sexta-feira, 2 de setembro de 2011

JOANA D’ARC



QUEIMADA E MORTA COMO BRUXA ,DEPOIS SANTIFICADA PELA PROPRIA ROMA E CONDECORADA COMO A PADROEIRA DE FRANÇA


Filha de Jaques d'Arc e Isabel, camponeses muito pobres, Joana nasceu em Domrémy, na região francesa de Lorena, em 6 de janeiro de 1412. Cresceu no meio rural, piedosa, devota e analfabeta, assinava seu nome utilizando uma simples, mas significativa, cruz. Significativa porque já aos treze anos começou a viver experiências místicas

Aos treze anos de idade, Joana d'Arc ouve uma voz que lhe fala da desgraça que há na França e a incentiva a ir em ajuda ao Rei, Carlos VII. Este apelo irá ser repetido mais duas ou três vezes nessa semana. Joana mantém segredo e responde fazendo voto de virgindade, sinal de consagração a Deus. Ela dirá mais tarde: "A voz dizia-me que iria a França e que eu não podia demorar mais onde estava, a voz dizia-me que eu levantaria o cerco à cidade de Orléans".
A jovem, dizia ouvir santos dando-lhe instruções sobre como vencer a Guerra dos Cem Anos (travada entre a França e a Inglaterra, de 1337 a 1475). 


A França vivia a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra, governada por Henrique VI. Os franceses estavam enfraquecidos com o rei deposto e os ingleses tentando firmar seus exércitos para tomar de vez o trono. As mensagens que Joana recebia exigiam que ela expulsasse os invasores, reconquistasse a cidade de Orleans e reconduzisse ao trono o rei Carlos VII, para ser coroado na catedral de Reims, novamente como legítimo rei da França. A ordem para ela não parecia impossível, bastava cumpri-la, pois tinha certeza de que Deus estava a seu lado. O problema maior era conseguir falar pessoalmente com o rei deposto.

Conseguiu aos dezoito anos de idade. Carlos VII só concordou em seguir seus conselhos quando percebeu que ela realmente tinha por trás de si o sinal de Deus. Isso porque Joana falou com o rei sobre assuntos que na verdade eram segredos militares e de Estado, que ninguém conhecia, a não ser ele. Deu-lhe, então, a chefia de seus exércitos. Joana vestiu armadura de aço, empunhou como única arma uma bandeira com a cruz e os nomes de Jesus e Maria nela bordados, chamando os comandantes à luta pela pátria e por Deus


E o que aconteceu na batalha que teve aquela figura feminina, jovem e mística, que nada entendia de táticas ou estratégias militares, à frente dos soldados, foi inenarrável. Os franceses sitiados reagiram e venceram os invasores ingleses, livrando o país da submissão. 


A GUERRA DOS CEM ANOS

* Desde que o Duque da Normandia, Guilherme, o Conquistador, se apoderou da Inglaterra em 1066, os monarcas Ingleses passaram a controlar extensas terras no território francês. Com o tempo, passaram a ter vários ducados franceses: Aquitânia, Gasconha, Poitou, Normandia, entre outros. Os duques, apesar de vassalos do rei francês, acabaram tornando-se seus rivais.

Quando a França tentou recuperar os territórios perdidos para a Inglaterra, originou-se um dos mais longos e sangrentos conflitos da história da humanidade: a Guerra dos Cem Anos, que durou na realidade 116 anos, e que provocou milhões de mortes e a destruição de quase toda a França setentrional.

* O início da guerra aconteceu em 1337. Os interesses mais que evidentes de unificar as coroas concretizaram-se na morte do rei francês Carlos IV em 1328. Filipe VI, sucessor graças à lei sálica (Carlos IV não tinha descendentes masculinos), proclamou-se rei da França em 27 de maio de 1328.

* Felipe VI reclamou em 1337 o feudo da Gasconha ao rei inglês Eduardo III, e no dia 1 de novembro este responde plantando-se às portas de Paris mediante ao bispo de Lincoln, declarando que ele era o candidato adequado para ocupar o trono francês.

* A Inglaterra ganharia batalhas como a Crécy (1346) e a Poitiers (1356). Uma grave enfermidade do rei francês originou uma luta pelo poder entre seu primo João I de Borgonha ou João sem Medo, e o irmão de Carlos VI, Luís de Orléans.

