Baseado nos texto bíblicos de Gn 1.27; 2.18,22 Lilith aparece no Antigo Testamento quando Isaías ao descrever a vingança de Deus, durante a qual a Terra foi transformada num deserto, proclamou isso como um sinal de desolação: "Lilith repousará lá e encontrará seu locar de descanso" (Isaías 34:14)
Lilith aparece em relatos da Torah assírio-babilônica e hebraica entre outros textos apócrifos. Na versão jeovística (da tradição religiosa hebraica) para o Gênesis, enriquecida pêlos testemunhos orais dos rabinos consta que Lilith foi criada com pó negro e excrementos, condenada por Jeová-Deus a ser inferior ao homem.
Existem insinuações de que Lilith pode ter sido retirada da Bíblia durante o Concílio de Trento, a interesse da Igreja Católica, para reforçar o papel das mulheres como devendo ser submissas, e não iguais, ao homem. Porém muitas pinturas e esculturas a retratam como a serpente que tentou Eva a comer o fruto do conhecimento.
Uma interpretação possível é de que ela seja a mulher que Caim encontrou depois de ser expulso e, portanto, tendo com ele seu primeiro filho, Enoque e fundando uma cidade de mesmo nome.
A Versão da Bíblia do Rei James, traduziu a palavra “Lilith”, por “coruja”. João Ferreira de Almeida, nesta passagem relata que “… os animais noturnos ali pousarão”, não havendo menção da coruja, como é frequentemente, muito embora erroneamente, citado no Brasil (tratando-se de um claro exemplo da forte influência da cultura anglo-saxã no mundo lusófono atual).
No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira mulher criada por Deus junto com Adão (Gn 1.27), que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, passando depois a ser descrita como um demônio.
Na Cabala Lilith aparece como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido. No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa, chegando depois a ser descrita como um demônio.
De acordo com certas interpretações da criação humana em Gênesis, no Antigo Testamento, reconhecendo que havia sido criada por Deus com a mesma matéria prima, Lilith rebelou-se, recusando-se a ficar sempre em baixo durante as suas relações sexuais. Na modernidade, isso levou a popularização da noção de que Lilith foi a primeira mulher a rebelar-se contra o sistema patriarcal.
Assim dizia Lilith: ‘‘Por que devo deitar-me embaixo de ti? Por que devo abrir-me sob teu corpo? Por que ser dominada por ti? Contudo, eu também fui feita de pó e por isso sou tua igual.’’ Quando reclamou de sua condição a Deus, ele retrucou que essa era a ordem natural, o domínio do homem sobre a mulher, dessa forma abandonou o Éden.
Após os hebreus terem deixado a Babilônia Lilith perdeu aos poucos sua representatividade e foi limada do velho testamento. Eva é criada no sexto dia, e depois da solidão de Adão ela é criada novamente, sendo a primeira criação referente na verdade a Lilith no Gênesis.
No período medieval ela era ainda muito citada entre as superstições de camponeses, como deixar um amuleto com o nome dos 3 anjos que a perseguiram para fora do Éden, Sanvi, Sansavi e Samangelaf para que ela não o matasse, assim como acordar o marido que sorrisse durante o sono, pois ele estaria sendo seduzido por Lilith.
A imagem de Lilith, sob o nome Lilitu, apareceu primeiramente representando uma categoria de demônios ou espíritos de ventos e tormentas na Suméria por volta de 3000 A.E.C. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilith por volta de 700 A.E.C.
Algumas vezes Lilith é associada com a deusa grega Hécate, "A mulher escarlate", um demônio que guarda as portas do inferno montada em um enorme cão de três cabeças, Cérbero. Hécate, assim como Lilith, representa na cultura grega a vida noturna e a rebeldia da mulher sobre o homem.
Nos dois últimos séculos a imagem de Lilith começou a passar por uma notável transformação em certos círculos intelectuais seculares europeus, por exemplo, na literatura e nas artes, quando os românticos passaram a se ater mais a imagem sensual e sedutora de Lilith, e aos seus atributos considerados impossíveis de serem obtidos.
