quarta-feira, 30 de outubro de 2013

UM FELIZ DIA DAS BRUXAS


Preparei para você uma poção do 1 e 2, 
para que seu dia seja um dia bom ..............


Ingredientes:

1 pitada de alegria
2 pitadas de tolêrancia
1 pitada de sorrisos
2 pitadas de elogios para seu amigo(a)
1 pitada de um abraço apertado
2 pitadas de solidariedade
1 pitada de carinho

Modo de Preparar:

Coloque tudo num caldeirão mexa com a
colher da Paz e distribua.
Esta receita você pode colocar uma calda
de beijos que fica muito bom!
FONTE: RIOSUL


No dia das bruxas, espero acontecimentos grandiosos para todos nós,
porque neste dia, as bruxas do bem (todas as mulheres) sempre unem seus pensamentos poderosos, voltados para a paz, a prosperidade, a fartura, a fertilidade, o respeito à terra e aos elementos que garantem a vida de todos os seres.

Nesses áridos e estéreis tempos, mais do que nunca, precisamos de suas bênçãos e de suas oferendas de amor, de cuidado e de respeito mútuo.

Nestes tristes dias, em que o ser humano se esqueceu de ligação arquéptica com Gea ou Gaia, as bruxas são os seres fantásticos que nos mantêm ligados com nossa mãe primordial.

Nestes tempos de desastres, de desamores e egoísmo, as lindas bruxas do bem, com seus encantamentos, nos remetem à nossa infância mágica e feliz, infância que nos mantém ainda hoje, antes, durante e depois da juventude e da maturidade, porque só quando fomos crianças conseguimos enxergar a magia do mundo.

Então queridos, neste Dia das Bruxas, vamos acordar com os sentimentos abertos para a beleza da nossa mãe Terra e agradecer por sermos seus hóspedes, tão privilegiados.


Dia das Bruxas



terça-feira, 29 de outubro de 2013

As Fogueiras de Beltane


A muito tempo, no tempo das fogueiras de Beltane, um casal amava-se ardorosamente nas folhagens da mata; eram o Deus e a Deusa. O Deus é um jovem viril, quente, forte, é o Gamo Rei; com seu falo, Ele fertiliza a Deusa, que nesses tempos idos era a Donzela Caçadora, fértil, amorosa e desejosa e que possuía o poder de todas as fêmeas, o poder de criar e recriar em seu próprio ventre a dança eterna da natureza, a espiral do renascimento, vida e morte.

A palavra Beltane vem de "Bel" (senhor da vida, da morte e do mundo dos espíritos) + "Time" e uma palavra céltica que significa "fogo”, ou seja, "Fogo de Bel". Em gaélico irlandês Bealtaine ou do gaélico escocês Bealtuinn, ambos originários do antigo irlandês Beletene, seria: "fogo luminoso". É também o nome do mês de Maio em irlandês.


Na antiga religião, antes da Igreja destruir este culto e transformá-lo no que se conhece como "bruxaria", os camponeses iam para os bosques de carvalhos à noite e acendiam enormes fogueiras para a Deusa o que tornou esta festividade conhecida como As Fogueiras de Beltane.

Talvez os padres não soubessem que o amor sob vontade é o maior dos rituais, a mais grandiosa das celebrações à vida, à alegria, à Natureza e portanto aos DEUSES!!! Beltane é o mais alegre e festivo de todos os Sabás.

Beltane é o Sabbath da fertilidade, em que se celebra o casamento dos Deuses. As fogueiras de Novembro são acesas, e os postes de Novembro levantado. É uma festa alegre, em que as mulheres usam coroas de flores e todos dançam ao redor das fogueiras.



Nesta época, os princípios morais vigentes eram outros, a mulher era um ser livre e não havia o machismo como hoje se conhece. As sociedades eram matriarcais. Sendo assim, nesta noite de Beltane, as moças virgens e mesmo as casadas, iam para os bosques na celebração do que se chamava "O Gamo Rei" onde os rapazes copulavam com as moças sob a lua cheia guiados pelo instinto num ritual de fecundidade e vida.

Em Beltane se comemora esse amor que deu origem a todas as coisas do Universo. Beleno é a face radiante do Sol, que voltou ao mundo na Primavera.

O Deus, que agora é um jovem no auge da sua fertilidade, se apaixona pela Deusa, que em Beltane se apresenta como a Virgem e é chamada “Rainha de Maio”.


As crianças que por ventura fossem geradas nesta noite eram consideradas especiais e normalmente as meninas viravam sacerdotisas e os meninos magos. O ritual era consagrado à Deusa para que esta trouxesse sempre boas colheitas através da fertilidade da terra. Embora o culto fosse predominantemente feminino, não se excluía, de forma alguma, o papel do Deus, pois, a essência de Beltane, sendo a fecundação, impunha sempre, a presença do feminino e masculino.

Sendo assim, no Beltane, os meninos tinham a sua cerimônia de passagem da adolescência para a maturidade. O rapaz personifica o Deus e a virgem, a Deusa. Na escolha de um rei, o rapaz veste a pele de um Gamo (um veado real) e desafia um gamo de verdade, o líder da manada, e luta com ele até a morte de um deles.


Se o rapaz for o vencedor, terá sido escolhido Rei representando o Deus, o Gamo Rei e terá uma noite com a Virgem que representa a Deusa onde um herdeiro será concebido. O novo herdeiro, um dia deverá disputar com o pai pelo trono. O Gamo Novo e o Gamo Velho...

O Rei Arthur passou por esta prova numa noite nas fogueiras de Beltane conforme o romance Brumas de Avalon.

Quando não era preciso escolher-se um rei, a luta com o gamo não era necessária e a tradição seguia apenas como uma representação ritual.A tradição do Gamo Rei foi transformada, através dos tempos, e a imagem do gamo, em alguns cultos, substituída pela de qualquer animal que tivesse galhos ou chifres, sempre representando a divindade masculina do Deus que recebe os nomes de Galhudo, Cornélio, Cornudo e até mesmo Chifrudo sem ter qualquer conotação com o que a Igreja estabeleceu como "demônio do mal". Os galhos na antiguidade eram sinônimo de força e honra e não o que hoje significam.


A Mãe Terra, representada pela Deusa, despertou e se encontra fértil e o Jovem Deus alcançou o auge de sua vitalidade e vigor. O calor do Sol e a exuberância da Natureza festejam sua paixão, culminando no Casamento Sagrado. É a união entre os princípios masculino e feminino da criação, a união de todos os poderes que trazem vida a todas as coisas.

