisquer encantamentos lançados contra a casa ou seus ocupantes. Uma vassoura sob o travesseiro traz sonhos agradáveis e protege a pessoa.

As Bruxas européias passaram a ser identificadas com as vassouras porque ambas eram associadas à magia pelo conhecimento popular e religioso. As Bruxas eram acusadas de voar em cabos de vassoura, e isso era considerado uma aliança com as "forças obscuras". Tal ação, se pudesse ser praticada, seria realmente sobrenatural, e assim, demoníaca a seus olhos, contrastando com as simples curas e encantos de amor realmente praticados pelas Bruxas. 


Obviamente, o mito foi criado pelos perseguidores de Bruxas. Alguns Bruxos (as) afirmam que bruxas "voavam" em vassouras pulando no solo, do mesmo modo como crianças em cavalinhos de pau, para promover a fertilidade dos campos. Acredita-se, ainda, que as lendas de bruxas voando em vassouras eram uma explicação pouco sofisticada para a projeção astral.

Ainda hoje a vassoura é utilizada na Bruxaria. Uma Bruxa pode iniciar um ritual varrendo levemente a área (dentro ou fora de casa) com sua vassoura mágica. Após isso, o altar é preparado, os instrumentos são nele arrumados e o ritual pode assim ser iniciado.

Este ato de varrer é mais do que uma limpeza física. Na verdade, os pelos da vassoura nem precisam tocar o chão. Enquanto varre, a Bruxa pode visualizar a vassoura eliminando os excessos astrais que surgem onde humanos vivem. Isto purifica a área, permitindo assim melhores trabalhos rituais.

3 FASES DA LUA


Tradição na Bruxaria


Tradição é uma palavra com origem no termo em latim traditio, que significa "entregar" ou "passar adiante".
A tradição é a transmissão de costumes, comportamentos, memórias, rumores, crenças, lendas, para pessoas de uma comunidade, sendo que os elementos transmitidos passam a fazer parte da cultura.
Para que algo se estabeleça como tradição, é necessário a existência de muito tempo, para que o hábito seja criado.


Muitas vezes certos indivíduos seguem uma determinada tradição sem sequer pensarem no verdadeiro significado da tradição em questão.
A atradição revela um conjunto de costumes, crenças, práticas, doutrinas, leis, que são transmitidos de geração em geração e que permitem a continuidade de uma cultura ou de um sistema social.
A tradição é o fundamento, conservado de forma oral ou escrita, dos seus conhecimentos acerca de Deus e do Mundo, dos seus preceitos culturais ou éticos.

Tem uma história escrita nos longos anos, que são resguardadas e respeitadas.
A Bruxaria de Tradição carrega um legado, uma história, O conhecimento antigo.
Em contra partida, a modernidade, poço descrevê-la como um estilo, um costume de vida ou organização social.

Nas Bruxarias de Tradição o ritual é ensinado por algumas anciãs e preserva com ela conhecimentos antigos, guardados de gerações para gerações, e tem forma própria de comunicar com os Mistérios. 


Iniciatória como Iniciática implica os Mistérios e a palavra mistério, advém de mito.
De mito fez-se loggia ou "narrativa", o que por vezes existirem pessoas desconhecerem este fato.


A adoração e a Ritualística aos Deuses Peninsulares pode ser inserida na Arte Antiga, hoje comumente chamada Tradicionalista e claro, muito anterior à Wicca de Gardner e de outros precursores.


Aliás, é sabido que G. Gardner (nos anos 50) transforma a Feitiçaria, numa nova religião e batizou-a de Wicca, criando um modelo ritual, que tem servido de padrão a todos os coventículos e solitários.

Temos visto o uso do termo Bruxaria Tradicional para outras vertentes que nasceram na era moderna, o que acreditamos ser interessante ressaltar que o modernismo não tem ligação com a tradição real, e conservada, para que não se misturem as visões e se confundam o novo com o antigo.