* No dia 23 de novembro de 1407, nas ruas de Paris e por ordem do borguinhão, se comete o assassinato do armagnac Luís de Orléans. A família real francesa estava dividida entre os que davam suporte ao duque de Borgonha (borguinhões) e os que o davam ao de Orléans e depois a Carlos VII, Delfim de França (armagnacs ligados à causa de Orléans e à morte de Luís). Com o assassinato do armagnac, ambos os bandos se enfrentaram numa guerra civil, onde buscaram o apoio dos ingleses. Os partidários do Duque de Orléans, en 1414, viram recusada uma proposta pelos ingleses, que finalmente pactuaram com os borguinhões.

* Com a morte de Carlos VI, em 1422, Henrique VI da Inglaterra foi coroado rei francês, mas os armagnacs não desistiram e mantiveram-se fiéis ao filho do rei, Carlos VII, coroando-o também em 1422.





JOANA D'ARC A GUERREIRA

* Munida de uma bandeira branca, Joana chega a Orléans em 29 de abril de 1429. Comandando um exército de 4000 homens ela consegue a vitória sobre os invasores no dia 9 de maio de 1429. O episódio é conhecido como a Libertação de Orléans (e na França como a Siège d'Orléans). Os franceses já haviam tentado defender Orléans mas não obtiveram sucesso.

* Após a libertação de Orléans, os ingleses pensaram que os franceses iriam tentar reconquistar Paris ou a Normandia, e ao invés disto, Joana convenceu o Delfim a iniciar uma campanha sobre o rio Loire. Isso já era uma estratégia de Joana para conduzir o Delfim a Ruão.

* Joana dirigiu-se a vários pontos fortificados sobre pontes do rio Loire. Em 11 e 12 de junho de 1429 venceu a batalha de Jargeau. No dia 15 de junho foi a vez da batalha de Meung-sur-Loire. A terceira vitória foi na batalha de Beaugency, nos dias 16 e 17 de junho do mesmo ano. Um dia após sua última vitória se dirigiu a Patay, onde sua participação foi pouca. A batalha de Patay, única batalha em campo aberto, já se desenrolava sem a presença de Joana'D arc.



Coroação de Carlos

* Cerca de um mês após sua vitória sobre os ingleses em Orléans, ela conduziu o rei Carlos VII à cidade de Reims, onde Carlos VII é coroado em 17 de julho. A vitória de Joana d'Arc e a coroação do rei acabaram por reacender as esperanças dos franceses de se libertarem do domínio inglês e representaram a virada da guerra.

* O caminho até Reims era considerado difícil, já que várias cidades estavam sob o domínio dos borguinhões. Porém, a fama de Joana tinha se estendido por boa parte do território e fez com que o exército armagnac do delfim fosse temido. Assim, Joana passou sem problemas por sucessivas cidades como Gien, Saint Fargeau, Mézilles, Auxerre, Saint Florentin e Saint Paul.

* Desde Gien, foram enviados convites a diversas autoridades para assistir à consagração do delfim. Em Auxerre chegou-se a pensar em resistência por parte de uma pequena tropa inimiga que se encontrava na cidade. Após três dias de negociação foi possível por lá passar sem qualquer problema. O mesmo aconteceu em Troyes, onde as negociações duraram cinco dias. A chegada a Ruão foi em 16 de julho.

* Sabe-se que o dia da consagração definitiva do rei francês em Ruão foi em 17 de julho e não foi a cerimônia mais esplêndida do momento, já que as circunstâncias da guerra impediam que o fosse. Joana assistiu à consagração de uma posição privilegiada, acompanhada de seu estandarte. 



PARIS

* Teoricamente Joana já não tinha nada mais que fazer no exército já que havia cumprido sua promessa perfeitamente, havia cumprido corretamente as ordens que as vozes lhe haviam dado. * Mas ela, como muitos outros, viu que enquanto a cidade de Paris estivesse tomada pelas tropas inglesas, dificilmente o novo rei poderia ter claramente o controle do reino de França.

