sexta-feira, 31 de maio de 2013

Bruxaria, a arte da Deusa. - COMPARTILHANDO

Goddess Comments & Graphics

Depois de coberta de rótulos, preconceitos e ideias arraigadas na tradição sobre a Velha Arte, me sinto cada vez mais responsável, como sacerdotisa, em desmistificar a religião, trazendo a verdade da Deusa novamente à luz.

Nós não sacrificamos animais, crianças ou qualquer outro tipo de vida. Para nós a Deusa é a própria natureza e todos os ciclos são sagrados, não tememos a morte mas tampouco desrespeitamos os limites da vida, nos alinhamos com a mãe-terra e suas transformações durante a roda do ano. Ainda assim não nos alienamos da vida mundana.

Não acreditamos em um único Deus, com poder coercitivo pelo qual deve-se seguir se não quiser arcar com a consequência de suas punições, somos politeístas reconhecemos a energia divina nas mais diversas facetas que ela se manifesta, na alegria da festa, no recato da casa, na honra do sacrifício e na força da vida. Diferenciamo-nos quando tornamos a face negra de nossos Deuses divina, e tiramos dela o ensinamento para evolução.

Fazemos rituais, pois é através deles que nos tornamos cada vez mais próximos de nossa Deusa ,ou seja, de nós mesmos. Através deste mecanismo racional nos libertamos das amarras terrenas para adentrarmos um plano divino onde a conexão com a sacralidade interna e externa se torna iminente.

Goddess Comments & Graphics

Não julgamos, compreendemos. A bruxaria antes de tudo é a Religião da Deusa, e Ela é aceitação, o amor, a compreensão e ainda que seja também tudo o que putrifica, o negro que consome a vida para transformá-la novamente em plena. Ela acolhe seus filhos mesmo que eles o rejeitem como o ocorrido durante a consolidação do patriarcado.

Não adoramos , reconhecemos . Compartilhamos de fé com a vida e a Terra, não vendemos nossos valores nem nossas crenças, não convertemos, explicamos a doutrina somente aquele que a desejar.

Sequer reconhecemos o inferno cristão, quanto menos suas criaturas.
Portanto , meus caros. Digo e continuarei afirmando: Sim, eu sou uma bruxa!
Sou uma bruxa, quando me entrego aos mistérios da terra e reconheço meus Deuses no meu dia-a-dia , quando não me entrego em conformismo diante dos desafios que minha Senhora desprende em meu caminho.

Sou feiticeira, quando reconheço a veracidade da energia que emana de cada ser e torno dentro do possível a melhor aceitação e controle desta.

Sou filha da Grande mãe, quando me entrego aos mistérios femininos e descubro que verdadeira missão em equilibrar caça e caçador.


FONTE: Kandake

quinta-feira, 30 de maio de 2013

LER SOBRE LILITH - COMPARTILHANDO


O Grande medo da Mulher ...

É preciso ler com cuidado o que se ler sobre Lilith: as mulheres frágeis e ainda influenciadas pelo espírito dos patriarcas, formadas nas suas escolas, entregues aos seu mentores e anuladas na sua essência, ficarão com mais medo de si e do seu fundo que escondem há dezenas de anos... 

É preciso não nos deixarmos enganar nem ficar a pensar como eles...pois é essa a Sombra que a mulher carrega consigo e o peso que a atormenta e castiga de um mal que não cometeu e portanto sem a clarificarmos nunca mais nos libertaremos da canga de nomes com que nos qualificaram, de demónios, bruxas e súcubos, de sujas e imundas conforme o seu vocabulário nos nomeou; a forma como eles ao longo dos séculos degradaram a imagem da mulher e a conspurcaram de todas as aviltações, como se as mulheres fossem as causas de todos os males...

Todas as deusas e a Deusa Mãe foram convertidas em demónios ou santas, nem Hecate escapou...todas as sacerdotisas da deusas foram transformadas em prostitutas..."sagradas"...

É essa a Sombra da mulher que temos de resgatar com Consciência plena, com vontade e determinação. Sem medo do pecado...sem medo do que nos pesa ainda e amarra a todos os mitos e tabus que os homens criaram para destruir a Mulher na sua essência e de quem sempre tiveram medo pelo seu poder interior de Mãe geradora e amante iniciadora...

Assim ao lermos o que se refere a Lilith seja onde for temos de ter discernimento e pois assim podemos ter uma pálida imagem do que os doutos e santos da Igreja propagaram sobre Ela, a Mulher Primordial...nascida antes de Adão...e igual a Deus...pois era Ela a Deusa INICIAL...a Deusa antes de Deus?

Resgatar Lilith nos nossos dias não é tentar corresponder ao que disseram sobre nós esses padres nem o que as religiões pregaram e até mesmo os esotéricos (contemporâneos) que fazem de nós...eternas luxuriosas, demónios, sedutoras e assassinas de crianças (o que fazem os padres pesar às mulheres que abortam?) culpadas da ordem familiar e do fim da paz dos lares, ameaça perigosa e fatal para o homem...

Não, não é pela sexualidade desenfreada e libertina nem pela associação ao vampirismo e grupos góticos que continuam a destorcer a sua imagem e nossa imagem, afinal a dar crédito aos velhos patriarcas que nos difamaram...que resgatamos a Mulher ancestral. É na Consciência da Mulher inteira, da mulher autêntica, aquela que nasce de si mesma e desperta para a deusa dentro de si...e não apenas fora.

FONTE: ROSA  LEONOR

COMPARTILHANDO - CARTA ABERTA A TODAS AS MULHERES QUE ME LÊEM


"A CRUCIFICAÇÃO DA DEUSA - A ANULAÇÃO DAS CONVICÇÕES DOS VALORES FEMININOS - É O MAIOR DOS NOSSOS E MAIS PENOSOS DRAMAS. MAS A CRUCIFICAÇÃO É APENAS UM PRELÚDIO DA RESSURREIÇÃO DA DEUSA."


AQUI E NA MINHA VIDA só posso apontar para uma Causa Comum A TODAS AS MULHERES, que não é subjectiva, nem pessoal, mas O Amor da Deusa-Mãe e da Mulher ancestral...da Mulher inteira e liberta, um SER TOTAL, independentemente de quem ama ou como ama à flor da pele...

A minha causa é a da Deusa-Mãe-Mulher ou da deusa em cada mulher...
Mãe, amante, filha, irmã, velha, nova, criança, negra ou branca...