Então, no 31 de outubro ou 01 de novembro, estaremos na Lua cheia, ao ar livre, recebendo o luar e longe de qualquer coisa feita pela mão do homem. Deveríamos fazer um círculo com pedras, ficar dentro dele e acender uma pequena fogueira. Este ritual de fertilidade vai promover mudanças na vida de todo aquele que entender o significado do Beltane. Na verdade é um louvor a Terra, à Natureza e à Mãe de todas as coisas. É uma data muito bonita e de grande significado.

Em Beltane nós nos abrimos para o Deus e a Deusa da Juventude. Não importa quanto velhos sejamos, em Beltane, sentimo-nos jovens novamente e nos unimos ao fogo da vitalidade e juventude e permitimos que esta vitalidade nos vivifique e cure.


Quando jovens talvez usássemos este tempo como uma oportunidade para conectar nossa sensualidade de um modo criativo e quando mais velhos esta conexão será obtida através da união dentro de nós mesmos, das nossas naturezas feminina e masculina. A integração entre nossos dois aspectos interiores, feminino e masculino, é o caminho da espiritualidade e Beltane representa o tempo onde podemos nos abrir amplamente para este trabalho permitindo que a natural união das polaridades ocorra naturalmente. Este é um trabalho essencialmente alquímico.

Dessa forma querendo festejar esta noite encantada de Beltane, acenda uma vela simbolizando o Sol, colha flores para simbolizar a fertilidade, e recite poemas em homenagem ao Deus e a Deusa.

Se for possível, passe a noite em claro e veja o amanhecer...
Sinta a grandeza e exuberância da Natureza, e de como a Vida é fértil e perfeita.

Feliz Beltane a todos!!!

Senhora
Acorda o meu espírito,
Abre a minha visão,
Esteja em meu peito e em todas as minhas ações, 
Preenche o meu coração, 
Acalma as minhas emoções, 
Abençoa a minha sexualidade e a minha criatividade, 
E me acolhe no Teu amor. 
Que assim seja!!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

COMPARTILHANDO - Igreja Mundial pede que fiéis finjam curas e milagres para arrecadar dinheiro; Veja documento

Uma carta encontrada no templo da Igreja Mundial do Poder de Deus, em sua unidade na Avenida João Dias, zona sul de São Paulo, mostra pedido a fiéis para que eles se passem por "enfermos curados, ex-drogados e aleijados" para convencerem mais pessoas a ajudar financeiramente a igreja. A carta foi encontrada e reproduzida pelo site Notícias da TV, do portal UOL.
Apesar do espaço em branco na carta (leia na íntegra abaixo), ela é assinada como "um pedido feito diretamente pelo apóstolo Valdemiro Santiago a todos os seus fiéis". O objetivo do aumento de arrecadação é a compra do canal 32 da TV aberta. A Igreja Mundial do Poder de Deus deve mais de R$ 13 milhões para o Grupo Bandeirantes e, por isso, não tem mais espaço de 23 horas diárias na Rede 21 e de 3 horas nas madrugadas da Band.




Veja a carta:



Reprodução/Notícias da TV/UOL
Fonte: Yahoo Notícias

sábado, 19 de outubro de 2013

A Grande Rainha na véspera de Samhain


As deusas celtas, em particular, são o retrato fiel da complexidade humana tangida pela imortalidade, materializando a consistência existencial que nos coloca, no aqui e no agora, a questionar nossas condutas e atitudes, em cima de uma "reta razão" que somente poderia acenar para um, dentre os dois caminhos a seguir: "céu e inferno", "bem e mal", na despótica dualidade política do ideário teológico ocidental que empunha armas para a destruição do outro.

Passamos boa parte do tempo na preocupação em conduzir nossas vidas de acordo com princípios éticos absolutos, que levam à medonha escolha entre dois caminhos, como se fosse muito simples, fácil e cômodo o despojamento de todo rol de informações imemoriais que trazemos de outras existências, onde o "bem e o mal" nem sempre são visíveis.



Morrighan é a contramão da dualidade puritana, porque encerra em sua fecunda personalidade a complexidade e a riqueza de uma entidade que se compõe de unidade, profundidade e latência.

Acredito, inclusive, que a polarização em torno da expressão Morte-Vida também seja, ao final, um simples trocadilho semântico que induz ao erro de crermos na existência de situações definidas de mundos (mundo dos vivos, dos mortos) quando, no simbolismo celta, o material e o espiritual constituem a mesma essência, tendo por elo a Natureza e seus mistérios.

Morrighan ama, odeia, fere, cura e mata, colocando, assim, em xeque-mate a compreensão de um mundo dual, em que as “qualidades más” são colocadas embaixo do tapete, enquanto a “suprema bondade” é revelada e enaltecida.

Como oráculo, Morrighan estabelece a soberania do conhecimento além-mundo e, revestida de poder, concita o Deus-Sol a chamar para si a tarefa de guiar o povo. Deusa e Deus, ali, compondo a harmonização e a unidade, para lembrar da complementaridade entre gêneros, e não da competitividade.



Em outro episódio, a Grande Rainha une-se sexualmente com Dagda na véspera de Samhain no rio Unshin, em meio aos corpos ensangüentados daqueles que, no dia seguinte, iriam ser mortos em combate. Interessante refletir sobre a percepção oracular e meta-temporal do evento, por conta do encontro se dar num momento “fora-de-tempo” (nossa, como me sinto fora do tempo), já que, de fato, a guerra iria ser travada no dia seguinte.

Amorosa, a Rainha forneceu ao Deus importantes informações sobre o combate, além de informá-lo que também iria tomar parte na luta.

A história que acho mais intrigante, porém, relaciona Morrighan a Cúchulainn, o herói que despreza a deusa e, assim, atrai sua ira eterna, ao ponto de aguardá-lo ao final da jornada mítica.

Depois disso, Morrighan ainda apareceu, em luta, para o guerreiro, sob a forma de um lobo, uma enguia, de uma novilha vermelha descornada e, por último, de um corvo, que iria aguardar o fim da agonia de um moribundo Cúchulainn.

Mais uma vez, a trindade, pois a deusa encarnou três animais de poder para, por último, incorporar o corvo, guardião eterno dos segredos do Além-vida. Detalhe: ela a negou, por três vezes, porque, a cada momento de sua aparição para o jovem, a deusa fora por ele ferida. Mesmo assim, continuou esperando por ele até o final...

O coração possui razões das quais a própria razão desconfia? Não, sei, ao certo, porque, lendo a história da deusa, passo, cada vez mais, a desconfiar que a razão tenha razão.

