domingo, 30 de setembro de 2012

Mabon – Equinócio de Outono


O Equinócio de Outono era largamente celebrado pelos povos antigos (e ainda o é hoje, mas claro, não da mesma forma). Na Anatólia ocorriam festas em honra a Cibele; na Grécia e outras regiões eram realizados os ritos eleusianos ou os mistérios de Elêusis, em honra a Deméter e Perséfone; em Roma era comemorado o festival de Ceres, deusa dos grãos e da agricultura; na Lusitânia céltica (em especial na região da Galícia) realizavam-se ritos para Nábia e também para Aetegina; na Irlanda o Equinócio de Outono era a ampliação e finalização das festas de Lúnasa, dedicados a Lugh e Tailtiu; na Escócia, o último feixe de grãos era ceifado de formas ritualísticas e amarrado em uma figura de palha que seria chamada de “Rainha da Colheita” e estaria repleta de poder fertilizador.

A luz começa a crescer menos, e o Deus começa sua jornada para o outro mundo. Este é o término da colheita, começada no Lughnasadh. Mais uma vez o dia e a noite são iguais, equilibrados assim que o Deus começa sua grande aventura para o desconhecido e começa o renascimento da Deusa. 

A natureza decai, deixando-se pronta ao inverno, e parte para sua hora de descanso.
A Deusa inclina no Sol nascente, quando o fogo queima dentro de seu útero. Ela sente a presença do Deus mesmo que ele esteja diminuindo. É a colheita final. Agora, nós ficamos prontos para o Inverno chegar. É uma hora de equilíbrio. 


Mabon (pronuncia-se Mêibon) é também conhecido como Equinócio de Outono ou Lar da Colheita ou Festival da Segunda Colheita. Dia sagrado no paganismo, em especial na religião Antiga. Celebrado no dia do equinócio de outono. 

Mabon é também o nome do Deus Celta galês da juventude e do amor, filho de Modron, Deusa da Terra e a Mãe Divina dos gauleses. Geralmente são estes os Deuses reverenciados neste festival pelos praticantes do Druidismo.

O Período Negro do ano se aproxima aos poucos. É uma data especial para invocarmos espíritos familiares, guardiões e antepassados, para pedir sua ajuda e aconselhamento no período mais negro da Roda em pouco tempo se fará presente.

Este é o segundo dos feriados da Colheita. A fraqueza do Deus já se faz sentir, e as plantações vão aos poucos desaparecendo, enquanto os estoques se enchem. Derrama-se leite sobre a TERRA para agradecer pela fertilidade e bondade da terra. Agora, nos fechamos, e nossos corações voltam-se para nós mesmos.

Esse sabbat , que ocorre entre o Primeiro festival da colheita (Lughnasadh) e o Ano novo pagão (Samhain), marca o início do outono, dia santo pagão de descanso da colheita e comemoração, uma época de agradecimento aos Deuses por tudo o que foi colhido e caçado.

Este é o dia de ação de graças do paganismo. Data onde os pagãos honram o Deus em seu aspecto de semente e a Grande Mãe em seu aspecto de Provedora.

É tradição reunir os amigos para um jantar, a fim de celebrar a fartura e comemorar as conquistas.



Será bom refletirmos sobre o que podemos fazer para conciliarmos os opostos ou aspectos de nossas vidas que estejam precisando de equilíbrio. É tempo de equilibrar luz e sombra, assim como mente, corpo e alma. 

Dentro da Roda do Ano, este festival marca o último do calendário Celta, quando no próximo festival, em Samhain, iniciamos um novo ano. 

Dentro do mito da Deusa, em Mabon, a Deusa, enquanto nos propicía a colheita, começa a sua descida para o submundo, entrando em seu período não fértil e se tornando A Sábia. O Deus está prestes a penetrar na escuridão, deixando apenas uma presença sutil.. Mesmo que não tenhamos aquele cenário clássico dos filmes e pinturas, das árvores amareladas, as folhas caídas formando um belo tapete no chão e o vento frio anunciando a proximidade do inverno, ainda assim amamos essa época.

Não temos esse cenário, mas temos as chuvas serenas, que pouco a pouco se intensificam, o céu nublado, que ainda assim não impede que a luminosidade e o calor do sol nos aqueçam, e o friozinho gostoso que fica depois de uma madrugada de chuva. Sem muito calor, mas também sem o dia inteiro de chuva, o outono para nós representa o equilíbrio. É como se a natureza mostrasse-nos sua face mais calma, mais serena e madura, e como se esse seu aspecto nos chamasse para fazer um momento de pausa, reflexão e descanso.



São as Sabedorias do povos antigos que estão ressurgindo. Estamos resgatando o que outrora nos foi usurpado, buscando na nossa memória ancestral toda a verdadeira religação, toda a verdadeira religião. Somos livres, Bem-Amados, e assim como o Deus e a Deusa, somos eternos.

Em várias regiões do mundo céltico, como a Escócia, Gales e a Cornualha, o último feixe da colheita que era ceifado reunia em si um grande poder da Deusa Terra. Alex Kondratiev, em "The Apple Branch", descreve alguns costumes tradicionais relacionados ao Outono ou a Última Colheita. Transcrevo aqui alguns trechos que são muito interessantes sobre os ritos e festas outonais: 

“Então, o último feixe era pregado a uma figura, um boneco de milho, representando o espírito que era planejado a morar. Este era, frequentemente, um animal, fortemente associado com a Deusa da Terra – a lebre, que poderia se esconder entre os grãos, era um animal favorito, óbvio. Na Cornualha ocidental o último Feixe ou pescoço era chamado de "penn-yar" (o pescoço da galinha). Mas em Gales a transformação da Deusa em uma égua era um tema tão importante e bem conhecido que a figura feita do último feixe era chamada "caseg fedi" (colheita da égua). Quando a boneca era uma figura humana, ela sempre era a representação da Deusa-Terra, como um agente da fertilidade ou da seca. Em partes da Escócia os dois aspectos eram muito claramente diferenciados: se a colheita era julgada como uma boa colheita, a figura era dita como sendo de uma mulher jovem (a Rainha da Colheita, a Deusa como um ser fértil e amigável), mas se a colheita tinha sido ruim, a boneca era chamada Cailleach (a velha infértil, hostil às necessidades humanas). A maioria das comunidades mantinham a figura por um ano inteiro, queimando-a ritualmente na conclusão da colheita seguinte, tão logo a nova boneca havia sido feita. Nesse meio tempo, ela seria guardada em um espaço significantemente relacionado com a terceira função: numa árvore (retornando parcialmente, para a Terra), em uma cozinha, na igreja (onde os instrumentos de colheita eram abençoados), ou entre o estoque de semente que era mantido para ser semeado na primavera seguinte, onde era esperado que fosse ensinar aos novos grãos o poder do crescimento, passando para alguns deles a sua essência.” 

“A conclusão da colheita do grão era celebrada com uma festa na comunidade, o ancestral das festas da colheita doméstica - que ainda subsiste em áreas rurais, normalmente, como atos de agradecimento sob o auspício da paróquia. Na Cornualha isso era chamado de "Goeldheys" ou Festa das pilhas de palha. A boneca de milho, originalmente, presidia nestas festas como um convidado de honra. Em várias comunidades as cenouras - porque elas eram juntadas neste tempo - caracterizavam proeminentes como um ritual de comida; e na Escócia sua aparência fálica era invocada em magia de fertilidade, conforme as mulheres as desenterravam com espadas (associadas com simbolismo vaginal) enquanto cantavam:

Torcan torrach, torcan torrach
Sonas curran corr orm!
Micheal mil a bhi dha’m chonuil
Bríde gheal dha’m chòmhnadh.
Piseach linn gach piseach,
Piseach dha mo bhroinn;
Piseach linn gach piseach,
Piseach dha mo chloinn!

Fértil fenda, fértil fenda
Que a boa fortuna das cenouras pontudas esteja sobre mim!
Bravo Michael [i.e. Lugh] vai me doar,
Brilhante Brigit irá me ajudar.
O aumento de uma geração seja cada aumento,
Aumento para meu útero,
Aumento de uma geração seja cada aumento,
Aumento para minhas crianças!”

