ASSIM SOMOS NÓS

Enxergamos a verdade porque somos totalmente despidos dos preconceitos da maldade que á nós foi imposta por muitos e muitos anos. O que nos cega são as crenças falsas que temos que conviver todos os dias. Hoje, a maioria das religiões concebe como única e suprema uma divindade que é masculina, entretanto, ao resgatarmos tradições mais antigas, aprendemos que anteriormente, tanto o homem quanto a mulher, cultuavam uma Grande Mãe. O resgate destas tradições nos leva a compreender que homens e mulheres nasceram para viver em parceria e que, nós mulheres, podemos honrar o espírito feminino, buscando o equilíbrio e a paz, para ambos os sexos.

Confiamos no que acreditamos, e nossas crenças nos predispõem ao sofrimento. É como se vivêssemos no meio de um nevoeiro que não permite enxergar um palmo além do nariz. Vivemos num nevoeiro que nem ao menos é real. Esse nevoeiro é um sonho seu sonho pessoal da vida - aquilo em que você acredita todos os conceitos que possui sobre quem você é todos os compromissos que assumiu com os outros com você mesmo e até com a Deusa.

O símbolo escolhido para representar a esfera matriarcal é a Lua, em sua correlação com a noite e com a Grande Mãe do céu noturno. A Lua é o astro que ilumina a noite e é o símbolo do princípio feminino, representando potencialidades, estados de alma, valores do inconsciente, humores e emoções, receptividade e fertilidade, mutação e transmutação. E, as fases da Lua, caracterizam os aspectos da natureza feminina, assim como representam os estágios e as transformações na vida da mulher.
Há bruxas das trevas nas espiritualidades da Deusa! Porque a ideia de escuridão e do mal é um conceito do cristianismo que não tinha religiões pagãs.
As mulheres Sacerdotisas e Bruxas deste tempo, é preciso ir além da nossa busca infinita pessoal e entrar na terra tecido transpessoal e vida ao nosso redor, se vivemos entre os dois mundos, é para trazer o mundo exterior, no agora, a mudança que o mundo precisa ser Bruxa é se comunicar com o "outro lado" para trazer sabedoria.

Por séculos, a presença da Mãe Divina foi excluída da consciência da humanidade. Ela foi escondida ,afastada ,camuflada, apresentada de forma deturpada e diferente que impediu muitos de entrar em contato com ela.Foi só em épocas mais recentes que a força feminina voltou a fazer parte da consciência dos seres humanos.Somos, sem dúvida, o Templo da Mãe Criadora, como não discutir o que somos? A quem interessa que aceitemos tudo sem questionar? Ser religioso é aceitar viver de acordo com os ensinamentos da religião que se professa. Porém, não se concebe a religiosidade intolerante.
A Natureza não muda suas Leis para se adaptar à humanidade. Tudo o que existe foi criado por essas leis perfeitas e imutáveis. Cabe ao homem viver em harmonia com elas. Do mesmo modo, uma Religião não muda para se adaptar aos seus seguidores ou ficar mais agradável e mais tolerante para atrair mais adeptos.

Nós Sacerdotisa, Guardião, Bruxos e Bruxas, conhecemos os Mistérios da Noite os Mistérios o Dia. Conhecemos mais que os Mistérios Sagrados. Conheço os Mistérios ainda não revelados.
Embora a presença e força da Mãe Divina estejam em todos os lugares, sua presença é mais perceptível à noite, sob a luz da Lua, os lugares próximos à natureza, nos locais sagrados, naqueles em que se reverenciam o Principio Feminino. Porém , a energia da Deusa não tem morada.Não existe um lugar que lhe sirva de domicílio, que seja reconhecido como um lugar a ela devotado.
É muito interessante como o mundo dá voltas, um dia diante de uma forma de olhar estabelecemos certo julgamento sobre tal situação ou coisa, e é só mudar o angulo de onde se olha a questão e tudo muda. 
Aqui estamos, diante de infinitas possibilidades, estamos diante do desconhecido. Todo dia o desconhecido se apresenta em suas várias formas. Quando ele bater na sua porta: ABRA!

Existe uma Velha Sabedoria Indígena que diz que quando não cumprimos o que prometemos, o fio de nossa ação que deveria estar concluída e amarrada em algum lugar fica solto ao nosso lado.
Com o passar do tempo, os fios soltos enrolam-se em nossos pés e impedem que caminhemos livremente... ficamos amarrados às nossas próprias palavras.
Nós Sacerdotisas, Guardiões, Bruxas e Bruxos somos assim, por que a Religião Antiga é a espiritualidade pura da essência da Grande Mãe, e muitos se esquecem disso. Sejamos Solitários em nossas decisões, mas tenhamos a cumplicidade de nossos irmãos em nossos caminhos, vamos nos sentar e compartilhar sem barreiras nossas histórias, quem sabe assim faremos de nossos caminhos um caminho melhor...