Acredito que o coração, ao final, detém todos os segredos do mundo. Apenas sei – porque sinto, não porque saiba – que a transcendência da polarização é a chave para a compreensão da mitologia celta, de suas deidades e, para nós, humanos e humanas, mortais, de nossa própria história e jornada. Eis-me, aqui, então, fazendo da minha própria vida uma jornada lúdica, onde tema, mito e mitemas compõem, a todo tempo, cada passo da minha brava, amorosa e plena trajetória!


FONTE: Audrey Donelle Errin


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Lady Godiva


Em Coventry vivia-se um tempo difícil. O sol não aquecera os pomares, fazendo com que as azeitonas e as vinhas não produzissem o suficiente para que se fizesse com fartura o azeite e o vinho. A miséria do povo era tão latente quanto à modéstia de jóias que as mulheres da nobreza traziam sobre o corpo, ou as vestes modestas que faziam dos seus habitantes os menos abastados de toda a Inglaterra.

Como se não bastasse a penúria vivida, a insatisfação assolava os habitantes, cada vez mais empobrecidos pelos altos impostos cobrados pelo conde Leofric, senhor absoluto daquele feudo. Grande parte do alimento colhido naquela estação ingrata, saía da boca do povo para que se pagasse os impostos ao nobre senhor. A fome pairava afoita pelas casas, pelos campos, por Coventry.

O conde Leofric era casado com uma das mulheres mais belas de toda a Inglaterra. Lady Godiva era serena, cabelos sedosos, longos e dourados como os raios do sol. Seus olhos eram azuis como o mar, traziam uma expressão de infinito que seduzia ao marido e todos os súditos em volta. Lady Godiva era de uma bondade imensa. Servos e escravos eram tratados por ela com dignidade. Não se furtava da caridade e de ajudar aos desvalidos e desprovidos da grandiosidade da vida e da sua opulência secular.

Um dia, os servos trouxeram diante do conde um camponês que fora apanhado a roubar nabos da horta de Leofric. Levado diante do conde, o infeliz declarou que cometera aquela imprudência extrema por não ter nada para comer, que os últimos grãos que colhera foram usados para pagar os impostos devidos. Que os cinco filhos pequenos choravam de fome, atormentando-o toda a noite. Ao ouvir os relatos do infeliz, Lady Godiva comoveu-se, convenceu o marido a não punir o infeliz, fornecendo ainda, alimentos para os seus filhos.


Mesmo irritado, o conde acedeu com abondade infinita da mulher.
Depois dos acontecimentos, Lady Godiva andou por todos os cantos de Coventry. Montou em seu cavalo, atravessou as muralhas, rondando por toda a parte. Descobriu que a fome assolava o lugar. Que grande parte dos alimentos colhidos iriam para os impostos do conde. Compadecida com o sofrimento daquele povo, Lady Godiva prometeu a si mesma intervir e a ajudá-lo.


Quando retornou ao castelo, encontrou o marido no estábulo, a supervisionar a alimentação das bestas. Lady Godiva desceu do seu cavalo. A respiração arfava de cansaço. Mesmo assim, encontrou forças para contar ao marido da tristeza e miséria que se abatia sobre Coventry. Falou com tanta ênfase que as lágrimas afloraram-lhe os olhos, derramando-se sobre as faces. O conde ouviu a mulher, que lhe implorava para que abaixasse os impostos. Não se deixou comover, mas as lágrimas da esposa, a sua veemência em defender os oprimidos, fizeram com que Leofric tentasse um ardil. Usando da sua inteligência sarcástica, ele esboçou um sorriso irônico e disse à mulher:

-Muito bem, já que insistes tanto na defesa deste povo, comovendo-me com as lágrimas que destroem a cor do céu dos teus olhos, concedo-te o pedido. Mas para que se realize, imponho-te uma condição, que a próxima vez que fores cavalgar, tu o faças sem roupas, completamente nua pelas ruas de Coventry.

-Tenho a tua palavra de que se o fizer, irás cumprir a promessa?
-Minha amada, se cavalgares nua pelas ruas de Coventry, não só abaixarei os impostos, como perdoarei a dívida aos mais necessitados.

-Que assim seja feito.
Leofric sorriu para a mulher. A promessa fora-lhe fácil fazer, difícil seria Lady Godiva cumprir a condição que impusera. Estava confiante de que ela desistiria e, ao sentir-se culpada, deixar-lhe-ia em paz com aquelas lamúrias.

Mas Lady Godiva trazia no coração uma bondade maior do que qualquer moral estabelecida pela mesquinhez dos homens. Lady Godiva mandou que os seus servos avisassem ao povo do seu sacrifício para salvá-los dos impostos e da fome. Pediu que durante a sua cavalgada penitente, todos os moradores deixassem as ruas e que se 
fechassem em suas casas.


Comovido com a grandiosidade de Godiva, o povo de Coventry aceitou atender-lhe o pedido.
Assim, Lady Godiva desafiou a ironia e mesquinhez do marido. Despiu as vestes no estábulo, montou, completamente nua, o seu belo cavalo. Cavalgou por todas as ruas de Coventry de cabeça erguida, sem que ninguém ousasse observá-la. Somente Jack, o moleiro, não resistiu de contemplar tamanha beleza edênica. Contrariando a todos os moradores, abriu uma fresta da janela da sua casa, ao olhar tamanha beleza nua a desfilar pelas ruas, viu uma grande luz sobre os seus olhos, que foram cegados para sempre.


Ao retornar da cavalgada, Lady Godiva encontrou o conde à espera. Comovido, ele vestiu as roupas à mulher, depois se ajoelhou aos seus pés, reafirmando a palavra dada. Levantou-se e beijou a mulher.Leofric retirou os impostos altos dos ombros do seu povo. Naquele ano as colheitas foram abundantes em Coventry. O azeite jorrou nos lagares, o trigo transformou-se em pães quentes sobre as mesas, e o vinho abençoou as refeições. Lady Godiva passou a ser amada pelo seu povo, até mesmo por Jack, o moleiro, que depois da luz da nudez da mulher sobre o cavalo, não viu mais nada na vida.