* No mesmo dia da coroação, chegaram emissários do Duque de Borgonha e se iniciaram as negociações para se chegar a paz, ou a uma trégua, que foi finalmente o que se pactuou. Não foi a paz que Joana desejava, mas pelo menos ela houve durante quinze dias. Entretanto a trégua não foi gratuita, já que houve interesses políticos por trás desta. Carlos VII necessitava tomar Paris para exercer sua autoridade de rei mas não queria criar uma imagem ruim com uma conquista violenta de terras que passariam a ser seu domínio. Foi isto que o que motivou a firmar a trégua com o Duque de Borgonha. Foi uma necessidade de ganhar tempo.

* Durante a trégua, Carlos VII levou seu exército até Île-de-France (região francesa que abriga Paris). Houve alguns enfrentamentos entre os armagnacs e a aliança inglesa com os borguinhões. Os ingleses abandonaram Paris dirigindo-se a Ruão (ou Rouen em francês). Restava então derrotar os borguinhões que ainda ficaram em Paris e na região.

* Joana foi ferida por uma flecha durante uma tentativa de entrar em Paris. Isto acelerou a decisão do rei em bater em retirada no dia 10 de setembro. Com a parada o rei francês não expressava a intenção de abandonar definitivamente a luta, mas optava por pensar e defender a opção de conquistar a vitória mediante a paz, tratados e outras oportunidades no futuro.


A morte de Joana d'Arc

Quatro anos depois, Joana lideraria milhares de soldados, motivados por sua fé. Aquelas vozes, entretanto, acabaram servindo de pretexto para que ela fosse queimada na fogueira em 1431, depois de um julgamento religioso comandado pelo reitor da Universidade de Paris. A Igreja Católica, que a condenara por bruxaria, acabou revertendo o veredicto e, no ano de 1920, a canonizou.



 A captura

* Na primavera de 1430, Joana d'Arc retomou a campanha militar e passou a tentar libertar a cidade de Compiègne, onde acabou sendo dominada e capturada pelos borguinhões, aliados dos ingleses, em 1430.

* Foi presa em 23 de Maio do mesmo ano. Entre os dias 23 e 27 foi conduzida à Beaulieu-lès-Fontaines. Joana foi entrevistada entre os dias 27 e 28 pelo próprio Duque de Borgonha, Felipe, o Belo. Naquele momento Joana era propriedade do Duque de Luxemburgo. Joana foi levada ao Castelo de Beaurevoir, onde permaneceu todo o verão, enquanto o duque de Luxemburgo negociava sua venda. Ao vendê-la aos ingleses, Joana foi transferida a Ruão. 




Duas mulheres, duas personalidades em guerra

A infanta D. Isabel, filha de D. João I e duquesa de Borgonha (e em cuja honra foi criada por Filipe, o Bom a Ordem do Tosão de Ouro, em Janeiro de 1430, por ocasião da chegada de Isabel ao ducado), poderá ter sido a impulsionadora da perseguição a Joana D'Arc. Não só como Infanta de Portugal, aliada da Inglaterra e de Borgonha, mas porque Joana D'Arc a submetera a cerco quando chegara a Borgonha para se casar com Filipe, o Bom. Implacável (como se vê pela sua atitude perante o seu irmão D. Henrique, o "traidor" da Alfarrobeira), não desisitiu enquanto Joana D'Arc não pagou pela insolência com a própria vida. 




O processo em Ruão

* Joana foi presa em uma cela escura e vigiada por cinco homens. Em contraste ao bom tratamento que recebera em sua primeira prisão, Joana agora vivia seus piores tempos.

* O processo contra Joana teve início no dia 9 de janeiro de 1431, sendo chefiado pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon. Foi um processo que passaria à posteridade e que converteria Joana em heroína nacional, pelo modo como se desenvolveu e trouxe o final da jovem, e da lenda que ainda nos dias de hoje mescla realidade com fantasia.

* Dez sessões foram feitas sem a presença da acusada, apenas com a apresentação de provas, que resultaram na acusação de heresia e assassinato.

* No dia 21 de fevereiro Joana foi ouvida pela primeira vez. A princípio ela se negou a fazer o juramento da verdade, mas logo o fez. Joana foi interrogada sobre as vozes que ouvia, sobre a igreja militante, sobre seus trajes masculinos. No dia 27 e 28 de março, Thomas de Courcelles fez a leitura dos 70 artigos da acusação de Joana, e que depois foram resumidos a 12 , mais precisamente no dia 5 de abril. Estes artigos sustentavam a acusação formal para a Donzela buscando sua condenação.

