Neguei-me a assumir o papel de ruim, não me considerava a mulher má à qual tinha o pacto com o diabo...
Considerava-me a mulher conhecedora das ervas curativas, dos banhos, dos chás, dos cristais, das essências... Meus feitiços, minha magia, era o conhecimento e a poção principal era o amor.
Considerava-me a mulher sábia, filha e sacerdotisa da Grande Mãe, senhora dos ventos, das águas, da terra, do fogo.
Conhecia meus ciclos e notava que os mesmos eram iguais os ciclos da natureza, assim observando em silêncio suas manifestações aprendi que os seus ciclos eram os meus ciclos, na qual se alinhavam com o céu e a terra .
Observava a lua e a tinha como uma grande estrela guia, sentia o pulsar da Grande Mãe em meu peito.
Não me julgava, não me aniquilava e carregava comigo o legado de minhas ancestrais.
As mulheres eram minhas aliadas, e juntas compartilhávamos da mesma energia, e da mesma
sabedoria.
A sexualidade era sagrada e não me sentia culpada por sentir prazer e pela minha sensualidade feminina.
Eu era mulher e fui considerada bruxa por carregar uma sacralidade que o patriarcado não entendeu e nunca entenderá.
E hoje liberta das fogueiras da inquisição, se essas caraterísticas da mulher eram os motivos de ser chamada de Bruxa...
Em reverência, em honra ao meu passado, resgato o que eu fui e o que eu sou, acesso a minha sabedoria ancestral e dou meu grito de liberdade à uma sociedade que reprimi o que é natural...
Sou Mulher, Sou Bruxa!"
FONTE - Carol Shanti
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