“Depois do recolhimento da colheita o ano pode ser dito como vindo para seu próprio "clabhsúr" (encerramento), tanto em termos da relação da Tribo/Terra no ciclo agrícola quanto em termos do ciclo "samos/giamos" dentro da Terra. Com o equinócio a escuridão, novamente, ganha o controle, a energia "giamos" fica ainda mais proeminente nos ritmos diários do mundo natural e as energias da Tribo humana, devem lutar para se realinharem com a mudança da ordem das coisas. O próprio ato de recolhimento, de se voltar para o interior é a característica principal do "giamos" (como oposto à qualidade expansiva e mudança externa de "samos"), e uma vez as atividades de coleta e armazenamento da colheita tenha sido completada, a estação da escuridão pode se estabelecer completamente, presenteando o mundo com um período necessário de inação, contemplação e descanso.”


sábado, 29 de setembro de 2012

Micael - uma força pagã !


Pode parecer estranho, mas como as religiões mais recentes buscam nas religiões e tradições mais antigas a base para sua fundamentação e ritualização, Micael (o arcanjo) se mescla no movimento filosófico-pedagógico-humanístico às comemorações de Primavera.
Se olharmos às manifestações primaveris muito podemos entender:
A força necessária para fazer florir...a coragem para mostrar suas flores e perfumes, a beleza e o amor que se manifestam nesse abrir-se e oferecer-se para todos, para o mundo, convidando-os à reflexão sobre valores, deveres, posturas...são as mesma mencionadas no comportamento manifestado por Micael ao enfrentar as sombras, os medos, as fraquezas representados pelo temido dragão...

A oração de Micael é algo especial,atual, revelador...
Temos que erradicar da alma todo medo e temor 
do que o futuro possa trazer ao homem.
Temos que adquirir serenidade
em todos os sentimentos e pensamentos a respeito do futuro.
Temos que olhar para a frente
com absoluta equanimidade para com tudo o que possa vir.
Temos que pensar somente que tudo o que vier,
nos será dado por uma direção mundial plena de sabedoria.
Isto é parte do que temos que aprender nesta era:
Viver com pura confiança sem qualquer segurança na existência.
Confiança na ajuda sempre presente do mundo espiritual.
Em verdade, nada terá valor se a coragem nos faltar.
Disciplinemos nossa votade e busquemos o despertar interior,

todas as manhãs e todas as noites.
Rudolf Steiner


Com as Bênçãos dos Antigos !


Importante : Micael é comemorado em 29 de Setembro, aqui no H. Sul juntamente com a Primavera e no H. Norte com o Outono - e aí teremos as características própria da estação :a força dos frutos, que se apresentam e se oferecem como alimento; a luta e superação do " escuro da terra" para surgirem; o preparo o recolhimento para a reflexão, etc...

A lua cheia de hoje certamente enriquecerá as comemorações e iluminará melhor nossos caminhos...


Fonte: Strega Mamma

PSIQUE


O rei, pai de Psiquê, cujo nome é desconhecido, preocupado com o fato de já ter casado duas de suas filhas, que nem de longe eram belas como Psiquê, quis saber a razão pela qual esta não conseguia encontrar um noivo. Consulta então o Oráculo de Apolo, que prevê, induzido por Eros (Cupido), ser o destino de sua filha casar com um ente monstruoso.
Após muito pranto, mas sem ousar contrariar a vontade de Apolo, a jovem Psiquê foi levada ao alto de um rochedo e deixada à própria sorte, até adormecer e ser conduzida pelo vento Zéfiro a um palácio magnifico, que daquele dia em diante seria seu.

Lá chegando a linda princesa não encontrou ninguém, mas tudo era suntuoso e, quando sentiu fome, um lauto banquete estava servido. À noite, uma voz suave a chamava e, levada por ela, conheceu as delícias do Amor, nas mãos do próprio deus do amor...

Os dias se passavam, e ela não se entediava, tantos prazeres tinha: acreditava estar casada com um monstro, pois Eros não lhe aparecia e, quando estavam juntos, ficava invisível. Ele não podia revelar sua identidade pois, assim, sua mãe (Vênus , que é o nome de Afrodite na mitologia romana) descobriria que não cumprira suas ordens - e apesar disto, Psiquê amava o esposo, que a fizera prometer-lhe jamais tentaria descobrir seu rosto.

Passado um tempo, a bela jovem sentiu saudade de suas irmãs e, implorando ao marido que permitisse que elas fossem trazidas a seu encontro. Eros resistiu e, ante sua insistência, advertiu-a para a alma invejosa das mulheres.

As duas irmãs foram, enfim, levadas. A princípio mostraram-se apiedadas do triste destino da sua irmã, mas vendo-a feliz, num palácio muito maior e mais luxuoso que o delas, foram sendo tomadas pela inveja. Constataram, então, que a irmã nunca tinha visto a face do marido. Disseram ter ouvido falar que ela havia se casado com uma monstruosa serpente que a estava alimentando para depois devorá-la, então sugeriram-lhe que, à noite, quando este adormecesse, tomasse de uma lâmpada e uma faca: com uma iluminaria o seu rosto; com a outra, se fosse mesmo um monstro, o mataria.

Psiquê resistiu os conselhos das imãs o quanto pôde, mas o efeito das palavras e a curiosidade da jovem tornaram-se fortes. Pôs em execução o plano que elas haviam lhe dito: Após perceber que seu marido entregara-se ao sono, levantou-se tomando uma lâmpada e uma faca, e dirigiu a luz ao rosto de seu esposo, com intenção de matá-lo.
A jovem, espantada e admirada com a beleza de seu marido, desastradamente deixa pingar uma gota de azeite quente sobre o ombro dele. Eros acorda - o lugar onde caiu o óleo fervente de imediato se transforma numa chaga: o Amor está ferido.

Percebendo que fora traído, Eros enlouquece, e foge, gritando repetidamente: O amor não sobrevive sem confiança!
Psiquê fica sozinha, e desesperada com seu erro, no imenso palácio. Precisa reconquistar o Amor perdido.

Eros voa pela janela e Psiquê tenta segui-lo, cai da janela e fica desmaiada no chão. Então o castelo desaparece. Psiquê volta para a casa dos pais, onde reecontra as irmãs que fingem piedade para com a irmã. Acreditam que o lindo Eros, solteiro, as aceitaria e seguem em direção ao belo palácio. Chamam por Zéfiro e, acreditando estar seguras pelo mordomo invisível, se jogam e caem no precipício.

Psiquê caminha noite e dia, sem repouso nem alimentação. Avista um belo templo no cume de uma montanha e acreditando encontrar seu amor escalou a montanha. Ao chegar no topo depara-se com montões de trigo, espigas de milho, cevada e ferramentas, todas misturadas e ela os separa e organiza. O templo pertencia a santa Ceres (Deméter), grata pelo favor da bela moça lhe diz o que fazer para reconquistar o marido. Primeiro ela precisaria conseguir o perdão da sogra.

Psiquê vaga pelo mundo, desesperada, até que resolve consultar-se num templo de Vênus. A deusa, já cientificada de que fora enganada, e mantendo Eros sob seus cuidados, decide impor à pobre alma uma série de tarefas, esperando que delas nunca se desincumbisse, ou que tanto se desgastasse que perdesse a beleza...
♦ Os Quatro Trabalhos de Psiquê

♥ OS GRÃOS: A princesa foi colocada num quarto onde uma montanha de grãos de diversos tipos tinham sido misturados. Psiquê devia separá-los, conforme cada espécie, no espaço de uma noite. A jovem começou a trabalhar, mas mal fizera alguns montículos, e adormece extenuada. Durante seu sono, surgem milhares de formigas que, grão a grão, os separa do monte e os reúne consoante sua categoria. Ao acordar, Psiquê constata que a tarefa fora cumprida dentro do prazo. Mercúrio carregando Psiquê, com o vaso de Perséfone, para o Olimpo. Bronze de Adriaen de Vries, Louvre

♥ A LÃ DE OURO: Vênus pede, então, que a moça lhe trouxesse a lã de ouro que uns carneiros produziam. Após longa jornada, Psiquê encontra os ferozes animais, que não deixavam que deles se aproximassem. Uma voz surge de juncos num rio, e lhe aconselha: ela deve procurar um espinheiro, junto a onde os carneiros vão beber, e nas pontas dos espículos recolher toda a lã que ficara presa. Cumprindo o ditame, Psiquê realiza a tarefa, enfurecendo a deusa.
♥ ÁGUA DA NASCENTE: Vênus então lhe pede um pouco da pura água da nascente do Rio Estige. Mas a nova tarefa logo revela-se impossível: o Estige nascia duma alta montanha, tão íngreme que era impossível escalar. Levando um frasco numa das mãos, a princesa queda-se ante a escarpa que erguia-se à sua frente quando as águias de Zeus surgem, tomando-lhe o frasco, voam com ela até o alto, enchendo-o. O trabalho, mais uma vez, foi realizado.