Entretanto para se falar em nome destas ordens, pelo menos seja iniciado nas mesmas e tenha o aval destas instituições para falar em nome delas, pois o que temos visto é citar o título e expressar uma crença destoante da fonte.

Isso é pura hipocrisia e desvaneios de mistura de conhecimentos, é o que chamo de miscelândia bruxesca.

A Bruxaria de Tradicional tem a preservação de costumes e conhecimentos mágicos antigos e que são são passados de geração a geração, de Sacerdotisa para Sacerdotisa, isto reforça o termo tradicional, o conhecimento é preservado, pois sabemos distinguir o individuo contemporâneo do conhecimento ancestral.

Com tanta energia, curiosidade, impetuosidade, vulnerabilidade, expostos à vida, somos um turbilhão de sentimentos que se bem elaborados nos fortalecem, mas se interpretados de forma limitada, nos tornam frágeis, amedrontados e bloqueados.

E muitos confundem o nosso caminhar solitário com "bruxas Ecléticas".
Somos de uma Tradição, carregamos nossos tradições ancestrais, nosso panteão, e quando nos colocamos no sentido de solitárias, é por que cada uma caminha livre, mas isso não quer dizer que não temos e seguimos fundamentos.


A modernidade gerada pela Wicca, estabeleceu uma certa anarquia, e confusão gerada para quem ainda não tem um bom conhecimento da bruxaria em um contexto geral.

Confundem solitários com ecléticos...
Eclético, pessoa que pode definir vários tipos de gostos...
Que prefere experimentar de tudo, tem gosto diversificado, muito volátil.

Um indivíduo eclético não se prende a nada, é uma pessoa que gosta de tudo, tem um interesses e preferências muito diversificadas, sem se importar com o que outras pessoas possam vir a pensar.
Carregam variações em panteões religiosos, aceitam e misturam egrégoras sem se importar com a dualidade e particularidade mágica de cada egrégora.


São as Bruxas Cristãs, como são denominadas em nosso meio..."Bruxas Solitárias". Isso no ponto de vista do modernismo na Bruxaria, que é a vertente Wicca.
E isso confunde os buscadores e até mesmo os iniciantes em sua trajetória mágica.

Na verdade: ....Bruxos Ecléticos são aqueles que não seguem nenhuma Tradição ou caminho especifico, mas sentem-se livres para tomar emprestados aspectos de muitas Tradições e culturas diferentes...
Lembrando sempre...

Que há muitos caminhos na Bruxaria, e nenhum deles é totalmente certo ou errado!
Tradição é, portanto, a transmissão de práticas ou de valores espirituais de geração em geração do conjunto das crenças de um grupo, algo que é seguido conservadoramente e com respeito através das gerações.

Uma Tradição é um conjunto específico de rituais, ética e instrumentos, ou seja, uma Tradição é um subgrupo específico dentro da religião, contendo suas práticas, códigos, lendas, mitos, danças, músicas, vestimentas, pratos típicos, jogos, artesanatos, decorações, histórias, valores, comportamentos, entre outros.

E em cada um de nós, o entendimento adentra e se mistura com a nossa mais densa personalidade!
E isso que eu chamo de magia pessoal!
O conhecimento da magia, a sabedoria antiga, não é banalidade, é nossa história...

Sim, há os que querem apagar essa história e começar a escrever uma história mesclada, o que temo disso tudo, é que se percam através dos tempos novos, a nossa essência de Bruxas!

A magia é tão antiga, e precisamos sim resguardar, a nossa história!
O modernismo sempre é bem vindo, desde calcado em bases fortes!


3FASESDALUA


O MENSAGEIRO DOS VENTOS


A principal função do mensageiro dos ventos é atrair e espalhar a energia positiva e separar ou afastar as energias negativas, trazendo equilíbrio e tranqüilidade para a casa e seus moradores.
O ideal é que sempre seja colocado na entrada da casa, e se foi apartamento, na varanda ou na janela.