Cuidadosamente apagada da Bíblia cristã, Lilith permanece como símbolo de rebelião à repressão do feminino na psique e na sociedade. O mito Lilith mostra bem a passagem do matriarcado para o patriarcado.
Tanto na literatura ortodoxa como na apócrifa, a sombra de Lilith seguiu cercando as mulheres até o século XV d.C. Nessa época, e utilizando as mesmas imagens incorporadas em Lilith, milhares delas foram acusadas de copular com o demônio, matar crianças e seduzir homens, ou seja, de serem bruxas.
"As mulheres são o mal, filhos meus: como não têm o poder nem a força para enfrentar o homem, usam truques e intentam enganá-lo com seus encantos; a mulher não pode dominar pela força o homem, porém o domina mediante a astúcia. Pois certamente a anjo de Deus me falou sobre elas e me ensinou que as mulheres se entregam mais ao espírito de fornicação que o homem, e que tramam conspirações em seus corações contra os homens; com sua forma de adornar-se primeiro lhes fazem perder a cabeça, e com uma olhada inoculam o veneno, e logo durante o próprio ato os fazem cativos; pois uma mulher não pode vencer o homem pela força. Assim que evitai a fornicação, filhos meus, e ordenem a vossas esposas e filhas que não adornem suas cabeças e seus rostos, pois a toda mulher que usa truques desse tipo estará reservado o castigo eterno".
Esse exemplo nos mostra como um mito, se for entendido e concebido de forma literal, pode criar um prejuízo e converter-se em uma doutrina que se declara a si mesma uma verdade divinamente revelada. É conveniente lembrar que Jesus não aprovou nem o mito nem suas implicações, nem os costumes patriarcais referentes as mulheres, muito pelo contrário. Foram transmitidas ao Novo Testamento através dos escritos de Pablo, e assim fizeram sua entrada na doutrina formal cristã.
Lilith é a noite, é a rainha da noite, é a lua, representa a lua, a oposição do sol. Lilith foge da luz, como uma vampira, precisa reinar nas trevas como algo desconhecido e que causa medo nas criaturas.
Lilith é a mulher livre, independente, soberba em curvas sensuais e provocantes, é a dançarina do ventre, logo seduz o homem por dominar a fraqueza deste com seu poder maléfico de sedução. Lilith é o vaso, o homem é a semente!
Demônio ou Deusa? Com certeza Lilith é um símbolo de mulheres decididas, que não aceitam serem submissas aos homens.
Amo a Lilith!!
ResponderExcluirSomos um pouquinho dela, né?
Nossa "anima", nosso arquétipo ;)
Priscila
boa noite priscila
Excluiragradecemos sua visita e participação.
selma/marcos
Dentro da análise bíblica tem de haver a concordância com o todo, neste caso onde mais tem citado alguma referencia dessa tal lilith?
ResponderExcluirPaulo
boa noite paulo
Excluirantes de mais nada você deveria se referir a lilith com um pouco mais de respeito , pois se para você ela não é importante , pode acreditar que para muitas outras pessoas , ela é admirada, cultuada e muito respeitada.
outra coisa não se refira a mulher alguma dessa maneira.
guardião marcos
O feminismo tem seu lugar, paulo falou sobre os deveres de ambos (macho e fêmea) todos são equivalentes, mas na prática o que impera é o machismo, porque não obedece as escrituras!
ResponderExcluirNa graça que é de graça!