♥ BELEZA DE PERSÉFONE: Vênus percebeu que teria de usar de meios mais poderosos. Inventando que tinha perdido um pouco de sua beleza por cuidar do ferimento de Eros, pede a Psiquê que, no Reino dos Mortos (o País de Hades, também chamado de Campos Elísios ou Érebo), pedisse à sua rainha, Perséfone, um pouco de sua beleza. A deusa estava certa de que ela não voltaria viva. Mais uma vez, Vênus se engana. Psiquê convece Perséfone a encher uma caixa com sua beleza para Vênus. Psiquê está indo de volta à Vênus, quando pensa que sua beleza havia se desgastado depois de tantos trabalhos, não resiste e resolve abrir a caixa. Cai em sono profundo, Eros já curado de sua queimadura vai ao socorro de sua amada, põe de volta o conteúdo para a caixa, desperta Psiquê e ordena-lhe que entregue a caixa à mãe dele.
♦ Amor e Mente
Enquanto Psiquê entrega a caixa à Vênus, Eros (Cupido) vai a Zeus (também conhecido como Júpiter) e suplica que advogue em sua causa. Zeus concede esse pedido e posteriormente consegue a concordância de Afrodite (Vênus). Mercúrio leva Psiquê à Assembléia celestial e ela é tornada imortal.
Finalmente Psiquê ficou unida a Eros e mais tarde tiveram uma filha, cujo nome foi Prazer.
Em grego "psiquê" significa tanto "borboleta" como "alma". Uma alegoria a imortalidade da alma, como a borboleta que depois de uma vida rastejante como lagarta, flutua na brisa do dia e torna-se um belo aspecto da primavera.

♥ LENDA DO AMOR PERFEITO ♥


Há muito tempo atrás

existiu um amor perfeito,

sem máculas , sem falhas,

não tinha o menor defeito.

O povo dali torcia o nariz...

- Mas como é que pode ser isso ?

- Ninguém pode ser tão feliz...

- Pra mim isso ai é feitiço !!

Mas o casal apaixonado

dava ombros ao que diziam

não importava o que pensassem

só um para o outro existiam.

Tão lindo era esse amor,que até provocou intriga

-Como podem viver assim ?

-Dizem que nunca tem briga !

Um dia o casal foi chamado

para o palácio real,

teriam que se explicar

sobre esse amor "anormal".

- Vocês estão sendo acusados

de uma estranha relação,

viver um amor tão perfeito

preocupa a população !

Então o homem disse :

- Não sei o que foi que eu fiz.

não entendo tanto alvoroço ,

eu nem sabia que amar

era pecado seu moço ...

-Eu faço tudo o que eu posso

para fazê-la feliz,

temos um mundo só nosso

ela é tudo que eu quis !

-Não sei qual é o meu crime

nem do que sou acusado

se o meu crime for amá-la

eu me declaro culpado !

Os homens da lei se irritaram

com tanto atrevimentoo homem foi condenado

sem sequer um julgamento.

Foi preso e enforcado

pra que servisse de lição

"Amor perfeito é pecado"

gritava o povo excitado

com ar de satisfação !

Dessa história sem moral

fica apenas uma lição...

Amor perfeito incomoda

provoca a raiva e a inveja

nos que não tem coração !

LENDA DA FLOR AMOR PERFEITO


Os três períodos da vida de uma menina chamada Ana, reflectem-se nas três pétalas coloridas do Amor-Perfeito. Era uma vez uma menina gentil, bonita e também uma menina em quem se podia confiar, que se chamava Ana e vivia numa aldeia. Ela acreditava em tudo e encontrava sempre uma justificação para tudo o que as pessoas faziam. Mas, infelizmente, conheceu um rapaz muito sedutor, que fez com que Ana se apaixonasse por ele, através de palavras românticas e promessas. Ana amava-o. Ela vivia única e exclusivamente para o seu amor. Mas o jovem traiu-a e decidiu viajar, prometendo-lhe que iria voltar para ela, o seu amor. Ana esperou por ele toda a sua vida e cada dia que passava sofria de desgosto. Quando Ana morreu, as flores começaram a nascer. Estas flores espelhavam a esperança, a maravilha e também o desgosto de Ana. Esta é a versão russa da lenda desta flor.

Os Gregos relacionam o aparecimento desta flor com a filha do governante Ino. A filha única de Ino amava Zeus, Deus soberano na mitologia Grega. Mas a mulher ciumenta de Zeus, Hera, lançou um feitiço à rapariga transformando-a numa vaca. Zeus cultivava amores-perfeitos para a sua amante se alimentar deles. Nestas flores está implícito o triângulo amoroso. Por um lado, o amor-perfeito é comparado a uma Deusa, por outro dava esperança à rapariga que o feitiço de Hera não seria eterno.

 Os Romanos pensavam que os amores-perfeitos eram pessoas que tinham sido transformadas em flores pelos Deuses, por terem espiado Afrodite enquanto ela tomava banho. Também há lendas que dizem que havia uma menina muito curiosa, de nome Ana, que espiava a vida das pessoas e depois contava ao resto da população a vida das pessoas que havia espiado à maneira dela, fosse verdade ou não.

ORAÇÃO DA ALEGRIA


QUE OS VENTOS NOS SOPRE ALEGRIA

QUE O SOL LANCE SOBRE NÓS O BRILHO DE LAEGRIA.

QUE OS NOSSO DIAS PASSEM ALEGRIA

QUE A NOITE SEJA UMA DÁDIVA DE ALEGRIA E PAZ

QUE O ALVORECER NOS TRAGA ALEGRIA AO CHEGAR

QUE TODOS SUPEREM A DIFICULDADE

QUE TODOS TENHAM SEUS DESEJOS SATISFEITOS

QUE TODOS EM TODA PARTE FIQUEM CONTENTES

QUE A BENÇÃO RECAIAM SOBRE OS CAMPOS CIGANOS

QUE TUDO QUE É NOSSO FLORESÇA E SEJA UMA AJUDA PARA O CONHECIMENTO

E QUE VEJAMOS O SOL POR MUITO TEMPO

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

I Dia do Orgulho Pagão em Pernambuco




O I Dia do Orgulho Pagão em Pernambuco foi uma iniciativa do grupo Dakinis em ideia dos diversos eventos promovidos mundo a fora, que visa a reunião de diversos segmentos do paganismo em um dia de comemoração pela luta do movimento neopagão. O maior evento do tipo no Brasil é o Dia do Orgulho Pagão RS, que se encontra em sua 9ª edição.

O evento teve início às 14hs, contando com a presença de 30 neopagãos e acompanhantes. "O evento iniciou como planejado com cânticos pagãos, ao som de tambor, chocalho e panderola. Teve também uma alegre dança circular que sacudiu todos os presentes.

A programação seguiu com a palestra de Karina Ártemis Afrodite, intitulada “A Wicca no Brasil: adesão e permanência dos adeptos na Região Metropolitana do Recife.” Este foi o título de sua dissertação de mestrado em Ciências da Religião, na Universidade Católica de Pernambuco.


Após o término da palestra seguiu-se as feiras. Houve feira de artesanato e roupas. Além de massagem Shiatsu, com o massoteraupeta Eduardo Barbosa. Em seguida aconteceu a palestra da estudante de biologia, Bryanna: “Plantas medicinais e sua utilização em rituais de magia.”