Os mensageiros dos ventos são usados para melhorar a energia do ambiente. 
O ar é uma força vital do universo e quando ele entra e sai ou atravessa os tubos, renovam as energias.
Esse movimento vibrante que emite um som característico também renova as energias pessoais e ajuda a acalmar nosso lado psíquico e emocional. 

Tudo isso tem relação com a renovação e equilíbrio das energias nossas e do ambiente.
A forma, o material e o som produzido dependerão do que quer atrair.
Existem diversos tipos e modelos de mensageiros, os confeccionados de madeira estimulam a criatividade e a autoconfiança e são indicados para os cômodos mais silenciosos da casa, fortalecendo as relações familiares.

Os de bambu, similar aos de madeira, também propiciam vida longa, juventude e poder de desenvolvimento, mais estes exigem um cuidado maior, pois são frágeis.
Os confeccionados com metal têm a função de ativar a mente, e de atrair poder e dinheiro, os menores, os de cinco tubos, são ótimos para equilibrar a energia do ambiente e os maiores, de seis a nove tubos, são ideais para potencializar a energia vital.

Podemos encontrar também de pedras, como as ágatas, que além da renovação de energia pelo som e o vento, tem também a emanação de energia das pedras, em especial trazem para a ambiente alegria e bem estar.
Vale ficar atento na hora da escolha para saber qual é o modelo mais adequado para o local. 

Um detalhe importante é posicionar o mensageiro dos ventos em um lugar onde o vento não seja muito forte para não causar um som estridente e irritante, irritar não é a sua função.
Por outro lado, também não se deve pendurá-lo em um local onde não há corrente de ar.
Não se deve usar o objeto apenas como decoração e sem deixar que ele exerça sua função.

Os mensageiros dos ventos são instrumentos utilizados para fazer a cura da energia através do círculo do vento.
A forma, o som e o material (tubo de metal) são importantes nessa cura.
Principalmente os confeccionados com conchas.

FONTE: Jade Fênix

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Oráculo: Mito ou Verdade

 

Desde a antiguidade, os homens consultam os oráculos para direcionar suas vidas, ações, empresas e até nações.
Temos na África, na China, na Grécia e em muitos locais do planeta o uso dos oráculos como instrumento, às vezes divino, às vezes como autoconhecimento e às vezes como adivinhação.


Vou amplificar a abrangência do oráculo e teremos a ciência do conhecimento composta por: o tarô, búzios, runas, quirologia, leitura corporal, leitura facial, cartomancia, baralho cigano, oráculos xamânicos, numerologia, astrologia, geomancia, e tantos outros.

Utilizar um oráculo nos possibilita um mergulho interior, percebendo de maneira clara o que vivemos e como poderemos entender melhor as energias que nos cercam aproveitar o aprendizado de cada período e o acesso à nossa sabedoria interior.

O mais interessante que na jornada do conhecimento vamos ver que cada uma destas disciplinas colabora para entendermos o todo de maneira mais profunda.

Minha experiência com os oráculos tem me mostrado que podemos utilizá-los sempre que houver necessidade e que devemos respeitar suas mensagens, afinal nem sempre ouvimos aquilo que desejamos e não devemos insistir, insistir, insistir, devemos sim ouvir sua mensagem e avaliarmos em um mergulho interior.

Na antiguidade quem trabalhava com os oráculos eram os sacerdotes e sacerdotisas, eles eram os intermediários entre a fonte oracular e o consultado, hoje se tornou algo mais acessível, os oráculos saíram do hall dos iniciados exotéricos para a população como um todo.

É maravilhoso podermos conhecer nosso mapa astral natal, trazendo a potencialidade para esta vida, vermos com nosso nome e data de nascimento traduzem como somos, as linhas e formas de nossas mãos mostrando potencialidades, vendo no tarô como a fotografia do momento, percebendo como a aparência exterior demonstra o interior e assim as infinitas possibilidades de nos percebermos melhor e entendermos nossos processos de vida.