É ao Feminino por excelência, ao Eterno, que eu apelo, como quem apela à Grande Mãe, a mesma dos cultos pagãos ou a da adoração à Virgem Santa e Rainha Mãe dos católicos...
Com toda a ternura humana, digo-lhe que amo as mulheres do meu pais e do Mundo!
Sem sombra de pecado ou preconceito, sem rivalidade!

Para mim só não existem diferenças de pele como não existem diferenças de sexo...
Para mim, não há pretos nem brancos, ricos ou pobres, nem gays nem lésbicas...

Há só uma raça ao cimo da terra, há só uma sexualidade, como só há um ar que respiramos...e é desse ar, éter ou prana que se trata...da essência. Do Amor sem equívocos, do Amor que nos transcende e às causas ou crenças!

As diferenças humanas são irrelevantes face à Maturidade ou à Consciência. Quando um ser humano for um SER HUMANO, não haverá lugar para lutas de diferenças; a meu ver teriamos de à partida lutar para sermos apenas todos SERES HUMANOS, ainda que primeiro tenhamos de elevar à Mulher à sua condição REAL E de paridade com o homem.

FONTE: ROSA LEONOR

quarta-feira, 22 de maio de 2013

SOU EU... A DEUSA



Eu sou a Grande Mãe, fui a primeira antes de toda a criação, ante de toda a existência

Sou a força primitiva, ilimitada e eterna.

Eu sou a Deusa pura da Lua, a Senhora de toda a magia.

Os ventos e folhas comoventes cantam meu nome.

Repouso sobre a Lua e meus pés descansam sob os céus estrelados.

Eu sou mistérios não solucionado,

O novo caminho.


Eu sou o campo trabalhado pelo arado.

Sou a alegria daqueles queatendem o meu chamado

Sou aquela que traz a abundância das mocidades. 

Eu sou a Mãe santificada

Sou a senhora das colheitas

Sou a senhora vestida da natureza fresca

Sou o perfume da terra fresca

Sou o brilho das sementes douradas dos campos cultivados

Sou aquela que gorverna as marés

Sou o refúgio e a cura

Sou a vida e dou a vida para tudo e todos. 


Sou a velha, o próprio ciclo da morte e do renascimento

Sou a grande roda

Sou a sombra da lua

Sou eu quem rejo as mulheres e homens

Sou eu que dá a libertação e a renovação para as almas cansadas 

Sou a Deusa da Lua, da Terra e dos Mares

Meus nomes são muitos e infinitos

É de minhas mãos que vertem a perspicácia, a paz, a sabedoria e a compreensão. 


Sou a eterna moça

Sou a eterna Mãe

Ainda que me chamem por diversos nomes

Sou eu mesma

que envio minhas bençãos sobre cada coração.


fonte: Autor desconhecido


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Livro investiga mistérios das bruxas na Espanha

Capa do livro sobre bruxaria (Foto Divulgação)

Um novo livro publicado por uma antropóloga na Espanha investiga as práticas e crenças da bruxaria no país nos séculos 16 e 17 e revela mais detalhes sobre os seus segredos e mitos, como o das vassouras voadoras. Brujas, Magos e Incrédulos en la España del Siglo de Oro, de María Lara Martínez, também investiga como os adeptos da bruxaria enfrentaram a Inquisição espanhola. Na Espanha dos séculos 16 e 17, a maioria das pessoas acreditava que bruxas voavam e se reuniam num local chamado Baraona, um campo na província de Soria (centro-norte da Espanha) que ainda tem a reputação de ser um ponto magnético.

Martínez, professora da Universidad a Distancia a Madrid (UDIMA), disse que as distâncias eram imensas na Espanha daquele período e que a comunicação era extremamente difícil. 

Ainda assim, documentos da Inquisição oriundos de pontos diferentes da península ibérica tinham muitos pontos em comum. Por exemplo, um tema recorrente nos textos são relatos de que as bruxas voavam, ela explicou.

Martínez diz ter passado seis anos fazendo pesquisas para seu livro.

"O objetivo era traçar as origens da heterodoxia na Espanha num período em que o país era o defensor do dogma católico. O cristianismo não aceita videntes ou profetas, o ultimo foi São João Batista. Ainda assim, sempre há aqueles que se sentem depositários do oráculo de Deus - as bruxas", disse.

A pesquisa ressalta o gênero feminino porque "a mulher naquele período era relegada, não tinha acesso a universidades e tinha de encontrar formas de se instruir. Elas atuavam como curandeiras". Suas casas eram laboratórios para experimentos com plantas, poções e remédios. Daí, talvez, darem margem a fantasias e histórias misteriosas como a ideia de uma vassoura voadora.

Com suas propriedades narcóticas, as plantas criavam no usuário a impressão de estar levitando.Quem se aproximasse de uma bruxa corria o risco de morrer ou, simplesmente, voar. Algumas cobriam seus corpos com uma mistura de plantas alucinógenas como beladona ou mandrágora. Consigo, carregavam uma vassoura - objeto tradicionalmente associado às mulheres - embebida na mesma poção mágica.

"Elas tinham bom conhecimento das propriedades das plantas. Sabiam a diferença entre uma dose certa e uma dose letal", explicou Martínez.

Bruxas e bruxos faziam profecias sobre o futuro de uma pessoa: vida ou morte, saúde ou doença, penúria ou prosperidade.

"Diferentemente das mulheres, os homens tinham uma formação mais livresca e universitária. Não somente na Espanha, mas em cidades de toda a Europa, governantes e líderes religiosos exigiam a presença de feiticeiros e magos para predizer seu futuro."

Havia bruxas e magos que acreditavam realmente ter poderes. Outros, como o mago Jerome Liébana, fingiam. Tido como conhecedor da fórmula da invisibilidade, Liébana tentou enganar o Duque de Olivares, braço direito do rei Filipe 4º.

"Ele disse que nas praias de Málaga havia um tesouro escondido. Que havia um gênio esperando por ele embaixo da terra. Após dias de escavações, finalmente se deram conta da mentira. Liébana foi julgado e mandado para a cadeia", disse a escritora.

No entanto, o mago conseguiu escapar. "Foi seu último truque. Digamos, assim, que ele conseguiu se safar."

Nem todos tiveram tanta sorte.
O astrólogo Torralba, o cientista Miguel Servet (condenado à fogueira por defender a teoria da circulação pulmonar do sangue) e milhares de bruxas foram julgados e condenados.
"Se não tivesse havido a Inquisição, a Justiça civil as teria perseguido. Não houve perseguições apenas na Espanha, mas também em outros lugares da Europa. Bruxas eram vistas como rebeldes, revolucionários que poderiam transformar as comunidades", explica Martínez.