                                                                                                              

Já anoitecendo deu-se início a celebração do Equinócio de Primavera. Cantou-se, fez-se espiral, meditação de aterramento, e a dinâmica dos ovos. Esta foi super divertida. Dividiu-se os participantes em dois grupos, um grupo para esconder e outro para achar os ovos pintados trazidos por aqueles.

O evento encerrou com um banquete, com bolos, sucos, cup cakes e frutas". O evento obteve um bom retorno dos participantes, fluindo melhor do que o esperado. O evento contou com o apoio do Jornal O Bruxo e do Espaço Neopagão.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Descoberto no México um teatro maia com 1200 anos

Vestígios do teatrp maia com 1200 anos

Um grupo de arqueólogos mexicanos descobriu um teatro maia com cerca de 1200 anos no complexo arqueológico Plan de Ayutla, em Ocosingo, no estado mexicano de Chiapas. A descoberta foi anunciada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Antropología e Historia (INAH).

De acordo com o comunicado do INAH, o teatro, com espaço para cerca de uma centena de pessoas, terá sido usado na altura pela elite da época, que recorria a obras políticas para ganhar poder na cidade. 

“Era um teatro exclusivo, tendo em conta que foi encontrado numa acrópole, a 42 metros de altura em relação às praças do complexo”, disse Luis Alberto Martos López, responsável pela investigação, que foi apresentada no VII Colóquio de Arqueologia, que está a acontecer no Museo del Templo Mayor, subordinada ao tema “Abandono y destrucción. El final de las ciudades mesoamericanas”. Ao contrário do que é habitual, este teatro foi encontrado dentro de um complexo que foi há 1200 anos um palácio, e não nas praças pensadas para receber multidões, explica num comunicado Martos López.
Na apresentação, o investigador acrescentou ainda que existem vários teatros maias a descoberto, em cidades como Tikal, Guatemala e Campeche. Este, no entanto, é mais pequeno, sugerindo que pelo tamanho e pela localização, o acesso ao espaço só poderia ser restrito.

Segundo a investigação, nos anos 800-850 d.C. em Plan de Ayutla, vivia “uma nova dinastia que tratava de se legitimar através do teatro político”, usando esse poder sobre as minorias da região, o que significa que apenas frequentava o teatro quem interessava à elite manipular.
“As sociedades maias ficaram conhecidas por Estados teatrais porque os seus governantes utilizavam os teatros para exercerem publicamente o seu poder de forma teatral”, esclarece Martos López, acrescentando que os mesmos propósitos se aplicavam à religião ou a outras questões simbólicas. 

O grupo de arqueólogos encontrou ainda nas imediações do teatro ocarinas e apitos, assim como esculturas de estuco com representações de um prisioneiro e de alguns deuses.
As ruínas que provam a ocupação maia, civilização que ficou conhecida pelos seus avanços na área da escrita, matemática e também astronomia, estão espalhadas por vários países, como México, Honduras, Guatemala e El Salvador. Mas segundo alguns investigadores, a civilização nunca desapareceu por completo. E alguns dialectos ainda são falados em países da América Latina.

Altar pagão foi descoberto há dois meses pelo Grupo de Amigos da Capela de Santa Ana


É um achado inesperado sobre o nascimento de Outeiro Seco. A Capela de Santa Ana, de origem cristã, foi construída por cima de um altar pagão, que há dois meses foi redescoberto pelo Grupo de Amigos da Capela. “É um altar monumental, único em Trás-os-Montes e provavelmente em Portugal”, classificou o professor e historiador Manuel Carvalho Martins, que verificou a descoberta.

Inesperadamente, ao restaurar o altar cristão “com uma perfeição extraordinária”, o grupo de amigos descobriu há cerca de dois meses “um altar pagão com a tríade das deusas mães celtas e, no exterior, a figuração da deusa mãe chamada Ana”, explicou Manuel Martins à “Voz de Chaves”. Na verdade, “a palavra Outeiro vem do latim clássico ‘altarium’ que quer dizer altar. A palavra ‘Santa Ana’ é um baptismo cristão da deusa celta que uns chamavam Danu e outros Dana. De modo, que é quase perfeita a tradução cristã da deusa pagã”, acrescentou o especialista em história celta. “Esta é a minha leitura, agora os especialistas que se debrucem sobre esta descoberta”, incentivou.

“É um dos achados mais importantes de Portugal que nos orgulha e que queremos divulgar”, confirmou o engenheiro Altino Rio. “Adquiro tudo o que seja relacionado com cultura celta e é lamentável que os historiadores portugueses falem de tudo, mas não proclamam a nossa ascendência celta”, considerou Manuel Martins, que reconhece ser descendente do velho povo celta, que tinha a pele branca, eram altos, fortes e de olhos azuis. “O próprio pintor Nadir Afonso é a reincarnação dos celtas porque a geometria é arte celta, daí nunca fazerem estátuas”, apontou.

Os louros da investigação arqueológica ficam assim para os espanhóis que “sentem orgulho de serem descendentes dos avós celtas”, nota o jubilado. Assim, Manuel Martins espera dar “um contributo para a promoção da cultura de Outeiro Seco e da realidade regional, que é a implementação da cultura celta”.

Fonte: Diário Atual


terça-feira, 25 de setembro de 2012

LILITH – A PRIMEIRA MULHER DE ADÃO QUE A BÍBLIA NÃO QUIS CONTAR


Existe uma polêmica extraída de algumas lendas do folclore assírio, babilônico e hebraico que afirma ter Adão uma ‘outra’ mulher antes de Eva ser criada.

Baseado nos texto bíblicos de Gn 1.27; 2.18,22 Lilith aparece no Antigo Testamento quando Isaías ao descrever a vingança de Deus, durante a qual a Terra foi transformada num deserto, proclamou isso como um sinal de desolação: "Lilith repousará lá e encontrará seu locar de descanso" (Isaías 34:14)

Lilith aparece em relatos da Torah assírio-babilônica e hebraica entre outros textos apócrifos. Na versão jeovística (da tradição religiosa hebraica) para o Gênesis, enriquecida pêlos testemunhos orais dos rabinos consta que Lilith foi criada com pó negro e excrementos, condenada por Jeová-Deus a ser inferior ao homem.

Existem insinuações de que Lilith pode ter sido retirada da Bíblia durante o Concílio de Trento, a interesse da Igreja Católica, para reforçar o papel das mulheres como devendo ser submissas, e não iguais, ao homem. Porém muitas pinturas e esculturas a retratam como a serpente que tentou Eva a comer o fruto do conhecimento.

Uma interpretação possível é de que ela seja a mulher que Caim encontrou depois de ser expulso e, portanto, tendo com ele seu primeiro filho, Enoque e fundando uma cidade de mesmo nome.



Nas bíblias atuais seu nome aparece uma única vez, em Isaías 34:14: "E as feras do deserto se encontrarão com hienas; e o sátiro clamará ao seu companheiro; e Lilith pousará ali, e achará lugar de repouso para si." Nas traduções recentes da Bíblia a palavra Lilite é substituída por demônio ou bruxa do deserto. Fantasma, na Revista e Atualizada.

A Versão da Bíblia do Rei James, traduziu a palavra “Lilith”, por “coruja”. João Ferreira de Almeida, nesta passagem relata que “… os animais noturnos ali pousarão”, não havendo menção da coruja, como é frequentemente, muito embora erroneamente, citado no Brasil (tratando-se de um claro exemplo da forte influência da cultura anglo-saxã no mundo lusófono atual).

No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira mulher criada por Deus junto com Adão (Gn 1.27), que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, passando depois a ser descrita como um demônio.

Na Cabala Lilith aparece como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa, chegando depois a ser descrita como um demônio.

De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusando-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal.

Assim dizia Lilith: ‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’ Quando reclamou de sua condição a Deus, ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma abandonou o Éden.



Três anjos foram enviados em seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith Tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Desde então o homem foi expulso do paraíso e Lilith tentaria destruir a humanidade, filhos do adultério de Adão com Eva, pois mesmo abandonando seu marido ela não aceitava sua segunda mulher. 

