Vida
Gardner nasceu em The Glen, The Serpentine, Blundellands, perto de Liverpool, Inglaterra, numa família de classe média sendo um dos quatro irmãos e viveu com dois deles, Bob e Douglas. O negócio de família era Joseph Gardner & Sons, o importador de madeira mais antigo e importante do Império Britânico, e, tinham origem escocesa.
Os Gardners tinham ao seu serviço uma enfermeira irlandesa chamada Josephine “Com” McCombi que estava encarregada de cuidar o jovem Gardner. G. Gardner sofria de asma desde cedo, e, a sua enfermeira ofereceu-se para levá-lo para climas mais temperados às custas do seu pai. Iniciou as suas viagens em 1891 começando pelas Ilhas Canárias, e foram para Accra seguindo para a Ilha da Madeira. De acordo o biografo oficial de Gardner, J.C. Bracelin, Com gostava bastante de namoriscar e as suas viagens eram principalmente de “caça ao homem”.
Em 1900, Com casou com David Elkington, um homem afortunado do Ceilão e concordaram com os Gardners que Gerald iria viver com ela numa plantação de chá chamada Ladbroke Estate.
Em 1905, Gardner voltou para Inglaterra para uma visita durante a qual passou algum tempo com uns familiares, os Surgensons, que começou a ter contato com o oculto. Descobriu através de um rumor na família que o seu avô, Joseph, praticava bruxaria, e que, em 1610, um outro antepassado escocês, Grissell Gardner, foi queimado por prática de bruxaria, em Newburgh.
Gerald ficou no Ceilão até 1908 quando decidiu mudar-se, primeiro para Singapura e depois para o Borneo.
Em 1908 tornou-se plantador de seringueiras (“arvore da borracha”), primeiro em Borneo e depois na Malásia. Em Borneo tornou-se amigo de muitas tribos locais tornando-se antropólogo amador e fascinado pelas suas armas como também pelas suas crenças no politeísmo e espiritualidade.
Em 1923 tomou algumas posições de serviço civil como inspetor na Malásia. Em 1936, com 52 anos, regressou à Inglaterra. Publicou o texto autoritário Keris and other Malay Weapons (1936), baseado na pesquisa sobre armas no sul Asiático e práticas de magia.
No regresso a Inglaterra adotou o naturismo, e aprofundou o interesse pelo oculto. Aqueles que o conheciam no movimento pagão moderno, como Doreen Valiente, dizem que era um forte adepto da terapia através do sol.
Gardner publicou, entretanto dois trabalhos de ficção: A Goddess Arrives (1939) e High Magic’s Aid (1949). Estes trabalhos foram seguidos de trabalhos já de investigação e, portanto factuais: Witchcraft Today (1954) and The Meaning of Witchcraft (1959).
Gardner foi casado com uma mulher de nome Donna durante 33 anos, mas ela nunca fez parte das atividades neo-pagãs do marido.
Em 1964, depois de sofrer um ataque cardíaco, Gardner morreu a bordo de um navio que regressava de Lebanon. Foi enterrado na Tunísia.
Wicca Gardner afirmava ter sido iniciado em 1939 numa tradição de bruxaria religiosa que ele acreditava ser uma continuação do Paganismo Europeu. Doreen Valiente mais tarde identificou aquela que iniciou Gardner como sendo Dorothy Clutterbuck no livro A Witches’ Bible, escrito por Janet e Stewart Farrar em 2002. Esta identificação foi baseada em referências que Valiente se lembrava de Gardner fazer a uma mulher a quem ele chamava de “Old Dorothy”. Ronald Hutton diz, no entanto, no livro Triumph of the Moon, que a Tradição Gardneriana era largamente inspirada em membros da Rosicrucian Order Crotona Fellowship e especialmente por uma mulher conhecida pelo nome mágico de “Dafo”. O Dr. Leo Ruickbie, no livro Witchcraft Out of the Shadows (2004), analisou as evidências documentais e concluiu que Aleister Crowley teve um papel crucial ao inspirar Gardner a criar uma nova religião pagã.
Ruickbie, Hutton e outros também discutem a hipótese de muito do que foi publicado sobre a Gardnerian Wicca, como a prática de Gardner se tornou conhecida, ter sido escrito por Doreen Valiente e Aleister Crowley.
Etimologia
Gardner, nos dois livros sobre o assunto, refere-se à bruxaria como “Wica”, ou “A Arte”. Em Inglês Arcaico, “Wicca” é um nome relativamente obscuro, masculino, derivado do Latim “ariolus”, ”mago”, enquanto “Wicce” é o feminino equivalente, derivado do Latim “phitonissa”, ”o possesso; como em Pythia”. O uso histórico da palavra “Wicca” como um tipo de religião não é etimologicamente possível. O termo verbal, em Inglês “wiccian”, e que significa “praticar bruxaria”, não aparece no material escrito por Gardner, e não é usado tipicamente na literatura sobre este movimento. Ele utilizou esta palavra porque em épocas remotas os “Bruxos” eram chamados às vezes por “wiccas”, os sábios.
Fonte do texto: Wikipédia
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