Um caso anterior, o das bruxas de Zugarramurdi, em Navarra (província no norte da Espanha), chama a atenção pela maneira como as autoridades locais lidaram com a questão. À medida que se aproxima o século 18, o número de casos julgados pela Inquisição diminui. O Iluminismo começa a dissipar as histórias de bruxas.

Naquele período, Navarra era conhecida como o país das bruxas.

"A igreja ameaçou excomungar qualquer pessoa que, tendo um bruxo como vizinho, não o denunciasse. A partir daí, começou uma avalanche de acusações, algumas até por crianças. Qualquer um era acusado por qualquer razão."

"Diante da quantidade de acusados, o inquisidor Alonso de Salazar y Frías decidiu fazer vista grossa. Ele disse que não havia bruxos nem bruxas na área até que se começasse a falar deles".

Depois de seis anos de pesquisas, restam muitos mistérios a desvendar, disse Martínez. E completou: "Que elas (as bruxas) existem, existem. Posso dizer que existiram e que existem".


Fonte: BBC Brasil

Culto à Grande Deusa Senhora de minha vida


Guia-me com sabedoria,

Faça com que eu compreenda o que não tem explicação 

Conforta-me em teus seios quando preciso for 

Daí-me luz para clarear a mente dos que não entendem 

Encha-me de coragem para enfrentar o preconceito de cabeça erguida 

Purifique-me para que eu possa louvar-te como mereces 

Ajuda-me a ver com teus olhos de justiça para que eu nunca acuse em vão 

E peço-te que me mostre o caminho da tua verdade para que eu não me perca nunca de ti!



ORAÇÃO À MÃE TERRA

Uma oração essênia

“Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra
Pois é ela a doadora da vida.
Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela.
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolvas.

Saibas que o sangue que corre nas tuas veias
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra,
O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela
Borbulha nos riachos das montanhas
Flui abundantemente nos rios das planícies.

Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra,
O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu
E os sussurros das folhas da floresta.

Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra.
Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra.
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos
Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra
Que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho.
Como o ar tremelicante sustenta o pássaro
Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra
Ela está em ti e tu estás Nela.
Dela tu nasceste, nela tu vives e para Ela voltará novamente.

Segue, portanto, as Suas leis
Pois teu alento é o alento Dela.
Teu sangue o sangue Dela.
Teus ossos os ossos Dela.
Tua carne a carne Dela.
Teus olhos e teus ouvidos são dela também.

Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra
Não morrerá jamais,
Conhece esta paz na tua mente
Deseja esta paz ao teu coração
Realiza esta paz com o teu corpo.”

FONTE: Evangelho dos Essênios


CHAMA ETERNA

"Abençoada seja a minha mente, para que eu possa sonhar novamente,
Abençoado seja meu coração para que eu possa me curar, harmoniosamente,
Abençoado seja o meu ventre, para que eu gere e dê a luz seguramente,
Abençoado seja o meu estado de espírito, para que mantenha acessa a minha chama eternamente."

(FONTE: Mirella Faur)


LILITH


"Não sou feita de um pedaço teu.

Sou criação independente feita do mesmo pó
e de saliva e sangue
Desejo e vida
Prefiro o exílio à submissão
Sou teu maior temor
E também teu maior desejo,
mas não podes possuir-me
Pois sou livre
Não sou tua
Sou minha
Eu sou a paixão da noite
Sorrateiramente apareço
em teus sonhos ardentes,
nas noites de Lua Nova
Se permaneço ou sigo adiante
não terás certeza
Pois não sou caminho
Sou abismo
Sou mulher com asas
Meu desejo é a igualdade
De direitos
De prazeres
de ficar por cima 
Sou mulher indomada,
Assumo o meu poder
com destemor e força,
entusiasmo e prazer".

(fonte: Fabiane Ponte)



Coração de Lilith 

Ela veio das sombras do mundo dos sonhos 
Um anjo negro do lado negro do amor 
através de um mar de lágrimas 
de cem mil anos 
Venha com ela e dança à luz da lua 
E você está perdido neste mundo cada vez mais 
colocar a mão na sua mão Venha voar agora com os anjos Levanta novamente agora como a Phoenix Seu o amor que vive para sempre No coração que nunca morre, nunca morre Coração da Lilith! Venha e se afogar no lago de sua paixão vir e morrer para que você possa renascer ouvir a sirene cantar Ouvi a sentença de morte do anel Ela é uma bruxa uma sirene e um vampiro Ela veio das estrelas distância Para ter o seu coração Para quebrar seu coração Venha voar agora com os anjos Levanta novamente agora como a Phoenix Seu o amor que vive para sempre No coração que nunca morre, nunca morre Coração da Lilith! Venha beijar, beijar os lábios de Lilith Venha beijar e você não será mais Sinta o fogo do desejo Venha agora e voe com os anjos Levanta novamente agora como a Phoenix Seu o amor que vive para sempre No coração que nunca morre, nunca morre Coração da Lilith! Venha agora e voe com os anjos Levanta novamente agora como a Phoenix Seu o amor que vive para sempre No coração que nunca morre, nunca morre Coração da Lilith !

domingo, 19 de maio de 2013

"Senhora dos Quatro Elementos"


A Sua Arte, Senhora, veio à luz.
Quem poderá escapar de seu poder?
Sua forma é um eterno mistério;
Sua presença paira sobre as terras quentes.
Os mares te obedecem,
As tempestades se acalmam.
A sua vontade detém o dilúvio.
E eu, tua pequena criatura,
Faço a saudação:
Minha Grande Rainha,
Minha Grande Mãe!


Amor de sacerdotisa (Bela Síol)

Pudera um dia,
Conhecer os mistérios dos deuses,
Desses que se escondem em cada alma humana,
Sentir o calor da centelha divina,
Assoprar a brasa pra reavivar o fogo da vida.
Quisera ser a donzela,
E despertar nos que amo,
A natureza selvagem dos lobos,
Que caçam em matilha.
E acolher nos seios os filhos a mim confiados,
E resguardá-los das dores do mundo,
Tal qual a mãe protege o filho,
Quando ainda indefeso.
Mas hoje, tomada pela anciã,
Ofereço a sabedoria ainda pequena,
Para que meus guerreiros enfrentem a vida,
Confiantes na roda que gira,
Trazendo bênçãos de cura pra alma,
E a confiança plena na deusa,
Que em mim habita,
Saudando os deuses que trazem consigo.