Temos uma infinita gama de utilizações Oraculares, mas uma das mais fascinantes utilizações é para o autoconhecimento, entender nossos arquétipos, mitos e suas lições.

Como na antiga China onde o imperador consultava o I Ching para direcionar as ações do estado, na Grécia onde o Oráculo de Delfos era sempre muito procurado e até hoje onde presidentes de nações utilizam a Astrologia para ajudar em sua gestão.

Como já foi dito “Vós sois deuses”, os oráculos permitem um mergulho interior para acessarmos o nosso melhor em todos os momentos, desta forma acessarmos a nossa divindade interior e também o melhor das instituições sejam organizações/empresas, filosofias, continentes e países. 

Hoje temos acesso aos oráculos de maneira muito mais rápida e simples, podemos obter muitas informações pela mídia, fazermos um curso ou fazermos um consulta presencial.

Uma dica: vá para frente do espelho e se olhe como fosse pela primeira vez e sinta a sensação de se ver de maneira especial atento a cada detalhe, olhe suas mãos, pesquise sobre o arquétipo do seu signo e vá somando as informações e faça um mergulho interior para compreender cada um desses sinais e aproveitá-los ao máximo!
Para terminar, quanto à pergunta do título Oráculo: mito ou verdade, o que você acha?

FONTE: Solange Gardesanni Luz


O DIA EM QUE EU MORRI


Estranho? Nem tanto. Se depois de ler esse texto você achar que ainda está vivo, ótimo!
Caso contrário, é bom repensar se ainda existe algum sopro de vida aí dentro. Vou contar como tudo aconteceu.

A minha primeira parcela de morte aconteceu quando acreditei que existiam vidas mais importantes e preciosas do que a minha. O mais estranho é que eu chamava isso de humildade. Nunca pensei na possibilidade do auto abandono.

Morri mais um pouquinho no dia em que acreditei em vida ideal, estável, segura e confortável.
Passei a não saber lidar com as mudanças. Elas me aterrorizavam.
Depois vieram outras mortes. Recordo-me que comecei a perder gotículas de vida diária, desde que passei a consultar os meus medos ao invés do meu coração. Daí em diante comecei a agonizar mais rápido e a ser possuída por uma sucessão de pequenas mortes.

Morri no dia em que meus lábios disseram, não. Enquanto o meu coração gritava, sim! Morri no dia em que abandonei um projeto pela metade por pura falta de disciplina. Morri no dia em que me entreguei à preguiça. No dia em que decidir ser ignorante, bulímica, cruel, egoísta e desumana comigo mesma. Você pensa que não decide essas coisas? Lamento. Decide sim! Sempre que você troca uma vida saudável por vícios, gulodice, sedentarismo, drogas e alienação intelectual, emocional, espiritual, cultural ou financeira, você está fazendo uma escolha entre viver e morrer.

Morri no dia em que decidi ficar em um relacionamento ruim, apenas para não ficar só. Mais tarde percebi que troquei afeto por comodismo e amor por amargura. Morri outra vez, no dia em que abri mão dos meus sonhos por um suposto amor. Confundi relacionamento com posse e ciúme com zelo.

Morri no dia em que acreditei na crítica de pessoas cruéis. A pior delas? Eu mesma. Morri no dia em que me tornei escrava das minhas indecisões. No dia em que prestei mais atenção às minhas rugas do que aos meus sorrisos. Morri no dia que invejei , fofoquei e difamei. Sequer percebi o quanto havia me tornado uma vampira da felicidade alheia. Morri no dia que acreditei que preço era mais importante do que valor. Morri no dia em que me tornei competitiva e fiquei cega para a beleza da singularidade humana.