* Em seu julgamento, Joana afirmou que desde os treze anos ouvia vozes divinas. Segundo ela, a primeira vez que escutou a voz, ela vinha da direção da igreja e acompanhada de claridade e uma sensação de medo. Dizia que às vezes não a entendia muito bem e que as ouvia duas ou três vezes por semana. Entre as mensagens que ela entendeu estavam conselhos para frequentar a igreja, que deveria ir a Paris e que deveria levantar o domínio que havia na cidade de Orléans. Posteriormente ela identificaria as vozes como sendo do arcanjo São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida.

* No mesmo dia 5, Joana começou a perder saúde por causa de ingestão de alimentos venenosos que a fez vomitar. Isto alertou Cauchon e os ingleses, que lhe trouxeram um médico. Queriam mantê-la viva, principalmente os ingleses, porque planejavam executá-la.

* Durante a visita do médico, Jean d’Estivet acusou Joana de ter ingerido os alimentos envenenados conscientemente para cometer suicídio. No dia 18 de abril, quando finalmente ela se viu em perigo de morte, pediu para se confessar.

* Os ingleses impacientaram-se com a demora do julgamento. O Conde de Warwick disse a Cauchon que o processo estava demorando muito. Até o primeiro proprietário de Joana, Jean de Luxemburgo, apresentou-se a Joana fazendo-lhe a proposta de pagar por sua liberdade se ela prometesse não atacar mais os ingleses. A partir do dia 23 de maio, as coisas se aceleraram, e no dia 29 de maio ela foi condenada por heresia. Mais na verdade mesmo eles julgaram ela também como uma "BRUXA".


A execução

* Joana foi queimada viva em 30 de maio de 1431, com apenas dezenove anos. A cerimônia de execução aconteceu na Praça do Velho Mercado (Place du Vieux Marché), às 9 horas, em Ruão.

* Antes da execução ela se confessou com Jean Totmouille e Martin Ladvenu, que lhe administraram os sacramentos da Comunhão. Entrou, vestida de branco, na praça cheia de gente, e foi colocada na plataforma montada para sua execução. Após lerem o seu veredito, Joana foi queimada viva. Suas cinzas foram jogadas no rio Sena, para que não se tornassem objeto de veneração pública. Era o fim da heroína francesa.


 Após a morte

* A revisão do seu processo começou a partir de 1456, quando foi considerada inocente pelo Papa Calisto III, e o processo que a condenou foi considerado inválido, e em 1909 a Igreja Católica autoriza sua beatificação. Em 1920, Joana d'Arc é canonizada pelo Papa Bento XV.

* Ela foi proclamada Mártir pela Pátria e da Fé.

Mulher guerreira, que foi tratada pela humanidade como, entre outras coisas, "BRUXA"!!

Mais era tão somente uma mulher com ideais e costumes, que ouviu o chamado da Deusa.

É público e notório, todos os erros e atrocidades que "Roma" cometeu, quando qualquer mulher se destacava na sociedade naquela época, as mulheres eram julgadas e condenadas por "bruxaria" e condenadas a fogueira. Hoje em dia o "Vaticano" pediu perdão a público pelas atrocidades cometidas naquela época. Mais a ferida ainda está aberta...

* Antes aos fatos relacionados, Shakespeare tratou-a como uma bruxa; Voltaire escreveu um poema satírico, ou pseudo-ensaio histórico, que a ridicularizava, intitulado «La Pucelle ´Orléans» ou «A Donzela de Orléans».

* Joana foi recuperada pelos profetas da «França eterna», em primeiro lugar o grande historiador romântico Jules Michelet. Com o romantismo, o alemão Schiller fez dela a heroína da sua peça de teatro "Die Jungfrau von Orléans", publicada em 1801.

* Em 1870, quando a França foi derrotada pela Alemanha - que ocupou a Alsácia e a Lorena - "Jeanne, a pequena pastora de Domrémy, um pouco ingênua, tornou-se a heroína do sentimento nacional". Republicanos e nacionalistas exaltaram aquela que deu sua vida pela pátria.

* Durante a primeira fase da Terceira República, no entanto, o culto a Joana d'Arc esteve associado à direita monarquista, da qual era um dos símbolos, como o rei Henrique IV, sendo mal vista pelos republicanos.