FONTE: Jeocaz Lee-Meddi

HADES E PERSÉFONE - A PRIMAVERA ADORMECIDA


Hades (Plutão), ao lado dos irmãos Zeus (Júpiter) e Poseidon (Netuno), travaram uma longa guerra de dez anos contra o pai Cronos (Saturno) e os Titãs. Após a vitória dos três irmãos, uma nova ordem e poder estabeleceu-se sobre o mundo e os deuses, na partilha dessa nova ordem, coube a Zeus o reino do céu e da terra, a Poseidon o mar, e a Hades as profundezas da terra, conhecidas por Érebo, Infernos ou Hades. Se Zeus reina do Olimpo, ao lado de mais 11 deuses, Hades é o senhor absoluto do reino dos mortos, o décimo terceiro deus.
Hades tem como súditos os mortos, mas o seu domínio é a extensão final de todos os vivos, daí ser respeitado e venerado por eles. Reina taciturno nos subterrâneos, sendo auxiliado pelas criaturas infernais, que ao seu lado, mantêm a ordem e as sentenças nos reinos das trevas. Hades traz um capacete mágico, feito pelos Ciclopes, que o torna invisível diante dos deuses e dos vivos. Esta capacidade é a raiz da origem do seu nome, Hades em grego significa invisível.


O mito de Hades não gerou muitas lendas diretas, mas às criaturas adjacentes ao seu mundo. A lenda mais conhecida é a do seu amor por Perséfone (Prosérpina), movido por uma violenta e arrebatadora paixão que o faz raptar a jovem e levá-la da Terra para o subterrâneo do seu reino. No Érebo, o deus dos mortos faz de Perséfone a sua esposa, dividindo com ela o trono. A lenda do rapto de Perséfone, uma das mais belas da mitologia, retrata a origem da primavera sobre a terra. É o amor no mundo dos mortos estendo-se às belezas terrestres.


Hades e as Divindades Infernais

No princípio da civilização gregas, a representação do mundo dos mortos não trazia qualquer conotação de prêmio ou castigo para os seres humanos que findavam, o Érebo era descrito como uma vasta planície no subterrâneo da terra, onde os mortos vagueavam como sombras, desprovidos de sentimentos como a dor, a alegria e sem a inteligência da alma. O mundo dos mortos representava a apatia total e eterna sobre a vida. À medida que a civilização helênica evoluiu, criando as cidades estados, a sua organização trouxe a disciplina, a justiça e a ordem, elementos essenciais para a sobrevivência da vida coletiva. Esta organização não evita a morte, e ela passa a ser refletida na ordem dos vivos, e na recompensa que se tem de ser justo. Um novo conceito dos Infernos surge, e ele é dividido em dois lados separados pelo rio Aqueronte. De um lado está o Tártaro, lugar da expiação dos maus, onde os injustos pagam as suas culpas; do outro lado os Campos Elísios, conhecidos também como a ilha dos Bem-Aventurados, lugar no mundo das trevas onde os que foram bons em vida usufruem, depois de mortos, as recompensas das suas ações.

Se Zeus tem os deuses do Olimpo para governar sobre o céu e a terra, Poseidon tem as nereidas, as sereias, os tritões e outros seres marítimos para governar os mares e rios, também Hades tem as divindades infernais. Três juízes, Minos, Radamanto e Éaco, decidem em julgamento presidido pelo próprio Hades, de que lado dos Infernos habitará cada morto.
Caronte é o barqueiro que recebe os mortos quando chegam ao Érebo, cabe a ele, pelo pagamento de um óbolo, atravessar as almas pelo rio Aqueronte. O pagamento de Caronte é feito pela moeda que os parentes dos mortos punham na sua língua durante o funeral. Quem não levasse a moeda, os insepultos, ficariam vagando para sempre, às margens do rio, chorando.

O guardião dos portões do Hades é Cérbero, furioso cão negro de muitas cabeças, filho do monstro Tifão e de Equidina.


Tânatos (Morte) é o principal auxiliar de Hades. Tânatos é quem traz as almas, independente dos desígnios de Hades. A ele ninguém escapa. Tânatos é um deus grego, na mitologia romana a morte é uma deusa, Mors. Tânatos auxilia Hades, mas está ligado diretamente às vontades do Destino, deus de força superior aos próprios deuses. Quando o Destino marca a hora final de um ser vivo, Tânatos envia as Queres, divindades que se apoderam do mortal, golpeando-o e arrastando-o para o Érebo. Se o mortal era um assassino ou perjuro, cabe às Erínias ou Fúrias, três deusas negras, aladas, com cabeleiras de serpentes, ir buscá-lo no lugar da Queres.

Hades, apesar de todo o poder do seu reino, raramente interfere nos desígnios humanos ou dos deuses do Olimpo, a menos que por eles invocado, para que se cumpra a justiça da morte sobre a iniqüidade dos vivos. Hades quando invocado, abre o caminho para as maldições, findadas na tragédia da morte. Por ser um deus que vive debaixo da terra fértil, era visto como quem propiciava o desenvolver da semente plantada nos limites dos seus domínios, favorecendo a germinação e produtividade dessas. Esta veneração era feita principalmente pelos romanos, que identificaram Hades com Plutão, nome que significava “aquele que dá a abundância”. Para invocar Hades, eternamente invisível aos olhos humanos, os seus devotos batiam no chão com as mãos ou com varas.
Hades, ao lado de Perséfone e das divindades infernais, reina sob os mortos, não emergindo nunca ao reino dos vivos. Apesar do amor por Perséfone, é estéril, deste amor não nasce nenhum filho.

Hades e Perséfone, o Amor no Reino dos Mortos



Hades sempre fora um deus soturno, solitário e recolhido em si. Nascera da união entre Cronos e Réia (Cibele). Cronos, deus do tempo e rei dos deuses, temendo à profecia de que um dos filhos o iria destronar e aprisionar, devorou-o tão logo nasceu. Mais tarde, Hades foi vomitado pelo pai, depois que o irmão Zeus dera ao deus do tempo, uma porção mágica para ingerir. Saído das entranhas de Cronos, Hades lutou ao lado dos irmãos contra o reinado do pai. Após a vitória, coube a ele, por seu jeito taciturno e solitário, reinar sobre os mortos.
Hades mostrava-se imune ao amor de qualquer deusa ou de qualquer mortal. Seu frio coração irritava Afrodite (Vênus), deusa do amor, que sempre fizera deuses e mortais sucumbirem à sua arte. Hades continuava com o coração intacto e frio. Corria solitário todas as partes do Érebo, que governava energicamente. Um dia, Hades ouviu as varas que os humanos batiam sobre a terra, invocando-o com o sacrifício de duas cabras negras. Ao sentir o sangue quente dos animais molhar o chão, Hades pôs sobre a cabeça o capacete que o deixava invisível, emergindo das entranhas mais profundas da terra, até a superfície do mundo dos vivos, aceitando assim, o sacrifício.