Após os hebreus terem deixado a Babilônia Lilith perdeu aos poucos sua representatividade e foi limada do velho testamento. Eva é criada no sexto dia, e depois da solidão de Adão ela é criada novamente, sendo a primeira criação referente na verdade a Lilith no Gênesis.

No período medieval ela era ainda muito citada entre as superstições de camponeses, como deixar um amuleto com o nome dos 3 anjos que a perseguiram para fora do Éden, Sanvi, Sansavi e Samangelaf para que ela não o matasse, assim como acordar o marido que sorrisse durante o sono, pois ele estaria sendo seduzido por Lilith.

A imagem de Lilith, sob o nome Lilitu, apareceu primeiramente representando uma categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas na Suméria por volta de 3000 A.E.C. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilith por volta de 700 A.E.C.

 

A imagem mais conhecida que temos dela é a imagem que nos foi dada pela cultura hebraica, uma vez que esse povo foi aprisionado e reduzido à servidão na Babilônia, onde Lilith era cultuada, é bem provável que vissem Lilith como um símbolo de algo negativo. Vemos assim a transformação de Lilith no modelo hebraico de demônio. Assim surgiu as lendas vampíricas.

Algumas vezes Lilith é associada com a deusa grega Hécate, "A mulher escarlate", um demônio que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cérbero. Hécate, assim como Lilith, representa na cultura grega a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem.

Nos dois últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma notável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais a imagem sensual e sedutora de Lilith, e aos seus atributos considerados impossíveis de serem obtidos.

Cuidadosamente apagada da Bíblia cristã, Lilith permanece como símbolo de rebelião à repressão do feminino na psique e na sociedade. O mito Lilith mostra bem a passagem do matriarcado para o patriarcado.
Tanto na literatura ortodoxa como na apócrifa, a sombra de Lilith seguiu cercando as mulheres até o século XV d.C. Nessa época, e utilizando as mesmas imagens incorporadas em Lilith, milhares delas foram acusadas de copular com o demônio, matar crianças e seduzir homens, ou seja, de serem bruxas.

Textos da literatura judia de fontes apócrifas, não incluídos no canon ortodoxo do Antigo Testamento, contêm passagens como a seguinte:
"As mulheres são o mal, filhos meus: como não têm o poder nem a força para enfrentar o homem, usam truques e intentam enganá-lo com seus encantos; a mulher não pode dominar pela força o homem, porém o domina mediante a astúcia. Pois certamente a anjo de Deus me falou sobre elas e me ensinou que as mulheres se entregam mais ao espírito de fornicação que o homem, e que tramam conspirações em seus corações contra os homens; com sua forma de adornar-se primeiro lhes fazem perder a cabeça, e com uma olhada inoculam o veneno, e logo durante o próprio ato os fazem cativos; pois uma mulher não pode vencer o homem pela força. Assim que evitai a fornicação, filhos meus, e ordenem a vossas esposas e filhas que não adornem suas cabeças e seus rostos, pois a toda mulher que usa truques desse tipo estará reservado o castigo eterno".
Esse exemplo nos mostra como um mito, se for entendido e concebido de forma literal, pode criar um prejuízo e converter-se em uma doutrina que se declara a si mesma uma verdade divinamente revelada. É conveniente lembrar que Jesus não aprovou nem o mito nem suas implicações, nem os costumes patriarcais referentes as mulheres, muito pelo contrário. Foram transmitidas ao Novo Testamento através dos escritos de Pablo, e assim fizeram sua entrada na doutrina formal cristã.


 

Lilith simboliza a sombra citada por Jung, que muitos preferimos evitar, mas que é imprescindível para a integração da nossa personalidade como forma de nos tornarmos adultos e assumirmos as escolhas pela nossa existência. Não podemos esquecer que Lilith desafia a ordem e paga um preço por isso. A segunda mulher de Adão foi Eva, moldada de acordo com o modelo patriarcal, submissa e cordata. Ambas, Lilith e Eva, são aspectos do feminino que todas as mulheres devem aprender a integrar. Não somos exclusivamente Lilith nem somente Eva.

Lilith é a noite, é a rainha da noite, é a lua, representa a lua, a oposição do sol. Lilith foge da luz, como uma vampira, precisa reinar nas trevas como algo desconhecido e que causa medo nas criaturas.

Lilith é a mulher livre, independente, soberba em curvas sensuais e provocantes, é a dançarina do ventre, logo seduz o homem por dominar a fraqueza deste com seu poder maléfico de sedução. Lilith é o vaso, o homem é a semente!

Demônio ou Deusa? Com certeza Lilith é um símbolo de mulheres decididas, que não aceitam serem submissas aos homens.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Brasil cria Comitê de Diversidade Religiosa e Direitos Humanos


A ministra Maria do Rosário, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, lançou em Brasília, o Comitê de Diversidade Religiosa e Direitos Humanos (CDRDH). Durante a solenidade, a ministra afirmou que o objetivo do Comitê é “garantir que todas as atividades religiosas sejam respeitadas no Brasil”.

O comitê deverá, ainda, facilitar o diálogo entre representantes de diferentes religiões e com as pessoas que não têm religião. O processo que resultou na instalação desse Comitê teve início em 2003, envolvendo representantes de diversas religiões, cultos e crenças. As primeiras ações, resultantes da ação entre a secretaria e as instituições religiosas, foram a Cartilha da Diversidade Religiosa e o vídeo Direitos Humanos e Diversidade Religiosa.

Maria do Rosário explicou que a função do CDRDH será receber e encaminhar denúncias de violações ao direito constitucional de liberdade religiosa. “O Brasil se orgulha de ter judeus e palestinos convivendo pacificamente em seu território”, destacou a ministra. Ao reforçar a importância do respeito à diversidade religiosa no país, ela lembrou das religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé que constantemente são atacadas. Na mesma solenidade foi lançada a Campanha de Combate à Intolerância Religiosa, que usará o slogan “Democracia, Paz, Religião – Respeite”.

Para a ministra, é preciso considerar com igualdade e respeito o protagonismo e a importância de todas as religiões. “São essas diversidades que levam o Brasil e a ser este país multirreligioso e multiétnico”, disse. A Coordenadora Geral da Diversidade Religiosa da Secretaria de Direitos Humanos, a pastora luterana Marga Janete Stroher, afirmou que o Comitê será um importante instrumento para que o país assegure a liberdade de credo: “Esse comitê tem a função de pensar como podemos trabalhar juntos, para superar a intolerância religiosa”, explicou. O CDRDH, que funcionará ligado à Secretaria de Direitos Humanos, será composto por representantes do governo e da sociedade civil organizada.

Presente no evento, a monja budista Coen de Souza, acredita que o Brasil, comparado a outros países, é menos intolerante. Mesmo assim, ainda existem muitos problemas com a diversidade religiosa no país. Para ela, o processo de tolerância precisa ser observado de perto. “Não podemos negar: somos diferentes, sim, mas temos que trabalhar juntos para o bem comum.”

Esse tipo de iniciativa “fortalece o respeito e a diversidade no Brasil”, disse Célia Gonçalves de Souza, do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial. “Para nós, o comitê representa um novo olhar para uma velha realidade. Um espaço como esse privilegia o direito e o respeito às diferenças religiosas sem que essas diferenças signifiquem tratamento desigual”, acrescentou.


Fonte: Religião.centralblogs

Cultus Deorum: Viva o mundo Multicultural


O paganismo greco-romano possui um riquíssimo conjunto de elementos históricos e culturais que precisa ser conhecido e resgatado.

Por muito tempo trabalhei para amenizar o desconhecimento dos leigos em relação ao tema, mas é uma pena que pessoas ignorantes ainda tenham preconceito contra uma manifestação cultural tão bela e antiga.

                                                                                                                                  

Uma imagem de santo, por exemplo, antes de ser um símbolo de fé, é uma obra de arte; e o mesmo ocorre com as obras artísticas pagãs. 

Mas na maioria dos casos, quando se apresenta uma obra pagã a leigos, o olhar religioso acaba vindo primeiro que qualquer outro, e vem carregado de preconceitos.