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Fala Morgana...


O povo de Avalon traz ao conhecimento de sua Senhora todos os problemas, tanto

os grandes quanto os pequenos. Hoje de manhã os druidas vieram me procurar para

dizer que houve um deslizamento de rochas na galeria que vai do Templo deles à

câmara onde fica a Pedra Omphalos, e eles não sabiam como poderá ser reparado.

Eles agora são poucos aqui, e a maioria dos que restam está idosa. Muitos dos que

poderiam ter renovado a Ordem dos Druidas morreram nas guerras contra os

saxões ou foram se juntar aos monges que cuidam da capela cristã que fica naquela

outra Avalon.



E assim eles vêm me procurar, como todos vêm me procurar, os que ainda restam,

para que eu lhes diga o que devem fazer. Sempre me pareceu estranho que o

caminho para um mistério que está enterrado tão profundamente na terra comece no

Templo do Sol, mas eles dizem que aqueles que foram os primeiros a trazer a

antiqüíssima sabedoria para estas ilhas, muito antes dos druidas, reverenciavam e

glorificavam a Luz acima de todas as coisas.

O dom da Vidência não me visita mais como fazia quando eu era jovem e lutamos

para trazer a Deusa de volta ao mundo. Agora sei que Ela já estava aqui, e sempre

estará, mas a Omphalos é a pedra ovo, o umbigo e o centro do mundo, a derradeira

magia de uma terra afundada sob as águas do mar há tanto tempo, que mesmo para

nós é uma lenda.


Quando eu era menina, havia tapeçarias no Templo dos Druidas que contavam a

história de como a pedra veio para cá. Elas se desfizeram em fiapos e pó, mas eu

pessoalmente certa ocasião segui por aquela galeria até o coração da colina e

toquei na pedra sagrada. As visões que tive na época estão mais vividas agora do
que muitas de minhas próprias recordações. Mais uma vez posso ver a Montanha
Estrela coroada de fogo e o navio de Tiriki suspenso, a tremer na onda, enquanto a
Terra Condenada é engolfada pelo mar.


Mas não acredito que eu estivesse naquele navio. Tenho tido sonhos em que fiquei
parada de mãos dadas com um homem a quem eu amava e assisti enquanto meu
mundo se desfazia em pedaços, exatamente como a Bretanha se desfez quando
Artur morreu. Talvez por isso eu tenha sido mandada de volta para esta época, pois
Avalon certamente está tão perdida quanto estava Atlântida, embora sejam brumas
e não fumaça o que a esconde do mundo dos mortais.

Houve um tempo em que havia uma galeria que conduzia até a Pedra Omphalos
partindo da gruta onde a Nascente Branca brota do Tor, mas tremores na terra
bloquearam esse caminho já faz muito tempo. Talvez não seja nosso destino que
caminhemos mais por ali. A Pedra nos está sendo tomada, como tantos outros
Mistérios.

Eu conheço tudo sobre como as coisas chegam ao fim. São os princípios que me
escapam.




Como eles vieram para cá, aquelas bravas sacerdotisas e sacerdotes que
sobreviveram ao Afundamento? Dois milênios se passaram desde que a Pedra foi
trazida para esta costa, e mais quinhentos, e embora saibamos pouco mais do que
seus nomes, preservamos seu legado. Quem eram esses ancestrais que pela
primeira vez trouxeram a sabedoria antiqüíssima e enterraram-na como uma
semente no coração desta colina sagrada?

Se eu puder compreender como eles sobreviveram à sua provação, talvez encontre
esperança de que a antiqüíssima sabedoria que preservamos será levada até o
futuro e que alguma coisa da magia de Avalon perdurará...

FONTE: BRUMAS DE AVALON


segunda-feira, 13 de maio de 2013

DEUSA DA CRIAÇÃO



Minha voz é ouvida por toda Terra e ouvinda além dela 

Pois eu sou a Divina e Ancestral Deusa 

Senhora de toda amaor que criou o mundo sob a harminia e a pefeiçãos dos ciclos 

Que se repetem tanto na Terra quanto no Céu 

Sob minha fronte trago o sol 

Abaixo de meus pés minha, morada e carruagem, a Lua 

Diante de mim Meu espelho que é o Universo 

Atrás de mim Todo que não foi dito ou criado 

Minhas mãos são negras pois ceifo tudo o que a minha frente 

No todo, no universo 

Pois está é a minha maneira de amar, para dar uma nova vida 

O meu coração, são todas as mais puras emoções que animam a alma dos seres humanos 

Tenho em mim a humildade pois criei meu contra parte para celebrar a alegria do universo 

Tenho soberania pois meus ciclos mágicos controlam toda a sorte de poderes menores no Universo 

Tenho dignidade pois dou independencia e direito de escolha a todos os meus filhos na Terra 

E idependente da forma como meditem sobre a força da criação 

Animo e dou amor a todos os seres 

Por isso sou a Grande Deusa, Mãe da Lua, Senhora do Sol, Rainha da Terra, e Soberania do Universo.


FONTE: Gaia Lil

Carta do Cacique Mutua a todos os povos da Terra



“A sabedoria tende a provocar discórdia, já a ignorância é quase sempre unânime..."
(Max Gehringer)



O Sol me acordou dançando no meu rosto. Pela manhã, atravessou a palha da oca e brincou com meus olhos sonolentos.

O irmão Vento, mensageiro do Grande Espírito, soprou meu nome, fazendo tremer as folhas das plantas lá fora.

Eu sou Mutua, cacique da aldeia dos Xavantes. Na nossa língua, Xingu quer dizer água boa, água limpa. É o nome do nosso rio sagrado.
Como guiso da serpente, o Vento anunciou perigo. Meu coração pesou como jaca madura, a garganta pediu saliva.

Eu ouvi. O Grande Espírito da floresta estava bravo.
Xingu banha toda a floresta com a água da vida. Ele traz alegria e sorriso no rosto dos curumins da aldeia. Xingu traz alimento para nossa tribo.
Mas hoje nosso povo está triste. Xingu recebeu sentença de morte. Os caciques dos homens brancos vão matar nosso rio.

O lamento do Vento diz que logo vem uma tal de usina para nossa terra. O nome dela é Belo Monte. No vilarejo de Altamira, vão construir a barragem. Vão tirar um monte de terra, mais do que fizeram lá longe, no canal do Panamá.