Raramente o senhor dos mortos vinha ao mundo dos vivos. Na terra os campos eram eternamente floridos e cobertos de frutos. Hades caminhava invisível, por onde passava, trazia um vento frio que soprava sobre os humanos, fazendo-os arrepiar e a invocar proteção aos deuses do Olimpo. Caminhando solitário, Hades avistou ao longe, no meio do bosque florido, a mais bela jovem que os seus olhos já tinham contemplado. Era Core. Com o coração a bater como nunca sentira dantes, o frio senhor dos mortos viu emergir de dentro dele um estranho e implacável calor. Invisível, aproximou-se de Core e das amigas. Carinhosamente soprou em seus ouvidos. Core sentiu aquele estranho sopro. Enquanto as amigas arrepiaram-se de temor, a jovem arrepiou-se acometida de uma ternura infinita.


Core sorriu, de repente, o que fez com que Hades se mostrasse visível aos seus olhos. A bela jovem viu surgir à frente o rosto daquele deus forte, olhar grave, de sorriso escorrido e gestos austeros. Apaixonado, Hades cobriu o cabelo de Core com as violetas que colhera no bosque. Revelou-lhe o amor e o desejo de fazê-la a sua esposa eterna. Core ouviu a declaração de Hades, mas nada respondeu, precisava consultar a mãe, a deusa Deméter (Ceres), e o pai, o poderoso Zeus.
Mas o imprevisto aconteceu, Deméter, deusa da agricultura e dos alimentos, sabia que o reino de Hades, o seu irmão, era nas profundezas da terra. Decidiu que não se iria separar da filha, proibindo que ela desposasse o senhor da escuridão.


Hades ficou inconsolável. Subiu ao Olimpo e pediu a ajuda do irmão Zeus. Estava perdidamente apaixonado por Core, já não conseguia viver sem ela. Zeus ouviu o irmão, como sabia da recusa de Deméter em deixar a filha partir para o Érebo, aconselhou a Hades que esperasse algum tempo, para convencer a deusa da agricultura a aceitar o casamento da filha.
Algum tempo se passou, mas Deméter não removeu a recusa. Proibiu definitivamente que Hades cortejasse a filha. Diante da dor causada pelos obstáculos impostos por Deméter, Hades não desistiu, fortaleceu ainda mais o amor que trazia dentro de si. Perdido de paixão, subiu à Terra, disposto a ter definitivamente, o amor da bela Core, mesmo sem a permissão de Deméter.

Hades foi encontrar Core a passear pelo vale de Ena, que trazia em sua paisagem a beleza da eterna primavera. A bela colhia os lírios e as violetas às margens do lago de água cristalina. De repente surgiu o mais belo dos narcisos à beira do lago, de uma cor tão reluzente que encantou Core. Como se hipnotizada pela flor, ela debruçou-se sobre o lago para pegá-lo. Foi quando a terra abriu-se em um imenso abismo de escuridão, dele emergindo um carro de ouro puxado por cavalos, conduzidos pelo próprio Hades. Num impulso rápido e certeiro, o senhor do Érebo arrebatou a frágil e bela Core. Assustada, a jovem lançou um grande grito que ecoou pelos campos, enquanto o carro de ouro a conduzia até o Tártaro.

Deméter ouviu o grito da filha. Correu em seu auxílio, mas quando chegou, viu a terra fechar-se e ela desaparecer nas profundezas do mundo dos mortos. Desesperada, a deusa procura pela filha. Ninguém no Olimpo sabe o que lhe aconteceu. Quem lhe alivia a falta de notícias é Hélios (Sol), que tudo vê, revelando à deusa que Hades tinha raptado Core. Zeus confirma o rapto. Revela à deusa que Core ao cruzar as fronteiras dos Infernos, tornara-se a esposa de Hades, e como rainha do Érebo, passou a chamar-se Perséfone (Prosérpina). Sem poder atravessar as fronteiras do Érebo em socorro da filha, indignada com Zeus e Hades, Deméter abandou o Olimpo, indo viver com os homens da terra. Abandonou os campos e as plantações, deixando de proteger as colheitas. A primavera eterna desapareceu da terra, levando-a ao inverno e à fome.

Zeus viu a fome assolar a humanidade. Interviu diante de Deméter, mas a deusa só voltaria a proteger a agricultura e aos campos se tivesse a filha de volta. À face da catástrofe que se abatia sobre o mundo, Zeus enviou Hermes (Mercúrio), ao reino de Hades, com a ordem de que ele devolvesse Perséfone à mãe, para evitar que a humanidade faminta, rebelasse-se contra o poder dos deuses.


Hades não se contentou em perder a amada. Mas não poderia desobedecer a ordem de Zeus. Chamou Perséfone à sua presença. Olhou com paixão para a esposa. Diz a ela que deverá acompanhar Hermes até o mundo dos vivos, sendo devolvida à mãe. Triste, beija a face da amada. Em um último ardil, oferece-lhe uma saborosa romã como lembrança do seu amor. Perséfone come a fruta, sem saber da regra que estabelecia: quem comesse qualquer fruto no Tártaro a ele teria que retornar. Perséfone despediu-se do marido, regressando ao mundo dos vivos.

Deméter recebeu a filha com alegria. Os campos voltaram a florir. Ao abraçar a filha, a deusa lembrou-se de perguntar se ela havia comido alguma fruta no Tártaro, ao que a jovem respondeu afirmativamente, comera o bago de uma romã. A deusa desolou-se, sabia que a filha teria que voltar ao Tártaro todos os anos. Diante do ardil, ficou estabelecido por Zeus que Perséfone passaria uma parte do ano ao lado do marido, reinando no Érebo, outra parte ao lado da mãe, na terra e no Olimpo. Assim, durante o tempo que Perséfone despede-se da mãe e retoma o caminho do Érebo, a deusa recolhe-se à tristeza da sua saudade. Em conseqüência dessa tristeza, as árvores perdem as folhas e as flores, os campos ficam sem as plantas, o inverno invade a terra com o seu vento frio e cortante, deixando-a desolada e coberta pelo gelo. Quando Perséfone retorna aos braços da mãe, alegrando-lhe o coração, as folhas voltam verdes às arvores, as flores invadem os campos, trazendo a primavera novamente ao mundo.

FONTE: JEOCAZ LEE-MEDDI

sábado, 12 de outubro de 2013

OS DRAGÕES


O vermelho representa toda a esperança quebrada. O cavaleiro representa o herói corrompido pelos males do mundo. O dragão representa a eternidade caótica que reina dentro de todos nós.

Gatts-san



Existem outros caminhos na Magia como os Xamãnismo, os Celtas, Gregos e também as Dragonianas. Este tema sempre foi pouco difundido, dentro dos sincretismos religiosos e pagãos. 