As pessoas precisam se despir de seus preconceitos para enxergar as coisas em sua essência real, sem colocar rótulos na frente. Conhecer uma cultura diferente pode te ajudar a aceitá-la, e não necessariamente fazer com que você se torne adepto dela. O segredo da paz está no respeito mútuo mesmo quando existem diferenças.


O pior tipo de ignorante é aquele que se recusa a adquirir conhecimento, aquele que se recusa a aprender, tentar enxergar as coisas por um ângulo novo.

Para os ignorantes por opção, só demonstro meu desprezo total, e não faço questão nenhuma de manter contato com quem nutre convicções preconceituosas e exclui os outros simplesmente por conta de suas crenças e cultura diferentes.

Vale a pena ter ao meu redor pessoas inteligentes, que busquem somar e crescer ao invés de segregar e se trancar em um mundo sem janelas ou perspectivas.


Quem ama cultura, arte e amizade, independente de religião, cor ou qualquer outro fator, está no caminho certo para absorver conhecimento e se tornar alguém com uma rica bagagem cultural e, principalmente, de amizades.

Essa amplitude de pensamento é uma das belas coisas que aprendi com o paganismo romano, que ao dominar as mais diversas regiões com seus exércitos, adotava para si a cultura e a religião local, juntamente com tudo o que elas podiam oferecer.

A adoção dos cultos e sistemas religiosos estrangeiros ocorria sutilmente na Roma Antiga, através da interpretatio, um termo que hoje podemos identificar como uma espécie de sincretismo, mas que se distinguia pela aproximação de arquétipos, e não pela exclusão de faces divinas, sendo o contrário do que aconteceu quando a igreja católica obrigou os escravos a banirem seus orixás e adotarem os santos.

A lição que pode ser extraida para a vida moderna é: aprender a conviver com as diferenças, extraindo o melhor que cada cultura, pessoa ou tradição diferente tem a nos ensinar.


autor:
Rafael Nolêto -  jornalista e documentarista.

sábado, 22 de setembro de 2012

FELIZ OSTARA E QUE A DEUSA VOS ABENÇOE


Ostará é um noite de equilibrio no gual dia e noite são iguais,com as forças da luz sobre as forças da escuridão. Algumas tradições vêem este sabá como um tempo de união entre o Deus e a Deusa,quando a relação é consumada em beltane. Outras tradições porem,honram o Deus como um guerreiro neste dia. este é o sabá da fertilidade.Podem ser abençoadas sementes para futuro plantio e ovos coloridas devem ser colocadas sobre o altar como talismãs mágicos.

Este sabat marca o período de despertar da Terra, enquanto o Sol aumenta seu calor e poder. É o primeiro dia da primavera, momento em que as trevas e a luz estão em equilíbrio, até que a luz sobrepuja as trevas numa explosão de vida. É um ritual de crescimento, inspiração e o momento certo de colocarmos planos em andamento para tudo o que pode crescer em nossas vidas.

Nesse dia sagrado, os Bruxos acendem fogueiras novas ao nascer do sol, se rejubilam, tocam sinos e decoram ovos cozidos - um antigo costume pagão associado à Deusa da Fertilidade.



Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários símbolos mágicos, eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa. Em certas partes do mundo pintavam-se os ovos do Equinócio da Primavera de amarelo ou dourado (cores solares sagradas), utilizando-os em rituais para honrar o Deus Sol.

Os aspectos da Deusa invocados nesse Sabbat são Eostre (a deusa saxônica da fertilidade) e Ostara (a deusa alemã da fertilidade). Em algumas tradições wiccanas, as deidades da fertilidade adoradas nesse dia são a Deusa das Plantas e o Senhor das Matas.

Como a maioria dos antigos festivais pagãos, o Equinócio da Primavera foi cristianizado pela Igreja na Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa (em inglês "Easter", nome derivado da deidade saxônica da fertilidade, Eostre) só recebeu oficialmente esse nome da Deusa após o fim da Idade Média.



Até hoje, o Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo sistema do calendário lunar, que estabelece o dia santo no primeiro domingo após a primeira lua cheia, no ou após o Equinócio da Primavera. (Formalmente isso marca a fase da "gravidez" da Deusa Tríplice, atravessando a estação fértil.) 

A Páscoa, como quase todas as festividades religiosas cristãs, é enriquecida com inúmeras características, costumes e tradições pagãos, como os ovos de Páscoa e o coelho. Os ovos, como mencionado, eram símbolos antigos de fertilidade oferecidos à deusa dos Pagãos. A lebre era um símbolo de renascimento e ressurreição, sendo animal sagrado para várias deusas lunares, tanto na cultura oriental como na ocidental, incluindo a deusa Ostara, cujo animal era o coelho.

A Lebre da Páscoa (e não o Coelho) era o animal sagrado da deusa teutônica da Primavera, Eostre, a deusa lunar que dava fertilidade à terra e tinha cabeça de Lebre.

A palavra inglesa para Páscoa,* Easter, provém do nome da deusa Eostre, também designada Ostara ou Eostar.

O dia do culto de Eostre, a Páscoa (Easter), que ainda é praticado pelos seguidores da tradição celta, é no primeiro Domingo depois da primeira Lua Cheia, após o equinócio da Primavera ( hemisfério norte), ocorrendo entre os dias 19 e 22 de Março.

A Lebre, sendo o símbolo da Lua, associa-se à Páscoa porque a Lua é utilizada para determinar a data da Páscoa. Os católicos, através do Concílio de Nicéia em 325 fixaram o dia de Páscoa no primeiro Domingo depois da Lua Cheia, a partir de 21 de Março.

Muitos nem sequer percebem que o coelho é um dos maiores símbolos de fertilidade da Deusa, pois eles levam um período de 28 dias para estarem e darem à luz os filhotes, e 28 dias é o ciclo de uma lunação. O Coelho) era o animal sagrado da deusa teutônica da Primavera, Eostre, a deusa lunar que dava fertilidade à terra e tinha cabeça de Lebre.

A palavra inglesa para Páscoa,* Easter, provém do nome da deusa Eostre, também designada Ostara ou Eostar.

O dia do culto de Eostre, a Páscoa (Easter), que ainda é praticado pelos seguidores da tradição celta, é no primeiro Domingo depois da primeira Lua Cheia, após o equinócio da Primavera ( hemisfério norte), ocorrendo entre os dias 19 e 22 de Março.



"No Bosque Sagrado nos reunimos para celebrar o Equinócio da Primavera, o tempo do equilíbrio, momento para respirar profundamente após a longa escuridão... Reunimo-nos para acolher o tempo da luz, do calor e do crescimento. Reunimo-nos para honrar as energias de cura que começam a fluir através do solo, abaixo de nós, nas plantas que nos cercam e nos céus acima de nós. Como os nossos antepassados fizeram antes de nós, assim o fazemos agora. Fàilte!"

...Abençoada seja a Primavera que chegou. Agora as flores mostram toda a sua vida através das cores.
A estação da Esperança e da Alegria chegou. Que a Deusa e o Deus abençoem a Terra com equilíbrio e renovação.

"A Senhora da Primavera anunciou a sua chegada. Que a vida possa nascer das sementes. O Sol e a Lua terão agora a mesma duração. Abençoados sejam a Grande Deusa Mãe e seu Filho o Deus Cornífero, por continuarem a girar a Roda da Vida com perfeição.Que o caminho seja iluminado para a Primavera passar. Oh, Senhora das Flores e Senhor do Sol que os pássaros possam cantar, que as flores possam crescer, que a cada dia tenhamos alegria e prazer de viver.

A Primavera Renasceu, que a vida floresça. Que a dança cósmica da natureza para sempre permaneça!

Bendita seja a tua força, Oh Deusa que dás a vida, pois sagrado é o Teu poder.
Que a Terra seja gratificada através da Tua união com o Deus das florestas.
Abençoada sejas Tu, Criadora Celeste"



A Primavera é o momento de semear, e também de plantar o que deseja que cresça. Esta estação traz esperança e alegria; expectativas de realizar os desejos e inspiração para novas idéias. A vida entra em equilíbrio como os dias e as noites, nós renascemos com a renovação da terra!