Enquanto inundam a floresta de um lado, prendem a água de outro. Xingu vai correr mais devagar. A floresta vai secar em volta. Os animais vão morrer. Vai diminuir a desova dos peixes. E se sobrar vida, ficará triste como o índio.

Como uma grande serpente prateada, Xingu desliza pelo Pará e Mato Grosso, refrescando toda a floresta. Xingu vai longe desembocar no Rio Amazonas e alimentar outros povos distantes.
Se o rio morre, a gente também morre, os animais, a floresta, a roça, o peixe tudo morre. Aprendi isso com meu pai, o grande cacique Aritana, que me ensinou como fincar o peixe na água, usando a flecha, para servir nosso alimento. 



Se Xingu morre, o curumim do futuro dormirá para sempre no passado, levando o canto da sabedoria do nosso povo para o fundo das águas de sangue.
Hoje pela manhã, o Vento me levou para a floresta. O Espírito do Vento é apressado, tem de correr mundo, soprar o saber da alma da Natureza nos ouvidos dos outros pajés. Mas o homem branco está surdo e há muito tempo não ouve mais o Vento.

Eu falei com a Floresta, com o Vento, com o Céu e com o Xingu. Entendo a língua da arara, da onça, do macaco, do tamanduá, da anta e do tatu. O Sol, a Lua e a Terra são sagrados para nós.
Quando um índio nasce, ele se torna parte da Mãe Natureza. Nossos antepassados, muitos que partiram pela mão do homem branco, são sagrados para o meu povo.
É verdade que, depois que homem branco chegou, o homem vermelho nunca mais foi o mesmo. Ele trouxe o espírito da doença, a gripe que matou nosso povo. E o espírito da ganância que roubou nossas árvores e matou nossos bichos. No passado, já fomos milhões. Hoje, somos somente cinco mil índios à beira do Xingu, não sei por quanto tempo.

Na roça, ainda conseguimos plantar a mandioca, que é nosso principal alimento, junto com o peixe. Com ela, a gente faz o beiju. Conta a história que Mandioca nasceu do corpo branco de uma linda indiazinha, enterrada numa oca, por causa das lágrimas de saudades dos seus pais caídas na terra que a guardava.

O Sol me acordou dançando no meu rosto. E o Vento trouxe o clamor do rio que está bravo. Sou corajoso guerreiro, não temo nada.

Caminharei sobre jacarés, enfrentarei o abraço de morte da jiboia e as garras terríveis da suçuarana. Por cima de todas as coisas pularei, se quiserem me segurar. Os espíritos têm sentimentos e não gostam de muito esperar.

Eu aprendi desde pequeno a falar com o Grande Espírito da floresta. Foi num dia de chuva, quando corria sozinho dentro da mata, e senti cócegas nos pés quando pisei as sementes de castanha do chão. O meu arco e flecha seguiam a caça, enquanto eu mesmo era caçado pelas sombras dos seres mágicos da floresta. 



O espírito do Gavião Real agora aparece rodopiando com suas grandes asas no céu.
Com um grito agudo perguntou:
Quem foi o primeiro a ferir o corpo de Xingu?

Meu coração apertado como a polpa do pequi não tem coragem de dizer que foi o representante do reino dos homens.

O espírito do Gavião Real diz que se a artéria do Xingu for rompida por causa da barragem, a ira do rio se espalhará por toda a terra como sangue e seu cheiro será o da morte.

O Sol me acordou brincando no meu rosto. O dia se abriu e me perguntou da vida do rio. Se matarem o Xingu, todos veremos o alimento virar areia.

A ave de cabeça majestosa me atraiu para a reunião dos espíritos sagrados na floresta. Pisando as folhas velhas do chão com cuidado, pois a terra está grávida, segui a trilha do rio Xingu. Lembrei que, antes, a gente ia para a cidade e no caminho eu só via árvores.

Agora, o madeireiro e o fazendeiro espremeram o índio perto do rio com o cultivo de pastos para boi e plantações mergulhadas no veneno. A terra está estragada. Depois de matar a nossa floresta, nossos animais, sujar nossos rios e derrubar nossas árvores, querem matar Xingu.

O Sol me acordou brincando no meu rosto. E no caminho do rio passei pela Grande Árvore e uma seiva vermelha deslizava pelo seu nódulo.

Quem arrancou a pele da nossa mãe? gemeu a velha senhora num sentimento profundo de dor.
As palavras faltaram na minha boca. Não tinha como explicar o mal que trarão à terra.

Leve a nossa voz para os quatro cantos do mundo clamou O Vento ligeiro soprará até as conchas dos ouvidos amigos ventilou por último, usando a língua antiga, enquanto as folhas no alto se debatiam.

Nosso povo tentou gritar contra os negócios dos homens. Levamos nossa gente para falar com cacique dos brancos. Nossos caciques do Xingu viajaram preocupados e revoltados para Brasília. Eu estava lá, e vi tudo acontecer.

Os caciques caraíbas se escondem. Não querem olhar direto nos nossos olhos. Eles dizem que nos consultaram, mas ninguém foi ouvido.

O homem branco devia saber que nada cresce se não prestar reverência à vida e à natureza. Tudo que acontecer aqui vai voar com o Vento que não tem fronteiras. Recairá um dia em calor e sofrimento para outros povos distantes do mundo.

O tempo da verdade chegou e existe missão em cada estrela que brilha nas ondas do Rio Xingu. Pronta para desvendar seus mistérios, tanto no mundo dos homens como na natureza.

Eu sou o cacique Mutua e esta é minha palavra! Esta é minha dança! E este é o meu canto!

Porta-voz da nossa tradição, vamos nos fortalecer. Casa de Rezas, vamos nos fortalecer. Bicho-Espírito, vamos nos fortalecer. Maracá, vamos nos fortalecer. Vento, vamos nos fortalecer. Terra, vamos nos fortalecer.

Rio Xingu! Vamos nos fortalecer!
Leve minha mensagem nas suas ondas para todo o mundo: a terra é fonte de toda vida, mas precisa de todos nós para dar vida e fazer tudo crescer.
Quando você avistar um reflexo mais brilhante nas águas de um rio, lago ou mar, é a mensagem de lamento do Xingu clamando por viver."

Cacique Mutua

fonte: Monica martins


domingo, 12 de maio de 2013

MAMÃE.COM



NÃO É DE MINHA AUTORIA, e infelizmente não sei quem escreveu, recebi como "autor desconhecido". Como produz esse tal de Autor Desconhecido! Please, não passe adiante com o meu nome, ok? Eu apenas estou compartilhando porque acho que as mães, realmente, merecem uma folga. Viva nós!”