* A Igreja Católica francesa propôs ao Papa Pio X sua beatificação, realizada em 1909, num período dominado pela exaltação da nação e ao ódio ao estrangeiro, principalmente Inglaterra e Alemanha.

* O gesto do Papa inspirou-se no desejo de fazer a Igreja de França entrar em mais perfeito acordo com os dirigentes anticlericais da III República, mas só com a Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918, Joana deixa de ser uma heroína da Direita. Segundo Irène Kuhn, a partir daí os "postais patrióticos" mostram Jeanne à cabeça dos exércitos e monumentos seus aparecem como cogumelos por toda a França. O Parlamento francês estabelece uma festa nacional em sua honra no 2º domingo de maio. 


* "Nós pronunciamos, declaramos e definimos que os processos de Rouen e as sentenças às quais chegaram são repletos de dolo, de calúnia, de maldade, de injustiça, de contradição, de violações do direito, de erros de fatos. Declaramos que Joana, assim como seus próximos implicados, não incorreram na ocasião dessas sentenças em nenhuma nota nem marca infamantes, que ela é pura dessas sentenças e, tanto quanto podemos, nós a inocentamos inteiramente".

A revisão do seu processo começou a partir de 1456, e em 1909 a Igreja Católica a beatifica. Em 1920, Joana d'Arc é declarada santa pelo Papa Bento XV.



* Em 9 de maio de 1920, cerca de 500 anos depois de sua morte, Joana d'Arc foi definitivamente reabilitada, sendo canonizada pelo Papa Bento XV - era a Santa Joana d'Arc. A canonização traduzia o desejo da Santa Sé de estender pontes para a França republicana, laica e nacionalista. * Em 1922 foi declarada padroeira de França. Joana d´Arc permanece como testemunha de milagres que pode realizar uma pessoa, ainda que animada apenas pela energia de suas convicções, mesmo adolescente, pastora e analfabeta, de modo que seu exemplo guarda um valor universal.

Gerald Gardner diz, em ‘O Significado da Bruxaria’:“A Igreja julgou e condenou Joana por heresia,em parte porque era o que eles estavam interessados em reprimir,e em parte porque sua heresia era fácil de ser provada. Sua heresia estava clara,e eles conseguiram tirá-la do caminho,como queriam. Joana teria se divertido muito em ouvir que havia se tornado uma santa cristã.”

Depois de consumada a queima, os ingleses rastelaram as brasas para expor seu corpo carbonizado, de modo que ninguém pudesse reclamar que ela tivesse escapado viva, em seguida, o corpo foi queimado duas vezes mais para se reduzir a cinzas e impedir qualquer coleta de relíquias. Seus restos mortais foram lançados no rio Sena. O carrasco, Geoffroy Therage, mais tarde declarou que "... tinha muito medo de estar condenado


Não fossem os fatos devidamente conhecidos e comprovados, seria difícil crer na existência dessa jovem mártir, que sacrificou sua vida pela libertação de sua pátria e de seu povo. Vinte anos depois, o processo foi revisto pelo papa Calisto III, que constatou a injustiça e a reabilitou. Joana d'Arc foi canonizada em 1920 pelo papa Bento XV, sendo proclamada padroeira da França. Esta data é comemorado na França como data nacional, em memória de santa Joana d'Arc, mártir da pátria e da fé.


29 comentários:

  1. Por mais que as pessoas não queiram acreditar que Joana era uma bruxa, ela traz consigo o simbolo que sempre a Grande Mãe deu que é a espada.
    Joana para os catolicos pode ser uma Santa coisa que eu não duvido, mas quem a guiou em suas batalhas com a sua grande espada foi a Grande Mãe.
    Ela foi traida por quem ela mas confiava, assim como Arthur. E assim se fecha mas um circulo.
    Marcelo Dantas

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  2. Eu estou pasma,com o sacrificio que custou a sua vida e amorte tragica que essa mulher teve que ter para provar a sua fé.

    Adelia

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  3. Não estou aqui para julgar nenhuma instituição, mas como esses padres que falam em nome de um Ser maior podem ter feito isto com uma mulher, que provou estar seguindo a palavra do Senhor.
    Estou indignado.

