Por ser um país de origens culturais e religiosas as mais diversas, o Brasil produziu um sincretismo muito rico, que sempre atuou como um freio contra a intolerância. Apesar disso, o crescimento da diversidade religiosa no país nas últimas décadas acabou propiciando o surgimento de atitudes e práticas intolerantes em relação a credos minoritários.
Em função disso – e para incentivar o direito constitucional à liberdade de consciência e de crença –, o Governo Federal criou em 2007 o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, comemorado neste 21 de janeiro. A data homenageia a sacerdotisa umbandista Mãe Gilda, que sofreu um infarto e morreu depois de ter sido insultada por um jornal de outra denominação religiosa.
Para se cortar o mal da intolerância pela raiz, é necessário uma ação de educação dos cidadãos por meio da difusão de uma cultura de paz que promova o respeito à alteridade e às diferenças – sejam elas étnicas, culturais ou religiosas. Como disse o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, “ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”.
A B’nai Brith do Brasil – entidade de defesa dos direitos humanos que atua desde 1843 e cujo significado, em hebraico, é Filhos da Aliança – se une aos esforços de todos aqueles que acreditam que a intolerância deve ser combatida não com os seus próprios métodos, mas, ao contrário, com a firme defesa dos direitos humanos e a difusão dos valores democráticos.
FONTE: Abraham Goldstein é presidente da B’nai B’rith no Brasil
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