Pesquisadores de diferentes áreas, geólogos, arqueólogos ou teósofos, que defendem a hipótese de uma origem mais recuada para a espécie humana, admitem que pode ter ocorrido um período de transição no qual seres humanos conviveram com sáurios ou grandes répteis.

O estudo da Magia dos Dragões é ainda raro. Poucos grupos e raros estudiosos solitários se dedicam a essa parte esquecida da magia. 



Curiosamente tanto os dragões chineses quanto os da Europa tem um ponto específico em comum, a visão aguçada. Daí surgiu a palavra "dragon" em inglês, que é derivado de "drakon", que em grego significa "ver", "encarar". Desse ponto talvez tenha surgido a confusão de igualar dois seres diferentes por uma única palavra e característica específica, assim "long" tomou-se como tradução "dragão", mesmo sendo seres muito diferentes uns dos outros.

Na Idade Média, período em que o cristianismo começou a se expandir, a figura do Dragão, estava sempre presente no imaginário das pessoas. Neste período, o Dragão simbolizava o pecado e o paganismo. 


Heróis, santos e mártires aparecem em histórias relacionadas a lutas e vitórias sobre estes; chamados de monstros, na época.
Mitos e lendas com dragões, são constantes no Oriente Médio Antigo, simbolizando, nestas culturas, a destruição e o mal.


Na Mesopotâmia, conta-se que havia uma lenda (criada há 2000 a.C) em que o Dragão era chamado de "Tiamat". Este, simbolizava o oceano e comandava as orlas do caos. Sua destruição era uma condição para a sobrevivência das civilizações antigas; pois suas casas e cidades eram feitas de madeira, não conseguiam domesticar e nem impedir que os dragões atacassem seus rebanhos e causa-sem a destruição de suas casas e vilas, com o fogo soltado pelas suas bocas e narinas.

Na mitologia egípcia, "Apohis" era o dragão da escuridão e era expulso do universo todos os dias pelo deus do Sol (Rá), no período da manhã.

Diferentemente dos chineses, os dragões europeus quase sempre possuem asas e possuem "poderes ocultos", como lágrimas que curam feridas, ou corações que se comidos permite que a pessoa se comunique com animais. Diversos contos com as mais diferentes histórias e características são contados há séculos.

Os dragões (long em chinês, yong ou ryong em coreano, e ryu em japonês) são seres que aparecem em histórias do mundo todo, o que nos faz acreditar que eles já realmente existiram. E por isso a China tem fortes influências dos dragões em sua cultura. 


O primeiro dragão foi um dos quatro animais chamados por Pan Ku ( o deus criador) para participar da grande criação do mundo, assim pode-se ver diversas imagens de um dragão em volta do mundo se procurar como essa ao lado. Os dragões não tinha rivais em inteligência e em poder para benção, acredita-se que o próprio criador tinha descendência de dragões e que os comandava. Formado por diversos animais esse dragão já foi representado de diversas formas, entre elas um carrega uma esfera que é o dragão das águas marinhas. 


As bruxas e os dragões não estão tão dissociados assim. Com ressalvas para essas mulheres, onde muitas delas foram julgadas e injustiçadas pela incompreensão do seu jeito de ver o mundo e interagir com ele e a natureza. Bruxas que foram perseguidas por suas práticas de magias.

Bruxas e Dragões são símbolos e referências importantes para a prática da magia e da filosofia mágica . Tudo o que não é compreensível sempre tem o seu lado dogmático, polêmico e obscuro, apesar da névoa do preconceito que sobre cai sobre ambos.


Eu li em algum lugar que “os dragões são místicos, poderosos e sábios, emergem do mistério, desaparecem no mistério...São ferozes, benevolentes, conhecidos por iniciar os humanos nas mais profundas esferas da sabedoria. Os dragões possuem fogo interior - a chama criativa, cintilante,cauterizadora e curativa de um Universo temeroso e encantador. Além disso, o dragão é o animal mais completo que já existiu, pois põe em prática sistematicamente todos os Elementos da Natureza: O Fogo que sai de sua bocarra...A Terra por onde anda...A Água que lhe serve como abrigo...O Ar que lhe permite a liberdade plena.”

sábado, 5 de outubro de 2013

UM SER BRUXA (O)


Muitas pessoas ficam fascinadas com a ideia de se tornar uma bruxa ou bruxo.

Bruxa não é uma coisa que se vira, Bruxa é uma coisa que se é, se nasce. Esta na essência. Ninguém vira bruxa de uma hora pra outra.

Quando uma bruxa lida com magia ela busca a maior de todas as magias: a sua própria autotransformação. Isso implica que a bruxaria é um caminho para pessoas que não fogem do caminho do autoconhecimento: só pode se transformar quem se conhece.

Uma bruxa é, antes de tudo, alguém que está em contato com energias sutis. Olhamos ao nosso redor e vemos mais do que matéria. Vemos o íntimo, o Espírito das coisas nas coisas.



A natureza é o coração e alma da Velha Religião que ensina que todos os seres, vivos possuem vida e são merecedores de nosso respeito e consideração. Sendo assim, vemos a natureza como diferentes faces da Deusa capazes de nos suportar, proteger, alimentar e manter vivos. 

Ao falar de autoconhecimento fica bem claro que a Religião Antiga não é um caminho para quem é bruxo (a) por modismo, ou seja, gosta de enfeites e símbolos da bruxaria, ou se veste todo de preto.

Autoconhecimento, e transformação implicam anos de dedicação e estudo, anos de prática e vivência na tentativa de aperfeiçoar sua personalidade e viver mais livre de condicionamentos e pressões, seja do seu inconsciente, seja das pessoas que o cercam.

Não importa o nome que você der: Bruxa, Feiticeira, Xamã, Bruxa Moderna, Bruxa Urbana, tanto faz... O importante é que o nome já passou para um conceito maior e mais amplo – ser Bruxa significa que você sabe lidar e respeitar as Leis da natureza. Que o único pecado a temer, seria prejudicar a natureza e não esqueça, o ser humano faz parte dela.



Goth...

Esqueçamos os paradigmas de infância e coisas folclóricas como profanar túmulos, sacrificar gatos ou algo parecido. Este tipo de bruxaria em nada se assemelha com a realidade do Paganismo.

Começar a compreender que a Bruxaria não é fazer magias eventuais, tão pouco para ter poder sobre os outros, nem para servir ninguém, mas sim encontrar dentro de si as respostas sobre como deve ser sua vida, é essencial para poder dizer-se bruxa ou bruxo.