1a. Convenção Familiar

Queridos Filhos,
Em primeiro lugar, Mamãe gostaria de agradecer a presença de todos nesta Primeira Convenção Familiar. Mamãe sabe como foi difícil abrir um espaço nas agendas de cada um de vocês: Papai tinha uma lavagem de carro praticamente inadiável, Júnior já tinha marcado de se trancar no quarto, Carol estava para receber pelo menos três telefonemas importantíssimos de uma hora e meia cada um. Mamãe está comovida. Muito obrigada.
Bem, conforme Mamãe já tinha mais ou menos antecipado, esta convenção é para comunicar ao público interno - Papai, Júnior e Carol - todas as modificações nos produtos e serviços da linha Mamãe. Como vocês sabem, a última vez que Mamãe passou por reformulações foi há 14 anos, com o nascimento do Júnior. De lá para cá, os hábitos e costumes, o panorama cultural, a economia e o mercado passaram por transformações radicais. Mamãe precisa acompanhar a evolução dos tempos, sob pena de ver sua marca desvalorizada. Para começar, Mamãe vai mudar a embalagem. Mamãe sabe que esta é uma decisão polêmica, mas, acreditem, é o que deve ser feito. Mamãe sai desta convenção direto para um spa, e de lá para uma clínica de cirurgia plástica. Nada assim tão radical. Haverá pouquíssimas alterações de rótulo, vocês vão ver. Mamãe vai continuar com praticamente o mesmo formato, só que com linhas mais retas em alguns lugares e linhas mais curvas em outros. Calma, Papai! Mamãe já captou recursos no mercado. Mamãe vai ser patrocinada por uma nova marca de comida congelada. Lei Rouanet, porque Mamãe também é cultura.


Junto com o lançamento da nova embalagem de Mamãe, no entanto, acontecerá o movimento mais arriscado deste plano de reposicionamento. Sinto informar, mas Mamãe vai tirar do mercado o produto Supermãe. Não, não, não adianta reclamar. Supermãe já deu o que tinha de dar. Trata-se de um produto anacrônico e superado, antieconômico e difícil de fabricar. Mamãe sabe que o fim da Supermãe vai aumentar a demanda pela linha Vovó, que disputa o mesmo segmento. Paciência. Você não pode atender todos os públicos o tempo todo. No lugar da Supermãe, Mamãe vai lançar (queriam que eu dissesse 'vai estar lançando', mas eu me recuso) novas linhas de produtos mais adequados à realidade de mercado. Vocês vão poder consumir Mamãe nas versões Active (executiva e profissional), Light (com baixos teores de pegação de pé), Classic (rígida e orientadora), Italian (superprotetora) e Do-It-Yourself (virem-se, fui passear no shopping). Mas uma de cada vez, sem misturar. Ah, sim, Mamãe detesta esses nomes em inglês, mas me disseram que, se não for assim, não vende.
Mamãe gostaria de aproveitar a oportunidade para lançar seus novos canais de comunicação. De hoje em diante, em vez de sair gritando pela casa, vocês vão poder ligar para o SAC-Mamãe, um 0300 que dá direto no meu celular (apenas 27 centavos por minuto, mais impostos). Mamãe também aceita sugestões e críticas no endereço mamae@mamae.net
Mais uma vez, Mamãe agradece a presença e a atenção de todos.


FONTE: AUTOR DESCONHECIDO

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Um Compromisso Pagão



Eu sou um pagão e me dedico a canalizar a energia espiritual do meu eu interior para ajudar e curar-me e aos outros.
Eu sei que eu sou parte do todo da natureza.
Posso crescer na compreensão da unidade de toda a Natureza.
Que eu sempre ande em equilíbrio.
Que eu possa sempre estar atento à diversidade da natureza, bem como a sua unidade e possa sempre ser tolerante
com aqueles cuja raça, aparência, sexo, orientação sexual, cultura e outras formas são diferentes das minhas.
Que eu possa usar a Força com sabedoria e nunca usá-la para a agressão nem para fins malévolos.
Que eu nunca á use para restringir o livre-arbítrio do outro.
Que eu possa estar sempre conscientes de que eu crio minha própria realidade e que eu tenho o poder dentro de mim para criar positivamente na minha vida.
Que eu sempre possa agir de maneira honrosa:
Ser honesto comigo mesmo e com os outros, mantendo a minha palavra, sempre que tenho dado, cumprindo todas as responsabilidades
e os compromissos que assumi com o melhor da minha capacidade.
Permitam-me sempre lembrar que tudo o que é enviado sempre retorna ampliada para o remetente.
Que eu possa ser sempre forte e comprometido com meus ideais espirituais em face da adversidade e negatividade.
Que a Força da Terra retire toda maldade em meu caminho e transforme-a positivamente.
Que a minha Luz Interior brilhe tão fortemente que forças malignas não poderão sequer abordar minha esfera de existência.
Que eu sempre cresça no interior da Sabedoria e Entendimento.
Que eu possa ver cada problema e encará-lo como uma oportunidade de desenvolver-me espiritualmente em resolvê-lo.
Que eu possa agir sempre por amor a todos os outros seres neste planeta - a outros seres humanos, às plantas, aos animais, aos minerais,
aos elementais, aos espíritos, e para outras entidades.
Que eu possa estar sempre consciente de que a Deusa e o Deus estão em todas as suas formas habitando em mim e que esta divindade é
refletida através do meu próprio interior, meu espírito pagão.
Que eu sempre canalize o Amor e a Luz no meu ser.



Assim seja!

fonte: O Amanhecer Pagão

terça-feira, 7 de maio de 2013

A Carga da Deusa das Trevas


Eu sou a escuridão por trás e por baixo das sombras.Eu sou a ausência de ar que espera no fundo de cada respiração.Eu sou o final antes de vida começa outra vez,a deterioração que fertiliza o Living.Eu sou o abismo,a luta sem fim para reivindicar o que é negado.Eu sou a chave que abre todas as portas.

Eu sou a Glória do Discovery,porque eu sou aquilo que está escondido, isolado e proibido.Vinde a mim na Lua Negra e veja o que não pode ser visto,face do terror que é só sua.Nade até mim através do mais negro dos oceanospara o centro de seus maiores medos -o Deus das Trevas e vou mantê-lo seguro.

Gritar para nós em terror e seu será o direito de deixar.Pense em mim quando você sente prazer, e eu vou intensificá-lo,até o momento em que eu possa ter o maior prazerde conhecê-lo na encruzilhada entre os mundos. 