    Agnaldo

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  4. A palavra Bruxa foi e continua sendo até hoje para os ignorantes uma palavra maldita.
    Ser bruxa (o) é sinonimo de ser livre, sábio e acima de qualquer coisa verdadeiro.
    Uma bruxa (o) jamais nega a suas crenças.
    E esses que fazem este tipo de coisa estão entre nós até hoje.

    Fatima

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  5. Como uma religião que prega o "Amar a teu próximo como amas a vc próprio" faz este tipo de coisas e pior é que hoje em dia pensam ainda como esses de antigamente, só não colocam na fogueira pq não podem. Estou triste pois o Deus que eu amo no catolicismo jamais faria isto.

    Getulio

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  6. Como evangelico, não acredito que Deus falou com esta mulher, pois ele jamais mandaria o seus mensageiros falr para alguem pegar uma espada e matar pessoas, acho que ela estava realmente delirando.

    Ivan

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    Respostas
    1. E vc como evangelico deveria saber que o Rei Davi também atende o chamado de Deus varias vezes pegando uma espada...ou como evangelico vc também não acredita nisto?????Precisa ler mais a bíblia,heim!!!!!

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  7. caro ivan

    vc deveria ler melhor a historia aqui escrita no nosso blog. no começo do texto esta bem explicado o que aconteceu com ela. na epoca , ela se transformou num soldado e defendeu seus ideais.

    hoje em dia existem armas muito mais poderosas que uma espada, como por exemplo o poder da palavra de algumas pessoas que influenciam e fazem verdadeiras lavagens cerebrais nas outras pessoas.

    de qualquer forma muito obrigado pela sua visita e vc tambem pode indicar nosso blog aos seus seguidores. e aproveite e tente conhecer a historia da sua religiao que tbm é muito bonita e tem em lutero um ícone.

    selma/marcos

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  8. boa noite getulio

    vamos fazer a nossa parte que é levar coisas boas as pessoas e dar continuidade na nossa vida.

    nao fique triste, siga sua religiao e vai dar tudo certo
    selma/marcos

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  9. prezada fatima

    foram tantos anos de discriminaçao que as pessoas se acostumaram com essa ideia de bruxa ser uma coisa ruim.

    cabe a nos reverter esse quadro e pouco a pouco, cada um fazendo sua parte vamos conseguir mostrar ao mundo que somos do bem .

    selma/marcos

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  10. boa noite agnaldo

    muito obrigado pela sua visita e por ter reagido dessa forma.

    nossa intençao é alem de levar conhecimento as pessoas é tbm concientizar para que coisas desse tipo nao voltem a acontecer.

    volte sempre
    selma/marcos

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  11. boa noite adelia

    obrigado pela visita e pelos seus comentarios sobre o texto.

    selma/marcos

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  12. prezado marcelo dantas

    gostamos muito da sua observaçao e esperamos encontra lo mais vzs aqui no nosso blog.

    que a grande mae nos acompanhe
    selma/marcos

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  13. Boa noite me chamo Ademilson evou deixar aqui uma coisa que todas as pessoas tem ler antes de ficar com o dedo no nariz e discrimanando as bruxas(os)

    ARTIGO 20 , LEI 7.716 de 05/01/1989
    Crime de racismo

    Praticar , induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça , cor , etnia , religião ou procedência nacional :
    Pena de reclusão de 1 a 3 anos e multa.

    Artigo 5º , inciso VI , Constituição Federal

    É inviolável a liberdade de consciência e de crença , sendo assegurado o livre exercício aos cultos religiosos e garantida , na forma da lei , a proteção aos locais de c,ulto e as sua liturgias.

    Artigo 208 , Código Penal
    Dos crimes contra o sentimento religioso

    Escarnecer de alguém publicamente , por motivo de crença ou função religiosa ; impedir cerimônia ou prática de culto religioso ; vilipendiar publicamente, ato ou objeto de culto religioso:
    Pena: detenção de 1 mês a 1 ano , ou multa. "

    Boa a Noite

    Eu sou um Bruxo

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  14. Vcs poderiam colocar algum texto sobre anjos


    Gil

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  15. Vai ter postagem novas não?


    Iracema

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  16. Adorei o video, esta mulher realmente foi guerreira, muito bom o texto


    Valquiria

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  17. Não foi Deus que fez essas barbaridades com ela, mas sim , homens ignorantes que falam em nome dele.