Que nossas sementes floresçam belas...

Que a Grande Mãe nos abençõe com muita alegria e amor e preencha nossas vidas com cores brilhantes e aromas suaves e envolventes...



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O Dia do Orgulho Pagão


O Dia do Orgulho Pagão é comemorado no mundo inteiro exatamente no dia 23 de Setembro.

O Orgulho Pagão é um movimento criado por um grupo de neo-pagãos norte-americanos para fornecer uma imagem pública positiva a respeito dos neo-pagãos e do neo-paganismo. Esse movimento que se iniciou nos EUA e espalhou-se pelo mundo, inclusive no Brasil.

A primeira referência ao Orgulho Pagão foi registrada em 1992 quando grupos locais do movimento começaram a patrocinar festivais do Dia do Orgulho Pagão em locais públicos das cidades ou campus universitários.

Os primeiros eventos foram organizados por Cecylyna Dewr e Dagonet Dewr na Liga Pagã de Esclarecimento e desde a iniciativa, o movimento cresce no mundo inteiro, inclusive no Brasil. São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, são algumas das capitais brasileiras que organizam o evento.



Ser pagão é buscar constantemente harmonizar-se com a infinita sabedoria da natureza, onde se aprende diariamente através da linguagem da Terra e da Lua, das folhas das árvores, da beleza do canto dos pássaros, do cheiro das ervas e das flores, a conhecer o valor do respeito, do amor e do equilíbrio.

Pagãos acreditam e prestam culto às divindades pagãs centradas na verdade, no bem e no belo, aos espíritos da natureza e aos seus ancestrais.
Respeitar todas as formas de vida, assim como a própria natureza, que lhes é sagrada, tirando partido dela sem que assim venha destruí-la.

A celebração dos festivais solares automaticamente religa o homem aos ciclos naturais da Terra e às mudanças das estações. Cada ciclo reflete diretamente toda sua influência sobre nós e a partir deste princípio, passamos a vivenciar e a compreender melhor essas mudanças, além de todos os ciclos lunares.
Nossos maiores mestres são a própria natureza e os Deuses.
O "bem" e o "mal" são relativos, pois o verdadeiro pagão busca o equilíbrio entre a luz e a sombra, com responsabilidade e bom senso.


Essa é a real iniciação da alma e do coração.

Muitos equívocos são propagados quanto ao real sentido da palavra "paganismo", por dicionários, enciclopédias e até mesmo por seus seguidores. Em alguns casos, o termo pagão é empregue como sinônimo de não-cristão - o que é um grande erro, pois assim se incluiriam religiões como o Judaísmo, o Islã e outras, as quais não possuem componentes distintamente "pagãos" no sentido real da palavra - ou seja, de respeito à Natureza. Em outros verbetes, um "pagão" é aquele que ainda não foi batizado no cristianismo. Em outros mais, os termos "paganismo" e "ateísmo" são confundidos, pois ateu é aquele que não crê em nada, não possui religião - bem diferente da noção de paganismo enquanto caminho religioso.


Mas quem são os pagãos? Originalmente, esse termo era empregue para diferenciar os seguidores das religiões da Terra, dos muitos deuses e deusas da Natureza. É este o sentido que adotamos quando utilizamos o termo "paganismo". Assim, costumamos nos referir às culturas pré-cristãs da Europa e das Américas (apenas como exemplos clássicos) como "culturas pagãs". Poucas pessoas hoje em dia ainda mantêm um contato direto com as tradições originais do Paganismo, daí a necessidade de se diferenciar o Paganismo original - surgido na Antigüidade - do novo paganismo, representado por diversas correntes recentes. Para que tal diferenciação seja bem clara e cristalina, muitos autores e pesquisadores optam por utilizar o termo neo-pagão, ou seja, os novos pagãos - aqueles que seguem tradições filosófico-espirituais inspiradas nos ensinamentos e valores das Antigas Religiões. Dentre estas correntes neo-pagãs, sem dúvida duas ganham destaque: a wicca e o neo-druidismo.

A cristianização da sociedade romana, fez com que as religiões politeístas ficassem restritas às pequenas aldeias rurais que eram os "Pagus". Desde então os cristãos passaram a chamar de pagãos a todos aqueles que ainda conservavam o politeísmo. Com o tempo, a crença que pagãos eram ateus ou ligados ao diabo cristão, foi aumentando, conforme crescia a fome da igreja pelo poder.

Em termos religiosos, o paganismo é o culto e o respeito à natureza, e já existia bem antes do cristianismo, ou seja, antes do Cristo encarnar na terra, ou nascer, como queira. Naquela época todas as religiões eram pagãs, apesar de possuírem suas diferenças. Para o Pagão, toda a natureza é viva e sagrada. E lá se encontra as forças do Deus e da Deusa. Da Deusa? Sim, da Deusa, é que o pagão não acredita muito em um mundo espiritual tão machista como o mundo terreno.



Com a cristianização, algumas coisas começaram a mudar, como a forma de rezar, por exemplo. O pagão orava na natureza até então, mas o homem trocou este habito pelos lindos e ricos templos que o homem mesmo construiu

O simbolismo do Natal oculta transcendentes mistérios com suas origens fixadas no paganismo. Natal era um dia consagrado à celebração do “Sol Invicto”.

E São João? A data desta festa foi escolhida a dedo pela Igreja da época para sufocar a festa de Mitra (mitologia persa), que celebra o Solstício de Inverno no Hemisfério Sul. As festas de Páscoa, São João, São Mateus e Natal, substituem respectivamente as festas pagãs do Hemisfério Norte, relativas às celebrações do equinócio de primavera, solstício de verão, equinócio de outono e solstício de inverno.

Estas festividades pagãs eram muito arraigadas nos costumes populares desde tempos imemoráveis, mas foram sendo suprimidas com o advento do Cristianismo, incluso como religião oficial pelo Decreto de Constantino (317-337 d.C), então Imperador de Roma. E em 392 D.C aconteceu a definitiva proibição dos cultos pagãos no Império Romano.

Paganismo é, em verdade, um termo referente às diversas formas de religiosidade que têm como lugar comum o encontro com o divino através da Natureza. Se pensarmos no ensinamento que remonta ao Egito Antigo, que diz que "o que está acima é como o que está abaixo e o que está abaixo é como o que está acima", compreendemos que esta asserção busca nos dizer que a natureza dos Criadores é a mesma de suas criaturas. Os pagãos buscam, dessa feita, compreender "o que está acima" - seus deuses - conhecendo "o que está abaixo" - a Natureza e seus semelhantes.

O equilíbrio é algo que se deve buscar tanto no âmbito pessoal quanto através de uma visão universal. O povo pagão busca equilíbrio dentro de seus corações, na natureza e no Universo, porque perder o equilíbrio dentro de seu próprio ser é o mesmo que perder o equilíbrio com a ordem natural e com as Divindades. O equilíbrio é uma compreensão dos mundos da natureza e da humanidade com o Todo.



Conhecer o amor é o mesmo que ser capaz de ver a luz comum que corre por toda a vida, e verdadeiramente tocar as divindades. O amor é o que nos faz reconhecer aquele aspecto dentro de cada espírito humano que pertence ao reino divino e assim, apreciar sua virtude. É a forma que temos de contemplar as qualidades dos Deuses dentro de nós, às vezes como um caminho que nos faz admirar nossos irmãos.

Se você não o encontrar dentro de si, não será capaz de encontrá-lo do lado de fora, porque essa é a natureza de toda a forma de amor. A confiança não é apenas o fundamento do amor, mas é um código de vida. Se não existe confiança, o amor e a verdade serão sempre ilusórios, porque a confiança é a base forte sobre a qual suas casas são erguidas.

As palavras de sabedoria a seguir, que foram herdadas de algumas tradições, poderão servir como uma guia que se refere ao objetivo, benefícios e aos tipos de confiança.

"Escolha com cuidado em quem sua confiança será depositada, mas se ele for digno dela, a dê sem restrições."

"Se você não pode confiar naquele que será seu mestre, não permita que seu aprendizado dependa dele e busque seus conhecimentos em outro lugar."