Fonte:mysticmooncoven

segunda-feira, 6 de maio de 2013

A VERDADEIRA REALIDADE E PUREZA DA BRUXARIA !‏

GAIA

”Quem ousa questionar a fé da Religião Antiga um "Deus Único e Verdadeiro"?
Como ficou o mundo depois dessa fé? Vamos meditar com algumas imagens onde povos e culturas maravilhosas foram destruídas em nome dessa "Nova Fé".E milhares foram e estão sendo mortos em nome de "DEUS"?





Qualquer tentativa de traduzir em palavras qual é o ofício de uma bruxa ou bruxo tende, naturalmente, ao fracasso. Desde cedo aprendemos pelos Mistérios que existem coisas que não podem ser reduzidas em palavras, e como já disse Madame Bovary pelas palavras de Flaubert, a palavra é sempre um “laminador dos sentimentos”. Mas sem medo de ser reducionista, e ainda assim falando a grossas linhas, se eu pudesse escolher uma palavra para traduzir esse ofício seria a palavra transformação.

Que atire a primeira pedra, quem de nós, ao falar um pouco sobre as nossas crenças a respeito da Bruxaria - ou sequer sem falarmos nela, quando vieram até nós através de comentários e falações - nunca ouviu termos como "coisa do Diabo", "brincadeira de quem não tem o que fazer", "coisa de gente ignorante" e até o mais famoso: "macumba".

Certas superstições negativas, como a de que as bruxas seriam adoradoras do diabo, estão dando lugar a uma nova visão, segundo a qual as bruxas são simplesmente mulheres conscientes do seu poder e detentoras de segredos mágicos capazes de ajuda-las a transformar a realidade segundo seus desejos.




Fogueiras, bailes ao luar nas clareiras das florestas, invocação dos espíritos para conseguir favores, essas cerimônias eram comuns entre gregos, egípcios, sumérios, babilônios e celtas, povos que agradeciam à mãe terra tudo o que ela nos oferece.

O Eremita no tarô de Rider-Waite. Assim como o bruxo, o Eremita se isola do mundo profano para que possa encontrar a verdadeira luz. muitas vezes volta ao antigo mundo trazendo a luz sagrada, mesmo que muitos nem sequer consigam encontrá-la nas mãos dele.

A bruxa transforma o impossível no possível. E nunca, mas nunca conseguiria fazer nada disso se não fosse, antes de ser transformadora e sábia. Pois só a sabedoria leva à transformação. E o que leva à sabedoria? Bom, esse é um Mistério que só as bruxas sabem.

Entre os séculos 4 e 15, as bruxas que permaneceram fieis a esses antigos ritos sofreram todo tipo de perseguição, e muitas delas foram queimadas pela Santa Inquisição.



Mas, a bruxaria sobreviveu graças ao esforço de praticantes convictas que continuaram transmitindo seus conhecimentos às filhas e netas. 

O Caminho Pagão é muito antigo e tão sábio sempre estamos nos aprofundando. Os mínimos detalhes para nós caminhantes são importantíssimo!

A bruxaria é um caminho mágico!!!
O Paganismo é um caminho evolutivo...
Uma melhora no estilo de vida das pessoas!

Alguns chamam o caminho da Bruxaria de caminho da Deusa!
Não importa como você a queira definir sabendo o quanto te beneficia... Já é seu caminho mágico!

Hoje, a bruxaria está reencontrando sua força em todo o mundo.

A arte da bruxaria consiste em extrair da natureza tudo o que precisamos para ser felizes.

É como se as plantas fossem instrumentos mágicos, entregues pela Mãe Terra como presentes para toda a humanidade.

Presentes que nos ajudam a concretizar nossos sonhos e que transformam atos simples do dia a dia, como cozinhar ou tomar um chá em verdadeiros rituais.



Toda bruxa que carrega no bolso uma plantinha, um pedaço de raiz ou um saquinho com o pó de alguma erva seca é uma semeadora de sonhos, que contribui para tornar o mundo mais bonito e mais feliz. 

Esta é a intenção deste blog, mostrar quem somos, nossos caminhos, tentar ajudar quem precisa a encontrar o antigo caminho, o caminho que nos leva através de nossos corações aos nossos mistérios ocultos, onde o esquecimento deu lugar as nossas incertezas e perguntas de quem somos.

Assim Eu e Marcos vamos seguindo tranquilamente o nosso caminho.
Cheio de encantos pessoais, magias, sabedorias, doutrinas e outros...
Nosso caminhar pagão.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Hypatia de Alexandria (370 – 415 D.C.)



Uma das coisas mais tristes do mundo é a intolerância religiosa, pois todas as religiões deveriam estar baseadas no amor e na compaixão. Alguns dos momentos mais negros da humanidade, algumas das guerras mais sangrentas, algumas das torturas mais cruéis existiram exactamente devido à intolerância religiosa. Um desses casos mais vergonhosos de intolerância foi o assassinato de Hipatia de Alexandria.

Uma raridade no mundo antigo Hipátia Nasceu no Egipto no ano 370 D.C., filha de Theon de Alexandria. Muito cedo Hipátia deu provas do seu talento, tornou-se professora e deu aulas de matemática e filosofia na biblioteca de Alexandria, um dos maiores centros de conhecimento do mundo antigo, além de ter viajado para Itália e Atenas para tirar alguns cursos de filosofia.

Era considerada uma discursante muito carismática, as suas aulas eram bastante concorridas. Escreveu comentários a obras clássicas de matemáticos Gregos. Manteve-se solteira e declarava-se “casada com a verdade”. O conjunto da sua obra é tido como de relevo, e a sua morte, ocorrida em 415 D.C., trágica. Foi o último dos grandes nomes intelectuais a trabalhar na famosa biblioteca de Alexandria, por volta do ano 400 D.C. foi nomeada bibliotecária mor (directora) da referida biblioteca, sucedendo ao seu pai Theon de Alexandria, um conceituado filósofo, matemático, e astrónomo, da altura. Foi também a primeira mulher que a história regista como dedicada á matemática.