Morri no dia em que troquei o hoje pelo amanhã. Quer saber o mais estranho? O amanhã não chegou. Ficou vazio… Sem história, música ou cor. Não morri de causas naturais. Fui assassinada todos os dias. As razões desses abandonos foram uma sucessão de desculpas e equívocos. Mas ainda assim foram decisões.

O mais irônico de tudo isso?
As pessoas que vivem bem não tem medo da morte real.
As que vivem mal é que padecem desse sofrimento, embora já estejam mortas. É dessas que me despeço.

Assinado,

A Coragem

FONTE: Lígia Guerra

Renascendo enquanto existir.


Se fôssemos contar quantas adversidades já enfrentamos nessa vida, com certeza colheríamos números aproximados. Quantas lágrimas já foram choradas? Quantas situações difíceis já foram vencidas? Quantos foram os momentos de desespero? Quantas vezes tivemos o coração partido ou quiçá estraçalhado?

Quantas? Não dá para responder precisamente, não é mesmo?

"Não importa o quão duro tenha sido enfrentar determinada situação, renasça, saia da escuridão e brilhe.

Renascer é um dos processos que pode ser repetido inúmeras vezes. Um bebê quando nasce em seu primeiro sinal de vitalidade chora, esse é um sinal de que tudo está correndo da maneira como tem que ser. E muitas vezes é necessário chorar ou “berrar” em sinal de vitalidade, em processo de renascimento.

Renascer é um processo único, individual, depende do seu autoconhecimento, e não nos conhecemos apenas por existirmos, mas nos conhecemos em um processo contínuo, que depende muito da própria vontade em saber quem somos. Eu poderia escrever o texto na terceira pessoa, mas esse processo de renascimento já fez parte da minha vida tantas vezes e não sei quantos mais terei de enfrentar, por isso, o texto também se aplica a mim.

O maior exemplo de renascimento costuma ser vivenciado em situações sentimentais, uma perda de um ente querido ou um coração partido, esta última merece a atenção.

Relacionamentos não são tão simples como se pensa, envolvem pessoas, pessoas são únicas e têm complexidades, quando não se está na mesma sintonia, quando não há reciprocidade de sentimentos de alguma das partes, algo se rompe, ou pior, ocorre a descoberta de que as partes nunca estiveram unidas como se pensava. Mas renascer é necessário, seguir em frente, se libertar de mágoas, se libertar de julgamentos, é importante pensar... Em si mesmo.

Às vezes é necessário haver uma dose “avantajada” de egoísmo para renascer, para seguir, o mesmo que tomar altas doses de uma medicação conforme orientação médica até que a doença desapareça.

Algumas lágrimas, músicas, livros, um pouco de solidão, a presença de sinceros amigos, alguma fé, alguns gritos (se forem necessários) e, talvez o mais absoluto silêncio.

Renascimento... Não importa o quão duro tenha sido enfrentar determinada situação, renasça, saia da escuridão e brilhe.

FONTE: DAIANA BARASA


O PODER DE UM ABRAÇO


O que você sente ao abraçar alguém? Qual é a sensação para você?
Para mim, um abraço é tudo! É aconchego, é carinho, amor, declaração, energia boa... Reúne todas as sensações boas que podemos vivenciar.
Os cumprimentos não têm a menor graça quando são feitos apenas com beijinhos. Toda a graça se encontra em um abraço, no toque das peles, capaz de transmitir tudo o que as pessoas envolvidas sentem.


Atenção, paixão, apoio, confissão, solidão, malícia, felicidade. Um mundo de sentimentos cabe no cruzar dos braços. Eu, particularmente, amo aquele movimento “Free Hugs” ou Abraços Grátis. Tem coisa melhor? Não importa de quem você está recebendo um abraço, mas sim o que ele significa.

Às vezes nosso dia anda tão ruim, as coisas não dão certo, o desânimo toma conta do corpo, mas basta um abraço para tudo mudar. Abraço que relaxa a alma e o corpo, que alivia a mente e o coração. Que atire a primeira pedra quem nunca passou por isso! Quem nunca estava num dia péssimo e apenas com um enlace, tudo melhorou?

