As Bruxas e Sacerdotisas da Bruxaria Tradicional estamos sempre aprendendo em nossos ensinamentos que não ha imagem rígida do "certo" ou "errado", mas posturas diferentes de vida, sabendo que cada um é responsável pelos seus atos, que tudo tem "os dois lados da moeda" e que o próximo devia ser respeitado, talvez por isto não podemos simplesmente ignorar que na chamada Inquisição, a Igreja Católica perseguiu todos e todas que fugissem minimamente de suas estritas regras, para assim, no final das contas, se manterem com poder e dominação.
Neste grupo, estavam as Bruxas, mulheres que foram chamadas do mal, tomadas pelo demônio, seres execráveis e totalmente perigosos. Assim se dizia na época. A solução? Tortura! Forca! Fogueira! Isolamento total! Basicamente a negação total dos direitos humanos, supostamente em nome de Deus. Mas tenho que aqui afirmar que tudo isto foi feito pelos Homens de Batina que tinham o poder e se dizia portador da palavra do seu Deus católico.
Pergunto-me o que faziam essas mulheres de tão terrível? Nada. Eram simplesmente mulheres que não faziam questão de se enquadrar na ideia de mulher proposta pela Igreja e pela sociedade como um todo. Eram mulheres que não acreditavam no Deus dos católicos, mulheres que desenvolviam e reproduziam suas próprias sabedorias, mulheres parteiras, mulheres que dançavam que tinham prazer, mulheres que, de uma maneira ou de outra, “pecavam”. Todas essas mulheres, sob a alcunha de Bruxas, eram assassinadas sem dó nem piedade por uma população fervorosa, guiada por uma instituição completamente desumana.
Mas apesar de todo esse sofrimento temos a consciência que enxergamos o passado como referencia, o presente como luz e o futuro como meta, nos despimos há muitos anos atrás dos preconceitos baratos, falamos com bichos e plantas, dançamos na chuva e nos alegramos com o sol, falamos de amor com os olhos iluminados como pares de lua cheia.
Talvez por isto a frase “Somos as netas de todas as Bruxas que vocês não conseguiram queimar”, se aplica em todas as vertentes da Bruxaria. Ser Bruxa e Sacerdotisa... Sempre foi associado a coisas ruins.
A Bruxa é a vilã de todas as histórias, é quem causa o mal em diversos contos de fada, é quem acaba com o amor. A Bruxa é aquela que tem que morrer. E foi exatamente isso que aconteceu na Idade Média, mas que nos dias de hoje estamos conseguindo mudar. Sabemos que o caminho ainda é muito longo mas temos que continuar com fé e acreditando.
Nós da Bruxaria Tradicional temos o Deus-chifrudo que é a representação de um grande caçador, que havia caçado o maior e mais forte alce e usava a galha (chifre) deste animal como exibição de força e poder e temos a nossa Deusa provedora de tudo, pois o seu ventre é considerado a terra.
Nós mulheres da Bruxaria Tradicional não temos o conceito de "posse" ou de domínio, nem de dualidade entre casais, mas sim o conceito de complemento.
Em nossos ensinamentos deixados por nossas Ancestrais aprendemos que no início de tudo as mulheres eram muito respeitadas porque "sangravam" todo mês e não morriam, enquanto que o mesmo não acontecia com os homens, que voltavam feridos do campo de batalha. Também porque elas eram capazes de dar cria a seres pequenos.
Nós mulheres da Bruxaria Tradicional não temos o conceito de "posse" ou de domínio, nem de dualidade entre casais, mas sim o conceito de complemento.
Em nossos ensinamentos deixados por nossas Ancestrais aprendemos que no início de tudo as mulheres eram muito respeitadas porque "sangravam" todo mês e não morriam, enquanto que o mesmo não acontecia com os homens, que voltavam feridos do campo de batalha. Também porque elas eram capazes de dar cria a seres pequenos.
Seguindo assim os meus ensinamentos sei que EU Sou herdeira das Deusas, Rainhas e Sacerdotisas do passado e as represento hoje aqui trazendo a magia e a força da Grande Mãe a Terra, sei que nos meus momentos difíceis da minha vida, nos momentos em que me faltar sabedoria, acredito que Eu tenho a ajuda das minhas antepassadas e sabendo de tudo isto continuo a trilhar o meu caminho, pois no momento que Eu olhar o céu noturno vou saber que tenho a mesma força das mulheres que reinaram antes de mim e o fizeram guiados pela Sabedoria da Grande Deusa e é com essa força guiada pela minha Deusa e pelo meu Deus que Eu não tenho medo da morte que tenho certeza que sempre ressurgirei para uma nova vida, até que eu tenha toda a sabedoria e possa me deixar levar, por minha alma pelos mares do fluxo da Grande Mãe.
Sei que as minhas Ancestrais jamais deixaram que Eu temesse a mim mesma, e minha face escura de senhora das mortalhas, ceifadora, rainha do caos, amante e feiticeira, pois todas as Faces são Uma e nisto esta a sabedoria e assim na Bruxaria Tradicional Eu jamais vou temer a velhice e o tempo em que o sangue sagrado cessa de ser deitada a Terra, pois após a Jovem e a Mãe, sou a Grande Sábia, a Velha Anciã, a Sacerdotisa de tempos passados e nisso se conserva toda a minha juventude e sabedoria. Por isso sou maga, sacerdotisa e feiticeira da minha querida e abençoada Bruxaria Tradicional.
Selma – 3fasesdalua