"Há certas coisas que devem ser aceitas com confiança, até que o tempo seja capaz de clarear o caminho para sua compreensão."

"Não se deixe iludir! Se você não acredita no que vê, descarte a possibilidade."



Podemos encontrar uma grande variedade de tradições dentro do paganismo, mas esta variedade de experiências espirituais são apenas ramos diferentes da mesma árvore e, como tal, devem ser respeitadas como a representação máxima da unidade divina. Nossos maiores mestres são: a natureza e os Deuses.

Enfim, fuja daqueles que possuem caldeirões lotados de ego negativo. Isso não significa que ser pagão é ser "perfeito". A perfeição é um dos objetivos do nosso caminho e, de modo geral, de todas as pessoas. O "bem" e o "mal" são relativos, pois o verdadeiro pagão busca o equilíbrio entre a luz e a sombra, com responsabilidade e bom senso. Essa é a real iniciação da alma e do coração.

Esse tempo é passado e de agora em diante vale ressaltar o princípio da liberdade religiosa, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, Artigo 18, que diz o seguinte:

"Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos."

Garatindo acima de tudo o respeito mútuo e a liberdade de expressão religiosa!

Bom, o fato é que, independente de sua religião, se você admira e respeita a natureza, você tem um pouquinho de paganismo aí. E agora? Agora aproveite bem o dia, porque além do dia 23 de setembro ser o Dia Mundial do Orgulho Pagão, é também o dia em que se comemora o equinócio de primavera. Mas como diria o final de algum filme infantil, “mas isto já é outra história”.


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Grupo Cristão incentiva a troca do Halloween pelo "Jesusween"

 

Celebrado entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e o nascer do dia 1° de novembro, o Halloween tratava-se de uma noite sagrada (hallow evening, em inglês), a tradição diz que o mundo dos vivos e o mundo dos mortos se uniam em uma coisa só. Por isso a imagem mais comum é a de fantasmas, bruxas e monstros indo de casa em casa pedindo comida.

Com o tempo, a comida servida deu lugar aos doces que as crianças vestidas de monstros pedem ao longo da noite. A comemoração do Halloween foi se popularizando e hoje já é lembrada em vários países, inclusive no Brasil.

Agora, um grupo cristão canadense tenta mudar a história, incentivando as pessoas a doarem Bíblias e presentes cristãos como “uma forma amigável de lembrar as crianças” quem Jesus venceu a morte.
Por isso o nome da festa para eles deveria ser Jesus Ween [um trocadilho com win, vencer em inglês]. O projeto Jesus Ween foi criado pelo pastor Paul Ade, que vive em Calgary, Canadá. Ele tem feito seminários em diversas igrejas da América do Norte, tentado mobilizar cristãos de todas as denominações a levarem a sério essa iniciativa.

A grande maioria dos cristãos considera o Halloween apenas uma festa cultural, algo inofensivo e divertido. Porém, uma minoria cristã tem se oposto a ele, classificando-a de “demoníaca” e “espiritualmente perigosa”. Agora o
JesusWeen pretende ser uma “alternativa saudável que pode melhorar a vida de todo mundo”, segundo notícia do seu site.

Muito criticada desde que foi anunciada, a festa do “Jesus vencedor” poderá ser um imenso fracasso ou mudar vidas para sempre. Vai depender da adesão dos cristãos norte-americanos e canadenses. Em seu site, o grupo reconhece que o esforço ainda é tímido e tem pouca adesão, mas pretende crescer e ter um alcance mundial.

Fonte: Notícias Gospel

Conselho Nacional de Educação quer o fim do acordo firmado com o Vaticano


Uma comissão de representantes do Conselho Nacional de Educação (CNE) vai se reunir,  com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Brito para discutir um tema espinhoso e polêmico: o ensino religioso. A oferta de aulas sobre o tema nas escolas públicas do País é obrigatória de acordo com as leis brasileiras. Na teoria, o conteúdo não pode professar dogmas de nenhuma religião e deve ser dado por professores das redes.

Na prática, as escolas não seguem as regras definidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Não há orientações claras sobre como o tema deve ser tratado, tampouco professores preparados para ensiná-lo. Quando a escola oferece ensino religioso, termina por fazer catequese de alguma religião – de modo geral as cristãs. Por conta dessas indefinições, os conselheiros criaram uma comissão que vai elaborar orientações nacionais sobre o assunto.

Depois de algumas reuniões com estudiosos – nenhum representante de religiões foi convidado a participar das discussões para que não ficassem tendenciosas –, os conselheiros decidiram ir além. Vão expor ao ministro Ayres Brito suas preocupações com um acordo estabelecido em 2009 entre o governo brasileiro e o Vaticano, no qual o Brasil concorda que o ensino religioso deve ser dado por representantes da Igreja Católica ou de outras religiões.

O ministro será responsável por analisar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pela Procuradoria Geral da União contra esse acordo no ano passado. A ação defende que o STF suspenda a “eficácia de qualquer interpretação que autorize a prática do ensino religioso das escolas públicas que não se paute pelo modelo não-confessional” e não permita que representantes de qualquer religião sejam responsáveis por esse conteúdo nas escolas.

César Callegari, presidente da comissão que discute o tema no CNE, concorda com a PGR. “Estamos preocupados com os problemas que o acordo pode trazer. Devemos fazer de tudo para que a laicidade do Estado seja protegida”, afirma o conselheiro. Para ele, o acordo deve ser revisto. “Não se pode aceitar proselitismo no ensino religioso e esse conteúdo só pode ser dado por professores capacitados”, defende.

Segundo o conselheiro, o primeiro documento do CNE com orientações gerais sobre o tema está quase pronto. O texto, porém, só deve ser apresentado à sociedade, em audiência pública a ser marcada no início do ano que vem. Ele acredita que a sociedade ainda não resolveu um conflito que deveria ser a preocupação anterior a essa discussão sobre quem deve se responsabilizar pela educação religiosa das crianças: se a Igreja, as famílias ou as escolas.

“Mas não está na ordem do dia a possibilidade de uma revisão do texto da Constituição Federal, que determina a oferta de ensino religioso nas escolas. O que precisamos é garantir o cumprimento do que está na lei de maneira adequada”, analisa Callegari. Para ele, outro aspecto muito importante a ser definido é a garantia de outras atividades aos alunos que não desejarem assistir a essas aulas – eles não são obrigados a frequentar essas aulas. 

Minorias atendidas

No Rio de Janeiro, onde lei municipal aprovada recentemente definiu a oferta de disciplina sobre o tema a partir de 2012, quem não quiser assistir às aulas de ensino religioso – que deverá contemplar as doutrinas católica, evangélica/protestante, afrobrasileiras, espírita, orientais, judaica e islâmica – será matriculado na disciplina Educação para Valores. Inicialmente, a medida valerá apenas para as escolas de turno integral.

Para Antonio Costa Neto, pesquisador do tema na rede pública do Distrito Federal, o mais importante é garantir que as minorias sejam atendidas nessas normas. Antonio diz que a diversidade religiosa afrobrasileira não é contemplada nas aulas, nem na formação dos professores, o que prejudica as ações para combate ao preconceito racial. Durante o mestrado, ele fez um levantamento nas escolas do DF e identificou que, assim como no resto do País, a abordagem do assunto ainda é confessional.

“Atuar com a disciplina ensino religioso no âmbito das relações étnico-raciais para combater o racismo é uma oportunidade muito boa de êxito. No entanto, as religiões afrobrasileiras não têm sido contempladas e os professores não recebem formação adequada”, lamenta. Por conta disso, Antonio abriu uma representação junto à Secretaria de Educação do DF para questionar como o tema está sendo tratado nas escolas da capital federal.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios também manifestou interesse no tema e pediu explicações ao governo local. Nenhum dos dois obteve respostas concretas ainda. O MPDFT pediu explicações à Secretaria de Educação no mês passado e aguarda a manifestação do órgão. Na opinião da promotora de Defesa da Educação do DF, Márcia da Rocha, esse é um tema importante, mas cujo debate ainda não foi amadurecido pela população. Ela acredita que a sociedade ainda não sabe se gostaria e que tipo de educação religiosa deve haver no País.

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