segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Descoberto Stonehenge Azul


Arqueólogos das universidades de Manchester, Sheffield e Bristol revelaram um desenho de como seria o segundo círculo de pedras semelhante ao Stonehenge e que foi descoberto . Segundo Julian Thomas, professor da Universidade de Manchester e co-director do projecto Stonehenge Riverside, este segundo monumento era, tal como o primeiro, composto por um círculo de pedras mas azuis, transportadas das montanhas galesas de Preseli há cerca de cinco mil anos. As pedras foram entretanto removidas, deixando para trás nove buracos.
Este novo círculo tem dez metros de diâmetro e era rodeado por uma vala. A equipa de investigadores acredita que o monumento original era composto por 25 pedras colocadas ao alto. Supõem ainda que as pedras marcavam o fim de um corredor que ligava o rio Avon ao Stonehenge, localizado a 2,8 quilómetros e que teria sido construído no final da Idade da Pedra ou período neolítico. O fosso em volta das pedras terá sido construído cerca de 2.400 anos a.C.

A descoberta pode confirmar uma teoria apresentada pelo projecto Stonehenge Riverside segundo o qual o rio Avon ligava o ‘domínio dos vivos’ – marcado por círculos de madeira e casas na parte de cima do rio, na aldeia neolítica de Durrington Wall (descoberta em 2005) – ao chamado ‘domínio dos mortos’ marcado pelo Stonehenge e por este novo círculo. A equipa aguarda que alguns objectos encontrados no local (usados na construção do próprio círculo) sejam analisados para apurar a data precisa do monumento descoberto.

Monumento descoberto está a 2,8 km do Stonehenge

Mike Parker Pearson, professor da Universidade de Sheffield e director do projecto, acredita que “o Stonehenge Azul era o local onde os mortos começavam a sua viagem final até ao Stonehenge”. Segundo aquele investigador, o Stonehenge era o maior espaço consagrado a enterros naquela altura. Supõe agora que “o círculo de pedras azuis seria o local onde as pessoas eram cremadas antes de as suas cinzas serem enterradas no Stonehenge”. Nos buracos deixados pelas pedras removidas do segundo círculo foram encontradas grandes quantidades de carvão, mostrando que naquele local foi queimada madeira.

Por seu turno Julian Thomas, professor da Universidade de Manchester e co-director, defende que as implicações da descoberta serão imensas e que aquela parte do rio Avon seria de enorme importância para as crenças religiosas e rituais funerários de quem construiu o Stonehenge. “As velhas teorias sobre o Stonehenge que não explicam a evidente importância do rio terão de ser repensadas”, salientou.
Fonte:Ciência Hoje

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