Junior
boa noite junior
Excluirvocê obedece a essas escrituras ?
selma/marcos
Sempre achei esquisita a ideia de que a analise bíblica TEM de concordar com o todo. Tem por quê? A Bíblia foi escrita ao longo de milhares de anos, é obra de autores de épocas diferentes, estilos diferentes, histórias diferentes e até povos diferentes. Sem falar nos escribas que muito alteravam, dos livros de autores desconhecidos e daqueles, como os Evangelhos, que são atribuídos a uns, mas escritos por outros (seguidores). Qualquer tentativa de fazer um "todo harmônico" é, antes, um ideal imposto pelos concílios judaicos e cristãos na escolha do cânon e, portanto, uma tentativa desesperada dos editores - e não dos autores. Uma interpretação realmente científica da Bíblia - que, por sinal, muitos hoje já têm feito - é analisar cada livro individualmente, de forma, inclusive, a detectar diferentes autores e adições de escribas posteriores em um mesmo livro - e só daí procurar estabelecer uma análise relacional, mas não necessariamente harmônica, com os demais livros e os motivos que levaram o livro ora analisado a estar no cânon. Motivos estes que passam, muitas vezes, ao largo de inspiração espiritual e respondem a processos políticos e até econômicos. Todo o respeito a Lilith - que, citada em Isaías, dá pistas de que o mito era bem conhecido (por sinal, que são Adão e Eva, se não mitos?)
ResponderExcluirMarcos
boa noite marcos
Excluirgostaríamos de agradecer por sua participação e esperamos que volte mais vezes com sua opinião sobre os textos aqui escritos.
mesmo não sendo essa nossa opinião.
selma/marcos
Existe uma serie que fala de lilith, é incrível como eles são precisos, ela foi a primeira alma humana ( a primeira morta) e lucifer a comrompeu e a transformou em primeiro demônio. Eles também falam de Eva, que também se tornou malifica e começou a fazer minstros e foi aprisionada no purgatório. Essa serie é supernatural.
ResponderExcluirMaria Eduarda
boa noite maria eduarda
Excluirestamos muito gratos por sua visita e participação e esperamos encontra la mais vezes.
selma/marcos
Pobre Adão, não teve sorte com mulheres.
ResponderExcluirSe ele fosse gay, até hoje ele estaria no paraíso!!
Dario
boa noite dario
Excluirseu comentário foi extremamente infeliz.
caso não tenha nada de interessante a comentar é melhor não dizer nada.
quem é essa nunca ouvi falar.. só estão querendo confundiR os cristãos.. Mas ela é um demonio ou ñ?
ResponderExcluirnós também não sabemos quem é você , já que não se identifica.
Excluiros cristãos não precisam se confundir , precisam é de sabedoria e um pouco de conhecimento por sua própria história.
demônio foi criado pelos cristãos , nós acreditamos naquilo que vemos , sentimos e tocamos.
se tivesse um pouco de paciência em lesse todo o texto , não estaria com dúvidas.
3fasesdalua
Alguma lilith ai que eu me caso hoje mesmo
ResponderExcluirJulio, todas as mulheres tem um pouco de lilith, é so vc observar melhor
ExcluirMe identifico com Lilith e a respeito muito.Amei o texto sobre minha Deusa soberana.Obrigada!
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado
Excluirvolte sempre
selma
Parabéns!!! seus temas são lindos!!! adorei!!!, estou lendo tudo......e cada vez mais me interesso pelo paganismo!!!
ResponderExcluirQue bom que gostou e melhor ainda que vc está aqui.
Excluirobrigada de coração
Gostei muito é sempre bom conhecer, histórias que podem ter sido reais .
ResponderExcluirNão conhecia. Vou ler atenciosamente!
ResponderExcluirNossa! que inspiração pra escrever um livro.O texto é sedutor.
ResponderExcluirabraço,
Obrigada Sr. Peregrinoblue
ExcluirAdorar paganismo, só uma pessoa sem história e sem futuro, até porque não tem nada a agregar. A fé estabelece o ser vivo e assim a sua trajetória, temos que ter fé em algo, e de preferência em alguém que propague a paz, o amor caridoso e fraternal.
ResponderExcluirTony
Prezado Sr. Tony
ResponderExcluirNão preciso nem responder ao Sr.
Sou católico Cristão, mas gosto de me informar melhor sobre a história da humanidade como um todo. Sei que ninguém detém a verdade absoluta aqui, creio que só Deus a possui. O texto é bastante intrigante e a curiosidade aguça a pesquisa.
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