Recuperar seu poder pessoal, saber ser único (a), sagrado e integrado no toda essa é a maior magia, por que somos filhas e filhos da Lua e do Sol, seguimos um caminho chamado Arte seguindo em uma direção chamada evolução.

Um escritor muito sábio escreveu “A Bruxa tem de saber onde esteve para saber onde está, e tem de saber onde está para saber como chegar aonde quer.”.

Temos sempre que nos lembrar de que o caminho da Bruxaria é o caminho da busca, da sabedoria, dos mistérios antigos, da natureza e o caminho da Deusa.


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

SABEDORIAS



Você é o que você está procurando.
Você é exatamente o lugar que você sempre buscou (...)
Sua realidade está dentro de você, não em outro lugar. Mas para entender isso, às vezes, leva anos.
Você baterá em muitas portas antes de chegar naquela que busca... e então ficará confuso, porque descobrirá que a casa que havia deixado é a casa que você sempre procurou. E que a casa... é você."

FONTE: O Vale de Morrigan


Nas noites carrego as sombras, mas quando amanhece o dia ilumino-me novamente. 
Sou trevas
Sou luz...
Carrego a magia do sol e da lua.
Em meu ventre gero a vida,
a mesma vida que hoje não acredita tanto mais em mim.
Passam-se dias e noites, e muitos nem sequer veem o tempo passar. Esqueceram-se de me admirar.

Blessed be

FONTE: Deby N. M.



FONTE: GOOGLE+

AS TRÊS IRMÃS

Foto: AS TRÊS IRMÃS
Há aproximadamente a 5.000 anos,o milho, abóboras e feijões são cultivados pelos povos nativos que os semearam. Quando os povos faziam suas colheitas, não deixavam a seus campos; construíam vilas e deixavam de ser nômades.
A abundância milho e feijões e abóbora, livrou povos das caças contínuas, deram o recolhimento e os possibilitou a construírem repousos melhores, fazerem a cerâmica, tecerem o pano, criarem a arte e a desenvolverem cerimônias religiosas. Milho, feijões e abóboras podiam ser secados e armazenados por períodos longos, aliviando o ciclo anual do inverno. Os nascimentos aumentaram e a vida se prolongou.

Os vegetais, entretanto, não se limitavam ao milho, aos feijões e abóboras apenas. Mais de 400 plantas foram identificadas na dieta americana nativa pré-colombiana. E quando o milho era o mais difundido de todos, batatas, arroz selvagem e outros eram também importantes em algumas áreas.

Os americanos nativos das florestas orientais usam o termo "três irmãs" para se referirem ao milho, feijões, e abóbora. Estas três irmãs dão uma lição na cooperação ambiental que os americanos nativos sentem que todos os seres humanos devem praticar hoje.

Plantadas juntas, o milho fornece a haste para os feijões escalarem; os feijões fornecem o nitrogênio ao solo para nutrir o milho; e a abóbora sai da terra para fora, impedindo a competição da vegetação não desejada e protege as raízes rasas do milho.

Esse princípio é praticado e preservado atualmente no mundo através da técnica da "permacultura". Como a parte do círculo da vida, estas colheitas confiam em si para a sobrevivência. São, não somente ricas em simbolismo espiritual, mas na cultura e historia botânica e também na nutrição. O milho, feijões e abóboras, complementam-se: milho para os grãos e o hidrato de carbono, os feijões para a proteína e a abóboras para a vitamina A.

O milho era preparado de muitas maneiras. Cozido, assado, como farinha, a imaginação era o limite. A abóbora podia ser cozida ou podia ser secada e armazenada para o uso durante todo o inverno.Os feijões novos frescos foram incluídos nos cozidos, e os feijões mais maduros eram secados para o inverno . Os feijões forneceram uma fonte de proteína durante o inverno.

Existem muitas tradições, histórias e cerimônias dos nativos americanos ligadas milho, a história das Três Irmãs, é a mais conhecida. Uma delas diz que o milho chegou através de uma entidade associada ao corvo. Na região dos Grandes Lagos eram feitos rituais e cerimônias de agradecimento para plantar e colher. Quase todos os americanos nativos incluem alguma história de sua cultura, referente as "Três Irmãs": Milho, feijão, e abóbora.

Dependendo da área , as colheitas mudam. Às vezes são plantadas cabaças e as vezes são adicionados girassóis. Esta tradição americana nativa é baseada no "círculo da vida," ou da idéia que todas as coisas vivas se interagem para a sobrevivência.

As nações consideram o feijão, o milho e a abóbora como os três presentes sagrados do Criador.

Numa história nativa da criação, estas três plantas foram dadas aos povos quando todos os três vegetais brotaram milagrosamente do corpo da filha da Mulher do Céu, e assim, concederam o presente da agricultura aos povos.

O milho, os feijões e a abóbora são conhecidos por terem espíritos individuais e serem sustentadores da vida. As mulheres eram responsáveis para estas colheitas no campo porque são demasiado generosas e sustentadoras da vida. Participar dessa colheita é um lugar de honra dentro da tribo para as mulheres que levam as Três irmãs para o povo.

Os nativos acreditam que, durante a noite, seus espíritos vagueiam pelos campos para se encontrar com o orvalho, para refrescarem-se com a umidade e para revigorar os campos que ocupam . Crescem abundantes juntas, protegendo-se das doenças e pragas.

Uma noite, quando os espíritos das irmãs estavam vagueando, um espírito maléfico, deteve o espírito do milho e inspirou a inveja na dedicação de um para o outro. Ao fazer assim, convenceu o milho a se mudar. Este mudança provou-se ser fatal, o milho cresceu cansado para sair e procurar o orvalho. Começou a crescer menos e tornou-se difícil de cultivar. Foi forçado a crescer sozinho longe de suas plantas irmãs. Eventualmente o orvalho por piedade ia visita-lo e quando o milho não está com suas irmãs é mais difícil de ser cultivado. As Três Irmãs se dedicam ao crescimento uma das outras.

A técnica nativa consiste em plantar num mesmo monte as três plantas. O simbolismo "das três irmãs" está profundamente enraizado nos corações de muitos americanos nativos, porque eles compreendem que nós não estamos sozinho.

A história de três irmãs ensina-nos o valor de cada pessoa que necessita-se crescer e prosperar. Somente em seguindo na vida comunitária é que podemos ter sucesso em nossas vidas, nossas almas, nossos sonhos.

Por Léo Artese

Há aproximadamente a 5.000 anos,o milho, abóboras e feijões são cultivados pelos povos nativos que os semearam. Quando os povos faziam suas colheitas, não deixavam a seus campos; construíam vilas e deixavam de ser nômades.