Então, simplesmente abrace. Dê um toque de alegria e compaixão em sua vida e na dos outros. Distribua o bem, o mundo anda precisando de um pouco mais de amor. E por fim, acredite no poder do seu abraço.
Um abraço sincero é sempre melhor do que apenas palavras. 

Como Martha Medeiros já disse: “Tudo que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.” Não existe gesto mais sincero do que um puro e verdadeiro abraço.
E você, já abraçou alguém hoje? 

FONTE: MAÍRA JARA.

BRUXAS E GATOS


Desde o fim do Século XIX, a bruxaria desenvolveu uma identidade nova, denominada “Wicca”. Os praticantes desta moderna arte também se referem a ela simplesmente como “A Arte”, um termo que se origina do verbo alemão ‘wissen’, significando ‘conhecer’. Diz-se dos iniciados nessa Arte, que remonta aos sábios do Século XV.

Bruxas e gatos

Antigamente acreditava-se que as bruxas eram auxiliadas por demônios secundários na forma de gatos, cachorros, furões, ratos e sapos. Estes pequenos ajudantes faziam tarefas para a bruxa e a ajudariam a lançar feitiços. Elizabeth Chelmsford, uma das primeiras bruxas inglesas a serem julgadas, em 1566, confessou que o diabo tinha lhe dado um demônio ajudante com a aparência de um pequeno gato malhado, chamado Sathan. Havia rumores que, toda vez que Sathan a ajudava, ele exigia uma gota de sangue da bruxa.

A teoria de que uma bruxa recompensava seu demônio com seu próprio leite ou sangue era um elemento central de prova em julgamentos de bruxas. Pensava-se que as bruxas extraíam esta recompensa sempre do mesmo ponto de seu corpo, produzindo uma calosidade insensível à dor. Toda pessoa acusada de bruxaria era então picada e cutucada à procura desta “marca da feiticeira”. Se ela fosse achada, a culpa era considerada provada acima de qualquer dúvida.

Um dos mais famosos inquisidores de bruxas, Matthew Hopkins, era famoso por detectar marcas de feiticeiras, e fez registros de todos os demônios que descobriu. Seus nomes incluíram Greedigut e Peckin, o Corvo. Hopkins dizia que, como estes nomes não podiam ser criação de nenhum mortal, eles indicavam claramente a atuação do diabo.

Fonte: Enciclopédia das Bruxas



Ser, Fazer e Ter


A cultura ocidental valoriza a criatividade, a funcionalidade, o acúmulo. O indivíduo desta sociedade é reconhecido pelo que faz e pelo que tem. Fazer e ter prevalecem ao ser, tendo este último, pouca ou irrelevante importância. Assim sendo, a sociedade se determina ao máximo esforço, ao excesso de atividades, e ao stress. Todos querem fazer para ter algo, seja capital ou prestígio. O trabalho não é a expressão dos dons que o mistério conferiu a cada um, mas a busca do sistema pela máxima funcionalidade produtiva. Daí advém a lógica da competição.

Já para os povos baseados na terra, como os povos indígenas, “muita funcionalidade ou criatividade a esmo levam ao caos”, como mostra Angeles Arrien, no seu livro “O Caminho Quádruplo”. Para fazer e ter, antes é preciso ser. Saber quem sou, o que vim fazer no mundo, e então o que preciso dispor para tal. É para isso que precisamos de recursos, para dar vida a nossa obra. Cada alma veio ao mundo para realizar uma obra-prima, para fazer algo único. Mas o ser humano tem a mania de tentar ser aquilo que ele não é, ao contrário de qualquer outro ser da criação.

