sábado, 11 de agosto de 2012

Estônia, tida como o país menos religioso do mundo, preserva os cultos pagãos

 

Um pesquisa feita pelo Intituto Galup, de 2009, indica que os estonianos são o povo menos religioso do mundo, segundo as estatísticas. Uma comparação foi feita com Bangladesh, onde 99% dos entrevistados responderam que a religião desempenha um importante papel em suas vidas, contra os estonianos, onde apenas 16% concordaram com essa informação.

O país lembra um típico país cristão, porém uma olhada mais atenta revela que a maior parte das pessoas que frequentam as cerimônias religiosas da Igreja Luterana de Tallinn eram turistas holandeses, que dentre as 95 pessoas presentes, apenas 15 eram estonianos. Apesar da Igreja Luterana ser a maior denominação religiosa do país, ela apenas representa 13% da população. Essa falta de interesse pelas religiões cristãs surge nas escolas, onde os alunos aprendem que o Cristianismo foi imposto no país pelos invasores dinamarqueses e germânicos, além de outros fatores.

Após desintegrada da antiga União Soviética, a Estônia, ao contrário de outros países, continuou, praticamente, com o mesmo número de pessoas religiosas. Porém a falta de ligação a igrejas tradicionais não significam que eles não mantenham sua espiritualidade bem formada. A cultura pagã do país persiste bem forte, como pode ser visto em uma floresta a 300 km de Tallinn, onde um grupo de pessoas cultuam as formas da natureza.


"Somos pagãos", diz Aigar Piho. "Nosso deus é a natureza. Você deve parar, sentar e ouvir". Membro da comunidade Maasuk, um culto pagão que venera a terra e as árvores, sem rituais pré-estabelecidos. Essas tradições, enraizadas no país podem corresponder a 50% da população que se denomina espiritualista.

Porém o arqueólogo Tonno Jonuk, especialista em religião pré-histórica afirma que tais cultos são baseados em folclore do século 19 e 20, e não necessariamente anteriores ao cristianismo. Em contrapartida, o grupo Maavalla Koda, atualmente com 400 integrantes, discorda dessas afirmações, onde também afirmam que sua organização se baseia no antigo calendário rúnico.

Apesar das discordâncias, o resgate aos antigos cultos pagãos continua firme no país europeu e com perspectivas, baseadas na pesquisa, de que o número de pessoas com essa concepção aumente cada vez mais.

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