A abundância milho e feijões e abóbora, livrou povos das caças contínuas, deram o recolhimento e os possibilitou a construírem repousos melhores, fazerem a cerâmica, tecerem o pano, criarem a arte e a desenvolverem cerimônias religiosas. Milho, feijões e abóboras podiam ser secados e armazenados por períodos longos, aliviando o ciclo anual do inverno. Os nascimentos aumentaram e a vida se prolongou.

Os vegetais, entretanto, não se limitavam ao milho, aos feijões e abóboras apenas. Mais de 400 plantas foram identificadas na dieta americana nativa pré-colombiana. E quando o milho era o mais difundido de todos, batatas, arroz selvagem e outros eram também importantes em algumas áreas.

Os americanos nativos das florestas orientais usam o termo "três irmãs" para se referirem ao milho, feijões, e abóbora. Estas três irmãs dão uma lição na cooperação ambiental que os americanos nativos sentem que todos os seres humanos devem praticar hoje.

Plantadas juntas, o milho fornece a haste para os feijões escalarem; os feijões fornecem o nitrogênio ao solo para nutrir o milho; e a abóbora sai da terra para fora, impedindo a competição da vegetação não desejada e protege as raízes rasas do milho.

Esse princípio é praticado e preservado atualmente no mundo através da técnica da "permacultura". Como a parte do círculo da vida, estas colheitas confiam em si para a sobrevivência. São, não somente ricas em simbolismo espiritual, mas na cultura e historia botânica e também na nutrição. O milho, feijões e abóboras, complementam-se: milho para os grãos e o hidrato de carbono, os feijões para a proteína e a abóboras para a vitamina A.

O milho era preparado de muitas maneiras. Cozido, assado, como farinha, a imaginação era o limite. A abóbora podia ser cozida ou podia ser secada e armazenada para o uso durante todo o inverno.Os feijões novos frescos foram incluídos nos cozidos, e os feijões mais maduros eram secados para o inverno . Os feijões forneceram uma fonte de proteína durante o inverno.

Existem muitas tradições, histórias e cerimônias dos nativos americanos ligadas milho, a história das Três Irmãs, é a mais conhecida. Uma delas diz que o milho chegou através de uma entidade associada ao corvo. Na região dos Grandes Lagos eram feitos rituais e cerimônias de agradecimento para plantar e colher. Quase todos os americanos nativos incluem alguma história de sua cultura, referente as "Três Irmãs": Milho, feijão, e abóbora.

Dependendo da área , as colheitas mudam. Às vezes são plantadas cabaças e as vezes são adicionados girassóis. Esta tradição americana nativa é baseada no "círculo da vida," ou da idéia que todas as coisas vivas se interagem para a sobrevivência.

As nações consideram o feijão, o milho e a abóbora como os três presentes sagrados do Criador.

Numa história nativa da criação, estas três plantas foram dadas aos povos quando todos os três vegetais brotaram milagrosamente do corpo da filha da Mulher do Céu, e assim, concederam o presente da agricultura aos povos.

O milho, os feijões e a abóbora são conhecidos por terem espíritos individuais e serem sustentadores da vida. As mulheres eram responsáveis para estas colheitas no campo porque são demasiado generosas e sustentadoras da vida. Participar dessa colheita é um lugar de honra dentro da tribo para as mulheres que levam as Três irmãs para o povo.

Os nativos acreditam que, durante a noite, seus espíritos vagueiam pelos campos para se encontrar com o orvalho, para refrescarem-se com a umidade e para revigorar os campos que ocupam . Crescem abundantes juntas, protegendo-se das doenças e pragas.

Uma noite, quando os espíritos das irmãs estavam vagueando, um espírito maléfico, deteve o espírito do milho e inspirou a inveja na dedicação de um para o outro. Ao fazer assim, convenceu o milho a se mudar. Este mudança provou-se ser fatal, o milho cresceu cansado para sair e procurar o orvalho. Começou a crescer menos e tornou-se difícil de cultivar. Foi forçado a crescer sozinho longe de suas plantas irmãs. Eventualmente o orvalho por piedade ia visita-lo e quando o milho não está com suas irmãs é mais difícil de ser cultivado. As Três Irmãs se dedicam ao crescimento uma das outras.

A técnica nativa consiste em plantar num mesmo monte as três plantas. O simbolismo "das três irmãs" está profundamente enraizado nos corações de muitos americanos nativos, porque eles compreendem que nós não estamos sozinho.

A história de três irmãs ensina-nos o valor de cada pessoa que necessita-se crescer e prosperar. Somente em seguindo na vida comunitária é que podemos ter sucesso em nossas vidas, nossas almas, nossos sonhos.

FONTE: Léo Artese

Amando o nosso Templo, o nosso Corpo



"Embora sejam verdadeiras e trágicas as perturbações da alimentação compulsiva e destrutiva que deformam as dimensões do corpo, elas não são a norma na maioria das mulheres.

É mais provável que as mulheres que são grandes ou pequenas, largas ou estreitas, altas ou baixas, sejam assim simplesmente por terem herdado a configuração corporal dos seus parentes; se não dos seus parentes imediatos, então dos parentes de uma geração ou duas no passado.

Difamar ou julgar o físico herdado de uma mulher é criar gerações e mais gerações de mulheres ansiosas e neuróticas. As críticas destrutivas e desdenhosas a respeito da forma herdada de uma mulher privam-na de diversos tesouros psicológicos e espirituais
preciosos e de vital importância. Privam-na do orgulho pelo tipo de corpo que lhe foi transmitido por linhagens de antepassados. Se lhe ensinarem a rejeitar essa herança física, ela será imediatamente desvinculada da sua identidade corporal feminina com
o resto da família.

Se lhe ensinarem a detestar o próprio corpo, como poderá ela amar o corpo da mãe, que tem a mesma estrutura que o seu? ou o corpo da avó, ou das suas filhas também? Como poderá ela amar os corpos de outras mulheres (e homens) próximas a ela que tiverem herdado o corpo dos mesmos antepassados?

Semelhante agressão a uma mulher destrói seu legítimo orgulho de parentesco com sua própria gente e lhe rouba a alegria natural que ela sinta por seu corpo, não importa qual seja sua altura, tamanho ou forma. No fundo, a agressão ao corpo da mulher é uma agressão de longo alcance que atinge tanto os que vieram antes dela quanto os que chegarão depois"

-FONTE: Clarissa Pinkola Estes, em As Mulheres que correm com os Lobos

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