A ordem acontece quando o fazer é para expressar o ser, e o ter, para poder dar do ser. Ter é para dar, não é para possuir ou acumular para si. É para compartilhar do tesouro que trazemos dentro de nós, para dar um presente ao outro, oferecer um remédio. Muitas sociedades indígenas acreditam que cada pessoa possui um “remédio original”, um poder pessoal único, e talentos que não se encontram combinados da mesma maneira em outra pessoa. Esse remédio é aquilo que trazemos para dar ao mundo, é a expressão do nosso potencial.


Ser funcional dentro de uma sociedade em crise como a nossa, pode ser sinal de normose, de patologia. Pois agir sem a consciência do ser apenas reforça o caos. O desafio é trazer “o grande remédio” ao mundo. Aquilo que pode contribuir para a transformação e a cura do sistema que está doente e corrompido. É importante nesse momento de crise social, repensar nossos valores e determinações. Repensar o que significa realmente prosperidade, para talvez aprendermos a valorizar mais a simplicidade e o essencial.

Viver com simplicidade possibilita viver sem grilhões. A simplicidade nos conecta a terra, é fluida como a água, que corre mesmo por onde há o menor espaço. Tem um caminho, e por isso não se detém nas pedras, as contorna. A simplicidade evoca a “palavra-chão”, está assentada no Hara, no centro vital abaixo do umbigo, nos faz ser verdadeiros e justos. A simplicidade é a maior das virtudes para um santo, tanto quanto saber orar e praticar austeridades. Já dizia Clarice Lispector: “Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho”. Mas como ser simples? Como se ater ao essencial, sem deter o coração nas riquezas?

Krishnamurti falava que devemos encontrar a cada dia uma maneira de morrer para tudo o que passou. Se esvaziar, tornar-se novamente, e a cada dia, um copo vazio, para ser novamente preenchido. No poema de Cecília Meireles diz-se: “renova-te, renasce em ti mesmo”. A tendência do ser humano é com o passar do tempo ir acumulando e se desgastando, ao invés de ir se esvaziando e de se renovar. Ele contribui com a entropia, ao invés de retardá-la. Esse é o caminho para o sofrimento e para as doenças. O ser humano, com sua taça cheia, se fanatiza por ideias, acumula problemas,enche-se de stress, chega ao pico da pressão, e convence-se de que não há outra maneira.

Podemos relativizar a cultura do “homem-engrenagem”, do “ser-para-o-consumo”. Sempre tem uma solução e sempre sabemos o melhor a fazer, se perguntamos dentro de nós. Quando silenciamos por um minuto, e morremos para tudo o que passou, sabemos nos esvaziar. Podemos desconstruir as diretrizes nórticas que nos convencem que devemos nos desgastar e acumular para sermos felizes. É o contrário, quanto mais leves e esvaziados estamos, melhor enfrentamos os problemas, com energia renovada, e mais podemos receber as dádivas que a vida tem a nos dar. Assim um novo dia pode ser celebrado; com novos olhos,o coração leve e mãos vazias para recomeçar.


3FASESDALUA



quinta-feira, 2 de abril de 2015

EU E MINHAS ANCESTRAIS


"As minhas Ancestrais eu saúdo
As minhas Ancestrais eu honro
As nossas ancestrais eu chamo
As Curandeiras, Parteiras, Rezadeiras, Benzedeiras
Mulheres de força, fibra, garra e determinação.
Fazem da erva, o remédio
do Chá, o calmante
do Banho, a Limpeza
Nos campos, nas cidades
nas casas, nas colinas
Sãos Elas as donas da Sabedoria
Rostos marcados pelas histórias da Vida,
Em suas mãos um terço, no seu pescoço um patuá
No seu peito a FÉ
São elas as senhoras da fala mansa, do punho determinado e da força de vontade
Com humildade nos deixam os ensinamentos aprendidos na escola da Vida
A melhor professora: A Grande Mãe
Com seu novelo de lã, nos ensinam o tecer dos sonhos
Com seu compartilhar, nos ofertam a possibilidade de fazermos cada dia um Novo Amanhecer
São elas as senhoras que há tempos nos mostram... o verdadeiro sentido contido na palavra MULHER!"