Hipátia de Alexandria nasceu no ceio de uma família com forte tradição intelectual. O seu pai Theon de Alexandria já referenciado neste documento como um conceituado, filósofo, matemático, e astrónomo, escreveu uma tese em 11 livros sobre o célebre tratado de “Almagesto” de Ptolomeu, que significa “ O grande tratado”, um tratado de astronomia. Esta obra é uma das mais importantes e influentes da antiguidade clássica. Nela está descrito todo o conhecimento astronómico Babilónico e Grego, nela se basearam a astronomia de Árabes, Indianos, e Europeus, até ao aparecimento da teoria heliocêntrica de Copérnico. No Almagesto, Ptolomeu apresenta um sistema cosmológico geocêntrico, isto é a terra está no centro do Universo e os outros corpos celestes, planetas e estrelas, descrevem órbitas em seu redor. Estas órbitas eram relativamente complicadas resultando de um sistema de epiciclos, ou seja Círculos com centro em outros círculos. Theon de Alexandria realizou ainda uma revisão dos “Elementos” de Euclides, de onde são baseadas as edições mais modernas da obra do conhecido matemático Grego.

As famílias fundadas sobre este lastro intelectual e de projecção social de Alexandria da sua época costumavam ainda cultuar o ideal Grego da “Mente sã, corpo são” (“men sana in corpore sano”). Com esse lema no pensamento, o pai de Hipátia não mediu esforços para torna-la o “ser humano ideal”, ensinando-lhe matemática e filosofia, e levando-a a fazer um programa de preparação física para lhe assegurar um corpo saudável. Todo esse esforço foi compensador.


Quando Hipátia começou a ser retratada a partir do renascimento, o seu rosto ganhou belos traços com um perfil nobre e altivo. Esses traços capturaram de uma certa forma uma projecção positiva que é feita da sua vida e obra, e um certo sentimento de reverência com respeito ao seu fim trágico.

No campo da matemática, Hipátia escreveu comentários sobre a “Aritmética” de Diofanto e as “cónicas” de Apolónio, fez investigações sobre a geometria de Euclides, interessou-se pelas ciências aplicadas, inventou um astrolábio e criou, nos ateliês da biblioteca de Alexandria diversos instrumentos de medida, como um nivelador de água, um higrómetro, e um aparelho para destilar água. O quanto se sabe ela interessou-se particularmente pelo estudo dos planos formados pelas intersecções de um cone e pelas curvas decorrentes dessas intersecções, as chamadas intersecções cónicas (hipérboles, parábolas, e elipses). A maior parte da obra escrita por Hipátia perdeu-se no tempo; mas no século XV foi encontrado na biblioteca do Vaticano uma cópia do seu comentário sobre a obra do matemático Grego Diofanto.

Devido á sua ambientação cultural e á influência da educação recebida do pai, é certo que Hipátia conheceu e estudou a obra do astrónomo Ptolomeu. A partir de cartas escritas por Sirénius, um dos seus alunos, sabemos hoje que Hipátia dedicou bastante tempo às suas actividades culturais desenvolvendo instrumentos mecânicos, alguns deles já aqui mencionados, utilizados para cálculos astronómicos e localização de astros no céu.

Na filosofia Hipátia abraçou a causa neoplatónica (ou “Platonismo”) que na sua época em Alexandria actuava em oposição aos grupos cristãos, fervorosos e actuantes. Ao longo do tempo, o cristianismo, por assim dizer, dominou e até mesmo assimilou o que lhe interessava do neoplatonismo, que na época era considerada uma filosofia pagã; isto aconteceu em Alexandria e por todo o mundo Romano.

Disputas religiosas e conflitos entre lideranças de Alexandria, apoiados por correntes religiosas, atraíram a ira dos devotos cristãos contra a “herege” Hipátia. A matemática, e a filosofia eram consideradas a face visível do neoplatonismo na cidade de Alexandria.

Existem várias versões sobre o seu trágico final, todas coerentes entre si, sendo que a mais difundida é a variante registada por Edward Gibbon, no seu livro “O Declínio e a queda do Império Romano”. Nesta versão numa manhã da quaresma de 415 D.C., Hipátia foi atacada na rua, por uma turba de cristãos quando regressava a casa na sua carruagem. A multidão enfurecida arrancou-lhe os cabelos e a roupa, esfolo-a com conchas de ostras, arrancaram-lhe os braços e as pernas, e queimaram-lhe o que sobrou do seu corpo. Atitude de uma verdadeira devoção bárbara.

O impacto dramático da morte de Hipátia fez com que no ano em que ocorreu alguns historiadores o interpretassem como o marco do fim do período antigo da matemática Grega. Para outros este desfecho só ocorrerá cerca de 100 anos mais tarde com a morte de Boécio também de uma forma trágica. Entretanto a morte de Hipátia de um certo ponto de vista sinaliza o fim de Alexandria como fonte do centro de maior conhecimento da matemática Grega da antiguidade.

A vida, a obra e a morte trágica de Hipátia despertaram a atenção de filósofos, matemáticos, e historiadores que a sucederam. Damáscio, um dos seus antigos alunos, que mais tarde se tornou num crítico severo do seu trabalho, escreveu que ela era “por natureza, mais talentosa e refinada do que o seu pai”. Intelectuais desde Voltaire a Carl Sagan, passando por Bertrand Russel dedicaram-lhe comentários de apreço e reconhecimento. A sua vida foi reconstituída num romance de Charles Kingsley, (“Hypátia, or new foes an old face”. New York: E.P. Dutton, 1907), e contada por Maria Dzielsk (“Hypátia of Alexandria”, Trad. F. Lyra, Cambridge, M.A. Harvard Press, 1995).



Recentemente o conhecido Realizador Espanhol de cinema Alejandro Amenabar (“Mar adentro”, 2004) dedicou um filme á vida de Hipátia (“Ágora”), que é representada pela actriz Inglesa Rachel Weisz. No Filme, Ágora exibido no último festival de cinema de Cannes, fora da competição, não são apresentados os detalhes do final trágico de Hipátia de Alexandria descritos por Edward Gibbon. Hipátia de Alexandria é retratada como uma “mulher agnóstica e letrada, destruída por fanáticos Religiosos. Alejandro Amenabar declarou que o seu filme podia ser interpretado como uma espécie de reflexão sobre os fundamentalismos religiosos de todos os tempos.

Para terminar este artigo, deixo aqui uma frase da própria Hipátia que me parece sintomática da grande inteligência desta mulher cuja existência bastaria para provar que seja qual for o ramo das ciências aplicadas, estes não são sexistas.

Defende o teu direito de pensar, porque mesmo pensar de modo erróneo é melhor do que não pensar. . .

Hipatia de Alexandria 370/415 D.C.

TRABALHO ELABORADO & DESENVOLVIDO POR: PAULO C. SÁ



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