    Leoncio

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  18. Muito tocante o texto e saber que mesmo falando e provando pois a guerra e lutou, assim mesmo teve que morrer.
    O sofrimento desta mulher tem que ser lido por muitos.

    Adelia

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  19. prezado ademilson

    muito nos honra sua presença aqui no nosso blog e ainda mais defendendo nossa religião.

    as pessoas precisam entender e respeitar a nossa missão que é de divulgar,esclarecer e levar conhecimento as pessoas que não conhecem nossa cultura e nem tão pouco a nossa linda história.

    esperamos de coração que sua presença aqui seja uma constante a partir de agora e pode ter certeza que será sempre muito bem vindo.

    que a grande mãe nos proteja na nossa caminhada
    selma/marcos

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  20. Vcs poderiam falar sobre Lucifer? tenho muita vontade de saber a historia dele.

    Marilene

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  21. boa noite gil

    anotamos sua sugestão e obrigado pela visita

    selma/marcos

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  22. cara iracema

    infelizmente hoje não estamos num bom dia no que se refere a textos.

    temos coisas a resolver , mas obrigado por ter nos visitado e tbm pela ansiedade por novas postagens.
    selma/marcos

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  23. obrigado pelos elogios valquiria

    aguardamos sua visita mais vezes
    selma/marcos

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  24. caro leoncio

    voce tem toda razão, as pessoas falam em nome do deus com uma facilidade enorme.

    e depois são vistos e envolvidos num monte de falcatruas e barbaridades. mas no fim as pessoas esquecem tudo.

    volte sempre
    selma/marcos

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  25. tem toda razão adélia

    esse foi um dos fatos mais tristes da historia da humanidade.

    obrigado por nos visitar e usufruir dos nossos textos
    selma/marcos

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  26. boa noite marilene

    nao esta na nossa pauta de postagens esse assunto.

    nem pelo lado do anjo lúcifer e nem pelo lúcifer pai da arádia.

    volte sempre
    selma/marcos

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  27. bom, de fato Joana darc viveu um verdadeiro Cristianismo! assim como Cristo, ela defendeu a vontade de Deus e o fez com a própria vida. Jesus também morreu pelas circunstancias politicas (lembremos que mesmo a inquisição não era só um ato da Igreja, mas também do estado como é relato também nos filmes como "o braço secular")e religiosas (de fato todo homem tem medo do que não conhece ou do que é diferente. daí que não é tão absurdo, embora errado, uma religião, que também influencia e é influenciada pelo contexto cultural da época, e que portanto está em processo de amadurecimento condenar o que não conhece). talvez não seja certo, e até anacrônico, fazer uma leitura daquela época com a perspectiva de hoje. nesse sentido é valido lembrar o velho exemplo da alegoria da caverna de Platão, que mostra justamente que aquele que quiser libertar o homem de sua escravidão (escravidão essa que o próprio homem se impôs pelas paixões)acabara pagando com a vida, seja Socrates, Jesus Cristo ou mesmo Joana Darc.

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  28. caro kleuber

    sinceramente não sabemos onde o senhor quis chegar e nem o que exatamente quis dizer.

    pelo que entendemos devemos apagar tudo que foi feito e absolver de todo mal que a igreja nos causou e que até os dias de hoje sofremos com a discriminação por conta disso.

    é muito fácil com palavras confusas como a sua tentar encobrir os erros do passado, e também o senhor deveria estudar mais sobre sócrates e o que ele realmente quis dizer.

    joana d'arc e muitas outras pessoas inocentes daquela infeliz época morreram pela fé.

    a perspectiva de hoje realmente não é a mesma daquela época e isso já foi e é um grande avanço da humanidade.

    consideramos seus argumentos fracos e inconsistentes na defesa de uma religião que praticou um verdadeiro genocídio e que tanto mal causou para as pessoas.

    nossa intenção não é de criar polemica e nem discórdia entre as pessoas e sim de esclarecer e relatar fatos que aconteceram em nossa história e principalmente da história da antiga religião ou seja da bruxaria de quem nos orgulhamos em fazer parte e de seguir seus fundamentos que é o de "fazer o que desejamos sem que prejudique ninguém"

    obrigado pela visita e da próxima vez seja mais claro nas suas colocações
    selma/marcos

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