FONTE - Carol Shanti



SOMOS BRUXAS SOMOS FADAS


Somos moças encantadas
Enamoradas
Da lua
Do sol
Da Natureza
Fazemos feitiço
Fazemos rebuliço
Com nosso caldeirão
Fazemos magia
Prendemos corações dispersos
Com nossa inspiração
Transformamos palavras em poesia
Com nossa magia
Fazemos fantasia
Levamos qualquer um a viagens inesquecíveis
Somos mulheres apaixonadas
Que atiçam
Enfeitiçam
Que cantam
E encantam
Somos mulheres que seduzem
Somos sombra, somos luzes
Somos o que queremos ser
Somos mulheres
Seres viventes
Amantes
Feiticeiras do amor
Somos bruxas das palavras
Das trovas e versos
Somos fadas e magas
Da magia e inspiração
Só não gostamos de solidão...

3FASESDALUA



As Leis da Magia


MENTALISMO - princípio pelo qual a mente humana abre-se para o universo e interage com a mente cósmica, abrindo os portais para a luz do conhecimento universal.

CORRESPONDÊNCIA - princípio da manifestação do universo holográfico, onde a integração do ser humano com o cosmo se faz por meio da mente holográfica. Capta imagens do passado, presente e futuro, sem tempo e espaço.

VIBRAÇÃO - princípio de movimento e trasferência onde o ser humano, através de determinados estados de consciência, adquire habilidades psíquicas.

POLARIDADE - princípio que demonstra que todo o universo é dual. A magia do trabalho com as leis da natureza também trabalha com essa dualidade na busca da alquimia perfeita.

RITMO - princípio que demonstra como se movimenta o sistema dual do universo, que gira em círculo e espirais, marcando o movimento ciclíco da grande roda da vida, atraés das fases da lua e das estações.

GÊNERO - princípio que tem como comprovantes as forças masculinas e femininas, cuja integração e criação são formas andrógenas de energia.

CAUSA E EFEITO - princípio cuja lei evidencia que para toda ação ha uma repercussão cósmica, que se manifesta por meio de alguma outra causa.


3FASESDALUA



A Arte das Bruxas


1 - SABER

a) Conhecer a si mesmo;
b) Conhecer sua arte:
* Saber o que fazer;
* Saber como fazer;
* Saber quando fazer;
* Saber quando não fazer.
c)O que você quer realizar:
* Especificar bem o que você vai fazer;
* Criar um sigilo com as palavras.
d)Trabalhar com moderação.

2 - QUERER

a) Acreditar em você mesma/o;
b) Acreditar na divindade;
c) Acreditar em suas habilidades;
d) Acreditar na abundância do Universo;
e) Ter a vontade de praticar de novo e de novo;
f) Habilidades de meditação:
* Praticar visualização;
* Praticar relaxamento;
* Praticar um estado alterado de consciência;
* Praticar para ser capaz de fazer rápido e certo
g) Ter em mente com muita clareza o porque você quer realizar essa operação
mágica;
h) Observar se sua vontade está corretamente direcionada:
* Observar se não vai influenciar negativamente outra pessoa;
* Observar os aspectos de não prejudicar ninguém;
* Usar uma ferramenta adivinhatória para checar se seus planos são válidos, se
está numa boa hora de pô-los em prática.

3 - OUSAR

a) Ter a coragem de mudar as circunstâncias;
b) Ter a coragem de controlar seu ambiente;
c) Ser responsável por suas ações;
d) Escolher o melhor curso de ação para o trabalho a ser feito.

4 - CALAR

a) Aprender a manter a boca fechada antes do trabalho;
b) Aprender a manter a boca fechada enquanto espera pelos resultados;
c) Aprender a manter a boca fechada depois do trabalho:
* Proteger sua confiança;
* Proteger sua reputação;
* Proteger sua energia.


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